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Nutrição e Dietética Aula 07

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Nutrição e Dietética
Aula 7: Planejamento dietético para pacientes com
necessidade de controle de peso ou obesidade.
Apresentação
As recomendações nutricionais estipulam valores de nutrientes para o cálculo e para a análise de dietas. Nesta aula,
vamos discutir o que são as recomendações e os valores para os macronutrientes.
Objetivos
Identi�car as bases para o planejamento dietético de pacientes com necessidade de controle de peso ou obesidade;
Organizar orientações nutricionais.
 A nutrição para pacientes com necessidade de controle de peso
ou obesidade
O ato de se alimentar tem um papel social tão importante quanto o papel nutricional. A obesidade e o sobrepeso são
problemas de saúde pública, uma vez que estão associados ao aumento de risco para doenças crônicas não transmissíveis.
 (Fonte: Visual Generation / Shutterstock).
Não adianta pensarmos (enquanto nutricionistas) em desenvolver um planejamento alimentar a longo prazo, se o paciente e
sua família não estão motivados ou aptos para executá-lo.
O nutricionista, dessa forma, deve avaliar as razões e/ou motivações que fazem com que o paciente queira perder de peso,
buscar entender todas as tentativas prévias e as causas de insucesso.
Sendo necessário até veri�car como é a rede de apoio familiar e dos amigos, quais as atitudes a favor ou contra o aumento de
atividade física o paciente refere, o tempo disponível e as di�culdades atuais percebidas pelo paciente para estas mudanças
necessárias no estilo de vida.
O sucesso do planejamento nutricional dependerá da integração e envolvimento de todos.
Planejamento nutricional ao paciente sobrepeso ou obeso
O planejamento nutricional inclui:
Determinação do diagnóstico
nutricional e das necessidades
nutricionais.
Plano alimentar e cardápio. Implementação do planejamento
nutricional.
Acompanhamento do progresso
em todos os aspectos
relacionados ao cuidado
nutricional.
Vejamos, com mais detalhes, cada uma dessas etapas:
Clique nos botões para ver as informações.
Buscar na história clínica as informações sobre o diagnóstico e as intercorrências clínicas que podem afetar o estado do
paciente ou serem consequências dele.
Realizar a avalição do estado nutricional (antropometria, avaliação clínica e dados bioquímicos) e descrever o padrão
alimentar ou o tipo de dieta que o paciente está ingerindo no dia a dia.
Esses dados deverão ser monitorados e reavaliados regularmente para permitir o acompanhamento detalhado dos
pacientes.
É neste momento, muitas vezes, que o nutricionista consegue perceber quanto o seu paciente está disposto e apto ao
processo de mudança.
Avaliação nutricional 
Os resultados de indicadores �siológicos e objetivos, como glicose plasmática, lípides séricos e pressão arterial devem
ser observados na de�nição dos objetivos do tratamento, além de peso e porcentagem de perda ponderal.
Neste sentido, é importante que o nutricionista saiba avaliar exames bioquímicos e estabelecer relação com o quadro
clinico de seu paciente.
É preciso considerar, nesta etapa, a realidade do paciente, ou seja, sua atividade ocupacional, suas rotinas, horários,
disponibilidade �nanceira, hábitos regionais, entre outros, visando, mais uma vez, a individualização da intervenção — sem
a qual — a adesão ao tratamento �cará inviável.
Na maioria das vezes, acaba ocorrendo o abandono. Os planejamentos de cardápio que não observam estes aspectos
tendem a não ser efetivos.
Plano alimentar e cardápio 
A implementação do plano alimentar pode ter resultados frustrantes por razões, como: utilização de estratégias
equivocadas; pelo mau uso dos recursos terapêuticos disponíveis; baixo nível de acompanhamento, evolução e adaptação
da dieta estabelecida pelo nutricionista.
É imprescindível, portanto, que o nutricionista esteja atento às di�culdades encontradas pelo paciente e, prontamente,
execute os ajustes necessários.
Algumas vezes, o uso de dietas hipocalóricas, apresentando modi�cações dos teores de macronutrientes muito
marcantes e que exclui (proíbe) ou desencoraja a ingestão de alguns alimentos pode ser desastrosa.
