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Aspectos gerais da nutrição de ruminantes -

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PAGE 
11
PROCESSOS DIGESTIVOS NO RUMINANTE
	REGIÃO
	SECREÇÃO LOCAL
	ENZIMAS E FUNÇÃO
	PRODUTOS FINAS DA DIGESTÃO
	Boca
	Saliva
	Lubrificação do alimento
	
	Rúmen
	
	Enzimas dos microorganismos atuam sobre polissacarídeos, amido, lipídeos e proteínas (uréia)
	Ácidos graxos voláteis, proteína microbiana, vitaminas do complexo B e vitamina K
	Abomaso (adultos)
Abomaso (lactentes)
	Ácido clorídrico e muco do estômago.
Ácido clorídrico
	Age sobre proteínas e gorduras, ocorrendo proteólise.
Renina que age sobre a caseína do leite.
	Ácidos graxos, glicerol, peptídeos, aminoácidos.
Coágulo da proteína do leite.
	Intestino delgado
	Suco pancreático
	Tripsina e quimotripsina (agindo sobre peptídeos, aa e proteínas)
Amilase (agindo sobre amido)
Lipase (agindo nos lipídeos)
	Peptídeos, aa
Dextrose, glicose
Glicerol, ácidos graxos
	Intestino delgado
	Bile
	Age principalmente na emulsão da gordura.
	Gordura em emulsão (glicerol e sabões)
	Intestino delgado
	Suco intestinal
	Peptidase (age nos peptídeos)
Sacarase (age sobre sacarose)
Maltase (age sobre maltose)
Lactase (lactose)
	Aminoácidos
Glicose e frutose
Glicose
Glicose e galactose
	Intestino grosso
	
