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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
AÇÃO MONITÓRIA
Livro Eletrônico
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Ação Monitória.
Prof. Gustavo Deitos
Ação Monitória no Processo do Trabalho, Exibição de Documentos e Produção 
Antecipada de Provas (PAP) .......................................................................3
1. Ação Monitória no Processo do Trabalho .....................................................5
2. Exibição de documentos na Justiça do Trabalho .........................................17
3. Produção Antecipada de Provas ..............................................................24
3.1. Teoria Geral e Incógnitas .....................................................................24
3.2. Utilidade da Produção Antecipada de Provas diante da Reforma Trabalhista 28
3.3. Procedimento legal .............................................................................29
Exercícios ................................................................................................35
Gabarito ..................................................................................................46
Gabarito Comentado .................................................................................47
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Ação Monitória.
Prof. Gustavo Deitos
AÇÃO MONITÓRIA NO PROCESSO DO TRABALHO, 
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS E PRODUÇÃO ANTECIPADA 
DE PROVAS (PAP)
Olá, querido(a) aluno(a). Você, que tem tudo para ser um(a) futuro(a) advoga-
do(a), terá conosco, do Gran Cursos Online, uma série de aulas em PDF destinadas 
a abranger todo o conteúdo de Direito Processual do Trabalho do mais recente edi-
tal do Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Nesta aula, abordaremos outro tópico muito importante: Ação Monitória, Exi-
bição de Documentos e Produção Antecipada de Provas no Processo do 
Trabalho. Esse tópico, assim como outros tratados ao longo deste curso, sofreu 
grande impacto da Reforma Trabalhista, razão pela qual esta aula é, igualmente, 
muito importante para o nosso curso.
O direito processual do trabalho sofreu profundas modificações no ano de 2017, 
em virtude da entrada em vigor da Lei n. 13.467/2017, popularizada com o nome 
de “Reforma Trabalhista”. Além dessa relevantíssima alteração, você deve levar 
em conta que, no ano de 2016, entrou em vigor o Novo Código de Processo Civil, 
publicado em 2015.
Todas essas alterações colocam em nosso caminho um fato que impacta forte-
mente em seu estudo: não existem, ainda, muitas questões atualmente válidas da 
OAB sobre cada tema do nosso edital. Portanto, para seu exercício com questões, 
procurarei apresentar as questões existentes e, ainda, questões inéditas com o 
perfil da banca FGV, que comportam enunciados de casos concretos e quatro al-
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Ação Monitória.
Prof. Gustavo Deitos
ternativas (A a D). Se houver uma maior escassez de questões sobre o assunto, 
apresentarei questões da banca FGV oriundas de provas diversas da OAB, sempre 
com vistas a prepará-lo(a) para conhecer muito bem a banca.
Mesmo que a banca da nossa prova seja a FGV, apresentarei questões de outras 
bancas que abordem as disposições legais e jurisprudenciais específicas do tema, 
com a finalidade de atrair seu foco total para a fixação de algumas regras específi-
cas, cujo conhecimento ajudará a tornar mais sólida sua bagagem para as demais 
questões.
Juntamente com toda a equipe do Gran Cursos Online, procurarei ajudá-lo(a) ao 
máximo a tornar-se habilitado(a) a exercer a advocacia, cuja carreira é fantástica e 
repleta de desafios entusiasmantes para um comprometido profissional do Direito.
Bons estudos!
Seja imparável!
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
Ação Monitória.
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1. Ação Monitória no Processo do Trabalho
A ação monitória consiste em procedimento especial destinado a tornar exe-
quível (passível de execução) uma dívida comprovada por prova escrita (docu-
mental) que ainda não tenha eficácia de título executivo.
A ação monitória na Justiça do Trabalho observa as mesmas regras de compe-
tência territorial de todos os dissídios individuais comuns: Vara do Trabalho do 
lugar da prestação dos serviços (art. 651 da CLT). 
Além do mais, para que a Justiça do Trabalho seja materialmente competente, 
a dívida sem eficácia de título executivo deve derivar das relações de trabalho 
(art. 114, inciso I, Constituição Federal).
A doutrina é divergente a respeito da natureza da ação monitória, se é de co-
nhecimento ou de execução. A maioria perfilha a corrente de que a ação monitória 
é uma ação de conhecimento, porque, se ainda não existe um título executivo, 
não é possível a utilização de meios propriamente executórios logo de início.
No conceito de “dívida”, englobe as hipóteses do art. 700 do CPC, a seguir 
citadas:
Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em 
prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor ca-
paz:
I – o pagamento de quantia em dinheiro;
II – a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
III – o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
Portanto, a ação monitória destina-se a conseguir o adimplemento (cumprimento) 
de obrigações de pagar quantia, entregar algo e fazer ou não fazer algo. Caso 
o devedor não cumpra tal obrigação – quando reconhecida na ação monitória –, a 
execução será viabilizada por meio da constituição de título executivo.
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Ação Monitória.
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Vejamos, agora, as demais regras aplicáveis ao ajuizamento da ação monitória:
§ 1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipa-
damente nos termos do art. 381.
O CPC admite a prova oral como elemento fundamental da cobrança da dívida 
na ação monitória, desde que tal prova seja documentada posteriormente.
Exemplo: diálogo por telefone transcrito em ata notarial redigida em Cartório.
Tal dispositivo confirma que as provas pré-constituídas para ajuizamento de 
ação monitória devem ter natureza documental.
§ 2º Na petição inicial, incumbe ao autor explicitar, conforme o caso:
I – a importância devida, instruindo-a com memória de cálculo;
II – o valor atual da coisa reclamada;
III – o conteúdo patrimonial em discussão ou o proveito econômico perseguido.
O enunciado do § 2° diz “conforme o caso” porque o inciso a ser observado de-
penderá da natureza da dívida cobrada: obrigação de pagar quantia, obrigaçãode 
entregar coisa, obrigação de fazer ou de não fazer.
INCISO I – Indicação da importância devida: para OBRIGAÇÕES DE PAGAR 
QUANTIA
INCISO II – Indicação do valor atual da coisa: para OBRIGAÇÕES DE EN-
TREGAR COISA
INCISO III – Indicação do conteúdo patrimonial ou do proveito econômico vi-
sado: para OBRIGAÇÕES DE FAZER ou NÃO FAZER.
O valor dado à causa deve coincidir com a importância da quantia cobrada, do 
valor atual da coisa ou do substrato patrimonial/econômico da obrigação de fazer 
ou não fazer, conforme o caso (§ 3°).
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Caso a parte autora não faça as indicações desses incisos, de acordo com a na-
tureza da dívida cobrada, a ação monitória será extinta sem resolução do mérito, 
por consequência do indeferimento da respectiva petição inicial (§ 4°).
§ 3º O valor da causa deverá corresponder à importância prevista no § 2º, incisos I a III.
§ 4º Além das hipóteses do art. 330, a petição inicial será indeferida quando não aten-
dido o disposto no § 2º deste artigo.
§ 5º Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo autor, 
o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptando-a ao procedi-
mento comum.
É possível que o juiz entenda que a prova apresentada pelo autor não tenha for-
malidade suficiente para ser considerada como prova documental. Nesse contexto, 
já que tal prova deve necessariamente acompanhar a petição inicial, pode o juiz 
determinar que a emenda da inicial para que o autor dê natureza documental à 
prova, ou consiga outra.
§ 6º É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública.
Antes do CPC de 2015, havia grande controvérsia doutrinária e jurisprudencial 
acerca do cabimento de ação monitória contra a Fazenda Pública. Pelo fato de pre-
valecer a tese de que a ação monitória é uma ação de conhecimento, prevalecia 
também, por consequência, a tese de que cabia ação monitória em face da Fazenda 
Pública.
