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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. ALINE SANTOS DA SILVA O NOVO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE PESSOAS NAS EMPRESAS. TAUBATÉ 2020 ALINE SANTOS DA SILVA ESTÁGIO SUPERVISIONADO CURSO SUPERIOR BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO Trabalho de conclusão de Curso, apresentado como parte dos pré- requisitos para aprovação do curso Administração do Centro Universitário Planalto Distrito Federal. Orientador: Prof. Dr. Silvio Cezar Vanzella TAUBATÉ 2020 CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL CURSO DE ADMINISTRAÇÃO. ALINE SANTOS DA SILVA O NOVO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA GESTÃO DE PESSOAS NAS EMPRESAS. TAUBATÉ 2020 RESUMO .................................................................................................................. 5 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 1.1. Definições estratégicas da empresa e o setor de RH ......................................... 7 2. GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS ..................................... 8 3. SISTEMA DE GESTÃO DE PESSOAS ................................................................ 9 3.1. Alinhamento entre o rh e o planejamento estratégico de uma empresa: comunicação interna. ............................................................................................ 10 3.2 Visão estratégica da área de RH - 5 Pilares ..................................................... 10 4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 12 5. PROPOSTA DO NOVO SISTEMA NO PERÍODO DE PANDEMIA E PÓS PANDEMIA. ........................................................................................................... 15 5.1 Adaptação de serviços à situação atual. .................................................... 16 5.2 Treinamento de funcionários nesta situação de calamidade pública. ......... 16 5.3 O que as consequências da pandemia atingem as organizações? ............... 17 5.4 Como manter funcionários neste cenário de pandemia? ............................ 17 5.5 Redução e suspensão de contrato. ............................................................ 18 6 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS: ....................................................................... 20 Anexo 1 – Resumo Atividade Complementar ....................................................... 22 RESUMO O presente trabalho trata neste momento de COVID-19 destaca-se estratégias de gestão de pessoas e como manter colaboradores na empresa. Com este cenário provocou milhares de demissões no Brasil, assim como no mundo todo e como nosso governo se comportou com isso e quais estratégias tiveram para amenizar tantas demissões? Os colaboradores são a fatia mais importante de toda empresa para ter o sucesso, a partir da equipe a organização ganha espaço no mercado. E com está crise de calamidade, como manter tudo no eixo, tudo ao normal, como manter os colabores motivados para enfrentar este episódio de crise junto com a empresa? Neste trabalho mostra e destaca-se questionamentos e tem como o objetivo de manter empregos e se adaptar a este novo normal em que o país vive. E as ferramentas necessária para enfrentar tudo isso foi algumas medidas provisórias que o governo optou para manter o quadro de colaboradores das empresas controlado, estas medidas foram: Redução e Suspensão de contrato. Com estas medidas amenizou uma fatia da economia, pois pessoas empregadas geram mais renda para o país e a sobrevivência dos trabalhadores. Palavras-chave: 1. Estratégias; 2. Colaboradores na empresa; 3. COVID-19; 4. Planejamento; 5. Administração; 6. Administração RH. 6 INTRODUÇÃO O dicionário Aurélio define planejamento como “trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e métodos determinados” e define estratégia como “antes de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos”. Uma análise global do planejamento estratégico envolve toda a organização. Através dele, pode-se antecipar as necessidades e relacionar o emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis, a fim de traçar os caminhos adequados para alcançar objetivos concretos em prazos determinados e em etapas definidas, a partir do conhecimento e avaliação da situação atual. Na Administração de Recursos Humanos, o planejamento estratégico assume um papel