Normalmente, este tipo de dieta e popular e podem ser facilmente seguidas pelos indivíduos, em função de sua natureza
concentrada. Contudo, os estudos mostram que a adesão é limitada pelo tempo que o individuo consegue manter.
O nutricionista, sendo assim, deverá utilizar os princípios da dietoterapia, que consiste no manejo terapêutico dos
alimentos para produzir balanço negativo de energia e, desta forma, reduzir o peso e melhorar a composição corporal.
Implementação do planejamento nutricional 
Nesta etapa, as di�culdades encontradas pelo paciente para o seguimento/cumprimento da dieta vão sendo relatadas e,
na falta de resultados concretos, o paciente pode desistir do tratamento. Aqui temos um ponto de atenção!
É importante que o nutricionista mantenha contato com o paciente, para que possa propor novos estímulos, mantendo a
motivação do paciente e, desta forma, dando continuidade à intervenção.
Esta medida se deve ao fato de, muitas vezes, o tratamento ser abandonado, caracterizando mais uma experiência
frustrante tanto para o paciente quanto para o pro�ssional.
Entender este contexto é o primeiro passo para tentar diminuir a baixa adesão ou para não colocá-la, em termos
simplistas, como a falta de força de vontade do paciente.
Avaliação da e�ciência da intervenção 
(Fonte: stevepb / Pixabay).
Possibilidades de tratamento nutricional
Observe a seguir algumas possibilidades de tratamento
nutricional, considerando uma perda de peso saudável e
seguindo a proposição das DRIs e ABESO que podem ser
observadas e seguidas pelo nutricionista no manejo de
prescrições com restrição calórica.
Clique nos botões para ver as informações.
Conteúdo energético: calcular o valor energético desejado segundo a situação clínica. Aconselha-se reduzir
progressivamente a ingestão entre 500kcal e 1000kcal por dia com relação ao valor obtido, segundo a anamnese
alimentar (não inferior a 1200 kcal/dia).
Conteúdo ideal de nutrientes
Carboidratos 55% - 60% (com aproximadamente 20 % de absorção simples).
Proteínas 15%-20% (não menos de 0.8 g/ Kg de peso desejável).
Gorduras 20%-25%, com 7% de gorduras saturadas, 10% de gorduras poli-insaturadas e 13% de gorduras
monoinsaturadas.
Fibras entre 20 e 30g por dia.
Álcool não é aconselhável sua recomendação.
Colesterol não mais que 300mg/dia.
Vitaminas e
minerais
são atingidos os requerimentos totais nos planos de 1200kcal ou maiores.
Cloreto de Na adequada à situação biológica individual.
Líquidos 1500cc para cada 1000kcal.
Distribuição sugerem-se 6 refeições por dia.
Plano de restrição calórica moderada 
Denomina-se assim aquele que prevê entre 800-1200kcal ou entre 10 a 19kcal por kg de peso desejável. Está indicado se
após um período razoável com um plano moderado não se conseguiu diminuir de peso.
De baixo valor calórico 
Denomina-se assim aquele que prevê menos de 800kcal diárias ou menos de 10kcal por kg de peso desejável/dia. Está
indicado para obesidades graves e recorrentes, descompensação diabética e outros estados que necessitam rápida perda
de peso. Deve ser aplicado por períodos curtos (3-4 semanas). Não se recomendam dietas de menos de 400 kcal/dia,
nem o jejum total (menos de 200 kcal/dia).
De muito baixo valor calórico 
As que não têm fundamento cientí�co nutricional, como as dietas da moda. A fundamentação cientí�ca deve ser buscada
sempre.
Dietas não aconselhadas 
Educação nutricional
A cultura alimentar do paciente interfere diretamente na adoção de um padrão alimentar particular. Aqui, estão incluídas suas
crenças e tabus, história com o alimento/preparação e, também, a facilidade de acesso e exposição à in�uência midiática.
Quanto mais cedo iniciamos um processo de mudança do padrão alimentar
— educação nutricional —, mais fácil é de ajustá-lo.