Inclusive, isso levou o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a editar a Súmula n. 
339: “É cabível ação monitória contra a Fazenda Pública”.
A partir do CPC de 2015, tal discussão foi encerrada, pois o § 6°, acima, admite 
expressamente a ação monitória contra entes e entidades com personalidade jurí-
dica de direito público.
§ 7º Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o 
procedimento comum.
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Ação Monitória.
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Inclusive, cabe destacar que é possível que o réu seja citado, diretamente, para 
cumprir a obrigação, independentemente de defesa ou manifestação. Sim, 
esta é uma das hipóteses excepcionais em que o contraditório é diferido (posterga-
do), por determinação do próprio CPC.
Quanto ao procedimento da ação monitória após o despacho da petição inicial, 
estas são as regras previstas no CPC, nos seguintes termos:
Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de manda-
do de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de 
não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o paga-
mento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa.
§ 1º O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no 
prazo.
§ 2º Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de 
qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos 
previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Es-
pecial.
Mais adiante, trataremos sobre os Embargos Monitórios. Contudo, é preciso que 
você saiba desde já que o réu pode evitar a constituição do título executivo judicial 
opondo os embargos monitórios. Conforme o § 4° do art. 702, tais embargos sus-
pendem a decisão judicial que ordena o cumprimento da obrigação.
Portanto, se os embargos monitórios não forem opostos e o réu simplesmente 
não pagar a obrigação cobrada, a dívida cobrada pelo autor deixará de ser um mero 
documento escrito e passará a ter natureza de título executivo judicial, que, dora-
vante, poderá ser executado mediante regular procedimento executivo.
Se o réu deixar de opor embargos monitórios mas cumprir a obrigação no prazo 
de 15 dias a contar da expedição de mandado por ordem judicial, ele não precisará 
pagar custas processuais. Trata-se de um incentivo da lei ao cumprimento da obri-
gação que seja realmente devida.
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Quanto à específica questão da desnecessidade de prévio contraditório (hipóte-
se excepcional), assim dispõe o art. 9° do CPC:
Art. 9º Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente 
ouvida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
I – à tutela provisória de urgência;
II – às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III – à decisão prevista no art. 701.
Passadas essas questões, analisaremos o restante do procedimento especial da 
ação monitória:
§ 3º É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese 
do § 2º.
Se o título executivo judicial for definitivamente constituído, haverá coisa julga-
da material. Logo, será cabível ação rescisória contra tal decisão.
§ 4º Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, 
aplicar-se-á o disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II 
do Livro I da Parte Especial.
Tendo-se em vista que a ação monitória é uma ação de conhecimento, a decisão 
que reconhecer a dívida da Fazenda Pública será de natureza condenatória. Logo, 
deverão ser observados os limites do art. 496, relativos à imposição de remessa 
necessária (reexame necessário) do processo ao tribunal superior, em razão do 
valor da condenação.
União, e respectivas autarquias e fundações: 1000 salários mínimos.
Estados, respectivas autarquias e fundações e Municípios que sejam capitais 
estaduais: 500 salários mínimos.
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Municípios e respectivas autarquias e fundações: 100 salários mínimos.
§ 5º Aplica-se à ação monitória, no que couber, o art. 916.
O art. 916 do CPC trata do parcelamento das dívidas cobradas em execução. Tal 
artigo se aplica à ação monitória, permitindo, portanto, que o réu da ação monitória 
parcele sua dívida em até seis vezes (quando for de pagar quantia em dinheiro), 
desde queele deposite 30% do débito total de forma antecipada.
Art. 702. Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, 
nos próprios autos, no prazo previsto no art. 701, embargos à ação monitória.
§ 1º Os embargos podem se fundar em matéria passível de alegação como defesa no 
procedimento comum.
Os Embargos Monitórios (ou embargos à ação monitória) têm caráter de contes-
tação, na qual deve ser alegada toda a defesa cabível à hipótese, com todos os ele-
mentos impeditivos, modificativos ou extintivos da obrigação dobrada pelo autor.
Os embargos monitórios podem ser interpostos sem qualquer preparo/depó-
sito. Não existe necessidade de garantia do juízo para oposição desses embargos, 
e essa é uma das características que afastam o procedimento da ação monitória 
ainda mais do procedimento executório, porque no executório a garantia do juízo 
seria, em regra, obrigatória.
Quanto ao prazo, o CPC deixa claro que é de 15 DIAS. Alguns autores, como 
Bezerra Leite, sustentam que a compatibilização dos embargos ao processo do tra-
balho levaria o prazo a ser de 5 dias, em adaptação ao art. 884, que estabelece o 
prazo de 5 dias para os embargos à execução. Esse argumento esbarra no entendi-
mento de que a ação monitória é uma ação de conhecimento, e não de execução.
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Essa divergência quanto ao prazo ainda não foi solucionada. Para provas, é 
mais seguro levar consigo o prazo previsto no CPC: 15 DIAS, a contar da 
expedição do mandado para cumprimento da obrigação (pagar, entregar, fazer ou 
não fazer).
Obs.:� O prazo para apresentação de embargos à ação monitória é o mesmo inters-
tício temporal no qual o réu deve cumprir a obrigação. Os 15 dias para as 
duas coisas (embargos e pagamento), embora elas sejam frontalmente con-
trárias, transcorrem no mesmo lapso temporal universal.
§ 2º Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cumprir-lhe-á 
declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo 
discriminado e atualizado da dívida.
§ 3º Não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos 
serão liminarmente rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro 
fundamento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a alega-
ção de excesso.
A lógica desses dois parágrafos é simples: se o réu alega que a obrigação de-
vida é, na verdade, menor que a cobrança do autor, o réu está confessando a 
existência do débito. 
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Dessa forma, o réu deverá cumprir dois encargos, cumulativamente:
1) Declarar o valor que entende devido, ainda, ao autor.
2) Apresentar cálculo demonstrativo individualizado e atualizado da dívida.
Conforme o § 3°, se quaisquer desses dois encargos não for cumprido, os em-
bargos à ação monitória serão liminarmente rejeitados se a única razão jurídica que 
os sustentam for essa. Se houver outros fundamentos, os embargos serão analisa-
dos somente com vistas aos argumentos restantes.
§ 4º A oposição dos embargos suspende a eficácia da decisão referida no caput do art. 
701 até o julgamento em primeiro grau.
Acima, foi feita observação no sentido de que o lapso temporal de 15 dias após a 
expedição do mandado para cumprimento da obrigação dá início a dois prazos, que 
correm ao mesmo tempo. Nesse lapso de 15 dias, o réu poderá fazer uma dentre 
estas duas coisas:
1) Cumprir voluntariamente a obrigação.
Obs.:� Se fizer isso no prazo, o réu ficará isento de custas, mas deverá pagar hono-
rários advocatícios igualmente.
2) Apresentar embargos à ação monitória.
Se o réu optar pela segunda opção (embargos), os efeitos da decisão judicial 
que ordena o cumprimento da obrigação em 15 dias ficarão suspensos. Isso é 
para que o réu exerça o contraditório com tranquilidade.
§ 5º O autor será intimado para responder aos embargos no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 6º Na ação monitória admite-se a reconvenção, sendo vedado o oferecimento de re-
convenção à reconvenção.
A Reconvenção é um instituto processual estruturado no CPC que possui o dom 
de ser, ao mesmo tempo, uma resposta do réu e uma ação nova.
