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Nutrição Animal Histórico e Conceitos Gerais Paulo César Amorim Medico Veterinário, ESP Método Van Soest 1965, elaborou um sistema de análises especifico para forragens Permite um maior fracionamento da fibra bruta É possível predizer a digestibilidade da fração fibrosa do alimento Amostra alimento (MS) Conteúdo Celular celulose, hemicelulose e lignina Conteúdo parede celular Método Van Soest 1° Mistura da amostra em detergente neutro 2° Separação do conteúdo celular do conteúdo da parede celular Amostra é misturada em detergente neutro Fração solúvel conteúdo da parede celular (FDN) Filtração Conteúdo celular: proteínas, carboidratos não estruturais, estrato etéreo) +pectina FDN: celulose, hemicelulose, lignina Conteúdo celular + pectina Fração insolúvel Método Van Soest 2° A amostra que foi separada em detergente neutro (FDN) é misturada em detergente ácido FDN Filtração Fração solúvel em detergente ácido Fração insolúvel em detergente ácido (FDA) FDA: lignina, celulose (parcialmente aproveitável) Fração solúvel em detergente ácido: hemicelulose (aproveitável) Detergente ácido Método Van Soest Método Van Soest x Características da Fibra FDN e função ruminal Estimula mastigação, ruminação Manutenção pH ruminal Fonte de energia Características da Fibra Esta relacionado ao controle da ingestão de alimentos x O consumo de MS é determinado pela necessidade energética do animal e pelo efeito de enchimento. Efetividade física da fibra Características da Fibra Fonte de energia (herbívoros) Carboidratos estruturais (celulose, hemicelulose): degradados a AGV Celulose Hemicelulose Bactérias celulolíticas Glicose Piruvato ACETATO Propionato Butirato gordura glicose (Motilidade ruminal) Aparelho Digestório De Ruminantes Pré estômagos Rúmen, retículo e omaso Abomaso Intestino delgado Intestino Grosso Aparelho Digestório de Ruminantes Rúmen Volume superior a 100 litros em bovinos adultos Preenche maior parte da região abdominal esquerda Ambiente anaeróbico composto por bilhões de microrganismos Digestão microbiana da fibra, carboidratos não estruturais Degradação parte proteína ingerida Síntese de proteína microbiana Rúmen Carboidratos não estruturais Amido, sacarose Rapidamente degradados a AGVs Carboidratos estruturais Celulose, hemicelulose Lentamente degradados a AGVs Pectina Rapidamente degradada a AGVs Amido , sacarose Glicose Piruvato Carboidratos estruturais Rápida degradação Lenta degradação Acetato Síntese gordura Butirato Movimentação ruminal Propionato Gliconeogênese Rúmen Proteínas Parte da proteína é degrada pelos microrganismos ruminais Nitrogênio não proteico (ureia): Convertido em proteína verdadeira PDR Aminoácidos Síntese proteína microbiana Bactérias ruminais Amônia Amônia + cadeia carbônica de carboidratos Ureia Rúmen Lipídeos Não são degradados no rúmen Podem interferir na degradação da fibra Podem desequilibrar a microbiota ruminal Retículo Seleção de partículas para ruminação Maiores: retornam para ruminação Menores: seguem para o omaso Omaso Digestão mecânica conteúdo alimentar Absorção de água Abomaso Estomago químico pH 2,0-3,0 Secreção HCl, pepsina Desnaturação Início da digestão de proteínas (PM, PNDR) Intestino Delgado Duodeno, jejuno e íleo Digestão lipídeos e absorção AG Digestão peptídeos e absorção AAS Intestino Grosso Ceco Discreta participação na digestão carboidratos fibrosos Cólons Absorção água, eletrólitos, formação das fezes Características Aparelho Digestório Ruminantes Elevada capacidade de degradar alimentos ricos em fibra (celulose, hemicelulose) Menor competição com o homem pelos alimentos Síntese de vitaminas do complexo B e vitamina K Capacidade de sintetizar proteína a partir de fontes de nitrogênio não proteico (ureia) APARELHO DIGESTÓRIO DE EQUINOS Equinos Herbívoros monogástricos Estômago Pequeno 17 litros equino adulto Adaptado alimentação constante Secreção HCl e pepsina Desnaturação Início digestão proteínas Proteínas HCl Pepsina Peptídeos ID Aparelho Digestório De Equinos Intestino Delgado 20-25 metros Transito alimentar rápido Término digestão proteínas e absorção AAS Digestão e absorção lipídeos Digestão e absorção