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1 
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2 
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Sumário 
Introdução 
Urgência e emergência 
História dos atendimentos móveis de urgência 
SAMU 
Ambulância de Suporte Avançado de Vida 
Tipos de ambulâncias 
Veículos utilizados como ambulância 
Instalações 
Cuidados com as ambulâncias 
Materiais e equipamentos da UTI móvel 
Medicamentos obrigatórios que deverão constar em toda UTI Móvel 
Tripulação das ambulâncias 
Atribuições dos profissionais 
O paciente 
A razão de trabalhar em UTI móvel 
As transferências inter-hospitalares 
Transporte de pacientes críticos 
Regulamentação 
Conclusão 
Bibliografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
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Introdução 
Veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes com alto risco em urgências 
pré-hospitalares ou transporte inter-hospitalar que necessitem de cuidados médicos 
intensivos. 
 
Dispõe de equipamentos e materiais para realização de procedimentos complexos e 
avançados de reanimação e estabilização, realizados por médico e enfermeiro 
O Brasil conta com uma moderna frota de ambulâncias desse tipo, especialmente no 
SUS. 
Para trabalhar em uma UTI móvel são necessários alguns requisitos. O médico precisa 
estar atento em qualificar-se nos parâmetros de uma UTI antes de transportar qualquer 
paciente em UTI móvel. 
É necessário que este profissional tenha feito no mínimo ATLS “advenced treatment 
support of life e ACLS – “Advance carddiology life support” e PHTLS – “pré hospitalar 
life support” e também uma residência médica compatível com o tipo de atividade. 
Para atuar em UTI móvel o profissional deve ser calmo, suportar pressões, coordenar 
com sabedoria a equipe, liderar, saber seguir protocolos. 
O enfermeiro segue os mesmos preceitos do médico, tendo como objetivo básico ficar 
atento aos mínimos detalhes do paciente. Ele deve ter o sentido aguçado para 
observação, submissão sem medo de atuar, deve ter conhecimento profundo de onde se 
encontram os equipamentos e medicações. 
 
 
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Urgência e emergência 
São dois conceitos de suma importância para a decisão de prioridades de atendimento 
em serviços de pronto-socorro. 
Saiba como diferenciar uma EMERGÊNCIA de uma URGÊNCIA. 
 