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Isso quer dizer que o oferecimento de Reconvenção só se mostra possível quando 
outra pessoa (parte autora e, em seguida, reconvinda) ajuíza uma ação contra o 
reconvinte (que oferece a reconvenção). A reconvenção é oferecida na oportunida-
de de resposta/contestação, mas tem natureza de ação nova, que tramita nos 
mesmos autos do processo principal, em que foi protocolada a petição inicial.
Embora a reconvenção tenha natureza de ação nova – por veicular pretensão pró-
pria do reclamado, agora reconvinte –, os direitos postulados na reconvenção devem 
ter CONEXÃO com a ação principal ou com as razões defensivas: devem ter 
alguma relação com os pedidos formulados na petição inicial do reclamante, ou di-
reta relação com os fundamentos que justificam a defesa oferecida em contestação.
Na ação monitória, a reconvenção pode ser vislumbrada quando a parte ré 
pretende comprovar que o débito tido com o autor, na verdade, é diferente ou não 
existe, por diversas outras razões de fato.
Exemplo prático
Pedro ajuizou ação monitória na Justiça do Trabalho contra a sociedade empresária 
JJ Roupas S/A, cobrando determinada gratificação que a empresa lhe teria ofereci-
do como contraprestação a certa meta de produtividade estabelecida. 
Como prova dessa dívida, Pedro possui um áudio enviado por aplicativo de mensa-
gens instantâneas devidamente transcrito em ata notarial (prova oral documentada).
A empresa JJ Roupas, indignada com a cobrança, apresenta reconvenção, com 
vistas a comprovar que Pedro não faz jus à requerida gratificação. Na reconvenção, 
a empresa pretende comprovar que Pedro não atingiu as metas de produtividade 
estabelecidas, embora a gratificação realmente tenha sido prometida por meio do 
aplicativo de mensagens, informalmente.
Neste caso, Pedro pode apresentar resposta à reconvenção, mas não pode apre-
sentar outra reconvenção, pois se isso fosse possível o processo nunca terminaria.
§ 7º A critério do juiz, os embargos serão autuados em apartado, se parciais, consti-
tuindo-se de pleno direito o título executivo judicial em relação à parcela incontroversa.
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Imagine que numa ação monitóriao autor alega que é credor de duas obriga-
ções (uma de pagar quantia e outra de fazer), e que o réu apresenta dois argumen-
tos nos embargos monitórios:
1° argumento: a quantia devida na obrigação de pagar quantia é inferior.
2° argumento: a obrigação de fazer já prescreveu.
Por ter alegado que o valor da obrigação de pagar quantia era menor, o réu 
deveria informar o valor realmente devido e juntar demonstrativo atualizado e dis-
criminado, coisas que não fez. Logo, os embargos serão liminarmente rejeitados 
naquela parte, e será imediatamente constituído título executivo judicial para 
que o autor possa executar, se quiser, a obrigação de pagar quantia.
Todavia, os embargos ainda geram controvérsia processual no que diz respeito 
à obrigação de fazer. Logo, é possível que o juiz, por medida de celeridade, orga-
nização e economia processual, determina a separação dos embargos: a parte já 
rejeitada (obrigação de pagar quantia) é executada em um novo volume de autos, 
enquanto a parte ainda controversa (obrigação de fazer) continua tramitando nos 
autos do processo da ação monitória.
§ 8º Rejeitados os embargos, constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, 
prosseguindo-se o processo em observância ao disposto no Título II do Livro I da Parte 
Especial, no que for cabível.
O referido título é o do “cumprimento de sentença”. Em se tratando de ação mo-
nitória no processo do trabalho, o procedimento subsequente seria o da execução 
trabalhista.
A rejeição dos embargos monitórios significa “procedência” da ação monitória. 
Logo, tendo o autor da ação monitória o título executivo da obrigação em mãos, ca-
berá a ele promover a competente execução, observando seu devido procedimento.
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Portanto, após a constituição do título executivo judicial na ação monitória tra-
mitada na Justiça do Trabalho, o procedimento executivo será o próprio do processo 
trabalhista, representado no mapa mental a seguir:
§ 9º Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos.O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para lorena braz goulart - 08457577336, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
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Como dito, a rejeição dos embargos monitórios importa procedência da ação 
monitória, enquanto o acolhimento dos embargos monitórios acarreta improcedên-
cia da ação monitória.
Portanto, cabe Recurso Ordinário – no processo do trabalho – contra a sen-
tença de procedência/improcedência.
§ 10. O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé 
ao pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da causa.
§ 11. O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao paga-
mento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor do autor.
O reconhecimento de ato de má-fé sempre depende do entendimento do juiz.
Aqui, não se trata da clássica “litigância de má-fé”, cujos atos configuradores são 
elencados no art. 793-B da CLT. A má-fé a que se referem este dois parágrafos é 
um elemento mais genérico, concretizado no caso concreto pela interpretação do 
juiz da causa.
De forma basilar, podemos partir do pressuposto de que todo ato de má-fé de-
corre de uma conduta que, normalmente, não é praticada por uma pessoa que 
tenha a estrita intenção de defender os direitos de que é titular. Na verdade, o 
ato de má-fé é um ato praticado por alguém que pretende, lesar o patrimônio 
jurídico de outra pessoa como circunstância necessária para desonerar o seu 
próprio patrimônio.
No mais, você precisa memorizar os três elementos estruturantes desta multa 
especial:
1) O percentual é fixo (10%, somente). Não há nenhuma variação, como ocorre 
nos atos de litigância de má-fé clássicos.
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2) A multa é sempre calculada sobre o valor da causa. Não há variações 
quanto ao valor da condenação ou do proveito econômico.
3) O valor final da multa (10% do valor da causa) é pago à parte contrária 
(parte lesada).
Esta multa especial só é aplicável quando a má-fé nortear o próprio ajuizamento 
da ação ou o próprio oferecimento dos embargos. Portanto, se houver ato de liti-
gância de má-fé no meio desse processo (sem que tenha havido má-fé no momen-
to do ajuizamento da ação ou do oferecimento dos embargos), os atos de litigância 
de má-fé poderão normalmente ser verificados, e a multa do art. 793-C da CLT ser 
aplicada.
Obs.:� Base de cálculo e percentual não dois elementos matemáticos invariáveis na 
definição desta multa especial (má-fé em ação monitória).
2. Exibição de documentos na Justiça do Trabalho
A sistemática do pedido de exibição de documentos mudou muito em virtude 
da entrada em vigor do Novo CPC, em 2016. No CPC de 1973, a exibição de de-
terminados documentos poderia ser requerida por meio de ação cautelar. Até hoje, 
muitos buscam o Judiciário lançando mão da mesma medida processual.
Todavia, o CPC de 2015 – muito orientado pela teoria do sincretismo processual 
– criou um incidente intraprocessual destinado especificamente à exibição de 
documentos. Logo, deixou de ser necessário o ajuizamento de ação cautelar para 
buscar determinados documentos.
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Atualmente, o CPC de 2015 possui seção específica para tratar do incidente de 
exibição de documento ou coisa (arts. 396 a 404). Apresentarei comentários ao 
procedimento legal deste incidente, com pertinentes associações ao processo do 
trabalho.
Art. 396. O juiz pode ordenar que a parte exiba documento ou coisa que se encontre 
em seu poder.
Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:
I – a individuação, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa;
II – a finalidade da prova, indicando os fatos que se relacionam com o documento ou 
com a coisa;
III – as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento 
ou a coisa existe e se acha em poder da parte contrária.
