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Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PPGBIOTEC - Programa de Pós Graduação em Biotecnologia Disciplina de Bioquímica de Microrganismos – BT41G Nome: JAÍNE SCHNEIDER Data: 07/10/2020 Estudo dirigido – Terceira semana (Alternativas à Glicólise e Gliconeogênese) 1- O que é a gliconeogênese? Quando a célula está crescendo na presença de outros compostos contendo carbono, a glicose deve ser sintetizada e a gliconeogênese faz exatamente isso, a síntese de glicose. Nesta etapa, o fosfoenolpiruvato, um dos intermediários da glicólise, como composto inicial, e se desloca de forma contrária na via glicolítica para formar a glicose. 2- Como ocorre o processo da gliconeogênese? Apresente a sua resposta na forma de texto e de um esquema. Na gliconeogênese, os compostos que não são a molécula de glicose, mas possuem carbono, passam pelo ciclo do ácido cítrico formando o oxaloacetato e a partir deste, o fosfoenolpiruvato. Quando o fosfoenolpiruvato tem contato com o CO2 ocorre o caminho contrário das etapas da glicólise, formando a molécula de glicose. 3- A via de Entner-Doudoroff, descrita apenas em microrganismos, é uma alternativa para o metabolismo de glicose e apresenta apenas duas reações específicas; as demais são encontradas também na via de Embden-Meyerhof-Parnas (glicólise) ou na via das pentoses. A via de Entner- Compostos com carbono Ciclo do Ácido Cítrico • Forma oxaloacetato • Fosfoenolpiruvato Fosfoenolpiruvato + CO2 • Fazem o caminho contrário da glicólise • Formando a molécula de glicose Doudoroff é utilizada para a degradação de outros substratos e está presente em microrganismos Gram negativos (que vivem em ambientes com disponibilidade de gluconato, como o solo. As vias de Entner-Doudoroff e de Embden-Meyerhof-Parnas têm características comuns: ambas envolvem a fosforilação de açúcares de 6 carbonos e sua clivagem em compostos de 3 carbonos. Apresente abaixo o local onde as duas vias se diferenciam. A diferença entre as duas vias está no composto de 6 carbonos utilizado como substrato para clivagem: frutose 1,6-bisfosfato na via de Embden-Meyerhof-Parnas e 2-ceto-3-desoxi-6-fosfogliconato na via de Entner-Doudoroff. 4- Todas as células humanas contêm o mesmo modelo genético, mas o que torna a célula do cérebro diferente da célula do fígado? Essa diferenciação celular é controlada pela interessante forma pela qual a célula orquestra o seu genoma – que é comumente conhecida como regulação da expressão gênica. Enquanto a diferenciação celular está associada principalmente com organismos multicelulares, alguns procariotos também são capazes de alterar a sua morfologia ou de trocar da forma benigna para a patogênica por meio da alteração da expressão gênica. Para orquestrar de maneira eficiente as numerosas reações que ocorrem na célula e para otimizar a utilização dos recursos disponíveis, as células devem regular os tipos, as quantidades e as atividades das proteínas e de outras macromoléculas que elas sintetizam. Essa regulação ocorre em todos os níveis moleculares dentro da célula. Após a transcrição do DNA em RNA, a informação é traduzida, gerando uma proteína específica. Em geral, esses processos são denominados expressão gênica. Uma vez que as proteínas foram traduzidas, mecanismos adicionais podem ser utilizados para regular as suas atividades. Considerando essa informação acima, leia o capítulo 7 (Regulação metabólica) do Microbiologia de Brock (14 ed) e explique os comportamentos de cinética microbiana apresentados nos gráficos a seguir: No primeiro gráfico, as enzimas que catalisam a síntese de um produto especificam não são sintetizadas quando esse produto se encontra presente em quantidades suficientes. No gráfico da repressão, a arginina é adicionada a um meio que não continha arginina anteriormente, e as células estão em crescimento exponencial. O crescimento continua, mas a síntese de enzimas envolvidas na biossíntese de arginina é interrompida. Porém a síntese das demais proteínas permanece inalterada. Na maioria dos casos, o produto final de uma via biossintética reprime as enzimas daquela via. Isso garante que o organismo não gastará energia e nutrientes para sintetizações desnecessárias. No segundo gráfico, sobre a indução enzimática, uma enzima é sintetizada somente quando seu substrato se encontra presente. Esse processo, afeta principalmente as enzimas degradativas. Como no gráfico 2, ocorre a indução da enzima β-galactosidase, a enzima que faz a clivagem da lactose em glicose e galactose. Se o meio não tiver lactose a enzima não é sintetizada, sendo iniciada imediatamente após a adição de lactose. Esse mecanismo permite que as enzimas sejam sintetizadas somente quando necessário. No terceiro gráfico, há a representação de duas fontes de energia, quando este fenômeno ocorre, as células utilizam inicialmente a melhor fonte de energia para o crescimento. Quando esse melhor fonte acaba, o crescimento é interrompido e após algum tempo é retomado a partir de outra energia (a lactose, por exemplo) e a enzima de síntese dessa outra energia inicia. Portanto, neste caso, de lactose e glicose, a glicose reprime a síntese da proteína β-galactosidase, quando a glicose acaba, depois de algum tempo para síntese da enzima β-galactosidase, o crescimento retoma com velocidade mais lenta utilizando a lactose. *O capítulo 7 (regulação metabólica) do Microbiologia de Brock aborda um tema muito interessante e que explica o porquê os micro-organismos seguem determinadas rotas metabólicas. Dessa forma o recomendo como uma leitura complementar para uma melhor compreensão sobre a bioquímica microbiana.
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