carboidratos não fi Lipídeos Emulsão lipídeos Bile Ácidos graxos Lipases Carboidratos não estruturais Alfa amilase Oligossacarídeos dissacarídeos Maltase, destrinases sacarases Glicose Frutose Galactose Aparelho Digestório De Equinos Intestino Grosso Ceco (30 litros) Transito lento Digestão microbiana carboidratos fibrosos em AGV Digestão amido que alcança o IG Celulose, Hemicelulose Glicose Piruvato Acetato, butirato, propionato Amido Glicose Piruvato Lactato, propionato butirato Aparelho Digestório Equinos Cólons 3-4 metros Volume de 60 litros Digestão microbiana da fibra (cólons ventrais) Absorção água, eletrólitos Síntese vitaminas complexo B e vitamina K Formação fezes (colón menor) Importância da fibra de boa qualidade para equinos Fonte de energia Equilíbrio microbiota do ceco e cólons, manutenção pH adequado Aparelho Digestório Dos Suínos Monogástricos, onívoros Aparelho digestório relativamente pequeno Baixa capacidade de armazenamento de digesta Alta eficiência no uso de alimentos concentrados Baixa capacidade aproveitamento fibra da dieta Aparelho Digestório De Suínos Estômago Secreção HCl, pepsina Desnaturação proteínas e hidrólise em peptídeos Intestino Delgado Digestão carboidratos não estruturais Digestão lipídeos Termino digestão de proteínas Proteínas Peptídeos AAS Tripsina Quimiotripsina Absorção Gorduras bile Emulsão gorduras Ácidos graxos Lipases Dissacarídeos Oligossacarídeos Amido Alfa-amilase Glicose, Frutose, Galactose Maltase Destrinases Sacarase Aparelho Digestório de Suínos Intestino Grosso Ceco Fermentação bacteriana de nutrientes que alcançam o intestino grosso Cólons Absorção água, eletrólitos, formação das fezes Carboidratos Carboidratos Principal fonte de energia para os animais Prontamente disponível Ocorrência nas plantas Conteúdo celular: carboidratos não estruturais Parede celular: carboidratos estruturais Classificação Monossacarídeos Glicose, frutose, galactose Forma absorvida pelo organismo CARBOIDRATOS Dissacarídeos Saracose Lactose Maltose Polissacarídeos Amido Glicogênio Celulose Hemicelulose Pectina DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS EM MONOGÁSTRICOS Digestão Quebra física e química dos alimentos Digestão carboidratos Amilase salivar Intestino delgado α-amilase pancreática Hidrólise do amido em oligossacarídeos Dextrinase, maltase, sacarase, lactase Hidrólise dos oligossacarídeos e dissacarídeos em monossacarídeos DIGESTÃO CARBOIDRATOS EM RUMINANTES Ruminantes não possuem amilase salivar Carboidratos estruturais e não estruturais são metabolizados no rúmen por fermentação bacteriana Produção de AGVs AGVs suprem de 60 a 80 % da necessidade energética de ruminantes Acetato, propionato, butirato Proporção Ac: Prop: But Variável em função do alimento ingerido DIGESTÃO CARBOIDRATOS EM RUMINANTES Carboidratosnão estruturais Rapidamente convertidos em glicose por fermentação microbiana Glicose é levada até AGVs Sacarose, Amido, Glicose Piruvato Acetato Propionato Butirato Lactato pH Microrganismos ruminais DIGESTÃO DE CARBOIDRATOS EM RUMINANTES Propionato e Lactato Principal fonte de glicose para ruminantes Gliconeogênese DIGESTÃO CARBOIDRATOS EM RUMINANTES Digestão Carboidratos Estruturais Celulose e hemicelulose: lentamente degradados Pectina: Rapidamente degradada Celulose Hemecelulose Pectina Microrganismos ruminais Glicose Piruvato Acetato Butirato Propionato DIGESTÃO CARBOIDRATOS EM RUMINANTES Acetato Baixos níveis de carboidratos fibrosos na dieta Redução na gordura do leite Butirato Fonte energia Motilidade Ruminal Síntese ácidos graxos e triglicerídeos no TA PROTEÍNAS Longas cadeias de AAS unidos por ligações peptídicas Estrutura básica do AAS Exigência em proteínas Humanos, carnívoros, suínos e aves: necessitam de proteínas de melhor qualidade Ruminantes: são menos exigentes PROTEÍNAS Funções Estrutural 65% do músculo é formado de proteínas Componentes de ligamentos, penas, cabelos Fonte de Energia Endócrina Insulina, hormônio de crescimento, tiroxina Imunológica Anticorpos Manutenção do equilíbrio fluidos no organismo Albumina PROTEÍNAS Estrutura Proteínas Longas cadeias AAS unidas por ligações peptídicas AAS essenciais e não essenciais Centenas de proteínas