Este procedimento não pode ser instaurado de forma infundada. Como todo e 
qualquer incidente processual, o incidente de exibição de documentos deve pres-
tar-se a buscar uma prova importante para a decisão do mérito da reclamação 
trabalhista.
Para que este incidente tenha prosseguimento de forma válida, deve o docu-
mento pretendido ser individualizado ao máximo (exemplo: livro de controle de 
jornada dos empregados). Ademais, deve a parte requerente do documento dizer 
o porquê de tal documento ser útilao processo, isto é, o que ela pretende provar 
com aquele documento (exemplo: comprovar trabalho em horas extras).
É claro que não basta a indicação do documento pretendido e a finalidade da 
prova. Deve o requerente da medida justificar quais razões o levam a crer que a 
parte contrária está em posse do documento pretendido. Na Justiça do Trabalho, 
essa justificativa não é tão difícil, pois nas relações de trabalho é muito comum que 
os documentos pertinentes aos ajustes contratuais fiquem sempre em posse do 
empregador.
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O elemento mais importante para este incidente é o do inciso II (finalidade da 
prova), porque, se a parte contrária injustamente se negar a exibir o documento 
ou nada manifestar quando for requerida, o juiz presumirá verdadeiros os fatos 
que o requerente da medida queria provar. É como se fosse uma confissão ficta.
Art. 398. O requerido dará sua resposta nos 5 (cinco) dias subsequentes à sua in-
timação.
Parágrafo único. Se o requerido afirmar que não possui o documento ou a coisa, o juiz 
permitirá que o requerente prove, por qualquer meio, que a declaração não corresponde 
à verdade.
O requerido é o sujeito que supostamente estaria em posse do documento pre-
tendido pela parte que promoveu o incidente de exibição de documentos.
Argumento muito comum é o de que tais documentos não se encontram em 
posse do requerido. Ele pode dizer que tais documentos nunca foram produzidos, 
ou que simplesmente não os possui mais. Neste caso, poderá a parte contrária 
provar por qualquer meio de prova (testemunhas, por exemplo) que o requerido 
possui, sim, os documentos pretendidos.
Exemplo: se o documento pretendido for um cartão de controle de jornada, pode 
o reclamante ouvir como testemunha no incidente de exibição de documentos um 
colega de trabalho que também assinava o cartão.
Conforme o art. 400, inciso I, se o requerido não se pronunciar neste prazo 
de 5 dias, o juiz presumirá a veracidade dos fatos que a parte requerente gostaria 
de provar com aquele documento.
Art. 399. O juiz não admitirá a recusa se:
I – o requerido tiver obrigação legal de exibir;
II – o requerido tiver aludido ao documento ou à coisa, no processo, com o intuito de 
constituir prova;
III – o documento, por seu conteúdo, for comum às partes.
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Há algumas hipóteses previstas em lei que permitem ao requerido deixar de 
apresentar o documento requerido (art. 404). Ademais, pode o juiz, a seu critério 
– com base em algum bem jurídico –, entender que a recusa do requerido se funda 
em motivo legítimo, mesmo que não previsto expressamente na lei, desde que tal 
motivo tenha gravidade (art. 404, inciso V, CPC).
Quanto aos incisos deste artigo (causas que não eximem o requerido de apre-
sentar o documento), apresentarei um exemplo para cada:
Inciso I: a empresa que possui mais de 10 empregados no estabelecimento 
onde se passou a relação de trabalho discutida tem o dever legal de manter cartões 
de ponto para controle de jornada dos empregados. Logo, a empresa só poderá se 
recusar a exibir os cartões se tiver menos de 10 empregados e alegar que por isso 
não mantém cartões de ponto.
Inciso II: a reclamada menciona em sua defesa que o reclamante não tem 
direito ao pagamento de horas extras por nunca ter trabalhado em horas extras. 
Inclusive, diz que seus controles de jornada comprovam a ausência de trabalho 
nessa modalidade. A empresa tem menos de 10 empregados no respectivo esta-
belecimento (não tem a obrigação legal de manter cartões de ponto). Apesar de 
não ter o dever legal de manter tais controles, a reclamada diz que se apoia nesses 
cartões para comprovar que o empregado não trabalhou em horas extras. Logo, 
nessa situação, a reclamada terá, sim, o dever de apresentar tais cartões.
Inciso III: se ambas as partes tiverem cópias do mesmo documento, não ha-
veria motivo para instauração deste incidente, concorda? Contudo, mesmo que o 
documento devesse estar em posse de ambas as partes, é possível que somente 
uma delas fique com tal documento. Exemplo clássico é o do contrato de trabalho, 
que em muitos casos fica na posse do empregador, apenas. Ademais, todos os 
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ajustes contratuais (como termo de colocação em regime de teletrabalho, extin-
ção contratual por mútuo acordo – art. 484-A da CLT – etc.) deveriam estar na 
posse de ambas as partes. Portanto, se no caso concreto a empresa mantiver 
somente consigo tais documentos, ela não poderá se recusar a exibi-los no pro-
cesso, porque por natureza tais documentos são de interesse comum às partes.
Art. 400. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá como verdadeiros os fatos que, por 
meio do documento ou da coisa, a parte pretendia provar se:
I – o requerido não efetuar a exibição nem fizer nenhuma declaração no prazo do art. 398;
II – a recusa for havida por ilegítima.
Parágrafo único. Sendo necessário, o juiz pode adotar medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias para que o documento seja exibido.
Vamos analisar essa consequência a partir de um exemplo prático:
Exemplo prático
James Roland ajuizou reclamação trabalhista contra a sociedade empresária KLK 
S/A, postulando verbas rescisórias e horas extras. A sociedade empresária possuía 
dezenas de empregados. Logo, era obrigada a registrar a jornada dos empregados 
por meio de controle de ponto.
O reclamante James requereu a exibição dos cartões de ponto pela reclamada, que 
deixou de juntá-los com a sua defesa. Neste caso, o juiz dará prazo para que a 
reclamada junte cópias desses cartões aos autos.
Na prática, é improvável que a reclamada consiga deixar de apresentar os cartões 
de ponto com base em desonra, privacidade, segredo empresarial ou negócios de 
família (art. 404), haja vista a natureza contratual do dever de conservar cartões 
de ponto. Portanto, se o juiz ordenar que a reclamada apresente esses cartões e 
ela não o fizer, ele poderá tomar duas atitudes:
1) Sendo possível, pode adotar medidas para coagir a reclamada a apresentar o 
cartão (Ex: multa cominatória diária), com base no parágrafo único do art. 400.
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2) Entendendo ser ineficaz qualquer medida de imposição, ou se essas medidas 
não forem cumpridas, pode o juiz simplesmente admitir como verdadeiros os fatos 
que dãocausa à pretensão de horas extras, que por consequência será procedente.
Art. 401. Quando o documento ou a coisa estiver em poder de terceiro, o juiz ordenará 
sua citação para responder no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 402. Se o terceiro negar a obrigação de exibir ou a posse do documento ou da 
coisa, o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem como o das 
partes e, se necessário, o de testemunhas, e em seguida proferirá decisão.
Art. 403. Se o terceiro, sem justo motivo, se recusar a efetuar a exibição, o juiz orde-
nar-lhe-á que proceda ao respectivo depósito em cartório ou em outro lugar designado, 
no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao requerente que o ressarça pelas despesas que 
tiver.
Parágrafo único. Se o terceiro descumprir a ordem, o juiz expedirá mandado de apre-
ensão, requisitando, se necessário, força policial, sem prejuízo da responsabilidade por 
crime de desobediência, pagamento de multa e outras medidas indutivas, coercitivas, 
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar a efetivação da decisão.