Emergência 
O atendimento deverá ser IMEDIATO em situação SÚBITA aguda, NÃO HABITUAL, 
que implica RISCO de vida IMINENTE. 
 Dor intensa, especialmente no peito, opressiva, irradiada ou não para os 
membros superiores, queixo, estômago, associadas ou não a suores frios, falta de 
ar e náuseas; 
 Alteração súbita do nível de consciência, dificuldade de falar e de movimentar 
um ou vários membros; 
 Perda de sangue em grande quantidade; 
 Quando alérgico grave, placas vermelhas e inchadas no corpo, tosse e falta de ar; 
 Falta de ar intensa, chiado no peito, suores, incapacidade de permanecer deitado, 
com pele, lábios e língua arroxeados; 
 Movimento do tipo tremores, ou abalos em todo o corpo ou partes dele, com 
desvio dos olhos e repuxo da boca; 
 Aumento súbito da pressão arterial, acompanhada por dor de cabeça, tonturas, 
falta de ar. Pode ocorrer perda da visão na crise; 
 Acidentes graves; 
 Perda de líquidos (sangramento, diarréia, vômitos), com queda súbita da pressão 
arterial, sede intensa, palidez, perda de força e extremidades frias. Há ainda 
sudorese; 
 Fraturas com hemorragia ou perda da consciência; 
 Afogamentos; 
 Choques elétricos; 
 Intoxicações graves; 
 Aspiração de corpos estranhos. 
Urgência. 
Situação aguda, NÃO HABITUAL que aparece em geral de modo súbito, SEM RISCO 
de vida iminente ao paciente, mas que impossibilita a ida até o médico. O atendimento 
será prestado em um prazo de até uma hora. 
5 
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 Febre elevada de causa não esclarecida e rebelde aos antitérmicos, com dor de 
cabeça intensa ou antecedente de crise convulsiva; 
 Dores de cabeça súbitas e de forte intensidade, não habituais e que não cedem 
com os medicamentos comuns; 
 Tonturas intensas acompanhadas de perda súbita de equilíbrio ou de sonolência; 
 Dor lombar súbita muito intensa, acompanhada de náuseas, vômitos e alterações 
urinárias; 
 Cortes profundos; 
 Fraturas sem hemorragia; 
Assim fica fácil conceituar o transporte em UTI móvel, pois na grande maioria dos 
casos estaremos fazendo o transporte de pacientes estáveis de uma unidade hospitalar 
para outra. 
Todo o possível já foi feito pela equipe hospitalar, caso aconteça alguma coisa é de 
suma importância que o médico da UTI móvel melhore ao máximo as condiçoes do 
paciente, para que o tranposte não se torne um risco ainda maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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História dos atendimentos móveis de urgência 
O conceito de ambulância tem evoluído ao longo do tempo. Classicamente definido 
como um veículo para a transferência de doentes e feridos. 
O termo "ambulância" vem da palavra latina "ambulare", que significa "movimentar". 
Até à Segunda Guerra Mundial a palavra era também usada para designar os postos de 
socorro militares de campanha. Atualmente o termo está geralmente associado aos 
veículos automóveis onde é administrada assistência médica de emergência a pacientes 
com doença ou ferimentos graves. Estes veículos estão normalmente equipados com 
luzes rotativas e sirenes de aviso, destinados a facilitar a sua deslocação rápida através 
do trânsito. 
No mundo 
Século VI: Imperador Mauricius cria um grupo de cavaleiros encarregados da remoção 
de feridos. 
No final do século XVIII, o cirurgião francês Dominique Jean Larrey, um dos líderes dos 
exércitos de Napoleão mudou o conceito de ambulância, convertendo-a em um veículo que 
levava médicos com seu equipamento para o campo de batalha. Barão Larrey desenvolve 
todos os preceitos do cuidado médico de emergência utilizados atualmente: 
 rápido acesso ao paciente por profissional treinado; 
 tratamento e estabilização no campo; 
 rápido transporte aos hospitais apropriados; 
 cuidados médicos durante o transporte. 
1859 - H. Dunant, pleiteia o estabelecimento da convenção de Genebra da qual será 
originado a Cruz Vermelha. 
1864 - Sistema organizado de socorro à população civil (Railway Surgery - USA) foi 
implantado, com o objetivo de prestar cuidados médicos às vítimas do trauma durante 
as viagens de trem. 
Em 1865: Nos EUA foi instituído o serviço de ambulâncias pelo exército americano 
Em 1869: O serviço de primeira ambulância a atenção da população civil começou em 
1865 em Cincinnati e em 1869 em Nova York em veículos puxados por cavalos, mas, 
embora na posse de alguns equipamentos básicos, praticamente limitada à transferência 
de pacientes para o hospital. 
A primeira ambulância motorizada foi usado pela primeira vez em 1899, era um veículo 
muito pesado se movendo a uma velocidade de 20 km por hora. 
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1870 - Primeiro registro de transporte aero-médico, por meio de balão de ar quente, pelo 
exército prussiano em Paris. 
1899 - Primeira ambulância motorizada operada pelo Hospital Micheal Reese Hospital 
de Chicago; alcançava 30 km/hora 
1924 - Chefe Cot - Cria o ”Serviço de Emergência para os Asfixiados”, dentro do 
regimento de Bombeiros de Paris, que é o primeiro exemplo de postos de emergência 
móvel avançados, distinto dos serviços hospitalares. 
Durante a I e II Grandes Guerras Mundiais, os serviços médicos militares provaram sua 
eficácia no acesso e manejo precoce das pessoas feridas. Entretanto, embora o sistema 
militar médico tornara-se bem desenvolvido, o desenvolvimento do sistema civil estava 
atrasado. 
1956 - Professor Cara em Paris - Cria o primeiro Serviço Móvel de Emergência e 
Reanimação (SMUR), com a finalidade de assegurar o transporte interhospitalar de 
pacientes em insuficiência respiratória séria, principalmenteno momento da epidemia 
de poliomielite. 
Final dos anos 50 - J.D. Farrington, e outros, questionaram quais as lições aprendidas 
pelos serviços médicos militares poderiam ser aplicadas aos civis para melhorar o 
cuidado civil. 
1962 - Professor Larcan - Abre em Nancy, um serviço de emergência médica urbano. 
1965 - Ministério de Saúde Francês impõe a certos centros hospitalares que se dotem de 
meios móveis de socorro de emergência. Serviços de Atendimento Médico de Urgência 
são criados para administrar as chamadas médicas que apresentam um caráter de 
emergência assim como o funcionamento do SMURS (UTI Móveis). 
Os Serviços de Atendimento Médico de urgência, inicialmente centrados nos 
atendimentos de estrada, estendem seu campo de ação inclusive para intervenções não 
traumatológicas, transportes inter-hospitalares e chamadas da população por ansiedade, 
quer se trate de uma urgência vital ou simplesmente sentida como tal. 
No Brasil 
No ano de 1893, o Senado da jovem República Brasileira, aprova a Lei que pretendia 
estabelecer o socorro médico de urgência na via pública. 
O Rio de Janeiro em 1904, foram instalados postos de Pronto Socorro e em 1907, o 
Prefeito Pereira Passos encomendou na Europa várias ambulâncias. O veículo, 
destinado a transporte de pacientes, havia sido criado em 1792, por Dominique Larrey, 
o cirurgião chefe da Grande Armada de Napoleão Bonaparte, as ambulâncias móveis. 
Nesta ocasião criou-se também a palavra ambulância (do latim Ambulare – “deslocar”) 
designando uma ambulância móvel para ser fixada no campo de batalha, para funcionar 
como estrutura correspondente a um hospital de campanha. Larrey atendia aos feridos 
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(“debaixo do fogo inimigo”), iniciando no local o tratamento precoce, com suturas, 
incisões de partes lesadas, imobilizações e quando necessárias amputações. Optando 
pelo tratamento no local, era observada maior chance de sobrevida. 
Na assistência médica, as ambulâncias foram consideradas durante muito tempo, mais 
como um Sistema de Transporte do que como unidade de atendimento e cuidados 
precoces, diferente da utilização que teve principalmente nas guerras. 
Frequentemente a gerência das frotas de ambulâncias, sequer estavam ligadas 
diretamente a Serviços de Saúde, aos Serviços Municipais de Transporte, quando não 
diretamente aos gabinetes do Executivo. 
Década de 50 - "SAMDU" - Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência 
podemos considerar, do ponto de vista histórico, esta atividade como um embrião da 
atenção pré-hospitalar no Brasil. Por uma série de motivos, incluindo a não introdução 
do método de regulação médica das urgências, esta atividade foi sendo desativada 
progressivamente e terminou. 
Década de 60 e 70 – Vários Serviços privados de atendimento domiciliar de urgência 
foram inaugurados no Brasil. 
A partir de 1975, com a Lei 6229, quando o município ficou com a responsabilidade do 
atendimento às urgências, através de serviços próprios, conveniados ou transferidos para 
localidades com recursos, a distribuição de ambulâncias transformou- se em moeda política, 
distribuída com grande alarde, pois se constituíam em “outdoor móvel”, com grande 
identificação do doador e também do governante local que a havia conseguido. A profusão de 
informação exterior era sempre inversamente proporcional aos recursos no seu interior, maca e 
sirene. Os veículos escolhidos, em sua grande maioria não eram apropriados para o 
transporte de pacientes em boas condições, pois a altura e o espaço físico, não 
permitiam sequer que o paciente pudesse fazer uso de “soro fisiológico E.V. ou uso de 
O2”, no caso de paciente crítico. 
1987 - O primeiro serviço de atendimento pré-hospitalar em Minas Gerais, sem a 
presença de médico, foi implantado pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar, em 
Blumenau, em parceria com outras entidades. Sete anos após já atuava em 15 cidades 
catarinenses, contando apenas com a participação de socorristas e sem pessoal médico. 
1990 - Início do atendimento pré-hospitalar pelos corpos de bombeiros no Brasil 
1989 - Cooperação SAMU de Paris-São Paulo para introdução do pré-hospitalar com 
início do SAMU e Paramédicos de São Paulo 
1990 - Projeto Pró-Trauma em Minas Gerais e início do trabalho préhospitalar em 
Florianópolis 
1991 - Início do SIATE em Curitiba 
1994 - Início do Belém 192 urgente 
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1995 - Início do SAMU de Porto Alegre e início da rede 192 
1996 - Início do SAMU de Campinas e a Rede 192 transformada em Rede Brasileira de 
Cooperação em Emergências 
1997 - Primeira resolução sobre pré-hospitalar e transportes sanitários pelo CREMESC 
1998 - Resolução do CFM 
1999 - Portaria Ministerial 824 
2001 - Portaria Ministerial 814 
1996-2002 - Início e desenvolvimento de diversos SAMU no Brasil: "SOS Fortaleza", o 
"SAMU-RESGATE” da região metropolitana de São Paulo, Ribeirão Preto, Araraquara, 
São José do Rio Preto, Santos, região do Vale do Ribeira, Belo Horizonte, Recife, etc. 
Atualmente no Brasil, nas grandes cidades, o conceito de ambulância, deixa de ser o de 
Sistema de Transporte e Remoção e se incorpora, como parte do Sistema de Saúde, com 
a função de diminuir o intervalo terapêutico nas urgências. 
2003 – Portarias Ministeriais 1863 e 1864 tornam o SAMU – 192 um serviço nacional. 
2003 – 2008 – Vários SAMUs são inaugurados no Brasil, ultrapassando a cobertura de 
100 milhões de cidadãos brasileiros em junho de 2008. 
 
carruagem puxada por cavalos servindo como uma ambulância durante a Guerra Civil Americana 
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Puxada por cavalos ambulância fora do Hospital Bellevue , em Nova York . A fotografia data de 
1895 
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Cadillac AJ Miller de 1948 ambulância convertido. 
 
