Buscar

aula - Leptospirose

Prévia do material em texto

LEPTOSPIROSE
1
Doença infecciosa febril de início abrupto, cujo espectro clínico pode variar desde um processo inaparente até formas graves;
Doença de Weil, síndrome de Weil, febre dos pântanos, febre dos arrozais;
Agente etiológico – bactéria aeróbica obrigatória do gênero Leptospira, 14 espécies patogênicas;
L. interrogans – mais importante, com mais de 200 sorovares;
Brasil – Icterohaemorrhagiae e Copenhageni casos mais graves;
LEPTOSPIROSE
2
Reservatórios – Animais sinantrópicos domésticos e selvagens;
Principais – Rattus norvegicus (ratazana), Rattus rattus (rato preto), Mus musculus (camundongo);
Outros reservatórios – caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos;
R. norvegicus – Icterohaemorraghiae
LEPTOSPIROSE
3
Infecção – exposição direta ou indireta à urina de animais infectados;
Transmissão – penetração do microrganismo em pele com presença de lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou através de mucosas;
Outras modalidades de transmissão – contato com sangue, tecidos e órgãos de animais infectados; transmissão acidental em laboratórios; e ingestão de água ou alimentos contaminados;
Transmissão pessoa a pessoa – contato com urina, sangue, secreções e tecidos de pessoas infectadas;
Período de incubação – de 1 a 30 dias (média entre 5 e 14 dias);
LEPTOSPIROSE
4
Transmissibilidade – dependendo de espécie animal e do sorovar envolvido a leptospira pode ser eliminada pela urina durante a vida toda;
Suscetibilidade – universal, mas precisamente relacionada às precárias condições de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados;
Imunidade – imunidade adquirida pós-infecção é sorovar-específica;
Manifestações clínicas – formas assintomáticas e subclínicas até quadros clínicos graves, associados a manifestações fulminantes;
Apresentações clinicas – fase precoce (fase leptospirêmica) e fase tardia (fase imune);
LEPTOSPIROSE
5
Fase precoce
Autolimitado e regride entre 3 a 7 dias sem deixar sequelas;
Febre acompanhada de cefaleia, mialgia, anorexia, náuseas e vômitos;
Diarreia, artralgia, hiperemia ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular e tosse;
Em 20% dos casos – hepatomegalia, esplenomegalia e linfadenopatia;
Sintomas diferenciados – Sufusão conjuntival, intensa mialgia lombar e na panturrilha;
LEPTOSPIROSE
6
Fase tardia
Síndrome de Weil – icterícia, insuficiência renal e hemorragia pulmonar;
Síndrome de hemorragia pulmonar – lesão pulmonar aguda e sangramento pulmonar maciço associado com tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica e dor torácica e cianose;
Hemoptise – sinal de extrema gravidade, pode levar a insuficiência respiratória e a óbitos;
LEPTOSPIROSE
7
Complicações
Insuficiência renal aguda;
Miocardite, acompanhada ou não de choque e arritmias;
Pancreatite; 
Anemia;
Confusão, delírio, alucinações;
Encefalite, paralisias focais, espasticidade, nistagmo;
Paralisia de nervos cranianos, síndrome de Guillain-Barré;
LEPTOSPIROSE
8
Exames específicos
Fase precoce – visualização de leptospira no sangue por meio de exame direto, de cultura ou inoculação em animais de laboratório e detecção do DNA pela PCR;
Fase tardia – leptospira encontrada na urina, técnicas caras e de difícil uso; ideal métodos sorológicos (ELISA-IgM);
Exames inespecíficos	
hemograma e bioquímica (ureia, creatinina, bilirrubina total e frações, TGO, TGP, gama-GT, fosfatase alcalina e CPK, Na+ e K+);
Rx, ECG e gasometria arterial;
DIAGNOSTICO
9
Fase precoce – dengue, influenza (síndrome gripal), malária, riquetsioses, doença de Chagas aguda, toxoplasmose, febre tifoide;
Fase tardia – hepatites virais agudas, hantavirose, febre amarela, malária grave, dengue grave, febre tifoide, endocardite, riquetsioses, doença de Chagas aguda, pneumonias, pielonefrite aguda, apendicite aguda, sepse, meningites, colangite, colecistite aguda, coledocolitíase, esteatose aguda da gravidez, síndrome hepatorrenal, síndrome hemolítico-urêmica, lúpus eritematoso sistêmico;
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
10
TRATAMENTO
11
RELATIVAS ÀS FONTES DE INFECÇÃO
Controle da população de roedores;
Criação de animais seguindo os preceitos das boas práticas de manejo e posse responsável;
Armazenamento apropriado dos alimentos;
Tratamento adequado dos resíduos sólidos;
Manutenção de terrenos, públicos ou privados, murados, limpos e livres de mato e entulhos;
Medidas de prevenção 
e controle
12
RELATIVAS ÀS VIAS DE TRANSMISSÃO
Cuidados com a água para consumo humano;
Limpeza da lama residual das enchentes;
Limpeza de reservatórios domésticos de água (caixa d’água e cisternas);
Cuidados com os alimentos;
Saneamento ambiental;
Medidas de prevenção 
e controle
13
Referencias 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 10. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2019;
PELISSARI, D. M. et al. Systematic Review of Factors Associated to Leptospirosis in Brazil, 2000-2009. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 20, n. 4, p. 565-574, out./dez. 2011

Continue navegando