Pela lógica processual, o terceiro será citado porque, originalmente, não inte-
gra o processo como parte ou terceiro interessado. Neste caso, como o terceiro 
será “citado”, ele passará a ser uma espécie de interveniente no processo, mesmo 
sem enquadramento nas hipóteses de intervenção de terceiros previstas no CPC 
ou na CLT.
O terceiro terá o prazo de 15 dias para manifestar-se nos termos que enten-
der devidos. Se, nessa manifestação, o terceiro disser que não tem a obrigação de 
exibir o documento, o juiz deverá designar audiência extraordinária para ouvi-lo, 
bem como ouvir as demais partes e eventuais testemunhas que venham a esclare-
cer sobre o fato de esse terceiro ter, ou não, o dever de apresentar o documento.
Lembre-se: o prazo mínimo de antecedência para designação de audiência ex-
traordinária, na Justiça do Trabalho, é de 24 horas (art. 813, § 2°, CLT).
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Depois de ficar solucionada a questão de o terceiro ter ou não ter a obrigação 
de exibir o documento, caso fique comprovado que ele deve exibir o documento, a 
exibição deverá ocorrer dentro de 5 dias. Passado esse prazo, poderá o juiz aplicar 
medidas impositivas sobre o terceiro, como multas (medida indutiva e coercitiva), 
busca e apreensão (medida coercitiva), ofício a determinada empresa de controle 
de dados para que retire da nuvem de informações do terceiro o documento neces-
sário (medida sub-rogatória) etc.
Obs.:� Busca e apreensão na casa do terceiro somente pode ocorrer mediante man-
dado judicial, a ser cumprido durante o dia (art. 5°, inciso XI, Constituição 
Federal).
Quando o terceiro se nega injustamente a exibir o documento, NÃO ocorre o efei-
to da presunção de veracidade do fato, porque esta consequência só pode preju-
dicar a reclamada, e a culpa pelo fato de o terceiro negar-se a exibir o documento 
não é da reclamada.
É por isso que toda e qualquer medida coercitiva, neste caso, deve cair sobre o 
terceiro, exclusivamente, a menos que fique comprovado o conluio desta com a 
reclamada.
Art. 404. A parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o documento ou a coisa se:
I – concernente a negócios da própria vida da família;
II – sua apresentação puder violar dever de honra;
III – sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus 
parentes consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de 
ação penal;
IV – sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou pro-
fissão, devam guardar segredo;
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V – subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, jus-
tifiquem a recusa da exibição;
VI – houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
Parágrafo único. Se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput disserem 
respeito a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em 
cartório, para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circuns-
tanciado.
Dentre esses motivos, alguns deles são de dificílima aplicabilidade às relações 
de trabalho. É muito difícil que um documento pertinente à relação de trabalho diga 
respeito à vida da família, possa causar desonra ao requerido ou a seus parentes 
de até 3° grau, ou possa implicar quebra de dever de sigilo.
De qualquer forma, se algum desses motivos for aplicável somente a uma parte 
do documento, a outra parte deve, necessariamente, ser exibida. Portanto, a es-
cusa legalmente apoiada quanto a uma parte do documento não se estende ao 
documento todo.
3. Produção Antecipada de Provas
3.1. Teoria Geral e Incógnitas
A Produção Antecipada de Provas (PAP) consiste em um procedimento muito 
recente no direito processual brasileiro, que passou a existir a partir da entrada 
em vigor do Novo CPC. A sua estruturação encontra-se nos artigos 381 a 383 do 
CPC. Primeiramente, é importante a abordagem das hipóteses de cabimento deste 
instrumento:
Art. 381. A produção antecipada da prova será admitida nos casos em que:
I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação 
de certos fatos na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
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Por depreensão da leitura dos incisos acima, pode-se concluir que o procedi-
mento de produção antecipada de provas tem lugar para:
Inciso I: resguardar a possibilidade de que determinada prova seja produzida, 
em razão de a demora de um processo futuro ser suficiente para acabar com as 
chances de produção de tal prova. Este fato evidencia uma faceta cautelar desse 
procedimento.
Inciso II: para evitar a litigiosidade infrutífera, mediante composição das partes 
por meio de acordo. Isso reduziria, por consequência, o número de ações judiciais. 
Inciso III: garantia da lisura do exercício do direito de ação (justificativa para 
o seu ajuizamento), ou evitar que nova ação judicial surja.
A produção antecipada de provas é um procedimento facultativo, que o sujeito 
pode promover com base em alguma das hipóteses de cabimento listadas acima, 
além do caso do § 5° do art. 381, abordado mais à frente.
Antes da existência desse procedimento (na época do CPC de 1973), verifi-
cava-se, na prática, que a ferramenta mais comum para suprir a necessidade de 
garantir a coleta de determinada prova era o ajuizamento de ação cautelar, com 
preenchimento de todos seus requisitos excepcionais (probabilidade do direito e 
perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo).No procedimento do PAP, parece haver, a princípio, maior simplicidade. Logo, 
basta que a pessoa interessada demonstre a existência de hipótese de cabimento 
(art. 381, incisos I a III, do CPC) para que o procedimento tenha continuidade.
Ainda se discute na doutrina sobre a natureza jurisdicional do procedimento 
de produção antecipada de provas: se é de jurisdição voluntária, de jurisdição 
contenciosa ou, ainda, de ambas as naturezas. Antes de abordar esta questão, 
é importante considerar os tradicionais conceitos de jurisdição contenciosa e de 
jurisdição voluntária, com base em Carlos Henrique Bezerra Leite:
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JURISDIÇÃO CONTENCIOSA: visa à composição de litígios por meio de um 
processo autêntico, no qual exista uma lide (conflito) a ser resolvida, com a presen-
ça de partes (reclamante e reclamado) e aplicabilidade dos efeitos da revelia, 
podendo a decisão judicial produzir coisa julgada formal e material.
JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA: visa à participação do Estado como mero admi-
nistrador de interesses privados, a fim de dar validade a negócios jurídicos por 
meio de um procedimento de natureza judicial, uma vez que, nele, não existem 
partes nem conflito (lide), mas somente interessados (ambos requerentes, sem 
polarização, como autor e réu). Neste cenário, a decisão judicial poderia produzir, 
exclusivamente, coisa julgada formal.
Possível confirmação dessa atual incógnita – natureza contenciosa ou voluntária 
do PAP – pode decorrer de interpretação gramatical do texto do CPC. 
Afinal de contas, por que a “solução” estaria na interpretação gramatical? A res-
posta está no texto do § 1° do art. 382 do CPC:
Art. 382, § 1° O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de 
interessados na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente 
caráter contencioso.
Logicamente, se admitirmos que o procedimento do PAP tem lugar, dentre ou-
tras hipóteses, quando se tem, por fim, evitar o surgimento de litígio, parece ficar 
claro que, nele, não há, ainda, um conflito instaurado. Todavia, é possível que o 
procedimento, embora não litigioso, tenha caráter contencioso.
De acordo com o Dicionário Aurélio, caráter, neste contexto, pode consistir em 
feição, cunho, aparência. Portanto, pode-se concluir que o fato de as pessoas in-
teressadas terem pretensões futuras conflitantes faz com que, às vezes, o proce-
dimento do PAP tenha aparência contenciosa, embora, tecnicamente, não o seja.
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Portanto, se com base nesses fundamentos é possível concluir que o procedi-
mento de produção antecipada de provas não é tecnicamente contencioso, pode-se 
afirmar que ele possui natureza jurisdicional voluntária? A princípio, também não 
parece ser possível concluir isso em primeira vista, porquanto o Estado, na jurisdi-
ção voluntária, lida com interesses comuns. 