importante no que se diz respeito à tomada de decisão. Ele atua como determinador e executor de ações direcionadas ao fim comum da organização envolvendo a análise de eficiência e eficácia das pessoas que compõem a empresa. O planejamento estratégico da gestão de pessoas se baseia no conceito básico do RH, como conquistar e manter pessoas trabalhando e dando o máximo de si, com atitude positiva e favorável a organização, envolvendo aspectos como satisfação e qualidade de vida. 7 1.1. Definições estratégicas da empresa e o setor de RH A gerência de Recursos Humanos, para delinear as suas estratégias de ação, fundamentou-se nos dados do Seminário Interno de Definições Estratégicas da empresa. Partindo da análise detalhada do relatório final desse seminário, pôde-se construir a visão comportamental da situação da atual e potencial da empresa. Antes de apresentar quais ações serão desenvolvidas por esta gerência será demonstrada a análise sedimentada do planejamento, sendo assim, foram consideradas as observações feitas nos grupos de discussão voltadas para definição dos pontos fortes e fracos da empresa e observou-se que a grande parte dos pontos traços está relacionada com o corpo de gestores e funcionários e nos pontos fortes percebeu-se grande qualidade na área estrutural e ambiental. Assim, a gerência de RH enfatizou os pontos fracos e fortes, que estão diretamente ligados ao departamento de Recursos Humanos, e elaborou o quadro a seguir para uma melhor visualização. 8 2. GESTÃO ESTRATÉGICA DE RECURSOS HUMANOS Segundo autor Michael Porter (1998) estratégia é o caminho para criar e sustentar posição competitiva vantajosa e exclusiva no mercado, além de exercer opções excludentes na competição de escolher o que não fazer como também é criar compatibilidade entre as atividades da empresa, defendendo o desempenho diferenciado das atividades e da integração entre elas. (PORTER, 1998) Conforme definição de Prahalad e Hammel (1990), a “estratégia é o estabelecimento de metas que forçam a empresa a buscar resultados além dos seus executivos imaginam ser possível, bem como a compatibilização entre recursos e oportunidades”. O planejamento estratégico como define Jose Luiz Bichuetti (2011) trata-se de um plano de ação que possibilite a organização manter, de maneira continuada, o capital humano de que necessita, com o perfil adequado, em todos os níveis; um plano capaz de identificar as ações primordiais que, uma vez implementadas, permitam a atração, o desenvolvimento, a motivação e a retenção das pessoas certas paraos momentos certos na vida da empresa. (BICHUETTI, 2011) Não se trata de um plano da área de RH, mas sim o plano de recursos humanos da organização. A estratégia de recursos humanos é desenvolver, implementar e sustentar vantagens competitivas em mercados evolutivos, pois numa organização são as pessoas, as responsáveis por esta estratégia. 9 3. SISTEMA DE GESTÃO DE PESSOAS A gestão de pessoas dentro de uma organização deve fazer parte do cotidiano de todos os gestores que são responsáveis por gente. Existem diversos níveis hierárquicos, compostos por pessoas que exercem papéis, denominados de cargos, estas pessoas são conduzidas por um responsável que exerce um papel superior dentro da hierarquia, onde responsabiliza-se pelos processos existentes na organização, e assume o papel de conduzir, desenvolver e reter as pessoas que trabalham em prol de um objetivo comum. As áreas de RH dentro das empresas, exercem um papel de assessoria e consultoria para os demais gestores, definindo normas, regras, aconselhando para as melhores práticas de gestão de pessoas, mas o responsável por gerir, são os responsáveis pelos departamentos. Com esta pulverização de gestores, torna-se imprescindível o desenvolvimento das lideranças para a adotarem as melhores práticas de gestão de pessoas, fazendo assim uma condução adequada dos processos alinhados aos interesses comuns da organização. Dentro dos objetivos dos gestores de gente, estão: - Proporcionar competitividade à organização, aumentando a produtividade das pessoas, - Realizar a missão da empresa, - Treinar e desenvolver as pessoas, - Garantir a satisfação e motivação das pessoas, - Desenvolver e manter a qualidade de vida das pessoas, - Administrar processos de mudança, - Manter a condução ética e boas prática. 