	Microorganismos fermentadores, que produzem celulase e fermentam polissacarídeos, amido e açúcares.
	Ácidos graxos voláteis, proteína microbiana, vitaminas do complexo B e vitamina K
DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS ENTRE RUMINANTES E NÃO RUMINANTES
· AUSÊNCIA DE N NA SALIVA DOS MONOGÁSTRICOS – no ruminante: Ciclo da Uréia;
· AUSÊNCIA DE RUMINAÇÃO NOS MONOGÁSTRICOS;
· AUSÊNCIA DE ENZIMA AMILOLÍTICA NA SALIVA DOS RUMINANTES Amido digerido no rúmen e intestino delgado;
· AUSÊNCIA QUASE TOTAL DE ENZIMAS GLICOLÍTICAS NO INTESTINO DOS RUMINANTES;
· PRESENÇA DE NUCLEASES;
· PASSAGEM DO CONTEÚDO GÁSTRICO É LENTA E CONTÍNUA;
· ABSORÇÃO DE AÇÚCARES NO INTESTINO DOS RUMINANTES É BAIXA OU NULA, O QUE IMPLICA NUM INTENSO PROCESSO DE GLICONEOGÊNESE.
NUTRIÇÃO DOS HERBÍVOROS
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO:
1- FERMENTAÇÃO MICROBIANA:
· MATERIAL BARATO;
· FERMENTAÇÃO RUMENAL;
· FERMENTAÇÃO INTESTINAL.
2- DEGRADAÇÃO ENZIMÁTICA:
· GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO DOS RUMINANTES.
FUNÇÕES DO TRATO DIGESTIVO:
· ESTOCAGEM DE ALIMENTOS;
· PROCESSAMENTO DO ALIMENTO;
· PREPARO DOS NUTRIENTES PARA ABSORÇÃO;
· ASSIMILAÇÃO DE NUTRIENTES;
· ELIMINAÇÃO DA FRAÇÃO DOS ALIMENTOS NÃO DIGERIDOS.
NUTRIÇÃO DOS HERBÍVOROS – OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO
DINÂMICA DIGESTIVA FISIOLOGIA TECNOLOGIA
 ANATOMIA 
Animal Microorganismo Alimento Pré-gástrica Pós-gástrica Formulação Sistema de
 alimentação 
VOLUME E CAPACIDADE RELATIVA DO ESTÔMAGO E INTESTINO DE DIFERENTES ESPÉCIES ANIMAIS
	Espécie
	Estômago
	Intestino delgado
	Cólon - reto
	Ceco
	Bovinos
	71%
	18%
	8%
	3%
	Eqüinos
	9%
	30%
	45%
	16%
	Suínos
	29%
	33%
	32%
	6%
ECOSSITEMA RUMINAL
 Gases absorvidos e Gases perdidos pela
 Perdidos pelos pulmões eructação
 Alimento p/ rúmen
 Material p/ eructação
 Concentrado e saliva
Gases
Camada de 
partículas
sólidas maiores
Intensa fermentação Digesta
do suco rumenal (líquido e partículas pequenas 
 para o abomaso)
AGV absorvidos levados ao úbere
pela circulação sangüínea
FUNÇÕES DA MASTIGAÇÃO
· MISTURAR A SALIVA AO ALIMENTO;
· REDUZIR O TAMANHO DAS PARTÍCULAS ALIMENTARES;
· FAVORECER A SOLUBILIZAÇÃO DE NUTRIENTES PRONTAMENTE DISPONÍVEIS PARA AS BACTÉRIAS DO RÚMEN;
· FORMAR UM BOLO ALIMENTAR PARA DEGLUTIÇÃO.
FUNÇÕES DA SALIVAÇÃO
