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Centro Universitário Estácio do Ceará - Campus Via Corpvs Psicologia Psicopatologia Professor: Bruno Garcia Transtornos de Personalidade: Transtorno de Personalidade Borderline Andreia Cristina de Oliveira Lucena - Matrícula: 201602291985 Regilane de Oliveira Santos - Matrícula: 201703073223 Maria Raiane Silva Duarte - Matrícula: 201703454944 Alessandra Magna dos Santos Matrícula: 201202359991 Fortaleza, CE CONSIDERAÇÕES INICIAIS O DSM-V (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) define o Transtorno de Personalidade como um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, que começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo. Em suma, os padrões comportamentais de indivíduos com Transtornos de Personalidade são atípicos quando comparados aos comportamentos sociais comuns, porém diferentes de uma forma patológica, causando assim sofrimento ao paciente e seus familiares ou pessoas próximas, se diferindo então de um simples traço de personalidade. Ainda de acordo com o DSM-V, existem critérios avaliativos que auxiliam na formação do diagnóstico, quanto aos Transtornos de Personalidade são: A. Um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo. Esse padrão manifesta-se em duas (ou mais) das seguintes áreas: 1. Cognição (i.e., formas de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos). 2. Afetividade (i.e., variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional). 3. Funcionamento interpessoal. 4. Controle de impulsos. B. O padrão persistente é inflexível e abrange uma faixa ampla de situações pessoais e sociais. C. O padrão persistente provoca sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. D. O padrão é estável e de longa duração, e seu surgimento ocorre pelo menos a partir da adolescência ou do início da fase adulta. E. O padrão persistente não é mais bem explicado como uma manifestação ou consequência de outro transtorno mental. F. O padrão persistente não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., traumatismo cranioencefálico). Dentre os transtornos que preenchem estes critérios e se enquadram de acordo na categoria de Transtornos de Personalidade, estão: transtorno de personalidade paranoide, esquizoide, esquizotípica, antissocial, borderline, histriônica, narcisista, evitativa, dependente, obsessivo-compulsivo, mudança de personalidade devido a outra condição médica ou transtorno de personalidade especificado e não-especificado. Neste trabalho iremos nos ater a discutir sobre Transtorno de Personalidade Borderline ou Transtorno de Personalidade Limítrofe, como também é conhecido. Caracterizado principalmente pelo humor, comportamentos e relacionamentos instáveis, o indivíduo com personalidade borderline possui um padrão difuso de instabilidade e impulsividade acentuada, que surge no início da vida adulta presente em vários contextos. Estando este classificado mais especificamente no grupo B, junto com transtorno de personalidade antissocial, narcisista e histriônica, indivíduos com estes transtornos costumam ser dramáticos, emotivos ou erráticos, marcados por características de manipulação e impulsividade. Pessoas com DESENVOLVIMENTO O paciente diagnosticado com transtorno borderline possui as seguintes características sintomatológicas: Ação de modo imprevisível sem considerar consequências; Humor imprevisível; Acessos de fúria e impossibilidade de controle de comportamentos impulsivos; Tendência a comportamentos briguentos e atos impulsivos ao ser contrariado ou censurado; Sensação crônica de vazio; Instabilidade e intensidade em relações interpessoais; Tendência a adotar comportamentos de automutilação e tentativas de suicído; Para diagnosticar esse e outros transtornos de personalidade, usamos a seção do DSM 5 “Medidas e Modelos Emergentes”. Um modelo híbrido dimensional-categorial para avaliação de critérios que definem os componentes do funcionamento da personalidade. (1) self, identidade e autodirecionamento e (2) interpessoal, define a empatia e intimidade. Outro critério descreve traços de personalidade patológicas em cinco domínios: Afetividade negativa, desapego, antagonismo, desinibição e psicótico. E finalmente esse modelo inclui uma escala de mensuração do nível de prejuízo variando de 0 a 4, sendo rogado um nível ao menos de 2 (moderado) para o diagnóstico de um transtorno de personalidade. Com essa proposta de diagnóstico pode haver uma melhor compreensão das causas e tratamento dos transtornos. 2 - Quais as principais perguntas da entrevista para esse paciente? R: Principais sintomas para realizar essa análise do paciente com TPB, são componentes genéticos significantes como, instabilidade afetiva, impulsividade, tentativas de suicídio repetidas. Existe uma necessidade de um diagnóstico diferencial, pois o TPB se assemelha muito com o TAB (Transtorno Afetivo Bipolar) O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) e o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) apresentam características clínicas em comum que frequentemente tornam difícil seu diagnóstico diferencial, podendo implicar em indicações terapêuticas inadequadas. Assim, é importante ampliar o conhecimento no diagnóstico sobre esses transtornos mentais buscando identificar marcadores que auxiliem sua diferenciação. A história de estresse precoce, associada à vulnerabilidade individual no desenvolvimento de transtornos mentais relatada na literatura, pode representar um fator de diferenciação entre TAB e TPB, assim como sua associação com manifestações clínicas e respostas neuroendócrinas específicas a cada um desses diagnósticos. Outra característica que poderia auxiliar nessa diferenciação seria a investigação e especificação qualitativa e quantitativa dos afetos, a velocidade das oscilações de humor. Em TPB vemos marcantemente os episódios de irritabilidade e ansiedade durar poucas horas ou poucos dias, já em TAB pode se estender por alguns dias. Respostas às medicações, existem comprovações efetivas para o tratamento de TAB, o que não é o mesmo em pessoas com TPB (PARIS et al., 2007). Entretanto algumas medicações têm apresentado benefícios em alguns sintomas do TPB, embora não para a síndrome como um todo, justificando assim a prescrição de múltiplos agentes para os pacientes. Então é indicado para esses pacientes com TPB abordagens psicoterapêuticas, com resultados positivos e benefícios na evolução do quadro. 5 - Há chance de comorbidades, se sim quais? R: Sim! Dentre as mais identificadas, estão: dependência química, transtorno de humor bipolar, depressão e o transtorno de estresse pós traumático. (Liel et al, 2004) Considerações finais (resumir os principais achados do trabalho) Portanto, indivíduos com transtorno borderline, em geral, sofrem com essa instabilidade emocional, seguidos de episódios de depressão, ansiedade e irritabilidade. Apesar de terem a necessidade da afetividade do outro, tendem a responder de forma agressiva e intensa, gerando desconforto e/ou até fuga, os fazendo sentir ansiedade e medo do abandono. Referências (ABNT); SADI, HÉRIKADE MESQUITA. Análise dos comportamentos de terapeuta e cliente em um caso de Transtorno de Personalidade Borderline. SÃO PAULO - 2011
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