são sintetizadas a partir de 22 AAS 12 são AAS sintetizados pelo organismo 10 são AAS obtidos exclusivamente pela alimentação (aves e suínos) PROTEÍNAS AAS limitante AAS exigido em maior quantidade Lisina Primeiro AAS limitante na alimentação de suínos Síntese de proteína muscular Metionina em segundo lugar, seguido por treonina, triptofano Metionina 1° AAS limitante dieta de aves (importante formação de penas) Lisina em segundo lugar seguido por treonina, arginina Dietas para aves e suínos Milho é rico em metionina mas pobre em lisina Soja é rica em lisina mas pobre em metionina Necessário suplementação com AAS sintéticos PROTEÍNAS Inter-relação entre AAS essenciais e não essenciais Alguns AAS não essenciais são sintetizados a partir de AAS essenciais Cisteina: sintetizado a partir da metionina Tirosina: sintetizada a partir da fenilalanina Qualidade das proteínas Relacionado a composição de AAS Valor biológico é afetado quando a Pt é pobre em AAS essenciais Proteínas completas Contem todos os AAS essenciais em quantidades significativas Proteínas de origem animal Caseína , albumina Proteínas incompletas Proteínas deficientes em AAS essenciais Farelos de oleaginosas: deficientes em metionina PROTEÍNAS Proteína ideal Conceito utilizado na nutrição de aves e suínos Balanceamento da proteína e AAS em níveis ótimos Vantagens Melhor conversão alimentar Menor excreção de nitrogênio nas fezes Menor gasto energético para metabolizar excesso de proteína Atualmente Utilizado em mais de 70% das suinoculturas e aviculturas tecnificadas PROTEÍNAS Equilíbrio de proteína nas rações Alimento de custo alto Desequilíbrios podem comprometer o desempenho Deficiência Retardo desenvolvimento e ganho de peso Maior susceptibilidade a doenças Excesso Gasto energético para metabolização e excreção Sobrecarga do fígado e rins Aumento excreção nitrogênio nas fezes PROTEÍNAS Ruminantes Possuem exigências proteicas mais simples Proteína microbiana possui elevado valor biológico Bezerros Necessitam de proteína de boa qualidade Sucedâneos Devem ser avaliados quanto a qualidade da proteína DIGESTÃO DE PROTEÍNAS EM MONOGÁSTRICOS Hidrólise das ligações peptídicas no estômago e intestino delgado DIGESTÃO PROTEÍNA EM MONOGÁSTRICOS Estômago Secreção de HCl Secreção pepsinogênio Proteína dieta Desnaturação pH baixo Hidrólise ligações peptídicas Peptídeos pepsina Pepsinogênio Pepsina Forma ativa Tirosina, fenilalanina e triptofano DIGESTÃO PROTEÍNAS EM MONOGÁSTRICOS Intestino Delgado Secreção enzimas pancreáticas (tripsinogênio, quimiotripsinogênio) Peptídeos Tripsinogênio, Quimiotripsinogênio Tripsina, Quimiotripsina ID AAS Tripsina, quimiotripsina Absorção DIGESTÃO PROTEÍNAS EM MONOGÁSTRICOS Proteínas de origem animal Alta digestibilidade Utilizada em dietas de suínos, aves e cães Proteínas de origem vegetal Digestibilidade variável (parte da proteína pode estar indisponível) DIGESTÃO PROTEÍNA EM RUMINANTES Fatores que interferem na degradabilidade da proteína no rúmen Taxa de passagem Processamento térmico do alimento Tostagem , peletização, extrusão Aumenta a fração não degradável no rúmen Silagens: proteína alta degradabilidade no rúmen Farelos de oleaginosas: protéina de média degradabilidade no rúmen Farinha peixe, sangue: baixa degradabilidade no rúmen Vacas de alta produção Maior exigência em PNDR Proteína Dieta PDR PNDR DIGESTÃO DA PROTEÍNA EM RUMINANTES PDR e PNDR Proteína PNDR PDR Hidrólise Abomaso Proteína microbiana PDR Peptídeos AAS Amônia Enzimas bacterianas Proteína Microbiana DIGESTÃO PROTEÍNA EM RUMINANTES PNDR PM Abomaso Peptídeos Intestino Delgado AAS pH pepsina Tripsina Quimiotripsina UREIA NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES Possui 45% de N na molécula PB= N x 6,25 PB= 45 x 6,25= 281% PB Precursor de proteína de baixo custo N é utilizado síntese proteína microbiana no rúmen Ureia Amônia Digestão Carboidratos AGVs + cetoácidos AAS bacteriano Urease bacteriana Esqueleto carbono Cetoácidos CONSIDERAÇÕES SOBRE UTILIZAÇÃO DA UREIA Deve ser associada a fontes de carboidratos (preferencialmente de rápida degradação) Sacarose, amido Deve estar associada a uma fonte de enxofre Sulfato de amônio 9 partes de ureia: 1 parte