A produção antecipada de uma prova, normalmente, interessa a uma pessoa, 
mas não a outra. Inclusive, ao verificar essa afirmação, é inevitável lembrar do 
clássico preceito de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si próprio. 
Nesse diapasão, também é possível concluir que o procedimento de produção an-
tecipada de provas não é tecnicamente de jurisdição voluntária, pois não envolve, 
essencialmente, interesses comuns e pacíficos.
Toda essa discussão é necessária para que você veja quantas questões técnicas 
polêmicas acercam esse procedimento tão novo. Em razão de todas estas questões 
estarem longe da “paz doutrinária”, trabalharemos, nesta aula, com o pressuposto 
de que o PAP é um procedimento que pode ter caráter contencioso ou voluntário 
(isto é, aparência contenciosa ou voluntária).
Professor, em que situações eu posso identificar se o caráter do PAP é conten-
cioso ou voluntário?
Caro(a) aluno(a), tal caráter pode ser identificado da seguinte forma: se o inte-
resse envolvido na produção das provas for suscetível de provocar o ajuizamento 
de ação contra outra pessoa ou fortalecimento de uma pretensão já formulada em 
processo existente, o caráter será contencioso. 
Por outro lado, se tal prova não tiver a destinação de provocar o ajuizamento de 
ação ou fortalecimento de ação já existente, o caráter será voluntário (fazer acor-
do, deixar de ajuizar ação etc.). Esta última hipótese é mais difícil de acontecer, 
mas é possível.
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3.2. Utilidade da Produção Antecipada de Provas diante da 
Reforma Trabalhista
A Lei n. 13.467/2017 (Reforma Trabalhista) criou vários ônus processuais à par-
te sucumbente. Cabe mencionar os principais.
A parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da 
justiça gratuita, deve pagar os honorários periciais, que serão deduzidos de todos 
os valores que ela tiver para receber, eventualmente, naquele processo. A União só 
responderá se a parte sucumbente no objeto da perícia não tiver nada a receber no 
mesmo processo ou em outro (art. 790-B da CLT).
Ademais, a parte sucumbente pagará honorários advocatícios ao advogado 
da parte contrária, quando a sucumbência for parcial ou total, mediante dedução 
dos valores que ela tiver para receber naquele ou em outro processo (art. 791-A 
da CLT).
Portanto, o PAP surge como alternativa para que a parte saiba se, diante desses 
ônus, realmente vale a pena ajuizar reclamação trabalhista.
Exemplo prático
José trabalhou para a sociedade empresária Frango Internacional S/A por três anos, 
em condições que interpreta como insalubres. Antes de ajuizar reclamação traba-
lhista, José quer ter a tranquilidade de saber que as chances de vencer o processo 
são grandes.
Logo, o advogado de José sugere o ajuizamento do PAP, para que seja realizada 
prova pericial no estabelecimento onde José trabalhou, a fim de que José saiba se 
ganharia, ou não, o pedido de adicional de insalubridade.
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Sendo o laudo negativo, José pode deixar de ajuizar a reclamação e, por 
consequência, deixar de contrair o ônus de pagar honorários periciais e advo-
catícios.
Veja que o PAP parece ser uma forma eficaz de esquiva aos ônus sucumbenciais 
criados pela Lei n. 13.467/2017.
3.3. Procedimento legal
Abordaremos, agora, o procedimento do CPC referente ao PAP, com comentá-
rios e associações ao processo do trabalho.
Art. 381. A produção antecipadada prova será admitida nos casos em que:
I – haja fundado receio de que venha a tornar-se impossível ou muito difícil a verificação 
de certos fatos na pendência da ação;
II – a prova a ser produzida seja suscetível de viabilizar a autocomposição ou outro meio 
adequado de solução de conflito;
III – o prévio conhecimento dos fatos possa justificar ou evitar o ajuizamento de ação.
Estas são as hipóteses de cabimento do PAP. Se a motivação pela produção 
antecipada da prova for diversa, este procedimento não será cabível. Portanto, o 
enquadramento da intenção do requerente em um desses incisos afigura-se como 
pressuposto processual do PAP.
Cabe ressaltar que o § 5° deste artigo, adiante comentado, cria uma quarta 
hipótese de cabimento do PAP: justificação de fato ou relação jurídica vivenciada 
pela parte, para proteger-se em eventual futura ação judicial que pode, ou não, ser 
ajuizada por outrem a fim de discutir o mesmo fato/relação.
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Remeto-lhe ao início do subtítulo n. 3.1., onde cada um desses incisos foi 
esclarecido.
§ 1º O arrolamento de bens observará o disposto nesta Seção quando tiver por finalida-
de apenas a realização de documentação e não a prática de atos de apreensão.
§ 2º A produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro onde esta deva 
ser produzida ou do foro de domicílio do réu.
Aqui reside outra problemática importante. Para os processos de jurisdição con-
tenciosa, a CLT, no art. 651, estabelece como regra de competência territorial o 
lugar da prestação dos serviços. Normalmente, o conjunto de provas pertinentes à 
relação de trabalho são produzidas no mesmo local.
Portanto, na prática, será o lugar da prestação dos serviços o foro competente 
para processar o PAP. O “foro de domicílio do réu” é de duvidosa aplicabilidade no pro-
cesso do trabalho. Todavia, ainda não há posicionamento doutrinário ou jurispruden-
cial firme neste sentido, o que inviabiliza a cobrança desse ponto em provas objetivas.
§ 3º A produção antecipada da prova não previne a competência do juízo para a ação 
que venha a ser proposta.
Isso significa que o PAP pode ser processado, por exemplo, numa das Varas do 
Trabalho de Joinville (SC) e a futura reclamação trabalhista ser processada e julga-
da numa das Varas do Trabalho de Porto Alegre (RS). Ademais, mesmo que o PAP 
fosse processado no mesmo foro que a futura reclamação trabalhista, não existe 
necessidade de que o mesmo juiz aprecie ambas.
Conclusão: o princípio do juiz natural não se aplica à reclamação trabalhista 
antecedida de PAP. É possível que juízes diferentes apreciem o PAP e a futura 
reclamação trabalhista.
§ 4º O juízo estadual tem competência para produção antecipada de prova requerida em 
face da União, de entidade autárquica ou de empresa pública federal se, na localidade, 
não houver vara federal.
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Este parágrafo não se aplica ao PAP da Justiça do Trabalho.
§ 5º Aplica-se o disposto nesta Seção àquele que pretender justificar a existência de 
algum fato ou relação jurídica para simples documento e sem caráter contencioso, que 
exporá, em petição circunstanciada, a sua intenção.
Este parágrafo, em verdade, cria uma quarta hipótese de cabimento do 
PAP: justificação de fato ou relação jurídica vivenciada, a fim de que o 
requerente tenha prova documental apta a protegê-lo de eventual futura ação 
judicial ajuizada contra ele para discutir o mesmo fato ou a mesma relação 
jurídica.
Art. 382. Na petição, o requerente apresentará as razões que justificam a necessidade 
de antecipação da prova e mencionará com precisão os fatos sobre os quais a prova há 
de recair.
Há dois elementos essenciais (pressupostos processuais específicos) que devem 
ser preenchidos na petição do PAP:
1) Enquadramento em uma das hipóteses de cabimento do PAP (um dos incisos 
do art. 381, ou § 5° do mesmo artigo).
2) Fatos que o requerente pretende comprovar/elucidar com o PAP.
Exemplo prático
Maria trabalhou por dois anos para a sociedade empresária Chumbo Grosso S/A, 
em setor de depósito de substâncias cuja composição nunca fora revelada a Maria. 
