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DOENÇAS BENIGNAS DA LARINGE. 1. INTRODUÇÃO. · O fotoforo e nasolaringoscopio são os dois equipamentos usados para ver a laringe. · Fotoforo: luz na testa do otorrino para visualizar. · Nasolaringoscópio: tem uma câmera e ve no monitor. · Ligamento vocal: pregas vocais. · Atrás da cartilagem tireoide estão as pregas vocais. A cartilagem tireoide é o pomo de adao. 2. FUNÇÕES DA LARINGE. · A constrição é a função mais importante da via aérea. Evita a aspiração de líquidos, alimentos para as vias aéreas inferiores, protegendo o aparelho respiratório. · Outra função é a fala, ao aproximar os bordos das pregas vocais, a corrente aérea do pulmão as faz vibrar. A vibração produz um tom a ser articulado pela faringe e boca. · A laringe, faringe, boca, vias aéreas participam da produção da voz. Alterações nesses locais causam queixas de enfraquecimento da voz, rouquidão. Inervação da laringe: · As paredes da laringe são inervadas pelo nervo vago. · A inervação sensitiva é o nervo laríngeo superior. · A inervação motora é o nervo laríngeo recorrente. · Quando limpa a cera do ouvido, sente na garganta por causa dos ramos do nervo vago. Quando tem inflamação da laringe ou tumor causa otalgia. · Os tumores do mediastino ou brônquios causa rouquidão e paralisia das cordas vocais por causa do nervo laríngeo recorrente. · As pregas vocais são epitélio, não são mucosa. Por isso da CA epidermoide nas cordas vocais e laringe. 3. ANAMNESE E EXAME FISICO. · As queixas mais comuns da laringe são rouquidão, disfonia (voz fraca). Anamnese: · Idade do paciente. Criança: a causa da alteração da voz pode ser a bombinha com corticoide, causa edema das cordas vocais. Adolescentes: rouquidão em jovem de 12 anos pode ser hormonal. Paciente idosa com queixa que a voz está fina: a causa pode ser presbilaringe ou envelhecimento da laringe, na qual as pregas vocais ficam mais finas, o músculo fica mais flácido. · Profissão. Professora, cantora pode ter alteração na voz. · Tabagismo, alcoolismo. Aumenta risco de CA epidermoide, que pode causar rouquidão ao acometer o nervo laríngeo recorrente. · Respiração. Pacientes que respiram pela boca podem ter alteração na voz. · Tipo de voz. · Há esforço vocal. · Inicio dos sintomas. · Uso de medicações. Fluoxetina, escitalopram: causam boca seca, ressecam as pregas vocais. · Historia clinica. Hipotireoidismo: a voz fica mais abafada. Exame físico: · Inspeção: Ver esforço para falar, se tem gânglios ou nódulos. · Exame otorrinolaringológico normal. · Orofaringoscopia. Olhar tamanho da úvula, das amigdalas. Podem alterar a voz. · Laringoscopia com fibra optica. · Estroboscopia. Exames de imagem: · Raio X de laringe. · US. · TC. · RM. 4. CAUSAS DE ALTERAÇÕES NA VOZ, DISFONIA. Disfonias funcionais: · É a alteração na voz causada por hábitos fonatorios viciosos, que causam aos músculos laríngeos um envolvimento funcional excessivo. Entre esses hábitos cita-se ficar pigarreando, forçando a voz e ocorre nas professoras, cantoras. · Os sintomas são sensação dolorosa de esforço, cansaço ao falar. · Pode ocorrer inflamação da laringe devido a esse esforço, formando pólipos, nódulos e edema. Pólipos: · A formação do pólipo ocorre após um episodio agudo e intenso de abuso da voz. Os pólipos são unilaterais, localizados na borda livre do terço anterior. Podem ser sesseis ou pediculados. · O tratamento é cirúrgico e fonoterapia pós operatória. · O diagnóstico diferencial de pólipo é com nódulos. Os nódulos são bilaterais e os pólipos são maiores. Edema das cordas vocais: · É o edema de Reinke, que ocorre por traumas repetitivos e crônicos do tabagismo e do refluxo. · O edema é bilateral, em toda prega vocal. · O tratamento é cessar o tabagismo ou tratar o refluxo. Quando há muito edema, que as pregas vocais estão bem juntas, pode ser feita cirurgia, que tira um pouquinho do excesso. · Na foto, a prega vocal está grossa e fechada. A voz fica mais grave. Quando a prega é fina a voz é aguda. Nódulos: · São bilaterais, simétricos, não interferem na onda mucosa. · Nos nódulos pequenos, o tratamento é com fonoterapia. Quando são grandes, faz cirurgia e fonoterapia. · Há uma pontezinha entre as pregas vocais. Cistos: · Os cistos tem conteúdos líquidos. Sulcos: · Causam disfonia, cansaço para falar. Granulomas: · Após intubação. · Outra causa é refluxo laríngeo. Úlceras de contato: · Causada por fonotrauma, muito atrito para falar causando ulceras. · O tratamento é com fono. Ectasias capilares: · São vasos paralelos a borda livre das pregas vocais. Causam disfonia e voz áspera. · O tratamento é com fototerapia, faz microcauterizacoes do vaso. Presbilaringe: · Comum nos idosos, a prega vocal está fina, ficam bem próxima. · É o envelhecimento das cordas vocais, a voz fica fina e soprosa. · Pode injetar gordura para aumentar a prega vocal. CA epidermoide: · Associado a tabagismo e alcoolismo. · Causa rouquidão, pois afeta o nervo laríngeo recorrente. Outras causas: · Infecções virais, bacterianas, atópicas. · Doenças sistêmicas com manifestação laríngea: angioedema, pênfigo, artrite, doenças endócrinas, como hipotireoidismo. · Traumas: inalação, irradiação. 5. PREVENÇÃO. · Usar adequadamente a voz. · Treinar com fonoaudióloga. · Tratar doenças, como rinite alérgica, asma. · Evitar tabagismo, alcoolismo. · Investigar rouquidão. · Tomar água.
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