de sulfato de amônio Síntese de AAS contem enxofre Ureia + sulfato de amônio= 250% PB Cana de açúcar 1% diluído em agua Adicionado no momento do fornecimento Concentrado Até 2% de ureia CONSIDERAÇÕES SOBRE UTILIZAÇÃO DA UREIA Consumo 0,5 g ureia/kg peso vivo para animais adaptados Animais não adaptados 0,25 g/ureia/kg peso vivo Não é indicado para bezerros jovens Vacas de alta produção devem receber quantidades limitadas Intoxicação Ingestão sem adaptação inicial Ingestão de quantidades elevadas por erro de cálculo Ingestão em um curto período de tempo INTOXICAÇÃO POR URÉIA Intoxicação Sinais clínicos Poucos minutos após a ingestão Incoordenação, salivação excessiva, tremores musculares Decúbito, timpanismo, tetania, convulsões, morte Amônia Corrente sanguínea SNC Excede a capacidade de metabolização hepática INTOXICAÇÃO POR URÉIA Rápida piora nos sinais clínicos Tratamento Reduzir a absorção amônia para corrente sanguínea A redução do pH ruminal aumenta a fração ionizada Ácido acético via oral Aliviar timpanismo NH3 NH4+ (fração ionizada) Prognostico Bom para casos atendidos rapidamente Reservado a desfavorável para casos avançados Prevenção Adaptação Fornecer sempre em associação a fontes de energia Realizar mistura homogênea pH LIPÍDEOS Óleos Obtidos através do processamento de grãos de oleaginosas Óleo de soja, algodão, girassol, milho Gorduras Extraídas noprocessamento de produtos de origem animal Banha, sebo, graxa 2° principal fonte de energia O metabolismo dos lipídeos produz mais energia que os carboidratos Componentes membranas celulares Precursores hormônios esteroidais LIPÍDEOS Ácidos graxos representam a estrutura básica dos lipídeos Gorduras: contem mais AG saturadas Óleos: contem mais AG insaturados Classificação Triglicerídeos Fosfolipídios Esteroides Triglicerídeos Três cadeias de AG ligados ao glicerol IMPORTÂNCIA DOS LIPÍDEOS NO ORGANISMO Estrutura das membranas celulares Precursores hormônios esteroidais Fonte e reserva de energia Veículo absorção vitaminas lipossolúveis Precursores prostaglandinas, leucotrienos ÓLEOS VEGETAIS Muito utilizados nas rações de aves e suínos Fontes de AG essenciais (linoléico e linolênico) Eleva a densidade energética das rações Melhora a palatabilidade Melhora conversão alimentar, absorção de vit. lipossolúveis Reduz a taxa de passagem pelo TGI Melhora a consistência das rações DIGESTÃO LIPÍDEOS EM MONOGÁSTRICOS Lipídeos Emulsão Intestino Delgado Secreção bile (rica em fosfolipídios, colesterol) Lipases pancreáticas Hidrólise triglicerídeos Secreção bile ID AG livres Glicerol Monoglicerídeos ID Lipases Absorção LIPÍDEOS NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES Parte dos lipídeos da dieta sofrem hidrólise e hidrogenação no rúmen Termino da digestão e absorção ocorre no intestino delgado Excelente fonte de energia para vacas de alta produção e bovinos de corte Gorduras de origem animal são proibidas para ruminantes LIPÍDEOS NA ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES Aumenta a densidade energética Permite reduzir os níveis de amido da dieta Melhora condição corporal Melhora desempenho reprodutivo LIPÍDEOS ALIMENTAÇÃO DE RUMINANTES Restrições Ao Fornecimento de Lipídeos Para Bovinos Teores elevados comprometem a digestão ruminal 1. Efeito tóxico direto para microrganismos ruminais 2. Compromete a digestão da fibra 3. Reduz consumo Recomendação Até 6% E.E na MS da dieta DIGESTÃO DE LIPÍDEOS EM RUMINANTES AGI são mais tóxicos para microrganismos ruminais Bactérias ruminais reduzem a insaturação das ligações (hidrogenação) Recomendações Grãos de oleaginosas Lenta liberação do óleo no rúmen Menor interferência no metabolismo ruminal Caroço de algodão, grão de soja Também apresentam elevado teor proteico. DIGESTÃO DE LIPÍDEOS EM RUMINANTES Gordura protegida Digestão e absorção apenas no intestino delgado Rico em acido linoleico, linolênico e vit E Não altera a digestão e a microbiota ruminal Indicado para grupos específicos de animais DIGESTÃO LIPÍDEOS EM RUMINANTES Intestino delgado Semelhante aos monogástricos Bile Fosfolipase A2 Lecitina ID Lipases pancreáticas Absorção intestinal LIPÍDEOS NA ALIMENTAÇÃO DE EQUINOS Indicado para cavalos de