Ford T de 1916 , ambulância campo. Era feito de madeira e o modelo foi amplamente utilizado 
pelos britânicos, franceses e americanos durante a Segunda Guerra Mundial . A sua velocidade 
máxima foi de 72 km / h 
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Ambulancia alemã Segunda Guerra Mundial 
 
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Ambulancia moderna em Israel . É um veiculo blindado Ford utilizado em caso de emergencia por 
ataques terroristas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SAMU 
O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 1864/GM, em setembro de 2003, implantou o 
serviço móvel de urgência com a criação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência 
(SAMU). 
É o atendimento que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua 
saúde, de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras, 
que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário garantir 
atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e 
integrado ao Sistema Único de Saúde. 
Pode ser considerado atendimento primário quando o pedido de socorro for oriundo de um 
cidadão, ou atendimento secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde no qual 
o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de 
urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a outro serviço de maior complexidade 
para a continuidade do tratamento. 
De acordo com o Ministério da Saúde, está sendo implantado um programa para tornar o 
atendimento mais rápido e eficaz, chamado motolândia. Com ele, o atendimento pode ser 
antecipado em até 5 minutos. A moto é guiada por um profissional com Carteira Nacional de 
Habilitação (CNH), de categoria A, que possua curso de socorro básico e pilotagem defensiva. 
O SAMU é um serviço de saúde presente em quase todo o país. É desenvolvido pela Secretaria 
de Estado, em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais organizadas 
macrorregionalmente. 
É responsávelpelo componente Regulação dos Atendimentos de Urgência, pelo Atendimento 
Móvel de Urgência da Região e pelas transferências de pacientes graves da região. 
Faz parte do sistema regionalizado e hierarquizado, capaz de atender, dentro da região de 
abrangência, todo enfermo, ferido ou parturiente em situação de urgência ou emergência, e 
transportá-los com segurança e acompanhamento de profissionais da saúde até o nível hospitalar 
do sistema. 
Além disto intermedia, através da central de regulação médica das urgências, as transferências 
inter-hospitalares de pacientes graves, promovendo a ativação das equipes apropriadas e a 
transferência do paciente. 
Com pouco mais de 10 anos de existência o SAMU se anuncia como mais uma potente 
instituição do SUS, capaz de ligar todos os pontos de atenção da Rede de Urgência. 
Suas Centrais de Regulação, distribuídas no território nacional, disponibilizam acolhimento e 
resposta às solicitações de atendimento de mais de 75% da população. 
Os profissionais de saúde que atuam no SAMU contam com unidades de suporte básico, 
unidades de suporte avançado, motolâncias, ambulanchas e unidades aeromédicas habilitadas e 
disponíveis. 
Objetivos 
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 Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da Central de 
Regulação Médica das Urgências, utilizando número exclusivo e gratuito; 
 Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde, no que concerne às 
urgências, equilibrando a distribuição da demanda de urgência e proporcionando 
resposta adequada e adaptada às necessidades do cidadão, através de orientação ou pelo 
envio de equipes, visando atingir todos os municípios da região de abrangência; 
 Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta ou à distância, de 
todos os atendimentos pré-hospitalares; 
 Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto em casos de traumas 
como em situações clínicas, prestando os cuidados médicos de urgência apropriados ao 
estado de saúde do cidadão e, quando se fizer necessário, transportálo com segurança e 
com o acompanhamento de profissionais do sistema até o ambulatório ou hospital; 
 Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU ao dos serviços de salvamento 
e resgate do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Defesa 
Civil ou das Forças Armadas quando se fizer necessário; 
 Regular e organizar as transferências inter-hospitalares de pacientes graves internados 
pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito macrorregional e estadual, ativando 
equipes apropriadas para as transferências de pacientes; 
 Participar dos planos de organização de socorros em caso de desastres ou eventos com 
múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo, ferroviário, inundações, terremotos, explosões, 
intoxicações coletivas, acidentes químicos ou de radiações ionizantes, e demais 
situações de catástrofes; 
 Manter, diariamente, informação atualizada dos recursos disponíveis para o 
atendimento às urgências; 
 Prover banco de dados e estatísticas atualizados no que diz respeito a atendimentos de 
urgência, a dados médicos e a dados de situações de crise e de transferência inter-
hospitalar de pacientes graves, bem como de dados administrativos; 
 Realizar relatórios mensais e anuais sobre os atendimentos de urgência, transferências 
inter-hospitalares de pacientes graves e recursos disponíveis na rede de saúde para o 
atendimento às urgências; 
 Servir de fonte de pesquisa e extensão a instituições de ensino; 
 Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação, ações que precisam ser 
desencadeadas dentro da própria área da saúde e de outros setores, como trânsito, 
planejamento urbano, educação dentre outros. 
 Participar da educação sanitária, proporcionando cursos de primeiros socorros à 
comunidade, e de suporte básico de vida aos serviços e organizações que atuam em 
urgências; 
 Estabelecer regras para o funcionamento das centrais regionais 
Equipe da central de regulação 
 Médicos reguladores; 
 Técnicos auxiliares de regulação médica; 
 Controladores de frota e Radioperadores. 
Equipe das unidades de tratamento intensivo móvel (UTIM) 
 Médico; 
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 Enfermeiro; 
 Motorista socorrista. 
Equipe do helicóptero de suporte avançado Prf - samu 
 Médico (SAMU); 
 Enfermeiro (SAMU); 
 Piloto (PRF); 
 Técnico de Operações Especiais (PRF). 
Equipes das unidades móveis de suporte básico 
 Técnico de Enfermagem; 
 Motorista-socorrista. 
Equipe do helicóptero de suporte avançado ARCANJO I 
 Médico (SAMU); 
 Enfermeiro (SAMU); 
 Piloto (Corpo de Bombeiros); 
 Operador de Vôo (Corpo de Bombeiros). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ambulância de Suporte Avançado de Vida 
Veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes com alto risco em urgências 
pré-hospitalares ou transporte inter-hospitalar que necessitem de cuidados médicos 
intensivos. Dispõe de equipamentos e materiais para realização de procedimentos 
complexos e avançados de reanimação e estabilização, realizados por médico e 
enfermeiro Segundo o parâmetro populacional calcula-se uma ambulância SAV para 
400.000 habitantes. 
Composição da equipe: A equipe do SAV é composta por médico, enfermeiro e 
condutor. O Trabalho nestas unidades (UTI Móveis e Veículos de Ligação 
Medicalizada) deverá ser realizado em regime de plantão de 12 horas. 
Fases do Atendimento de Suporte Avançado de Vida: 
 recebimento, identificação e localização do pedido de atendimento de urgência 
pelo TARM (Técnico auxiliar de regulação médica); 
 avaliação pelo médico regulador do risco presumido do evento; 
 em situações de alto risco/gravidade, envio de equipe de suporte avançado de 
vida; 
Atendimento no local: 
 Realiza-se a avaliação do paciente e/ou os procedimentos necessários à 
estabilização e manutenção de sua vida, confirmando ou não a gravidade 
presumida pelo médico regulador que, de posse destas informações indica o 
serviço de saúde mais adequado à continuidade do atendimento, segundo a grade 
de referência hierarquizada e regionalizada disponível, combinada à avaliação 
dinâmica que o médico regulador deve fazer das portas de urgência Transporte 
ao serviço de saúde indicado pelo médico regulador. 
 Passagem do caso à equipe do serviço receptor. 
 Encerramento do caso junto à Central. 
 