10 3.1. Alinhamento entre o rh e o planejamento estratégico de uma empresa: comunicação interna. A comunicação interna de uma empresa é um dos fatores que permite o desenvolvimento tranquilo dos processos e evita atrasos ou interrupções desnecessárias geradas pela falta de diálogo. A gestão precisa manter os colaboradores por dentro do que acontece na empresa, estimular que os objetivos sejam alcançados, divulgar mudanças estratégicas e repassar qualquer outra informação que seja relevante. Por outro lado, os colaboradores também precisam de um canal de comunicação com a gestão. Nesse sentido, o seu RH é um importante canal de comunicação entre colaboradores e gestão. Além de ser o contato mais próximo da empresa com o colaborador, ele é a maior fonte de dados sobre esses profissionais. Esse departamento mantém a gestão atualizada sobre a situação dos colaboradores e oferece as informações necessárias para a criação de planos de desenvolvimento. 3.2 Visão estratégica da área de RH - 5 Pilares 1. Motivação: o comprometimento dos colaboradores é algo imprescindível. Se houver desmotivação na equipe o rendimento cai. Por isso, é preciso motivar o funcionário a pensar na organização como um todo, além de o incentivar deixando as metas claras e a possibilidade de ganhos futuros transparentes. 2. Comunicação: a forma de todas as peças da empresa se comunicar precisa ser eficaz. Escolher o melhor método, sem ruído e que consiga entregar a informação de imediato é essencial. 3. Trabalho em equipe: a equipe é o organismo da empresa e todos precisam trabalhar para um só objetivo. Apesar de existir setores e grupos específicos de trabalho, não é necessário que fiquem isolados. O trabalho em equipe faz com que todos se sintam relevantes dentro do ambiente organizacional. 4. Conhecimento e competência: o sucesso da empresa depende da capacidade intelectual dos colaboradores. É necessário criar um ambiente para que todos possam crescer juntos, mas deve começar a criar este ambiente no processo seletivo, em que os profissionais mais capacitados são selecionados para integrar a equipe. 11 5. Treinamento: o quinto pilar complementa o restante, pois não adianta ter todos os outros se o profissional não se atualizar. Para que a equipe não fique para trás, a empresa precisa estimular a busca pelo desenvolvimento constante, com treinamentos, cursos, palestras etc. 12 4. REFERENCIAL TEÓRICO De acordo com Gil (1999) e Chiavenato (2009), no final do século XX até a atualidade, considerando na administração como a era do conhecimento, o processo industrial até então dominantes de lugar ao mercado de serviços. A permanência de mudanças e atualizações constantes para atender ao novo nível de exigências do mercado requer a criação de um modelo de gestão focado em conhecimento. Para tanto, é necessário o desenvolvimento de novas competências capazes de atender ao novo desenho das organizações e do aproveitamento do potencial das pessoas. A cultura organizacional pode ser definida como um conjunto de valores, crenças e padrões de comportamento que forma o núcleo de identidade de uma organização. A eficácia da organização é bastante influenciada por sua cultura que, por usa vez, afeta a maneira de desempenhar as funções dentro das áreas de recursos humanos. Muitos aspectos da cultura organizacional são percebidos mais facilmente, enquanto outros são menos visíveis e de difícil percepção, ou seja, a cultura organizacional mostra aspectos formais e facilmente perceptíveis como política e diretrizes, métodos e procedimentos, objetivos, estrutura organizacional e tecnologia adotada. Porém, oculta aspectos informações como percepções, sentimentos, atitudes, valores, interações informais, normas grupais. Esses aspectos ocultos da cultura organizacional são os mais difíceis de compreender e interpretar, como também de sofrer transformações. O planejamento estratégico de gestão de pessoas é o processo de antecipar e fazer provisão para movimentação das pessoas nos processos de admissão, demissão, promoção e transferência. “Salienta a necessidade de levar em considerações dois elementos de análise par ao planejamento de gestão de pessoas.” (Tachizawa, 2000) A análise quantitativa – graus de generalidade, especialização, características das atividades e regimes de trabalho, definição e competências. A análise qualitativa – avalia o contingente atual de pessoas, carga horária necessário X quantidade de pessoas disponíveis; avalia as necessidades futuras X aumento do volume de trabalho, desenvolvimento dos programas de recrutamento e seleção para atender as necessidades das pessoas e da organização, absenteísmo, rotatividade e acidente de trabalho, reincidência de erros entre outros. 