alta performance Rações com teores elevados de extrato etéreo Fornecimento de óleos não compromete a digestão da fibra LIPÍDEOS ALIMENTAÇÃO DE EQUINOS Digestão de lipídeos no intestino delgado Equinos não possuem vesícula biliar Bile é secretada durante a ingestão de alimentos Bile Ação de lipases pancreáticas ALIMENTOS ENERGÉTICOS Milho Alimento energético padrão Extensivamente utilizado na nutrição animal Principal constituinte do concentrado de aves, suínos e bovinos Brasil é 3 ° maior produtor mundial Características Alto teor de amido amido, betacaroteno Elevado teor de NDT (88%) Proteína 8-9% PB Elevado teor metionina Pobre em lisina Lipídeos 3,5 % EE Vitaminas e minerais Rico em betacaroteno MILHO MILHO MILHO Formas de utilização Milho moido Composição de rações de aves, suínos, ruminantes e equinos Milho em grão Confinamentos de bovinos de corte MDPS Maior teor de fibra Menor teor de NDT Opção para animais que apresentam menor exigência Sorgo 90 % do valor nutricional do milho Pode substituir o milho em 100% na alimentação de aves, suínos e ruminantes Menor teor NDT Maior teor de Pt Proteína 9-13% Relação AAS essenciais inferior ao milho SORGO Lipídeos EE: 3,0% Menor teor de ácido linoleico Vitaminas e minerais Pobre em carotenos Sorgo Formas de utilização Apenas moído Fatores antinutricionais Tanino Reduz a palatabilidade Reduz a digestibilidade da proteína Limitante em suínos e aves Sorgo Estatísticas do sorgo no Brasil Considerado alimento secundário Crescimento na produção nos últimos anos Fonte: Conab, 2009 Sorgo Comparação entre sorgo e milho Aves e suínos Sorgo pode substituir o milho em 100% Variedades sem tanino Aumentar níveis de AAS essenciais Utilizar corantes em rações aves postura Quando optar pelo sorgo? Casca De Soja Concentrado energético 80% do valor energético do milho Alto teor de fibra Boa palatabilidade Proteína 13 % PB Proteína de elevada degradabilidade ruminal Boa fonte de lisina, mas pobre em metionina Energia 70% fibra com baixo teor de lignina Alta digestibilidade Casca de Soja Recomendação Substituição de parte do volumoso Substituição de parte do milho no concentrado 3 – 5 Kg/animal/dia Benefícios Auxilia no controle da acidose ruminal Baixo custo, boa palatabilidade Aumenta níveis de gordura do leite Formas de utilização Natural, moída ou peletizada Poupa Cítrica Concentrado energético Subproduto processamento de frutas cítricas Elevado teor de pectina e carboidratos solúveis Boa palatabilidade Proteína 5-7% Baixa disponibilidade Energia NDT elevado Fibra de alta digestibilidade (baixo teor de lignina) 21% pectina Vitaminas e minerais Elevado teor de cálcio e baixo de P Poupa Cítrica Recomendação Substituição de parte do milho em concentrado de bovinos Vacas de leite e confinamento de bovinos de corte Aditivo em silagens de capim Poupa Cítrica Observações Preço é muito variável no mercado Desequilíbrio nos níveis de cálcio e P Armazenamento em local adequado Teor umidade elevado aumenta perdas Altos níveis na dieta podem deixar odor no leite Recomendação 4 kg/animal/dia Formas de utilização Peletizada (88% MS) Alimentos Proteicos Farelo de Soja Alimento proteico padrão Principal fonte de proteína na nutrição de ruminantes, aves e suínos Subproduto após extração do óleo Proteína 44-48% PB Rico em lisina Baixos níveis de metionina Energia Baixos níveis de EE NDT elevado Vitaminas e minerais Rico em tiamina, niacina Níveis médios de Ca e P Farelo De Soja Fatores antinutricionais Sojina (inibidor de tripsina) Reduz degradação da proteína, hipertrofia pancreática Lectinas Lesões em células intestinais Fitatos Reduz disponibilidade de P, Zn, Ca, Tratamento térmico inativa a sojina e lectinas Recomendações Aves e suínos Principal constituinte proteíco Corrigir níveis de metionina, utilizar aditivos enzimáticos Utilizar apenas após processamento térmico adequado Ruminantes Principal alimento proteico Pode ser utilizado como única fonte de proteína verdadeira Tratamento térmico reduz PDR Soja Grão Elevado teor proteicoe energético NDT superior a 90% Proteína 38% PB Energia 19% EE Baixos teores de carboidratos Fatores antinutricionais Inibidores de tripsina Lectinas Fitatos Bovinos Altos