 
 
 
 
 
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Tipos de ambulâncias 
Tipo A – ambulância de transporte: veículo destinado ao transporte em decúbito 
horizontal de pacientes que não apresentem risco de vida, para remoções simples e de 
caráter eletivo 
Tipo B – ambulância de suporte básico: veículo destinado ao transporte inter-hospitalr 
de pacientes 
Tipo C - ambulância de resgate: veículo de atendimento de emergências pré-
hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, 
com equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas) 
Tipo D – ambulância de suporte avançado: veículo destinado ao atendimento e 
transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte 
inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos 
Tipo E – ambulância de transporte médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada 
para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de 
resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo departamento de aviação 
civil- dac 
Tipo F - embarcação de transporte médico: veículo motorizado hidroviário destinado ao 
transporte de pacientes por via marítima ou fluvial. Deve possuir os equipamentos 
médicos necessários ao atendimento dos mesmos conforme sua gravidade. 
Veículos de ligação medicalizada (vlm) ou de intervenção rápida: veículos, também 
chamados de veículos leves, veículosrápidos ou veículos de ligação médica são 
utilizados para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer 
suporte avançado de vida nas ambulâncias do Tipo A, B, C e F. 
Outros veículos: veículos habituais adaptados para transporte de pacientes de baixo 
risco, sentados (ex. pacientes crônicos) que não se caracterizem como veículos tipo 
lotação (ônibus, peruas, etc.). Este transporte só pode ser realizado com anuência 
médica. 
 
 
 
 
 