13 No planejamento estratégico de gestão de pessoas, seu fluxo é definido mediante decisões/informações em que estão envolvidos os níveis: ESTRATÉGICO – São as decisões relacionadas ao meio externo, tecnologia utilizada e o inter-relacionamento das áreas da organização; é o nível mais alto da gestão de pessoas; considera os cenários socioeconômicos percebidos em todas as áreas, estabelecendo filosofia e as diretrizes gerais, bem como suas variáveis, buscando estratégias para minimizar eventuais problemas. As principais decisões são: política salarial, plano de carreira, avaliação de desempenho, identificar, manter e melhorar o grau de relacionamento do colaborador com a organização, utilizar o capital humano qualificado X desenvolvimento pessoal ou qualificação pessoal X cultura organizacional. OPERACIONAL – São as decisõessobre as operações e forma como são executadas; depende das decisões estratégicas e diretrizes. Nesse nível, há um grau de detalhamento que possibilita a viabilidade na tomada de decisão. Basicamente, é como as decisões deverão ser operacionalizadas para atingir objetivos definidos, que envolvem recrutamento, seleção, contratação e administração de pessoal. A comunicação assertiva é a ferramenta do gestor para uniformizar as condições organizacionais para a consolidação dos objetivos. França e Leite (2007) trazem importante contribuição neste sentido ao afirmarem que a emoção, que é parte integrante do comportamento humano, tanto pode favorecer como interferir nas atitudes e nas ações das pessoas e do comunicador. Dessler (1997) sugere que empresas de sucesso conseguiram prosperar porque seus gestores sabiam que a vantagem competitiva residia em pessoas capazes de tratar suas empresas e seus clientes como se fossem seus próprios. A isso, chamou de comprometimento. Entre outros aspectos, o autor cita que o atributo mais significativo do comprometimento está na capacidade de se fundir metas individuais e organizacionais. Para conquistá-lo seria necessário juntar práticas tais como feedback, contratação baseada em valor, recompensas intrínsecas significativas e valorização da pessoa em primeiro lugar. Taylor (1909) investiu em processos e organização do trabalho, além de definir as funções básicas de um gerente: planejamento, organização, direção e controle dos subordinados Kurt Levin (1945) em seus estudos comprovam que se o gerente transformasse esforços isolados em trabalho em equipe, os ganhos seriam substancialmente mais expressivos. Haveria, então, o que chamou de sinergia grupal, onde o todo é maior do que a soma das partes. 14 Mintzezberg et. al (2000) ressalta algumas dimensões do ambiente responsável por algumas diferenças que se observam entre as organizações, sendo elas: estabilidade, complexidade, diversidade do mercado e hostilidade. 15 5. PROPOSTA DO NOVO SISTEMA NO PERÍODO DE PANDEMIA E PÓS PANDEMIA. A situação econômica mundial está gerando muitas preocupações diante das incertezas do momento atual. Devido à angústia de um futuro incerto e de um presente conturbado, muitas empresas estão procurando novas formas de ser manterem ativas e de trazerem inovações para o ambiente de trabalho, em busca de sucesso – ou até mesmo sobrevivência – em meio à crise. Em contrapartida, o amanhã pós COVID-19 pode ser uma grande oportunidade de expandir os horizontes, trazendo novidades que ainda não eram exploradas antes nas empresas. Um exemplo de mercado que cresceu no período de COVID-19 foi na área alimentícias com vendas online, com aumento significativo de mais de 100% de vendas, proprietários de restaurantes criou um plano do NOVO NORMAL, com cardápio mais variados e com preços mais atrativos, assim tendo como objetivo fidelizar seus clientes. 