níveis de EE limita utilização Máximo 3 kg/animal/dia Farelo de Algodão 2° Principal fonte de proteína vegetal nutrição animal Elevado teor proteico Alternativa ao farelo de soja Proteína 3 opções de níveis de proteína 28% PB 38% PB 42% PB Relação AAS essenciais inferior ao farelo de soja Energia Baixos níveis de extrato etéreo FDN elevado Níveis intermediários de NDT Farelo de Algodão Fatores antinutricionais Gossipol Degeneração muscular Alterações reprodutivas em machos Recomendações Vacas e machos de corte Não esta indicado para uso em reprodutores Aves e suínos Não é recomendado Muito sensíveis ao gossipol Elevado teor de FDN Composição de AAS essenciais inferior Caroço de Algodão Alimento completo para ruminantes Nível médio de proteína Elevado teor de lipídeos e NDT Recomendação Gossipol limita utilização em reprodutores Vacas Até 3,0 kg/animal/ dia Aumenta densidade energética dieta Essenciais na alimentação de equinos e ruminantes Fonte de proteínas Fonte de energia (CNF, FDN) Equilíbrio microbiota rúmen e ceco Baixos teores fibra efetiva Aumento incidência problemas metabólicos e infecciosos Afecções de casco Redução níveis gordura leite Cana de açúcar Volumoso tradicional na alimentação de bovinos Forragem de clima tropical Alta produtividade por hectare Boa alternativa para período seco do ano Valor nutricional Proteína Baixo valor proteico 2,5-3,0% Energia Alto teor de sacarose Altos níveis de FDN Minerais Baixo níveis Ca e P Vantagens Alta produtividade/há Tolera déficit hídrico Forragem baixo custo Ponto colheita coincide com o período seco Bom teor energia Limitações Baixo valor proteico Alto teor fibra indigerível Colheita dispendiosa Cana de açúcar e ureia Objetivo 1% ureia para animais adaptados Não fornecer bezerros jovens Cana de açúcar hidrolisada Adição oxido cálcio (cal) Possíveis vantagens Melhora digestibilidade da fibra Redução perda de açucares 0,5-1,5% durante moagem Dados pesquisa Discreto aumento digestibilidade fibra Menor perda de açucares Hidrólise não melhora valor nutricional Silagem cana de açúcar Minimizar problemas com mão de obra Alternativa para evitar sobras Requer utilização aditivos Recomendação Boa alternativa para vacas de média a baixa produção, animais em recria Excesso FDN indigerível limita consumo em vacas de alta produção Cana de açúcar em substituição a silagem de milho Recomendações Associar com ureia Corte fino Despalhar Equinos? Não é um bom volumoso Excesso fibra predispões compactações IG Utilizar com cautela Adaptação inicial, manter animais soltos Fornecer bom concentrado Bagaço de cana Valor nutricional desprezível Alternativa quando não há outra opção de forragem Fonte de fibra em confinamentos de alto grão Recomendações agronômicas Análise de solo e correção adequada Utilizar variedades melhoradas Corte rente ao solo Boa produtividade em até 6 cortes Forragem tropical de alta produtividade Grupos cameroon e napier são os mais comuns Muito utilizado na alimentação de bovinos e equinos Potencial produtivo e nutricional não é explorado adequadamente Valor nutricional Muito variável Corte (60 dias) Proteína 8% Energia Baixos teores carboidratos não fibrosos Minerais Baixos níveis de Ca e P Vantagens Elevada produtividade Fácil cultivo Limitações Baixo valor nutricional quando passa do ponto de corte adequado Formas de utilização Corte e moagem diária Silagem Opção secundária Baixos teores de MS e CNF comprometem o processo Pastejo rotacionado Bastante viável Aproveitamento da forragem com bom valor nutricional Recomendação Vacas média a baixa produção, animais em recria O valor nutricional limita utilização em vacas de prod. elevada Equinos Muito utilizado Quando mal manejado é importante causa de compactações de IG Recomendações utilização Intervalo entre cortes 60 dias Irrigação e boa fertilidade mantem produtividade no inverno Descartar excesso caule na alimentação equinos Destinados a produção de silagens Boa produtividade Elevado teor de amido e NDT Baixos níveis de proteína Processo altamente complexo A produção de silagens possui custo elevado Erros durante a produção são frequentes Consequências Silagem Objetivos Conservar forragens com bom valor