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Veículos utilizados como ambulância 
As ambulâncias podem basear-se em muitos tipos de veículos. As condições de 
emergência podem levar, inclusive à adaptação imporvisada de veículos como 
ambulâncias. 
Furgão - uma ambulância típica baseia-se num automóvel com carroçaria do tipo 
furgão, normalmente assente num chassis standard. Na América do Norte são comuns 
as ambulâncias baseadas em veículos com uma caixa grande, chamados de "mod" 
(modulares); 
Carro / Todo-o-terreno - usados quer como veículos de socorro médico, transportando 
apenas a equipamento e o equipamento de socorro, quer, mais raramente, como 
transporte de doentes que possam viajar sentados. Alguns carros/ todo-o-terreno podem 
transportar uma maca; 
Motocicleta - em algumas áreas urbanas as motocicletas são utilizadas como veículo de 
socorro médico, pela sua capacidade de deslocamento rápido através de trânsito 
congestionado. Em alguns locais da África são utilizadas motos com side-car ou 
pequenos trailers para transportar pacientes. Normalmente são tripuladas por um 
médico, enfermeiro ou paramédico e tranportam algum equipamento de suporte 
avançado de vida; 
Bicicleta - usado em alguns países, do mesmo modo que as motocicletas, mas 
normalmente em zonas exclusivamente pedestres; 
Moto-quatro/ triclo motorizado - usados do mesmo modo que as motocicletas em 
eventos ao ar livre e em zonas de difícil acesso a outros veículos motorizados; 
Carro de Golf - usado em determinados eventos, normalmente desportivos, como 
veículo de socorro médico e para transporte de pacientes em maca; 
Helicóptero - usado para o socorro e o transporte de vítimas em locais inacessíveis por 
outros meios, ou em situações em que a rapidez é essencial; 
Avião - usado tanto para a prestação de cuidados médicos em locais vastos e remotos ou 
para o transporte de pacientes através de longas distências; 
Barco - usado como ambulância em ilhas ou outros locais acessíveis por água; 
Navio - usado como hospital móvel, normalmente pelas forças armadas em locais de 
guerra ou de catástrofe, onde não existam instalações hospitais disponíveis em número 
suficiente. Podem também ser considerados ambulância pois, além de prestarem 
cuidados de saúde aos pacientes, também os transportam. 
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Instalações 
As instalações da ambulância de Transporte (classe A) deverá ter as seguintes 
dimensões: 1,20 m de altura mínima; 1,30 m de largura mínima e 1,80 m de 
comprimento mínimo. Deverá haver divisória rígida e fixa separando os 
compartimentos do motorista e do paciente. A cor básica deverá ser o branco. 
As demais ambulâncias (classes B, C e D) deverão ter as instalações com altura mínima, 
largura mínima e comprimento mínimo: 1,50 m X 1,60 m X 2,10 m, respectivamente. 
Nestes veículos será necessária a comunicação ampla entre os compartimentos do 
motorista e paciente, com exceção da ambulância de suporte avançado (classe D) onde 
poderá haver divisória. 
As instalações da aeronave de transporte (classe E) deverá ter, no compartimento 
reservado a maca e/ou prancha rígida, 45cm de largura mínima e 1,70m de 
comprimento mínimo, com dois lugares para a equipe técnica. Todos os equipamentos 
deverão ser obrigatoriamente homologados para uso aeromédico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Cuidados com as ambulâncias 
 Cada veículo deverá ser mantido em bom estado de conservação e em condições 
de operação. 
 O uso de sinalizador sonoro e luminoso somente será permitido durante a 
resposta aos chamados de emergência e durante o transporte de pacientes, de 
acordo com a legislação em vigor. 
 A maca deverá ter um sistema de fixação no veículo e cintos de segurança em 
condições de uso. Os cintos de segurança são também obrigatórios para todos os 
passageiros. 
 É obrigatória a desinfecção do veículo após o transporte de pacientes portadores 
de moléstia infectocontagiosa, antes de sua próxima utilização, de acordo com a 
Portaria MS nº 930/92. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Materiais e equipamentos da UTI móvel 
 Sinalizador óptico e acústico; 
 Equipamento de rádio-comunicação fixo e móvel; 
 Maca com rodas e articulada; 
 Dois suportes de soro; 
 Cadeira de rodas dobrável; 
 Instalação de rede portátil de oxigênio (é obrigatório que a quantidade de 
oxigênio permita ventilação mecânica por no mínimo duas horas); 
 Respirador mecânico de transporte, com alarmes de desconexão de circuito, 
pressão alta em vias aéreas, falha de ciclo, baixa pressão de gás, PEEP até 15 cm 
de H2O; 
 Monitor multiparâmetro ou aparelhos separados contendo, no mínimo, oximetria 
de pulso, pressão arterial não - invasiva; unidade geradora de marca-passo 
transvenoso portátil; 
 Eletrocardiógrafo capaz de registrar ECG de 12 derivações; 
 Monitor cardíaco e cardioversor com marca-passo externo com bateria e 
instalação elétrica disponível; 
 Duas ou mais bombas de infusão com bateria e equipo; 
 Maleta de vias aéreas contendo: máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de 
vários tamanhos; cateteres de aspiração; adaptadores para cânulas; cateteres 
nasais; seringa de 20 ml para insuflar o "cuf"; ressuscitador manual 
adulto/infantil; sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos; luvas de 
procedimentos; máscara para ressuscitador adulto/infantil; lidocaína geléia e 
"spray"; cadarços para fixação de cânula; laringoscópio infantil/adulto com 
conjunto de lâminas; estetoscópio; esfigmomanômetro adulto/infantil; cânulas 
orofaríngeas adulto/infantil; fios-guia para intubação; pinça de Magyl; bisturi 
descartável; cânulas para traqueostomia; 
 Material para cricotiroidostomia; drenos para tórax; 
 Maleta de acesso venoso contendo: tala para fixação de braço; luvas estéreis; 
recipiente de algodão com antiséptico; pacotes de gaze estéril; esparadrapo; 
material para punção de vários tamanhos, incluindo agulhas metálicas, plásticas 
e agulhas especiais para punção óssea; garrote; equipos de macro e microgotas; 
cateteres específicos para dissecção de veias, tamanho adulto/infantil; tesoura, 
pinça de Kocher; cortadores de soro; lâminas de bisturi; seringas de vários 
tamanhos; torneiras de 3 vias; equipo de infusão de 4 vias; frascos de solução 
salina; 
 Caixa completa de pequena cirurgia; 
 Maleta de parto como descrito nos itens anteriores; 
 Frascos de drenagem de tórax; 
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 Extensões para drenos torácicos; 
 Sondas vesicais; coletores de urina; 
 Protetores para eviscerados ou queimados; espátulas de madeira; sondas 
nasogástricas; 
 Eletrodos descartáveis; 
 Equipos para drogas fotossensíveis; 
 Equipo para bombas de infusão; 
 Circuito de respirador estéril de reserva; 
 Equipamentos de proteção à equipe de atendimento: 
 Óculos, máscaras e aventais; 
 Cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo; 
 Campo cirúrgico fenestrado; 
 Almotolias com anti-séptico; 
 Conjunto de colares cervicais; 
 Prancha longa para imobilização da coluna. 
Para atendimento de neonatos deverá haver: 
 Incubadora de transporte de recém-nascido com bateria e ligação à tomada do 
veículo (12 volts), suporte em seu próprio pedestal para cilindro de oxigênio e ar 
comprimido, controle de temperatura com alarme. Aincubadora deve estar 
apoiada sobre carros com rodas devidamente fixadas quando dentro da 
ambulância; 
 Respirador de transporte neonatal 
 
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Medicamentos obrigatórios que deverão constar em toda UTI Móvel 
 Lidocaína sem vasoconstritor; 
 Adrenalina, atropina; dopamina; aminofilina; dobutamina; hidrocortisona; 
glicose 50%; 
 Soros: glicosado 5%; fisiológico 0,9%; 
 Psicotrópicos: hidantoína; meperidina; diazepan; midazolan; 
 Outros: água destilada; metoclopramida; dipirona; hioscina; nifedipina; dinitrato 
de isossorbitol; furosemida; amiodarona; lanatosideo C. 
Sempre pensar que a autonomia das medicações é o dobro ou triplo do necessário: 
Ex: em uma viagem de 4 horas leve medicação e oxigênio para 12 horas 
 
 
 
 
 
 
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Tripulação das ambulâncias 
Ambulância tipo A: 2 profissionais, sendo um o motorista e o outro um Técnico ou 
Auxiliar de enfermagem. 
Ambulância tipo B: 2 profissionais, sendo um o motorista e um técnico ou auxiliar de 
enfermagem. 
Ambulância tipo C: 3 profissionais militares, policiais rodoviários, bombeiros 
militares, e/ou outros profissionais reconhecidos pelo gestor público, sendo um 
motorista e os outros dois profissionais com capacitação e certificação em salvamento e 
suporte básico de vida. 
Ambulância tipo D: 3 profissionais, sendo um motorista, um enfermeiro e um médico. 
Aeronaves: o atendimento feito por aeronaves deve ser sempre considerado como de 
suporte avançado de vida. - Para os casos de atendimento pré-hospitalar móvel primário 
não traumático e secundário, deve contar com o piloto, um médico, e um enfermeiro; - 
Para o atendimento a urgências traumáticas em que sejam necessários procedimentos de 
salvamento, é indispensável a presença de profissional capacitado para tal. 
 