· ADICIONAR ÁGUA AO CONTEÚDO DO RÚMEN (70% do total de água do conteúdo rumenal);
· ADICIONAR TAMPONANTES AO AMBIENTE RUMENAL (íons fosfato e bicarbonato);
· LUBRIFICAR O ALIMENTO PARA DEGLUTIÇÃO;
· PROVER ALGUNS NUTRIENTES PARA OS MICROORGANISMOS DO RÚMEN (N, minerais);
· AJUDA NA PREVENÇÃO DE TIMPANISMO ATRAVÉS DA MUCINA.
PRODUÇÃO DE SALIVA NA VACA ADULTA
	DIETA
	Kg SALIVA / DIA
	Feno de gramínea
	177
	Feno de leguminosa
	149
	Silagem de alfafa
	108
	Feno de alfafa (3,65kg) + grãos (5,5 kg)
	122
SAIS SECRETADOS NA SALIVA DIARIAMENTE
	CATEGORIA
	VACA SECA
	VACA LACTANTE
	Alimento
	Feno longo
	Dieta com + grãos
	Saliva ( litros / dia)
	190
	125
	NaHCO3 (g)
	1100
	725
	NaHPO4 (g)
	350
	225
	NaCl (g)
	100
	64
FORMA FÍSICA AFETA O FLUXO DE SALIVA
	FORMA DA FORRAGEM
	GRAMAS DE SALIVA / g MSI
	Peletizado
	0,68
	Forragem verde
	0,94
	Silagem
	1,13
	Feno
	3,63
Fonte: Reis (EV/UFMG, 2002)
FUNÇÕES DA RUMINAÇÃO
· FAVORECER A PRODUÇÃO DE SALIVA;
· REDUZIR O TAMANHO DAS PARTÍCULAS;
· CONTRIBUIR PARA A PASSAGEM DE PARTÍCULAS PARA FORA DO RÚMEN;
· FAVORECER A DIGESTÃO DA FIBRA PELA MAIOR ÁREA DE EXPOSIÇÃO AOS MICROORGANISMOS.
MICROBIOLOGIA DE RÚMEN
AMBIENTE RUMENAL:
RÚMEN CÂMARA DE FERMENTAÇÃO
· TEMPERATURA MÉDIA: 39 ºC ( 38 – 40 ºC);
· pH PODE VARIAR DE 5,5 a 7,0;
· POUCO OXIGÊNIO (ANAEROBIOSE)
Gases presentes ---- CH4, CO2, NH3, CO e H2S;
· PRESSÃO OSMÓTICA SEMELHANTE À DO SANGUE;
· PRINCIPAIS PRODUTOS METABÓLICOS DA FERMENTAÇÃO: AGV
ACETATO – PROPIONATO – BUTIRATO + gases (CO2 e CH4)
· CONTEÚDO DE MS NO RÚMEN (10 a 15%) – constante;
· AMBIENTE RUMENAL É BEM TAMPONADO;
· SINTROFIA e SIMBIOSE.
FUNÇÕES DA FERMENTAÇÃO
VANTAGENS:
· EXTRAIR ENERGIA DA CELULOSE E HEMICELULOSE;
· CONVERTER FONTES POBRES DE PROTEÍNA, COMO NNP (uréia) EM PROTEÍNAS MICROBIANAS;
· OBTER VITAMINAS DO COMPLEXO B E VITAMINA K;
· DESTRUIR ALGUNS TIPOS DE TOXINAS PRESENTES NOS ALIMENTOS.
DESVANTAGENS:
· PERDA DE ENERGIA NO PROCESSO;
· PERDA DE PROTEÍNAS DE ALTO VALOR NUTRITIVO;
· PROCESSO LENTO (FERMENTAÇÃO x TEMPO DE RETENÇÃO).
MICROBIOTA RUMENAL E SUA DISTRIBUIÇÃO
BACTÉRIAS:
· MAIS DE 20 ESPÉCIES – contagens superiores a 107 / g de digesta;
· APRESENTAM AFINIDADE ESPECÍFICA PARA UMA FRAÇÃO DOS CARBOIDRATOS DIETÉTICOS OU SUBSTRATOS INTERMEDIÁRIOS DA FERMENTAÇÃO RUMENAL;
· ESPECÍFICAS QUANTO ÀS FONTES DE N.
1- CELULOLÍTICAS:
Ruminococcus flavefaciens, R. albus e Bacteróides succinogenes