nutricional Conservar excedente forragens Reserva para períodos de menor oferta alimentos Maximizar uso mão de obra Ensilagem Processos envolvidos na produção de silagens Silo Superfície Trincheira Bag Silos Silos Torre Deve ser realizada em menor tempo possível Moagem Variedade de equipamentos Automotrizes x ensiladeiras acopladas Velocidade de corte Tamanho da partícula Custo Tamanho da partícula 5-15 mm Partículas menores melhoram processo fermentativo e compactação Esmagamento grãos de milho “Cracker” Altura do corte 20-40 cm Enchimento Compactação Determinante na qualidade da silagem Tempo de compactação Igual ao tempo de moagem Fatores que interferem na compactação Tipo de silo Tamanho da partícula Matéria seca da forragem Equipamento utilizado Protege silagem contra intempéries e entrada de ar Não utilizar lonas de baixa qualidade Características de uma lona adequada Espessura mínima de 180 micras Dupla face Cobrir com fina camada terra Conversão dos carboidratos não fibrosos em ácidos orgânicos Ácido lático Ácido acético Redução do pH Conservação do material ensilado Inibição de patógenos Fonte de energia para os animais Fase aeróbica Durante o processo de enchimento Algumas horas após o fechamento Ação dos microrganismos aeróbicos Carboidratos + Oxigênio CO2 + H2O + calor Fatores que influenciam na degradação aeróbica Fase anaeróbica Inicia-se após o fechamento e consumo do oxigênio Fase anaeróbica I Multiplicação de bactérias heterofermentativas Produção de ácidos orgânicos (ácido lático, acético, butírico) Inicio redução do pH Fase anaeróbica II Multiplicação de bactérias homofermentativas Produção de ácido lático Queda significativa do pH Fase estabilidade Queda no pH próximo a 4 inibe multiplicação microbiana Aproximadamente 30 dias após o fechamento Ocorre após a abertura do silo Multiplicação de leveduras, fungos filamentosos e bactérias aeróbicas Utilização do ácido lático e açucares remanescentes Redução do valor nutricional Aumento da temperatura da silagem exposta Determinantes para ocorrência deterioração aeróbica Avanço mínimo de 25 cm/dia em todo perfil do silo Retirada uniforme de todopainel minimiza deterioração Uso inoculantes Lactobacillus buchneri Melhoram o processo fermentativo e conservação material ensilado Não corrigem erros no processo de ensilagem Recomendações variam com o forragem ensilada Inoculantes bacterianos Lactobacillus plantarum, Lactobacillus buchneri Aditivos químicos Ureia Aditivos adsorventes de umidade Poupa cítrica, milho moído, casca de soja Inoculantes bacterianos Lactobacillus plantarum Streptococcus faecium Aumentam produção de ácido lático Lactobacillus buchneri Aumenta produção de ácido acético Inibição leveduras, fungos filamentosos Aditivos químicos Ureia Fonte de nitrogênio para multiplicação bacteriana em silagens de cana 0,5 – 1,0 % MN durante ensilagem Aditivos adsorventes umidade Indicados para silagens de capim elefante Poupa cítrica Casca de soja Milho moído Fácil cultivo, bom valor nutricional e elevada produtividade Teor de matéria seca entre 30% – 35% Baixos teores de matéria seca Perdas por efluentes Multiplicação de microrganismos indesejáveis Altos teores de matéria seca Compactação inadequada Degradação aeróbica Elevado teor de carboidratos solúveis Baixo poder tampão Forragem padrão para produção de silagem Boa produtividade Elevado teor de carboidratos não fibrosos Baixo poder tampão Alta exigência em fertilidade do solo Não tolera restrição hídrica Escolha híbrido Híbrido de grãos farináceos No Brasil há predomínio de híbridos de grão duros Ponto de colheita MS 30 – 35 % MS abaixo de 28% Multiplicação microrganismos indesejáveis Perdas por efluentes MS acima de 35% Dificuldade na compactação Menor aproveitamento amido Ponto de ensilagem ‘’Linha do leite’’ na metade do grão Boa produtividade Teores elevados de CNF Baixo poder tampão Exigente em fertilidade do solo Tolera certa restrição hídrica Aproveitamento da rebrota Ponto ensilagem 30-35% MS Grãos de estágio pastoso a farináceo Utilização de inoculantes bacterianos é opcional Opção para aproveitamento sobras de cana Maximizar uso da mão de obra Alta produtividade por hectare MS 30% Elevado teor