16 5.1 Adaptação de serviços à situação atual. A adaptação empresarial está muito mais rápida do que nas décadas passadas, isso se deve ao fato da crescente evolução em todos os meios de produção. Assim, mudanças como, por exemplo, o home office, equipes preparadas para situações de risco e até mesmo previsão de demanda, estão sendo mais requisitadas, proporcionando, aos que já estavam preparados, melhor segurança, planejamento, produtividade e, por consequência, sucesso em meio à crise. Com isso, tendo em mente a crescente atualização do mundo, é inevitável que quanto mais rápido a empresa se adaptar as condições em que se encontra, mais garantido será seu sucesso. Nessa lógica, a previsão de demanda pode ser um caminho, sendo uma ótima forma de se planejar e inovar. Essa projeção permite identificar o que vai acontecer no futuro, o que irá causar um impacto na área produtiva da empresa e proporciona a chance de serem tomadas decisões relacionadas a preço, potencial de mercado e potencial de expansão. Além disso, a previsão de demanda promove um melhor controle de matéria prima e estoque, gerando segurança e benefícios, como, por exemplo, redução de custos, melhor planejamento e um maior controle de produção. 5.2 Treinamento de funcionários nesta situação de calamidade pública. Com este cenário é importante realizar um treinamento expressivo com o novo normal, utilizando as medidas necessárias recomendadas pela OMS, como a higienização dos ambientes, uso de máscara, distanciamento social e o plano de contingência, todos pensando na saúde e segurança dos funcionários. O treinamento era guiar os colaborados a como se comportar e entender nesta situação, como ficar mais de 2 metros de distância um dos outros, utilizar epi’s de proteção como luvas, máscaras, protetores faciais plásticos e uso constante de álcool em gel. Além disso, colocar placas de sinalização em ambientes como uso obrigatório de máscara, quantidade que o ambiente suporta respeitando o espaço de locomoção evitando assim aglomeração. Contudo, mesmo no futuro com tudo voltando ao normal, o distanciamento social é indispensável para obter sucesso na proteção dos membros de sua empresa. Sendo assim, um ótimo método para se utilizar é o plano de contingência, no qual é uma estratégia de 17 negócio que proporciona que se trabalhe com menos funcionários ou trabalhe na forma de MP, ou seja, redução de carga horária dos colaboradores, dividindo assim sua equipe, e trabalhando com 100% do seu quadro. Com isso, não há necessidade de utilização de todo o espaço físico da empresa, ampliando as distâncias entre os postos de trabalho e, assim, reduzindo o contato físico. 5.3 O que as consequências da pandemia atingem as organizações? O mundo econômico foi surpreendido pela atual pandemia do COVID-19 e as consequências que a acompanham. Assim, com a paralisação e a incerteza de prazos decorrentes da presença de uma nova doença, a esfera econômica, à nível empresarial, sofreu desde dificuldades de pagamentos e rompimento de contratos até demissões em massa e declarações de falência. Dessa maneira, com a situação atual, é inevitável que grande parte dos setores mundiais sofram, incluindo o setor econômico. No entanto, para a sobrevivência no mercado, faz-se necessária a tomada de medidas atípicas. Nesse sentido, dentre as alternativas para se manter ativo no mercado, temos a renegociação de custos e valores com fornecedores atuais, busca por novos fornecedores com melhores e mais vantajosos contratos, fortalecimento de parcerias com sócios e clientes e consolidação do branding. 5.4 Como manter funcionários neste cenário de pandemia? Liderar de uma maneira mais humana e compreensiva, na minha opinião, é a melhor maneira de manter os liderados unidos, produtivos e motivados. Cada um está vivendo e sentido essa pandemia de maneira única e é fundamental saber reconhecer e respeitar isso. Algumas estratégias que podem ser interessantes para o momento são reuniões constantes de alinhamento e reconhecimento do trabalho de quem está com você por meio reuniões de feedback. Quando há a redução salarial, é bacana pensar em atividades mais descontraídas para a motivação dos colaboradores como happy hours online, aulas de ginástica ou treinamentos virtuais – que podem ser boas saídas. Outra coisa que é bastante interessante e que algumas empresas já estão implementando é a mudança do departamento de RH para um de people. Dar esse salto é muito importante pois com essa área, formadas por profissionais qualificados é possível ter uma visão mais ampla e analíticade todas as pessoas e suas particularidades, facilitando a implementação 18 de uma cultura empresarial única e sólida, fazendo com que não apenas o CEO ou o gerente sejam líderes, mas com que todo o time tenha liderança e saiba disseminar os valores que lhe foram passados diariamente. Por fim, acredito que esta seja uma hora de muita reflexão e mudança, para entendermos o que realmente é essencial tanto em nossas vidas pessoais, como nos espaços coletivos e de trabalho. Precisamos de muita união, empatia e resiliência para passarmos por isso juntos e da maneira menos traumática possível. 