· HIDROLISAM A CELULOSE ( celulases);
· NECESSITAM DE AG CADEIA RAMIFICADA PARA DESENVOLVEREM ( isobutírico, isovalérico e 2-metilbutírico)
 Valina Leucina Isoleucina
Desaminados e descarboxilados por outras espécies de bactérias presentes no rúmen.
· PRODUZEM PRINCIPALMENTE: Acetato, Propionato, Butirato, Succinato, Formato, CO2 e H2. São liberados também etanol e lactato.
· MÍNIMO CRESCIMENTO COM pH < 5,5 e > 6,5.
2- AMILOLÍTICAS E PECTINOLÍTICAS:
Bacteróides amylophilus utiliza apenas o amido.
Streptococcus bovis e Selenomonas ruminantium fermentam 
amido e açúcares solúveis:
a) Quando os CHOs são abundantes – produzem ACETATO;
b) Quando é restrita a fonte de CHOs – produzem ACETATO e PROPIONATO.
S. bovis / Butirivibrio / Bacteróides podem utilizar pectina.
A PECTINA É PRONTAMENTE FERMETÁVEL NO RÚMEN.
3- PROTEOLÍTICAS:
Bacteróides amylophilus, B. ruminicola, Butyrivibrio sp. e Selenomonas ruminantium responsáveis pelas maiorestaxas de 
proteólise no rúmen.
PROTEÍNA DIETÉTICA DEGRADADA AMÔNIA + AGV
 ( desaminação)
APESAR DE UM GRANDE Nº DE BACTÉRIAS RUMENAIS FERMENTAREM aa, A MAIORIA DELAS É INCAPAZ DE CRESCER, TENDO aa COMO ÚNICO SUBSTRATO. 
(Noceck; Russel, 1988)
4- METANOGÊNICAS (anaeróbias estritas)
· OS ÚNICOS SUBSTRATOS SÃO CO2, H+ e FORMATO;
· PRATICAMENTE TODO O CH4 É PRODUZIDO PELAS REAÇÕES DE REDUÇÃO DO CO2 ACOPLADO AO FORNECIMENTO DE ELÉTRONS PELO H2.
PROTOZOÁRIOS:
· UNICELULARES, ANAERÓBIOS, 10 a 100 VEZES MAIORES QUE AS BACTÉRIAS;
· REPRESENTAM 40 A 60% DA BIOMASSA MICROBIANA;
· 104 A 106 PROTOZOÁRIOS / ML DE CONTEÚDO RUMENAL;
· “PREDADORES” DE BACTÉRIAS --- PRINCIPAL FONTE DE N PARA OS PROTOZOÁRIOS;
· ALGUNS SÃO CELULÍTICOS, MAS OS PRINCIPAIS SUBSTRATOS UTILIZADOS SÃO OS AÇÚCARES E AMIDOS REDUZEM OS RISCO DE ACIDOSE;
· DESAPARECEM A pH < 5,0 e > 7,8;
· NÃO SÃO ESSENCIAIS PARA OS RUMINANTES.
FUNGOS:
Neocallismastix frontalis / Sphaeromonas communis / Piromonas communis
· DEGRADAM OS CARBOIDRATOS ESTRUTURAIS E SÃO CAPAZES DE ATACAR TECIDOS VASCULARES LIGNIFICADOS;
· A DIETA TEM INFLUÊNCIA SOBRE A POPULAÇÃO FÚNGICA RUMENAL; QUANTO MAIS FIBROSA A DIETA, MAIOR É A POPULAÇÃO FÚNGICA.
Absorção de nutrientes no rúmen
	NUTRIENTE
	PAREDE RUMENAL
	SANGUE
	AGV
	Absorvido
	70% dos AGVs
	NH3
	Absorvido
	100% do NH3
	NH4
	Absorvido c/ dificuldade
	Pouco
	GLICOSE
	Absorvido
	Pouco disponível no rúmen
	
