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Estudo de caso: Produção Eclética no Brasil Arte, Arquitetura e Urbanismo : Idade Moderna Professora: Gisele M. Freixo Aluna: Aline Delerue Lima Contexto Histórico do Ecletismo A arquitetura eclética no Brasil começou no final do século XIX, quando o Brasil virou República e quis cortar laços com Portugal. Teve uma tendência dentro do chamado academicismo propagado pela Academia Imperial de Belas Artes e sua sucessora a Escola Nacional de Belas Artes. O estilo eclético é a mistura de vários estilos arquitetônicos surgidos durante o século XIX em uma única obra, é a somatória de produções arquitetônicas aparecidas a partir do inicio do século passado, que veio juntar-se ao Neoclássico histórico surgindo por sua vez como reação ao Barroco. Nesse novo estilo eram usados elementos da arquitetura clássica, medieval, renascentista, barroca e neoclássica, que formavam assim uma nova linguagem de criação. Como houve o desenvolvimento da navegação e dos meios de comunicação, em meados do século XIX, o Ecletismo foi difundido para o Ocidente. Isso fez com que o Brasil entrasse em contato com outros povos, e recebesse influências desse movimento. Nesse contexto, o ecletismo trouxe mudanças no cenário brasileiro. A Revolução Industrial ajudou a desenvolver e impulsionar o Ecletismo no Brasil. Trouxe novos produtos, métodos e processos de construção. Houve a substituição da produção artesanal pela mecânica, padronizada em série. Isso levou o arquiteto, engenheiro e construtor, a dar a arquitetura um caráter industrial. Foi no Rio de Janeiro, com as grandes obras de remodelação da cidade, empreendidas pelo prefeito Pereira Passos, que o Ecletismo mais teve destaque. No período imperial, em 1808, quando desembarca a Corte portuguesa no Rio de Janeiro, o Brasil começa a receber influências diversas. Influências principalmente da França, em função da chegada, em 1816, da Missão Francesa, com artistas de áreas diversas, da pintura à arquitetura. Ficha Técnica Escola de Música da UFRJ Localização: : Rua do Passeio 98 - Lapa (Rio de Janeiro) rojeto original: Sem referência - Prédio comprado por D. Pedro II para instaurar o acervo da biblioteca Real Projeto do anexo:1913 pelo Engenheiro Armando de Carvalho (do Ministério da Justiça) Projeto da sala de concertos: em 1918 pelo Engenheiro Cipriano Lemos (do Ministério da Justiça) Anteriormente ao Instituto Nacional de Música, o prédio existente na Rua do Passeio fora ocupado, de 1858 a 1910 (21), pela então chamada Biblioteca Real (hoje Fundação Biblioteca Nacional). Para sediar a Biblioteca Real, o prédio fora comprado do proprietário João da Rocha Vianna, em 1853, pelo Imperador Pedro II. Esse prédio, porém, não se mostrou apropriado às atividades didáticas do Instituto Nacional de Música, fazendo-se necessária a construção de outro edifício para receber os alunos. Para tanto, no terreno situado nos fundos do antigo prédio da Biblioteca Real, foi construído um anexo, na forma de um bloco destinado a salas de aula e biblioteca. Identificação de aspectos da produção Eclética Simetria Examinado o desenho da fachada verifica-se a simetria, pois ao dividi-la ao meio vemos que a proporção dos elementos decorativos são iguais e espelhados. Há ainda na fachada do edifício a mistura de elementos característica do período eclético, misturando elementos simbólicos do passado, "arcadas, colunas, entablamento, revestimento em cantaria e ornamentos múltiplos na composição da fachada" (DE PAOLA, op. cit., 1998, p.152) Valorização da Grandiosidade Quanto à composição dos interiores a tipologia do edifício não nos deixa nenhuma dúvida para que foi concebido. O arranjo de espaços mostra uma grande preocupação de revelar status das pessoas que iam antigamente à sala de concertos. Temos o grande hall, as escadarias que se abrem. Os vários níveis de foyer que se interpenetram para que pessoas de um nível mais elevado possam ver quem está embaixo e vice versa.A ornamentação interior da Escola de Música é muito rica em detalhes que vão desde os revestimentos aos elementos decorativos existentes Proporção Quanto à proporção temos a sua presença tanto na planta baixa quanto nos ambientes. Bibliografia DE PAOLA, Andrely e GONZALEZ, Helenita. Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro: História e Arquitetura. Rio de Janeiro: UFRJ/SR-5, 1998. CZAJKOWSKI, Jorge. Guia da Arquitetura Eclética no Rio de Janeiro. Ed. Centro de Arquitetura e Urbanismo. Rio de Janeiro, 2000. O prestígio do luxo e da riqueza decorativa Presente tanto na decoração interior como na ornamentação da fachada a importação de elementos para construção, como o ferro Observados no portão e no guarda corpo da escada do Foyer a presença de colunas e outras peças ornamentais; a expressividade, a dramaticidade e a sofisticação das construções. a presença de um ou mais estilos arquitetônicos; Todas são características do estilo Eclético, encontradas neste edfício, tanto na fachada como no interior, que é assinado por Cipriano Lemos.
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