Maria suspeita de que tais substâncias eram inflamáveis, o que lhe daria direito ao 
adicional de periculosidade.
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A fim de saber se tais substâncias eram inflamáveis ou não, Maria dá início ao PAP, 
indicando, na petição inicial, que:
1) O conhecimento acerca da natureza inflamável ou não da substância pode justi-
ficar ou evitar o ajuizamento de futura reclamação trabalhista (art. 381, inciso III)
2) A pretensão é de saber se Maria trabalhou, ou não, em convivência habitual com 
agentes perigosos (inflamáveis).
§ 1º O juiz determinará, de ofício ou a requerimento da parte, a citação de interessados 
na produção da prova ou no fato a ser provado, salvo se inexistente caráter contencioso.
Vamos usar o exemplo exposto acima. No PAP iniciado por Maria, a sociedade 
empresária Chumbo Grosso S/A deve ser regularmente citada, para que possa ma-
nifestar o que entender devido. 
O fato de a substância à qual Maria se expôs habitualmente no trabalho é algo 
que envolve interesses opostos entre Maria e a empresa: se a substância for 
inflamável, Maria teria em tese direito ao adicional de periculosidade em face da 
empresa; se não for inflamável, a empresa nada deverá a Maria.
É nisto que reside o caráter contencioso: o resultado da produção de provas 
produz consequências que são favoráveis a alguém, mas desfavoráveis a outrem.
§ 2º O juiz não se pronunciará sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre 
as respectivas consequências jurídicas.
Usando-se ainda o mesmo exemplo acima, o juiz do trabalho responsável pela 
condução do PAP não pode dizer que Maria tem, ou não, direito ao adicional de 
periculosidade. Ademais, o juiz não pode nem mesmo dizer que Maria trabalhou 
habitualmente com tais substâncias.
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A atividade do juiz no PAP resume-se a impulsionar o conjunto de atos necessá-
rios à produção da prova – determinando as medidas eficazes para a correta pro-
dução da prova –, bem como oportunizar as manifestações necessárias e, por fim, 
entregar o resultado do PAP a quem de direito.
§ 3º Os interessados poderão requerer a produção de qualquer prova no mesmo pro-
cedimento, desde que relacionadaao mesmo fato, salvo se a sua produção conjunta 
acarretar excessiva demora.
Ainda com olhares ao mesmo exemplo apresentado acima, podemos dizer que 
a sociedade empresária Chumbo Grosso S/A, no mesmo PAP, pode pretender com-
provar que Maria nunca trabalhou naquele setor de inflamáveis.
O juiz do trabalho poderá analisar se, naquele caso, eventual deliberação so-
bre Maria ter ou não trabalhado naquele setor acarretará “excessiva demora”. Se 
o juiz entender que haverá excessiva demora para elucidar essa questão apre-
sentada pela empresa, ele poderá resumir o PAP à análise técnica do caráter in-
flamável da substância com que Maria teria trabalhado, deixando o fato de Maria 
ter ou não trabalhado naquele setor para ser comprovado em futura reclamação 
trabalhista.
Obs.:� Em nenhuma hipótese a sociedade empresária poderia se valor do mesmo 
PAP para comprovar fato diverso, como o fato de Maria ter, ou não, tra-
balhado à noite. A cumulação de produção de provas no mesmo PAP tem 
por condição imprescindível a identidade de fato a ser comprovado por tais 
provas.
§ 4º Neste procedimento, não se admitirá defesa ou recurso, salvo contra decisão que 
indeferir totalmente a produção da prova pleiteada pelo requerente originário.
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No exemplo acima, a empresa Chumbo Grosso S/A não pode apresentar uma 
“contestação” com inúmeros argumentos que justifiquem a não exposição de Maria 
aos agentes perigosos. Isso deve ser feito em futura reclamação trabalhista, se vier 
a existir.
Ademais, se o perito concluir que a substância apontada por Maria não é infla-
mável, não haverá qualquer coisa que Maria possa fazer para impugnar o laudo.
Eventual recurso nesse procedimento só seria possível se o juiz alegasse que a 
prova pretendida não pode ser produzida antecipadamente, em razão de não ter 
o requerente apontado enquadramento em um dos incisos do art. 381 ou no seu 
§ 5°. Nesta hipótese, por ser o argumento de ordem estritamente formal, cabe 
recurso contra a decisão negativa do juiz.
Reitero: o recurso não será cabível se a discussão levantada pelo pretenso 
recorrente for de ordem fática ou material (relação jurídica, contexto fático da 
prova etc.).
Art. 383. Os autos permanecerão em cartório durante 1 (um) mês para extração de 
cópias e certidões pelos interessados.
Parágrafo único. Findo o prazo, os autos serão entregues ao promovente da medida.
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EXERCÍCIOS
Questão 1 (2018/FGV/OAB) Maria comprou um apartamento da empresa Moradia 
S/A e constatou, logo após sua mudança, que havia algumas infiltrações e proble-
mas nas instalações elétricas.
Maria consultou seu advogado, que sugeriu o ajuizamento de ação de produção 
antecipada de prova, com o objetivo de realizar uma perícia no imóvel, inclusive 
com o objetivo de decidir se ajuizaria, posteriormente, ação para reparação dos 
prejuízos.
Diante desse contexto, assinale a afirmativa correta. 
a) A produção antecipada de provas é cabível, porque visa a obter prévio conheci-
mento dos fatos e da situação do imóvel, para justificar ou evitar o ajuizamento de 
ação de reparação dos prejuízos.
b) A produção antecipada de provas é obrigatória, uma vez que Maria não poderia 
ingressar diretamente com ação para reparação dos prejuízos.
c) A produção antecipada de provas é incabível, porque apenas pode ser ajuizada 
quando há urgência ou risco de que a verificação dos fatos venha a se tornar im-
possível posteriormente, o que não foi demonstrado na hipótese concreta.
d) A produção antecipada de provas é incabível, vez que o seu ajuizamento apenas 
pode ocorrer mediante pedido conjunto de Maria e da empresa Moradia S/A.
Questão 2 (2016/FGV/OAB) Pedro, munido de documento comprobatório de vín-
culo jurídico de prestação de serviço com Carlos e, esgotadas todas as possibili-
dades consensuais para tentar exigir o cumprimento da obrigação, promove ação 
observando o rito especial monitório.
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Citado, Carlos oferece embargos, apontando em preliminar, que o rito da ação 
monitória não é adequado para pleitear cumprimento de obrigação de fazer e, no 
mérito, alega exceção de contrato não cumprido. Oferta, ainda, reconvenção, co-
brando os valores supostamente devidos.
Diante da situação hipotética, sobre os posicionamentos adotados por Carlos, assi-
nale a afirmativa correta.
a) A preliminar apontada por Carlos nos embargos deve ser acolhida, pois é vedado 
pleitear cumprimento de obrigação de fazer por intermédio de ação monitória.
b) A reconvenção deve ser rejeitada, em virtude do descabimento dessa forma de 
resposta em ação monitória.
c) A preliminar indicada por Carlos não deve prosperar, tendo em vista que é pos-
sível veicular em ação monitória cumprimento de obrigação de fazer.
d) A forma correta de oferecer defesa em ação monitória é via contestação, sendo 
assim, os embargos ofertados por Carlos devem ser rejeitados.