UREÍA (NH2-CO-NH2)
	
	Depende da concentração de S
	AMINOÁCIDOS
	Absorvido
	
	ÁCIDO LÁTICO
	Absorvido
	
	Ca++ Mg++
	Não absorvido (pH)
	
	Cl
	Absorvido (segue Na+ e K+)
	
	
H2O
	
	
	K+
	Absorvido
([k+]rumenal>[k+]sangüíneo)
	
	Na+
	Absorvido
([Na+]rumenal >[Na+]sangüíneo)
	
	P
	Não absorvido
	
NUTRIÇÃO DE RUMINANTES
CONSTITUINTES QUÍMICOS DAS FORRAGENS
CONTEÚDO CELULAR (CNE – 90 / 100 % de digestibilidade):
· CHOs SOLÚVEIS (glicose, frutose, sacarose, maltose e frutosanas de baixo PM);
· AMIDO (( 1-4 e ( 1-6);
· NNP;
· PECTINA;
· PROTEÍNAS SOLÚVEIS;
· LÍPIDES;
· ÁCIDOS ORGÂNICOS (succínico, málico, fumárico, etc.);
· Outros solúveis.
PAREDE CELULAR (CE – digestibilidade variável):
· CELULOSE (polímero de (-glicose-1-4) – celobiose --- amorfa e cristalina;
· HEMICELULOSE (polímeros lineares de xilose – Ac. Glucurônico e arabinose);
· LIGNINA (não é carboidrato);
· SÍLICA;
· PROTEÍNAS LIGADAS AOS CHOs ESTRUTURAIS (glicoproteínas).
ANÁLISE PROXIMAL DE ALIMENTOS (WEENDE)
AMOSTRA
 Umidade
 MS Extração com éter EE
 PB FB CZ
MS = 100 – UMIDADE
· PB (N x 6,25) – SE TOMADAS EM CONJUNTO, AS PROTEÍNAS APRESENTARÃO 16 g DE N PARA 100 g DE PROTEÍNA. DETERMINA O TEOR DE N DA AMOSTRA E NÃO O DE PROTEÍNA.
· EE – TUDO QUE ESTIVER CONTIDO NA AMOSTRA E FOR SOLÚVEL EM ÉTER DE PETRÓLEO.
· FB – É A PARTE DO ALIMENTO (DESENGORDURADO) RESISTENTE AO TRATAMENTO SUCESSIVO COM ÁCIDO (H2SO4 1,25%) E ÁLCALI (NaOH 1,25%) REPRESENTANDO PRINCIPALMENTE A PORÇÃO FIBROSA DO ALIMENTO VEGETAL: CELULOSE, HEMICELULOSE e LIGNINA.
· CZ – É O RESÍDUO OBTIDO APÓS IGNIÇÃO DA AMOSTRA (500-600ºC).
· ENN : MS – (PB + EE + FB + CZ)
FALHA : NÃO INDICA O QUANTO DE UM ALIMENTO SERÁ APROVEITADO PELO ANIMAL (DIGESTIBILIDADE)
A DIGESTIBILIDADE DE UM ALIMENTO ESTÁ ESTREITAMENTE RELACIONADA AO TIPO DE FIBRA DA DIETA.
MÉTODO VAN SOEST PARA FORRAGENS
DETERGENTE NEUTRO:
(LAURIL SULFATO DE Na)
a) SOLÚVEL (CONTEÚDO CELULAR):
· CHOS SOLÚVEIS
· AMIDO
· PECTINA
· NNP
· PROTEÍNA
· LÍPIDES
· ÁCIDOS ORGÂNICOS
· Outros
b) INSOLÚVEL ( PAREDE CELULAR) – FDN: 
· CELULOSE
· HEMICELULOSE
· PROTEÍNA LIGNIFICADA
· LIGNINA
· SÍLICA
DETERGENTE ÁCIDO:
(CTAB + H2SO4 10)
a) SOLÚVEL:
· CONTEÚDO CELULAR
· HEMICELULOSE
· PROTEÍNA LIGADA À FIBRA
b) INSOLÚVEL - FDA:
· CELULOSE
· LIGNINA
· SÍLICA
· N-LIGNIFICADO
 H2SO4 72% 600ºC
FDA Lignina Sílica
 Solubilização da celulose Sílica
 N-lignificado
· CONTEÚDO CELULAR: Totalmente digerível por todos os animais.
· SOLÚVEIS EM DETERGENTE ÁCIDO, DA PAREDE CELULAR, são totalmente digeríveis por herbívoros e parcialmente digeríveis por monogástricos não herbívoros.
· FDA não é digerível por nenhuma espécie animal.
NÍVEIS DE FIBRA NA DIETA DE VACAS LEITEIRAS
· FB: não mede todas as frações da fibra e varia com o estágio de maturidade e com o tipo da forragem. Para o perfeito funcionamento do rúmen e manutenção de um mínimo de 4% de gordura no leite, recomenda-se níveis de FIBRA BRUTA NA DIETA > = 15%.
· FDA: é uma medida mais consistente, mas também não abrange todas as frações da fibra. Recomenda-se um nível de FDA na dieta > = 18% para o perfeito funcionamento do rúmen e manutenção de 4% de gordura no leite. A FDA está negativamente correlacionada à digestibilidade da fibra.
· FDN: parece ser a medida mais consistente para utilização de forragens em dietas para vacas leiteiras. Para vacas de alta produção, recomenda-se um mínimo de 28% de FDN na dieta. A FDN possui correlação negativa com a ingestão de matéria seca e positiva com o tempo de ruminação.
RECOMENDA-SE QUE 75% DE FDN DA DIETA TENHA ORIGEM NA FORRAGEM
RECOMENDAÇÃO DE PORCENTAGENS DE FDN E CNE PARA DIETAS DO GADO LEITEIRO.
	CATEGORIA
	RECOMENDAÇÃO (%)
 FDN1 CNE2
	Recentemente seca
	60-65
	20-25
	Transição
	32-36
	35-40
	Em lactação (kg/leite)
	