de carboidratos solúveis Limitação Tendência a sofrer fermentação alcóolica Recomendado utilização inoculantes bacterianos Lactobacillus buckneri Ureia Eleva teor proteico silagem 0,5-1,0% ureia + sulfato de amônia diluído em água Moagem em corte fino Opção secundária para ensilagem Baixos teores de matéria seca Baixos teores de carboidratos solúveis Requer utilização de aditivos Aditivos adsorventes de umidade Milho moído, poupa cítrica, casca de soja (5-10%) Uso inoculantes bacterianos é opcional Lactobacillus plantarum Lactobacillus buckeneri Avaliar custo benefício Fenação Desidratação forragem Conservação e manutenção do valor nutricional Produção De Feno No Brasil Histórico Baixa produção Brasil Muito dependente mecanização Utilização difundida apenas alimentação de equinos Feno Vantagens Excelente alimento para equinos e ruminantes Pode ser armazenado por meses Fácil comercialização Limitações Requer mecanização em todas as etapas Fenação é dependente de condições climáticas Áreas muito inclinadas ou mal drenadas inviabilizam a produção Produção De Feno Escolha da gramínea Elevada produtividade e valor nutricional Rápido crescimento Alta relação folha/colmo Folhas bem aderidas ao caule Feno Gramíneas Espécies do gênero Cynodon Tifton 85 Coast cross Elevada produtividade Bom valor nutricional Alta digestibilidade Boa relação folha /caule Folhas bem aderidas Feno Gramíneas Tifton 85 Exigente em fertilidade Certa tolerância temperaturas baixas 20 toneladas MS/ha/ ano Intervalo corte 30-50 dias Produção Feno Alfafa Leguminosa de excelente valor nutricional e palatabilidade Adaptada a regiões de clima temperada Altamente exigente em fertilidade Produtividade 10 toneladas MS/ha/ano Feno Alfafa Alfafa Fenação exige cuidados especiais Perdas podem ser elevadas durante a desidratação a campo Fenação Desidratação Manutenção do valor nutricional e conservação Deve ser realizada em menor tempo possível Fenação é totalmente dependente do clima Temperatura elevada Baixa umidade Etapas-Fenação Corte forragem Ceifadeiras ou segadeiras Grande variedade de equipamentos Segadeira condicionadara é o equipamento mais moderno e eficiente Fenação Ponto de corte das forragens Corte precoce Alto teor de umidade Baixa rendimento Corte tardio Redução valor nutricional Equilíbrio entre qualidade e produtividade Tifton: 40 cm Alfafa: Início florescimento Fenação Altura de corte da forragem Determinante para rebrota adequada Tifton 5-7 cm Alfafa 8-10 cm Fenação-Corte Avaliar condições climáticas Chuva é o fator mais prejudicial para qualidade final do feno Lixiviação dos nutrientes Comprometimento secagem Corte deve ser realizado logo após secagem do orvalho Fenação Desidratação da forragem Tempo deve ser inferior a 72 horas 1° fase Logo após o corte da forragem Duração 1-2 horas Perda de 20 % de água através do estômatos 2° fase Perda lenta de água 65% para 45% umidade 24 horas Viragem acelera a perda de umidade Fenação 3° Fase Duração 24 horas 45% para 15% umidade Etapa altamente influenciada pelas condições climáticas Fase mais susceptível a perdas Fenação Viragem Realizadas com ancinhos Acelera processo de desidratação Inicio 2 horas após o corte Mais eficiente na segunda fase de desidratação Deve ser reduzida na fase final de desidratação Fenação Armazenamento 15-18 % umidade Teor de umidade adequado é determinante para melhor conservação Umidade elevada Multiplicação de fungos Aspergillus, Fusarium Aquecimento Fenação Enfardamento Pré requisito para comercialização Feno-Equinos Feno alfafa Muito palatável Altos níveis de PB, NDT e energia Recomendado para animais com elevada exigência nutricional Feno-Equinos Feno de gramíneas (tifton) Forragem tradicional alimentação equinos Bom teor proteico Fibra de elevada digestibilidade Feno-Ruminantes Feno alfafa Excelente alimento para ruminantes Alto custo inviabiliza a utilização no Brasil Feno gramíneas (tifton 85, coast cross) Bezerros A partir das primeira de vida associado ao concentrado Estimula atividade ruminal Feno-Ruminantes Vacas em lactação Vacas alta produção Fonte de fibra efetiva de boa qualidade Fornecido em mistura completa
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