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Membranas Fetais O embrião é temporariamente nutrido pelas secreções glandulares uterinas; todavia, devido ao rápido crescimento do embrião, há necessidade de um novo método de obtenção de nutrientes e proteção; assim, tem-se a formação das membranas fetais. As membranas fetais, também chamadas de membranas extraembrionárias ou anexos embrionários, derivam do embrião, mas pouco ou nada contribuem para a estrutura corporal do novo ser (depois que ele nasce), todavia, dentro do útero, serve para proteção, nutrição e eliminação de excretas. As principais membranas fetais são o âmnio, saco vitelino, alantóide e córion (parte fetal da placenta). ÂMNIO O âmnio surge como uma cavidade na região do epiblasto, que será revestida pelos amnioblastos (rever aula de implantação). O âmnio foi uma grande aquisição evolutiva para viver fora da água. O líquido amniótico fica envolto pela bolsa amniótica. 1. Durante as 20 primeiras semanas: há pouca quantidade de âmnio, sendo a produção feita pela membrana amniótica, que tem como composição componentes do soro materno, bem como fluidos e eletrólitos embrionários. 2. Após as 20 semanas: elevado aumento da quantidade de líquido amniótico, pois há o início de produção da urina fetal (rins fetais começam a funcionar). OBS! Se a mulher não apresentar depois das 20 semanas um aumento na quantidade de líquido amniótico pode-se pensar que o feto apresenta alguma malformação renal. Funções do âmnio ● Proteção contra ressecamento ● Impede aderência dos tecidos fetais (lubrificação) ● Permite movimentação fetal ● Participação no desenvolvimento muscular ● Participação na maturação de alvéolos ● Proteção contra choques mecânicos Volume de líquido amniótico A quantidade normal de líquido amniótico é entre 500ml-1000ml. Uma quantidade excessiva de líquido é chamado de hidrâmnio ou polidrâmnio (>2000ml), geralmente, isso pode ser indicativo de certas patologias, como: ● Atresia esofágica: esôfago não desenvolvido (embrião diminui a quantidade de âmnio deglutindo-o) ● Anencefalia ● Causas idiopáticas (35%) ● Diabete materno (25%) Já uma pequena quantidade de líquido amniótico é chamado de oligoidrâmnio (<500ml), e pode ser indicativo de: ● Agenesia renal bilateral ● Risco de rompimento prematuro da membrana amniótica OBS! As células epiteliais e mesenquimais amnióticas tem propriedade anti-inflamatórias e de cicatrização, sendo utilizada para tratamento de feridas, queimadura e cirurgias. OBS! Se as células mesenquimais do âmnio forem corretamente cultivadas, ela podem se transformar em células tronco Amniocentese É o exame para a análise do líquido amniótico, que serve para: ● análise de defeitos cromossômicos e metabólicos de células fetais (células da descamação do embrião); ● avaliação da dosagem da α-fetoproteína, que está relacionada à defeitos no tubo neural; ● análise da creatinina (maturidade fetal) ● verificação da severidade da eritroblastose fetal Bandas amnióticas SACO VITELINO Funções ● Não apresenta vitelo ● Sítio angiogênico e hematopoético extaembrioário: primeiro local de produção de vasos e células sanguíneas ● Sítio de origem das CGP: futuros gametas ● Transporte seletivo de nutrientes para o disco germinativo: ácido fólico e vitaminas, controle de taxa de difusão placenta-embrião/fetal (faz a distribuição desses nutrientes) ALANTÓIDE Não está relacionado com o armazenamento de excreta com em outros animais. É pouco desenvolvido em humanos. Trata-se de uma evaginação do teto do saco vitelínico em sua região caudal, que se estende na direção do pedículo do embrião, posteriormente, com as pregas caudais, o alantóide forma uma porção do cordão umbilical. O alantóide apresenta duas porções que formam estruturas diferentes durante o desenvolvimento embrionário: ● Porção intraembrionária: forma o úraco (ligamento umbilical mediano), que suspende a parte superior da bexiga ● Porção extraembrionária: orienta e auxilia na formação dos vasos do cordão umbilical CÓRION É formado pelo mesoderma extraembrionário, citotrofoblasto (e suas vilosidade coriônicas primárias) e sinciciotrofoblasto; o córion se associa a ao útero materno e forma a placenta.