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Atribuições dos profissionais 
Médico 
Profissional de nível superior titular de diploma médico, devidamente registrado 
no conselho regional de medicina de sua jurisdição, habilitado ao exercício da 
medicina em UTI de transporte, atuando nas áreas de suporte avançado de vida e 
em todos os cenários pré-hospitalares. 
É requisito básico que o médico seja equilibrado emocionalmente, tenha 
autocontrole, seja seguro de suas ações, tenha liderança e seja seguro de suas atitudes. 
Assim como é imprescindível que ele e todos os profissionais tenham capacidade 
física e mental para a atividade. 
Requisitos gerais: 
 Equilíbrio emocional e autocontrole; 
 Disposição para cumprir ações orientadas; 
 Iniciativa e facilidade de comunicação; 
 Destreza manual e física para trabalhar em unidades móveis; 
 Capacidade de trabalhar em equipe. 
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Competências: 
 Exercer a regulação médica do sistema, compreendendo :recepção dos chamados 
de auxílio, análise da demanda, classificação em prioridades de atendimento, 
seleção de meios para atendimento (melhor resposta), acompanhamento do 
atendimento local, determinação do local de destino do paciente, orientação 
telefônica; 
 Manter contato diário com os serviços médicos de emergência integrados ao 
sistema; 
 Prestar assistência direta aos pacientes nas ambulâncias, quando indicado, 
realizando os atos médicos possíveis e necessário ao nível pré-hospitalar; 
 Exercer o controle operacional da equipe assistencial; 
 Fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; 
 Avaliar a qualidade profissional dos socorristas e técnicos em emergência 
médica e subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos 
para as necessidades de educação continuada da equipe; 
 Obedecer às normas técnicas vigentes no serviço; 
 Obedecer ao código de ética médica. 
Auxiliar e técnico de enfermagem 
Profissional habilitado para o atendimento pré-hospitalar e credenciado para integrar a 
guarnição de ambulâncias do serviço de atendimento pré-hospitalar. Além da 
intervenção conservadora no atendimento do paciente, é habilitado a realizar 
procedimentos, sob prescrição médica, na vítima do trauma e de outras emergências 
médicas, dentro do âmbito de sua qualificação profissional. 
Requisitos gerais: 
 Maior de dezoito anos; 
 Disposição pessoal para a atividade; 
 equilíbrio emocional e autocontrole; 
 Disposição para cumprir ações orientadas; 
 Disponibilidade para recredenciamento periódico; 
 Experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento de 
urgências e emergências; 
 Capacidade de trabalhar em equipe. 
Competências: 
 Habilitação profissional como auxiliar ou técnico de enfermagem; 
 Administração de medicamento por via oral e parenteral sob prescrição médica e 
supervisão de enfermagem. 
Enfermeiro 
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Profissional de nível superior titular do diploma de enfermagem, devidamente 
registrado no conselho regional de enfermagem da sua jurisdição. 
Habilitado para ações de enfermagem no Atendimento Pré-Hospitalar Móvel, 
conforme os termos deste Regulamento, devendo além das ações assistenciais, 
prestar serviços administrativos e operacionais em sistemas de atendimento pré-
hospitalar. 
Requisitos gerais: 
 Disposição pessoal para a atividade; 
 Equilíbrio emocional e autocontrole; 
 Disposição para cumprir ações orientadas; 
 Disponibilidade para recredenciamento periódico; 
 Experiência profissional prévia em serviço de saúde voltado ao atendimento de 
urgências e emergências; 
 Iniciativa e facilidade de comunicação; 
 Destreza manual e física para trabalhar em unidades móveis; 
 Capacidade de trabalhar em equipe. 
Competências: 
 Administrar tecnicamente o serviço de atendimento pré-hospitalar; 
 Fazer controle de qualidade do serviço nos aspectos inerentes à sua profissão; 
 Participar da formação dos socorristas e dos técnicos em emergência médica; 
 Prestar assistência direta às vítimas, quando indicado; 
 Avaliar a qualidade profissional dos socorristas e técnicos em emergência 
médica e proporcionar-lhes supervisão em serviço; 
 Subsidiar os responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos para as 
necessidades de educação continuada da equipe; 
 Exercer todas as funções legalmente reconhecidas à sua formação profissional; 
 Obedecer ao código de ética de enfermagem. 
Motorista 
Profissional de nível médio, qualificado para a função específica, deve ser devidamente 
habilitado com carteira profissional para dirigir ambulâncias UTI. 
Todo motorista de UTI móvel tem que ter em mente que no transporte ele é o membro 
mais importante da equipe, pois a vida do médico, enfermeiro e do paciente está 
em suas mãos. Depende dele o conforto e tranquilidade de todos a bordo. 
Requisitos gerais: 
 Maior de dezoito anos; 
 Disposição pessoal para a atividade; 
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 Equilíbrio emocional e autocontrole; 
 Disposição para cumprir ações orientadas; 
 Habilitação profissional como motorista de veículos de transporte de pacientes, 
de acordo com a legislação em vigor (Código Nacional de Trânsito); 
 Capacidade de trabalhar em equipe. 
Competências: 
 Trabalhar em regime de plantão, operando veículos destinados ao atendimento e 
transporte de pacientes; 
 Conhecer integralmente o veículo e seus equipamentos, tanto a parte mecânica, 
quanto os equipamentos médicos 
 Realizar manutenção básica do veículo; 
 Auxiliar a equipe de atendimento no manejo do paciente, quando solicitado; 
 Estabelecer contato radiofônico (ou telefônico)ou com a central de comunicação 
(regulação médica) e seguir suas orientações; 
 Conhecera malha viária local; 
 Conhecer a localização de todos os estabelecimentos de saúde integrados ao 
sistema pré-hospitalar local. 
Dicas importantes para o motorista 
 Nunca ultrapasse a velocidade máxima permitida, ou seja, ande sempre 10% a 
20% abaixo da velocidade máxima. 
 Lembre-se que UTI móvel não é resgate, o paciente precisa de todo 
conforto possível, como se estivesse dentro do hospital. 
 A equipe precisa ter tranquilidade dentro do habitáculo, pois muitas vezes 
estará preparando medicações e cuidando com aparelhos delicados, que não 
podem sofrer baques devido a buracos e quebra molas. 
 Mudanças bruscas de direção, freadas e solavancos podem causar danos ao 
paciente, como: extubação, aumento da pressão intracraniana, perda de acesso 
venoso, queda da maca e equipamentos em cima da equipe. 
 Precisa ter conhecimento do manejo de todo o equipamento básico da 
ambulância, como: maca, transformadores, noções de mecânica, ajuda no 
deslocamento inter-hospitalar do paciente e primeiros socorros. 
 Educação refinada, cortesia, comedido nas palavras e opiniões, vestimenta 
adequada para a função. 
 Estar instruído por mapas e GPS, não ficar perguntando ao médico ou ao 
enfermeiro onde fica o hospital de destino. 
 