	<14,0
	48
	28-30
	14,0 – 20,9
	40
	32-34
	21,0 – 29,0
	35
	34-36
	29,5 – 36,3
	31
	36-38
	>36,3
	28
	38-40
1 Baseado em Mertens (1985); Van Sniffen (1993); Grummer & Minor (1996).
2 Baseado em Eastridge et al. (1988); Stokes et al. (1991); Batajoo & Shaver (1993); Grummer & Minor (1996).
CONTRIBUIÇÃO DOS AGVs PARA O RUMINANTE
CELULOSE AMIDO PECTINAS HEMICELULOSE
CELOBIOSE ISOMALTOSE ÁC. PECTICO XILOBIOSE
 MALTOSE ÁC. GALACTURONICO XILOSE
 HEXOSES
 PENTOSES
 GLICOSE PIRUVATO
 
FORMATO ACETATO BUTIRATO LACTATO
(CO2 + H2O) ACRILATO
 PROPIONATO 
METANO (CH4)
 CORPOS CETÔNICOS
GORDURA GL. MAMÁRIA GLICOSE
DO LEITE
 RESERVA GLICOGÊNIO
 (TECIDO ADIPOSO) 
As reações da área demarcada ocorrem no metabolismo animal, enquanto que as reações acima dela ocorrem no metabolismo microbiano.
SUMÁRIO DA SÍNTESE DOS CONSTITUINTES DO LEITE NA GLÂNDULA MAMÁRIA DOS RUMINANTES.
	 PROPIONATO GLICOSE GALACTOSE 
 
 LACTOSE 
 
	Sangue
	Triglicerídeos Acetato Glicose Propionato Aminoácidos
	Glândula
mamária
	
 Propionato 
 Glicose 6-P pool de 
 aminoácidos
 Hidrólise
Interconversão galactose
 Acetil Co-A Piruvato Lactose
Ácidos graxos Ciclo de Krebsenergia
 glicerol síntese de 
 proteína
	Leite
	 Gordura Lactose Caseína
 Proteínas
 solúveis 
· AG de cadeia curta (C4 – C10) = sintetizados na glândula mamária;
· AG de cadeia média (C12 – C16) = parte vem da dieta e parte é sintetizado na glândula mamária;
· AG de cadeia longa (> C18) = oriundos da dieta
ACIDOSE LÁTICA RUMENAL AGUDA (NOCECK, 1997)
CHO FERMENTÁVEL 
MAIOR TX DE CRESC.
(TODA FLORA RUMENAL)
 AGVs
Acidose aguda S. bovis 
 (pH < 5,0) lactobacilos pH
 Tx de cresc. de Tx de cresc. Bac. láticas
 muitas bactérias ( S. bovis ) 
 acidose subclínica
 pH (< 5,0) Ácido lático
Parada da fermentação
Absorção D/L ácido lático Acidose metólica 
ATIVIDADE NORMAL DO RÚMEN: pH 5,2 a 6,8
ATUAÇÃO DOS CHOs ESTRUTURAIS (FDN) E NÃO ESTRUTURAIS SOBRE O TAMPONAMENTO DO RÚMEN (Noceck, 1997)
Ingestão de CHO
 CNE FDN
Altamente disponível Estimula a mastigação e 
No rúmen ruminação
Digestão microbiana Secreção de saliva
Produção de AGVs Agente tamponante 
(também ácido lático) (bicarbonatos / fosfatos)
Lactato de sódio
+
ácido carbônico
 CO2 H2O
METABOLISMO DO N
MANIPULAÇÃO DA DIGESTA PROTEICA NO RÚMEN:
· PROTEÍNA PROTEGIDA (PNDR):
· AQUECIMENTO
· TRATAMENTO QUÍMICO:
A) Fomalização
B) Adição de gordura
C) Adição de cálcio
· Manutenção da microbiota rumenal: mínimo de 1% de N na dieta (6,25% PB)
· Proteína microbiana: alta qualidade e digestibilidade (80-85%)
· NNP NO RÚMEN:
· Fonte de carboidrato (equilíbrio N x energia)
· Intoxicação (excesso de amônia)
LIMITAÇÕES E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DA URÉIA:
· NNP da uréia deve ser < = 33% N total da dieta;
· Usando NNP – 12 partes de N para 1 parte de S. (Na prática: sulfato de amônio e uréia na proporção de 1 para 9);
· A quantidade de uréia não pode ultrapassar 1% da MS da ração;
· A quantidade de uréia não pode ultrapassar 3% da mistura de concentrados;
· A dieta necessita de alimentos com bom conteúdo energético, contendo PB com baixa taxa de solubilidade;
· Limite recomendado para vacas em lactação:
> 12 kg leite / dia ----------- < = 1,5% do concentrado
< 12 kg leite / dia ----------- até 3,0% do concentrado
IMPRESCINDÍVEL PERÍODO DE ADAPTAÇÃO
Teor de PB de alguns alimentos e respectiva degradabilidade efetiva, determinada na Taxa de Passagem (k = 0,05 h-1) e estimada nas Taxas k = 0,02 e k = 0,08, em vacas em lactação. 
	ALIMENTOS
	PB
(% da MS)
	Degradabilidade (%)
	