5.5 Redução e suspensão de contrato. Essa medida institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, possibilita a redução proporcional da jornada e dos salários, além da suspensão temporária do contrato de trabalho. Alternativas que já eram bastante aguardadas pelos empregadores de todo País. Para quem se aplica a redução? Todas as pessoas jurídicas, exceto os órgãos públicos e sociedades de economia mista; todos os empregados com carteira assinada (inclusive aprendiz e regime parcial), independente do cumprimento de qualquer período aquisitivo, tempo de serviço e salário, exceto os que recebem benefício de prestação continuada do RGPS, seguro-desemprego e bolsa de qualificação profissional. Suspensão de contrato “O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego” e da Renda será pago pelo governo nos casos de redução de jornada de trabalho e de salário, e suspensão temporária do contrato de trabalho. A primeira parcela sai no prazo de 30 dias após o acordo. O valor será devido independentemente do tempo de vínculo empregatício ou do número de salários recebidos. O benefício terá como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito caso fosse demitido. Por exemplo: se o trabalhador tivesse direito a cinco parcelas de R$ 1.300 de seguro-desemprego, a parcela (R$ 1.300) será a base para a definição do benefício. O valor a ser pago será proporcional à redução da jornada. Se esta diminuir 50%, o benefício será de 50% sobre o seguro-desemprego. O empregado com mais de um vínculo formal de emprego poderá receber um benefício emergencial para cada contrato. 19 6 CONCLUSÃO Para a realização deste trabalho foi necessário efetuar um diagnóstico da gestão da organização estudada, para isso contei com os recursos disponíveis, relacionamento com colaboradores e gestores para levantamentos adicionais de comportamentos da organização, comportamento organizacional pela sua cultura para enfrentar este cenário de calamidade pública mundial, respeitando os protocolos de medidas dos órgãos da OMS, como a higienização dos ambientes interno e externo da empresa, o uso obrigatório de epi’s para os funcionários como luvas, máscaras e uma tela de acrílico de proteção para não ter o contato direto com os clientes. E os consumidores o uso obrigatório de máscara. Durante a realização do trabalho foram observados pontos relevantes relacionados aos pensamentos estratégicos de gestão de pessoas sendo eles: Michael Porter; Prahalad e Hammel; Jose Luiz Bichuetti que foram grandes pensadores e que criaram fundamentos de sucesso dentro de uma organização. A minha recomendação, com base neste estudo, é a implementação da gestão estratégica de Recursos Humanos, atuando diretamente nos pontos de desenvolvimento humano na organização. A valorização do ser humano dentro da organização é o fator principal, e por traz disso vem todos os valores praticados pela empresa junto ao seu capital humano. As questões operacionais irão executar as ações baseadas no levantamento estratégico, cujo objetivo final é o desenvolvimento humano das pessoas na organização. A atuação estratégica é necessária para o rumo que a empresa segue, trabalhando as resistências à mudança, atuação voltada à inovação e a obtenção de maior produtividade mesmo no cenário difícil que nos encontramos. Conclui-se a atuação do RH, deve ser além do cumprimento da obrigação legal, o desenvolvimento humano, sendo necessário seu fator principal, o “gostar de gente”, e transformar este sentimento, numa entrega para a organização de equipe desenvolvida no resultado de maior produtividade. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS: MINOR, Marianne. Coaching: Para o desenvolvimento. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2003. CHAN KIM, W.; MAUBORGNE, RENEE - Tradução Afonso Celso da Cunha Serra. A Estratégia do Oceano Azul. Ed. Sextante - Edição 25ª. LEWI, K. Teoria de Campo em Ciências Sociais. Editora Harper Torchbooks. MALSCHITZKY, N. Pessoas e Gestão. São Pulo: Editora Atual, 2011. MYERS, I. B. Ser humano é ser diferente. São Paulo: Editora Gente, 1997. WEISINGER, H. 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