Questão 3 (2017/FGV/OAB) Jorge foi dispensado e, no dia designado para ho-
mologação da ruptura contratual, a empresa informou que não tinha dinheiro para 
pagar a indenização. O TRCT estava preenchido, com o valor total de R$ 5.000,00 
que Jorge deveria receber. Diante da situação narrada pela empresa e da extre-
ma necessidade de Jorge, o sindicato concordou em fazer a homologação apenas 
para liberar o FGTS e permitir o acesso ao seguro-desemprego, lançando no TRCT 
um carimbo de que nada havia sido pago. Jorge, então, ajuizou ação monitória na 
Justiça do Trabalho, cobrando a dívida de R$ 5.000,00. Sobre a situação narrada, 
assinale a afirmativa correta.
a) O comportamento de Jorge é viável, sendo que, nesse caso, o juiz expedirá 
mandado de pagamento, nos moldes do CPC.
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b) Na Justiça do Trabalho, a ação monitória somente é possível em causas de até 
dois salários mínimos, sendo que da sentença não caberá recurso, o que não é a 
hipótese retratada.
c) Jorge deveria ajuizar ação de execução de título extrajudicial, que é a natureza 
jurídica do TRCT preenchido, mas não quitado.
d) Jorge agiu mal, porque não cabe ação monitória na Justiça do Trabalho, em ra-
zão da incompatibilidade de procedimentos.
Questão 4 (2018/VUNESP/MPE-SP/ANALISTA JURÍDICO DO MINISTÉRIO PÚBLI-
CO) Acerca da ação monitória, assinale a alternativa correta.a) A ação monitória não admite citação por edital.
b) O juiz condenará o réu que de má-fé opuser embargos à ação monitória ao pa-
gamento de multa de até dez por cento sobre o valor atribuído à causa, em favor 
do autor.
c) Não se admite como prova escrita, para fins de adoção do procedimento moni-
tório, a prova oral documentada, produzida por meio de produção antecipada de 
prova.
d) Sendo ré a Fazenda Pública, não apresentados embargos à ação monitória, a 
constituição do mandado monitório não enseja reexame necessário.
e) Não se admite a reconvenção nos embargos monitórios.
Questão 5 (2019/FCC/AFAP/ANALISTA DE FOMENTO/ADVOGADO) Em relação à 
ação monitoria, considere:
I – A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em 
prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor 
capaz o pagamento de valor em dinheiro ou o adimplemento de obrigação de 
fazer ou de não fazer, exclusivamente.
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II – É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública.
III – Havendo dúvida quanto à idoneidade de prova documental apresentada pelo 
autor, o juiz intimá-lo-á para, querendo, emendar a petição inicial, adaptan-
do-a ao procedimento comum.
IV – Desde que previamente seguro o juízo, o réu poderá opor, nos próprios au-
tos, no prazo de quinze dias, embargos à ação monitória.
V – Quando o réu alegar que o autor pleiteia quantia superior à devida, cum-
prir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando 
demonstrativo discriminado e atualizado da dívida; não apontado o valor cor-
reto ou não apresentado o demonstrativo, os embargos serão liminarmente 
rejeitados, se esse for o seu único fundamento, e, se houver outro funda-
mento, os embargos serão processados, mas o juiz deixará de examinar a 
alegação de excesso.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, IV e V.
b) I, II, IV e V.
c) II, III e V.
d) II, III, IV e V.
e) I, II e III.
Questão 6 (2018/CESPE/PGM DE MANAUS-AM/PROCURADOR DO MUNICÍPIO) 
Acerca das disposições do CPC relativas aos procedimentos especiais e ao processo 
de execução, julgue o item seguinte.
Admite-se o ajuizamento de ação monitória por aquele que afirma, com base em 
prova escrita, ou oral documentada, ter direito de exigir de devedor capaz a entrega 
de coisa infungível.
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Questão 7 (2018/FEPESE/PREFEITURA DE RIO DAS ANTAS-SC/ADVOGADO) Sobre 
a ação monitória, assinale a alternativa correta.
a) Na ação monitória não se admite a reconvenção.
b) Não é admissível a ação monitória em face da Fazenda Pública.
c) A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, sem base em prova 
escrita, ter direito de exigir obrigação do devedor.
d) O réu poderá opor, nos próprios autos, mediante prévia segurança do juízo, em-
bargos à ação monitória.
e) Na ação monitória, admite-se citação por qualquer dos meios permitidos para o 
procedimento comum.
Questão 8 (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH/ADVOGADO) Com base no novo CPC 
e na ação monitória, assinale a alternativa correta.
a) Independentemente de prévia segurança do juízo, o réu poderá opor, em autos 
apartados, embargos à ação monitória, no prazo de quinze dias.
b) Admite-se a reconvenção, inclusive fica autorizado o oferecimento de reconven-
ção à reconvenção.
c) O juiz condenará o autor de ação monitória proposta indevidamente e de má-fé 
ao pagamento, em favor do réu, de multa de até dez por cento sobre o valor da 
causa.
d) Aquele que afirmar, com base em prova escrita e com eficácia de título execu-
tivo, ter direito a exigir do devedor incapaz o pagamento de quantia em dinheiro 
poderá propor ação monitória.
e) Ficando evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de 
pagamento, de entrega de coisa ou para a execução de obrigação de fazer ou de 
não fazer, concedendo ao réu prazo de cinco dias para o cumprimento, sob pena 
de multa.
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Questão 9 (2018/CESPE/DPE-PE/DEFENSOR PÚBLICO) Na ação civil, relaciona-se 
ao pedido de exibição de documento ou coisa o pressuposto processual consistente na
a) manifestação do Ministério Público sobre a existência de prejuízo, caso não ocor-
ra a exibição.
b) explicação, pelo autor, de que existe o objeto do pedido e de que ele se encontra 
em poder da outra parte na relação processual.
c) demonstração, pelo autor, de que pretende conhecer documentos ou coisa para 
instruir ação de terceiros.
d) existência de documento que comprove a repetição de processos que conte-
nham controvérsia acerca da mesma questão em direito.
e) relevância da questão de direito, que deve ter grande repercussão social, mes-
mo sem se repetir em múltiplos processos.
Questão 10 (2018/VUNESP/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO) No caso de recu-
sa injustificada de exibição de documento, na fase de conhecimento de um proces-
so, é correto afirmar que o juiz pode impor multa
a) às partes, de ofício, mas, se o documento ou coisa estiver em poder de tercei-
ros, o juiz poderá, também de ofício ou a requerimento das partes, ordenar a cita-
ção deles, com prazo de quinze dias para resposta, para que exibam o documento, 
sob pena de multa, dentre outras providências.
b) de até 2% (dois por cento) do valor da causa apenas aos terceiros, quando ve-
rificar que eles não estão colaborando com o Poder Judiciário ao deixar de exibir 
determinado documento.
c) às partes, aos terceiros e aos advogados privados, inclusive quando se tratar 
da Fazenda Pública, desde que assegure a todos ampla defesa e contraditório, me-
diante prévia intimação pessoal de todos, com prazo de cinco dias para resposta.
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d) às partes, aos terceiros e também aos advogados ou procuradores que estive-
rem atuando no processo, de ofício, salvo se uma das partes for a Fazenda Pública, 
porque o valor dessas multas processuais é sempre revertido para ela mesma.
e) somente aos terceiros, de ofício, mediante intimação por mandado, com prazo 
de dez dias para a resposta, visto que, em relação às partes, o juiz deverá aplicar 
a “confissão” quanto aos fatos que o documento poderia provar.
Questão 11 (2016/FAU/PREFEITURA DE PIRAQUARA-PR/PROCURADOR) Sobre a 
Exibição de Documento ou Coisa, considere as seguintes afirmativas:
I – A parte e o terceiro se escusam

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