	
	K=0,02
	K=0,05
	K=0,08
	Algodão, farelo I
Algodão, farelo II
Algodão, farelo III
Arroz, farelo integral
Arroz, farelo desengordurado
Cana-de-açúcar
Carne e ossos, farinha I
Milho, grão moído
Milho, com palha e sabugo
Milho, silagem
Peixe, farinha
Ração comercial
Resíduo de cervejaria
Soja, grão moído
Soja, farelo tostado
Trigo, farelo
	36,7
68,7
22,3
16,9
18,6
3,0
36,0
9,1
7,3
6,4
55,4
23,2
32,4
39,2
51,5
17,8
	74,0
68,7
78,6
80,6
74,1
49,2
37,6
65,3
55,6
63,7
29,4
72,9
64,5
91,4
84,3
83,8
	48,4
53,8
44,8
75,6
61,7
41,0
34,0
43,4
40,4
57,9
26,3
65,4
47,9
79,3
66,6
74,5
	40,0
45,7
35,5
72,1
54,4
36,7
31,2
34,5
35,6
55,1
24,1
62,1
40,8
73,0
56,0
68,0
Fonte: Valadares Filho et al. (1990)
CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA DA PROTEÍNA MICROBIANA PARA ATENDER O REQUISITO TOTAL DE UMA VACA EM LACTAÇÃO.
	Eficiência da síntese microbiana
g de N / kg MO digerida
	Contribuição teórica da proteína microbiana quando a produção de leite (Kg) é igual a:
 25 35 45
	
	------------------------ % -----------------------
	20
	49
	42
	39
	30
	73
	64
	59
	40
	98
	85
	79
Requisitos: determinado usando o NRC (1989).
Assume que 55% da ingestão de M.O. é verdadeiramente digerida no rúmen. 
PROTEÍNA SOBREPASSANTE EM RAÇÕES DE VACAS DE ALTA PRODUÇÃO
· Importância e balanço de aminoácidos essenciais;
· Complementação da proteína microbiana;
· Relação lisina x metionina;
LISINA e METIONINA são os principais aminoácidos essenciais limitantes para bovinos de leite e, portanto, os mais importantes para fins de formulação de dietas.
· Uréia associada a fontes de PNDR.
Composição em aminoácidos de diferentes alimentos e de microrganismos.
	g aa / 100 g de PB
	