Como, muitas vezes, o paciente que chega para o tratamento nutricional já está com este padrão bem de�nido, talvez seja
impossível modi�cá-lo,individualmente, ou seja, o nutricionista precisa criar estratégias de educação nutricional para toda
família como forma de garantir adesão ao tratamento.
Atividade
1) De acordo com Monteiro et al. (2000), a transição nutricional é um processo que inclui mudanças cíclicas importantes no
per�l nutricional da população, as quais são determinadas por uma série de variações econômicas, demográ�cas, ambientais e
socioculturais que se relacionam entre si; e que trazem como consequência modi�cações no padrão e no tipo de alimentação e
atividade (MONTEIRO et al. Da desnutrição para a obesidade: a transição nutricional no Brasil. In: MONTEIRO, C. A. (Org.) Velhos
e novos males da saúde no Brasil, 2. ed. São Paulo: Editora Hucitec, 2000. p. 247-255).
Com base nessa informação, assinale a alternativa que apresenta uma das diversas causas da transição nutricional.
a) Diminuição da ingestão calórica aparente, que se reflete em todas as análises de disponibilidade de alimentos no País.
b) Inserção da mulher/mãe no mercado de trabalho, o que faz com que ela não tenha tempo de cozinhar para a família.
c) Diminuição da proporção de lipídios no total do consumo energético.
d) Aumento generalizado das atividades físicas pelo uso de tecnologias que as favoreçam.
e) Reforma sanitária na década de 1940, que proporcionou mais saúde e melhor alimentação, o que levou, posteriormente, ao sobrepeso
e à obesidade de grande parte da população.
2. Concurso Público Prefeitura Municipal de Porto Belo
Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos
A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento da silhueta dos jovens.
“Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no
açúcar, além de tomar pouco leite e comer menos frutas e feijão.
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como marca da nova geração: a
preguiça, “Cem por cento das meninas que participam do Programa não praticavam nenhum esporte”, revela a psicóloga Cristina
Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias.
Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura. “E não é novidade que os
obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade
e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as
doenças que viriam na velhice já são parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”,
exempli�ca Claudia.
(DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012).
Sobre a relação entre os hábitos alimentares da população adolescente e as suas condições de saúde, as informações
apresentadas no texto indicam que:
a) A falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem um fator relacionado com o
aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes.
b) A diminuição do consumo de alimentos que são fontes de carboidratos combinada com um maior consumo de alimentos ricos em
proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes.
c) A maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população adolescente tem tornado escasso o consumo
de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio metabólico.
d) A ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições de alimentação. Na população adulta, os
fatores hereditários são preponderantes.
e) A prática regular de atividade física é um importante fator de controle da diabetes entre a população adolescente por provocar um
constante aumento da pressão arterial sistólica.
3) As gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas têm um efeito positivo para a saúde. A substituição de gorduras saturadas
por insaturadas ajuda a diminuir o nível de colesterol no sangue. Considerando essa informação, assinale a alternativa em que
os alimentos apresentados contêm maior quantidade de gordura monoinsaturada.
a) Abacate, óleo de canola, azeite de oliva.
b) Leite de coco, óleo de bacalhau, azeite de oliva.
c) Abacate, óleo de bacalhau, óleo de girassol.
d) Óleo de soja, azeite de oliva, abacate.
Ensinavam 1
“Aprendia-se fazendo, o que tornava inseparáveis o saber, a vida e o trabalho” (COIMBRA, 1989, p. 15)
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade. Cadernos de
Atenção Básica, n. 12; Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em:
http://apsredes.org/site2013/manejo-da-obesidade-na-redes/�les/2013/08/doc_obesidade.pdfAcesso em: 2 abr. 2015.
CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2. ed. São Paulo: Manole, 2005.
DUNCAN, B. B.; SCHIMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em
evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
PADOVANI, R. M.; AMAYA-FARFAN, J.; COLUGNATI, F. A. B.; DOMENE, S. M. A. Dietary reference intakes: aplicabilidade das
tabelas em estudos nutricionais. Rev. Nutr. [online], v. 19, n. 6, p. 741-760, 2006.
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