 
 
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O paciente 
Escala de Glasgow 
A escala é utilizada para avaliar o nível de consciência do paciente 
A escala varia de 03 a 15 sendo que quanto mais baixa a pontuação, mais grave 
é o comprometimento neurológico do paciente 
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Escala de trauma 
A escala de trauma leva em consideração os seguintes itens: frequência respiratória, 
pressão sistólica e escala de coma. Com base no valor de cada item, a cada um 
deles é atribuída pontuação de zero a quatro, cuja soma será o resultado da escala de 
trauma, que pode variar de zero a doze. 
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Parâmetros hemodinâmicos: Condições em que se encontra o paciente do ponto de 
vista da Pressão arterial, circulação sanguínea, temperatura, perfusão sanguínea, 
oxigenação tecidual, respiração, saturação de oxigênio no sangue. 
Medicações em uso (dosagens), tempo de administração e quantidades 
necessárias para o transporte. O profissional deve estar sempre atento ao 
medicamento, assim ele deve sempre contar com uma quantidade reserva do 
mesmo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A razão de trabalhar em UTI móvel 
Toda a equipe e principalmente o médico tem que estar inteirado do paciente a ser 
transportado. 
É de suma importância saber a distância a percorrer, o caminho a seguir, pois nem 
sempre o mais rápido é o melhor para o paciente. A equipe do local de destino deve 
receber com atenção todas as informações do médico de origem, evitando assim 
qualquer surpresa durante o trajeto. Caso as medicações em uso não sejam o padrão 
usado por sua unidade, abastecer-se dos mesmos evitando transtornos de percurso. 
Certificar-se das doses em uso. Evitar ao máximo mudanças de protocolo, salvo em 
medidas emergenciais. 
A equipe médica deve conhecer ao máximo o paciente para facilitar o trajeto, 
evitar perguntas desnecessárias e/ou comentários desastrosos sobre política, 
religião, preferência sexual, etc. Mesmo sedado o paciente deve ser respeitado, 
pois não sabemos o quanto ele pode estar nos ouvindo. Cuidado em falar com a equipe 
sobre seu estado de saúde. Em transportes longos quando não temos assunto, o melhor 
é ficar calado. “O que não é importante dizer; É importante que não seja dito”. 
É função intransferível do médico da UTI móvel inteirar-se sobre tudo do paciente 
que ficará sobre sua responsabilidade nas próximas horas. Doença acometida, 
exames, condições nas últimas 48 horas, medicações em uso, prognóstico nas 
próximas 24 horas, condições de agravo no transporte, urgência na chegada ao 
destino, velocidade média de transporte seguro. Condições prováveis de chegada. 
Médico que receberá o doente no destino, nome, hora prevista de saída e de 
chegada. Telefones de todos os envolvidos: médicos, familiares, escritório de 
controle. 
Na Chegada ao destino, com calma procurar o melhor lugar de desembarque. 
Procurar educadamente uma pessoa que possa orientá-lo para onde se dirigir. 
Comunicando quem é você, de onde vem e o nome do médico que está no prontuário 
para receber o doente. 
Ao se encontrar com o colega, identifique-se sempre com um sorriso, lembre-se 
que se você está cansado, ele também pode estar. Calmamente passe o caso para ele 
mostrando segurança, qualidade e conhecimento técnico. Nunca passe a impressão de 
estar „desovando mercadoria no mercado‟, seja calmo, simpático com todos e no 
final despeça com carinho do paciente e dos familiares. 
Não se esqueça jamais de deixar todos os exames com a equipe médica no 
destino. 
 
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As transferências inter-hospitalares 
Define-se transferência inter-hospitalar como a transferência de pacientes entre 
unidades não hospitalares ou hospitalares de atendimento às urgências e emergências, 
unidades de diagnóstico, terapêutica ou outras unidades de saúde que funcionem como 
bases de estabilização para pacientes graves ou como serviços de menor complexidade, 
de caráter público ou privado. 
O ato de transportar deve reproduzir a extensão da unidade de origem do paciente, 
tornando-o seguro e eficiente, sem expor o paciente a riscos desnecessários, evitando, 
assim, agravar seu estado clínico. Já o objetivo precípuo destas intervenções é melhorar 
o prognóstico do paciente; portanto, o risco do transporte não deve sobrepor o possível 
benefício da intervenção. Pelo fato de o período de transporte ser um período de 
instabilidade potencial, deve sempre ser questionado se os testes diagnósticos ou as 
intervenções terapêuticas prescritas alterarão o tratamento e o resultado do paciente, 
justificando os riscos da remoção. 
A transferência de pacientes entre unidades hospitalares pressupõe a continuada 
assistência à saúde do paciente, sob supervisão médica, quer pelo médico assistente 
transferente, quer pelo médico receptor. Inclua-se, ainda, nesta conduta médica, a 
responsabilidade do Diretor Clínico e Técnico, tanto da unidade hospitalar transferente, 
quanto da unidade hospitalar receptora. Oportuno destacar, que o ato de transferência 
entre unidades hospitalares não tem o condão de suspender ou interromper o direito 
continuado de assistência à saúde do paciente, seja por razões objetivas (falta de 
estrutura técnica para o atendimento, equipamentos, etc.), seja por razões subjetivas 
(vontade do paciente/familiares). 
Em suma, o ato de transferência inter-hospitalar de paciente tem notória característica 
de responsabilidades civil, penal e ética médica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Transporte de pacientes críticos 
Define-se como doente crítico aquele que, por disfunção ou falência de um ou mais 
órgãos ou sistemas, depende para sobreviver de meios avançados de monitorização e 
terapêutica. Portanto, o transporte destes pacientes é sempre arriscado, devido ao quadro 
clínico complexo e, na maior parte das vezes, com grande instabilidade. A decisão de 
transportá-los sempre deve seguir normas e procedimentos extremamente rígidos e 
elaborados pelos profissionais da unidade de terapia intensiva de origem e corpo clínico 
do hospital. Deve-se sempre lembrar que a decisão de transporte é de responsabilidade 
médica intransferível, cabendo aeste profissional avaliar todas as variáveis envolvidas, 
independentemente de outros fatores alheios ao tratamento do paciente. 
Para que a organização deste tipo de transporte seja eficiente, deve-se basear seu 
planejamento em quatro grandes conceitos: planejamento e coordenação, comunicação, 
pessoal especializado e equipamento e monitoração. 
Planejamento e coordenação: aqui a palavra de ordem é rotina. Ao planejar o transporte 
de um paciente crítico, deve-se procurar prever e, se possível, antecipar, todas as 
intercorrências que possam ocorrer durante o deslocamento, sejam de origem médica, 
logística, trânsito, condições climáticas ou até da operacionalidade do hospital. A falta 
deste planejamento gera situações absurdas, como elevadores cheios de usuários, falta 
de luz ou até transporte a um local inadequado. Deve sempre haver uma coordenação 
designada, que nestes casos deve ser um médico familiarizado com o quadro clínico do 
paciente, sendo os mais indicados aqueles que pertencem ao setor de origem. Aqui a 
filosofia é “a falta de planejamento põe o paciente a riscos não-tolerados”. 
Comunicação: o contato entre as equipes do setor de origem do paciente, de transporte, 
os facilitadores, que são aqueles que manejam os meios de transporte, como os 
elevadores, e do local de destino deve ser constante, seguindo-se um plano 
predeterminado. Aqui a filosofia é “não havendo comunicação não há transporte”. 
Pessoal especializado: os profissionais envolvidos no transporte de pacientes críticos 
devem, além de treinados e freqüentemente reciclados, estar familiarizados com as 
rotinas utilizadas para este transporte. Devem ser selecionados por sua aptidão e 
interesse (não devem ser obrigados a tal) e, se possível, independentemente de sua 
função, ter capacidade de reconhecer uma parada cardiorrespiratória e realizar manobras 
de suporte básico de vida. Um paciente crítico deve ser transportado por uma equipe, 
nunca por uma única pessoa, mesmo que este seja o mais habilitado e treinado dos 
especialistas. 
A eles compete garantir que o tratamento intensivo não seja descontinuado. Um médico 
habilitado em manejo de vias aéreas, ventilação pulmonar assistida e reanimação 
cardiopulmonar também deve estar presente. No caso de transporte por ambulância, a 
equipe deve ser própria deste meio de transporte e treinada para situações específicas 
deste. 
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Atenção especial deve ser dada ao pessoal do setor de destino do paciente. 
Equipamento e monitoração: deve haver equipamentos destinados especificamente ao 
transporte e permanência do paciente no local de destino, se a permanência for 
temporária. 
Esses equipamentos devem ser projetados especificamente para o transporte, possuindo 
fonte energética própria (bateria) de longa duração e recarregável, possibilidade de uso 
de fonte externa própria, nas especificações utilizadas pelo hospital. Para o transporte 
aeromédico ou aquaviário, os equipamentos devem ser homologados para o uso nestes 
ambientes. 
Devem permitir que a terapia empregada na unidade de origem não seja descontinuada e 
principalmente que seus métodos não sejam modificados durante o transporte e 
permanência na unidade de destino. Isto é particularmente importante com os 
ventiladores mecânicos e bombas de infusão. Os atuais protocolos de funcionamento e 
utilização, bem como suas múltiplas funções, fazem com que sua utilização manual seja 
incapaz de reproduzir os objetivos planejados na terapia empregada na unidade de 
origem. 
O exemplo típico é o ventilador mecânico. Sabe-se que a principal causa de 
complicação ventilatória durante o transporte em adultos, mas principalmente em 
crianças, são as alterações do padrão de ventilação seguida de degeneração funcional. 
Portanto, já há várias evidências de que a utilização de ventilador mecânico reduz o 
risco de degeneração do quadro pulmonar durante a ausência do paciente do setor de 
origem, em comparação com a ventilação manual. 
Obviamente estas recomendações só podem ser postas em prática se associarmos a 
monitorização ventilatória, especialmente a medida do CO2 expirado, ao paciente 
transportado. Materiais que não necessitam de fonte energética também devem ser 
adequadamente projetados para o transporte. 
A insuficiência de equipamentos e monitoração mínima que assegure o transporte o 
inviabiliza, exceto em situações de risco iminente de vida. Aqui a filosofia é “se não há 
condições, não transporte”. 
 