	Bactérias e protozoários
	Leite
g / 16 g N
	Feno de alfafa
	Farelo de soja
	Milho
	LEU
	7,8
	10,2
	7,2
	7,7
	13,0
	LYS
	9,2
	8,2
	5,6
	6,3
	2,9
	PHE
	5,6
	5,4
	4,6
	4,9
	4,5
	VAL
	6,0
	7,4
	4,6
	5,2
	5,1
	THR
	6,2
	5,0
	4,1
	3,9
	4,0
	TRY
	2,5
	1,4
	1,5
	1,4
	0,6
	ILE
	6,6
	5,6
	4,6
	5,4
	4,6
	MET
	3,6
	2,9
	3,1
	3,1
	3,2
	HIS
	2,0
	3,0
	1,5
	1,5
	2,1
	ARG
	5,0
	4,0
	5,1
	5,1
	3,5
Fonte: Reis / EVUFMG (2002)
Escore químico de fontes protéicas relativas à proteína do leite.
	Fontes de proteína
	Arg
	His
	Ile
	Leu
	Lys
	Met
	Phe
	Thr
	Try
	Val
	Farinha de sangue
	33
	100
	10
	93
	91
	45
	100
	86
	76
	70
	Farinha de peixe
	59
	77
	47
	56
	80
	100
	90
	66
	71
	59
	Farinha de pena
	32
	11
	32
	66
	13
	23
	59
	59
	26
	38
	Farinha de carne
	76
	67
	36
	46
	58
	40
	65
	59
	30
	51
	Farinha de Carne e ossos
	76
	64
	35
	46
	56
	49
	64
	59
	39
	48
	Farinha de glúten
	36
	67
	40
	100
	18
	100
	100
	60
	30
	48
	Farelo de alfafa desidratado
	50
	69
	51
	56
	46
	80
	100
	80
	100
	66
	Grão de cervejaria
	53
	56
	74
	83
	34
	78
	100
	65
	87
	65
	Grão de destilaria
	42
	74
	38
	72
	24
	81
	84
	63
	45
	53
	Farelo de soja
	89
	89
	55
	56
	70
	56
	100
	74
	75
	60
	Micróbios do rúmen
	79
	90
	61
	54
	100
	97
	97
	100
	99
	66
ENERGIA
EB
 Energia fecal (endógena / alimentar)
ED
 Energia urina + gases
EM
 Incremento calórico 
EL
 Mantença Produção (EP) 
ED = EB – E fezes
EM = ED – (E urina + E gases)
EL = EM – Incremento calórico
EP = EL – E mantença
1,0 J = 0,239 cal
ou 
1 cal = 4,18 J
NUTRIENTES DIGESTÍVEIS TOTAIS (NDT)
· DESCREVE O VALOR ENERGÉTICO DOS ALIMENTOS TOMANDO POR BASE A DIGESTIBILIDADE DE CADA FRAÇÃO DA ANÁLISE PROXIMAL:
NDT = PD + FD + ENND + (2,25 x EED)
Onde:
PD = PB digestível
FD = FB digestível
ENND = Extrato não nitrogenado digestível
EED = Extrato etéreo digestível
GRANDE VANTAGEM DO NDT determinação em valores de porcentagem ou em kg por 100 kg de alimento, mais compreensíveis do que calorias ou joules.
FALHAS DO NDT:
· Utilização mista de valores de ED e EM;
· Não leva em conta as perdas pelo calor da fermentação. Essas perdas, no caso de alimentos volumosos, podem chegar a 12-15% da energia total ingerida;
· Não leva em consideração o valor associativo dos alimentos, considerando que o valor nutricional de uma dieta mista é tão somente a média dos valores de seus componentes.Fonte: Nunes (1995)
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