 
 
 
 
 
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Regulamentação 
A Resolução CFM No 1.529/98 e Portaria 2048/2002 disciplinam o atendimento pré-
hospitalar e regulamentam vários aspectos do Transporte Inter-Hospitalar, conforme: 
 O hospital previamente estabelecido como referência não pode negar 
atendimento para casos que se enquadrem dentro de sua capacidade de resolução 
 Não podem ser removidos pacientes em risco de vida iminente sem prévia e 
 obrigatória avaliação e atendimento básico respiratório e hemodinâmico e 
realização 
 de outras medidas urgentes e específicas para o caso. 
 Pacientes graves ou de risco só podem ser removidos acompanhados de 
 equipe completa, incluindo médico, em ambulância de Suporte Avançado. 
 Antes de decidir a remoção, é necessário realizar contato com o hospital de 
 destino. 
 Todo paciente deve ser acompanhado de relatório completo, legível e assinado 
 com CRM (independente de contatos prévios telefônicos ou verbais), que 
passará a integrar o prontuário do mesmo, no destino. Este relatório deve 
também ser assinado pelo médico que recebeu o paciente, no destino. 
 Para o transporte, é necessária a obtenção de consentimento após 
esclarecimento, por escrito, assinado pelo paciente ou responsável. Isto pode ser 
dispensado quando houver risco de vida e não for possível a localização de 
responsáveis. Neste caso, pode o médico solicitante autorizar o transporte, 
documentando devidamente essa situação no prontuário 
 A responsabilidade inicial é do médico transferente, até que o paciente seja 
 efetivamente recebido pelo médico receptor; as providências para o transporte 
são de mútua responsabilidade entre os médicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conclusão 
O transporte de pacientes deve ocorrer quando os benefícios esperados para ele 
excedem os riscos inerentes ao transporte e, também, quando o paciente necessita de 
cuidados que não existam no hospital onde está. A decisão e a efetuação do transporte 
são responsabilidades do médico que o assiste. Tal transporte envolve a presença de um 
veículo adaptado com todos os equipamentos necessários para a monitoração e suporte 
avançado de vida. 
O transporte de pacientes críticos é uma atividade complexa e que está se expandindo 
em nosso meio. Existe uma série de passos a ser seguida para o planejamento e a 
adequada execução do transporte, antevendo as necessidades e riscos para o paciente. 
É fundamental que o transporte seja realizado de modo consistente e científico, 
utilizando o conhecimento teórico e prático, incorporando novas tecnologias e 
antecipando os erros, visando sempre tornar mais eficiente o transporte do paciente 
crítico. 
Para ressaltar didaticamente todos os aspectos referentes à legislação e os dados da 
literatura, observa-se a seguir o Algoritmo para o Transporte de Pacientes 
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Bibliografia 
Alves D, Koizumi MS. Escala de Coma de Glasgow: tempo de reavaliar seu uso em 
serviço de emergência 
Koizumi MS, Lebrão ML, Mello-Jorge MHP, Primerano V. Morbi-mortalidade por 
traumatismo crânio-encefálico no Município de São Paulo 
CARNEIRO, André. Médicos Deitados: a percepção do paciente 
Porter JM, Ivatury RR, Kavarana M et al. The surgical intensive care unit as a cost-
efficient substitutefor an operating room at a Level I trauma center. Am Surg, 
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McCunn M, Mirvis S, Reynolds N et al. Physician utilization of a portable computed 
tomography scanner in the intensive care unit. Crit Care Med, 2000;28:3808-3813. 
Waydhas C. Intrahospital transport of critically ill patients. Crit Care, 1999;3:R83-89. 
Olson CM, Jastremski MS, Vilogi JP et al. Stabilization of patients prior to interhospital 
transfer 
Brasil. Ministério da Saúde. Portaria 1 
Brasil. Grupamento de Socorro e Emergência (GSE) – Corpo de Bombeiros do Estado 
do Rio de Janeiro (CBMERJ) – Evacuação Aeromédica – Normas e Procedimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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