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Patologia Ortopédica de Ombro Diagnósticos comuns: Impacto Lesões de manguito Distúrbios acrômio-claviculares Ombro congelado Menos comuns: artrose, traumas, infecção Sintomas Dor sobre a cabeça umeral Dor e fraqueza Dor com “nada” – geralmente noturna o Porque a articulação gleno-umeral não tem uma estabilidade tão grande, então, por menor ação da gravidade, o ombro ascende quando o paciente deita/senta, o ombro ascende um pouco e essa compressão da cabeça umeral sobre os tendões do manguito ou sore a região da Bursa acaba causando dor os pacientes. Por isso que a dor geralmente é a noite; Duração dos sintomas: Aguda (<12 semanas), cura com atividades/alterações do cotidiano. Academia, pilates, fisioterapia... Dor > 12 semanas é mais difícil Crônica - Dor com > 6 meses Síndrome do Impacto: Bursite: dor, mas não relacionada ao estresse do manguito – é quando a película em volta do manguito inflama, causando dor Tendinite: dor aos testes do manguito Lesão de manguito: fraqueza, frequentemente sem dor Classificação de Bigliani de acrômios: Quanto maior a curvatura, maior o impacto da cabeça umeral sobre o acrômio 2 grupos: Jovens: trauma repetitivo, desbalanço da região articular, despreparo muscular o Instabilidade gleno-umeral, contratura de cápsula → relacionado a movimentos suprafisiológicos de academias Adultos e idosos: degeneração tendinosa primária, anormalidades morfológicas do arco córaco-acromial (pode ser desde sempre ou evoluir com o tempo) Fisiopatologia: Compressão da superfície dos tendões do manguito rotador contra a face ântero-inferior do acrômio e ligamento córaco-acromial, ocasionando uma degeneração tendínea. Hipovascularização (“zona crítica de Codman”), tendo maior propensão a ter doenças. Essa região fica próxima ao tendão do m. supraespinhoso. Estágios de Neer: I. Edema e hemorragia (<25 anos) II. Fibrose e tendinite (24-40 anos) III. Ruptura parcial ou total dos tendões (>40 anos) Quadro clínico mais clássico: Mulheres com > 40 anos, geralmente em membro dominante (78%), com dor de início insidioso em face ântero lateral do braço. Agravada por movimentos de elevação e rotação interna Perda de força = ruptura Raio-x: AP + AP em RI e RE (rotação interna e externa) + axilar + P de escápula o Sinais de impacto (esclerose subacromial “osso mais esbranquiçado” e da grande tuberosidade - “lesão em espelho” se sabe que é uma lesão subacromial) o Altura da cabeça umeral – geralmente mais alta o Tipo de acrômio (Bigliani) – normal, curvo ou ganchoso o Osteofitos subacromias e acrômio-claviculares Artrografia | US | RMN | Artroscopia: o Fase I: alívio da sintomatologia dolorosa (gelo, repouso e AINEs) + fortalecimento dos rotadores internos e externos e do bíceps-braquial o Fase II: conservador ou cirúrgico (acromioplastia – degaste do acrômio) o Fase III: cirúrgico (videoartroscópico ou aberto) com acromioplastia + Reparo no manguito rotador “tendão-tendão” Reparo “tendão-osso” (sutura trans-óssea ou com âncoras) o Broca de Burrs – “come osso” – desgasta a porção mais ganchosa do acrômio (deixa plano), consequentemente diminuindo o impacto da região da grande tuberosidade sobre o acrômio e aliviando a dor do paciente. Testes de impacto: Mínimo esperado do clínico: paciente referindo dor e fraqueza: Lesão em manguito? – sempre ter suspeição Difícil exame físico Tratar primeiro a dor com AINE, fisioterapia, repouso. Se nada melhora, pode usar corticoides. Examinar quando diminuir a dor Se em 6 semanas não melhorar, encaminhar ao ortopedista Lesão de Manguito Rotador Testes do manguito rotador Elevação, abdução e rotação interna Adução (Cross arm) Supraespinhoso: teste de Jobe – empurra o braço para baixo, podendo rotar internamente para maior potencialização do supraespinhoso. Se tem lesão, a mão cai Infraespinhoso: sinal da cancela – braço em posição neutra e pede para o paciente fazer força de contra-resistencia e tenta fazer rotação interna contra a resistência Subescapular: o Lift off: segurar a mão do paciente elevada e posterior e solta e pedir para manter – se tem lesão ela cai o Belly press Tratamento de lesão de manguito: Em geral > 50 anos Autópsias e estudos com ressonância magnética em pacientes assintomáticos mostrando grande percentual de lesão de manguito (comum em pacientes assintomáticos). Procuradores de infiltração Decisão cirúrgica se dor ou fraqueza o Pontos transosseos o Uso de ancoras Lesão da Região Acrômio-Clavicular (AC) Dor direta sobre a articulação Mais comum em pacientes idosos Aumenta com adução ou rotação interna Pegadinhas como toda artrose → raio-x pode confundir com luxação AC Infiltração para tratamento/diagnóstico → a articulação entre o acromio e a clavícula é uma articulação firme. Na clavícula tem os ligamentos coraco-claviculares (Trapezoide e conoide). Eles ajudam a estabilizar, além dos ligamentos AC, então não é tão fácil ter uma grande discrepância de espaço. Indicado para tratamento: infiltração + fisioterapia Tratamento cirúrgico é reservado para casos muito refratários Ruptura de bíceps - Sinal do Popeye Bíceps para distal, por causa de uma ruptura de tendão longo do bíceps. o Esse tendão passa pela goteira, se inserindo na região posterior da glenoide (no tubérculo). Cabeça longa: Pouco trauma Atrito (corda na pedra) Problema é o ombro, não o tendão Diminui pouco supinação, não flexão do cotovelo (quem faz a flexão é o braquial) Cirurgia: costurar tendão na goteira → pouco feita, só realizada em jovens por questão estética e tem que ser bem conversado sobre os riscos e benefícios desse tratamento. Capsulite Adesiva (Ombro congelado) Dor associada a perda progressiva do movimento ativo e passivo e esse descongelamento (retorno para normalidade) pode durar 2 anos Mulheres > 40 anos Ombro não dominante 1ª ou 2ª (traumas repetitivos, imobilização prolongada, diabetes 10-20%, doenças da tireoide, neoplasia e infecção) Fisiopatologia Etiologia desconhecida Aderências progressivas de estruturas cápsulo-ligamentares Retração da cápsula articular (menor volume) Líquido sinovial normal Clínica Surto espontâneo de dor no ombro Restrição progressiva da elevação, rotação externa e interna (perde primeiro) ativa e passiva. Raio x: normal ou com desmineralização óssea Artrofrafia: redução importante de volume articular Tratamento: Prevenção – não deixar ombro estabilizado por muito tempo – a estabilização deve ser suficiente para permitir uma reestabilização precoce Fisioterapia (cinesioterapia) Distensão hidráulica da capsula articular (artroscopia terapêutica) Manipulação sob sedação → cuidar com fraturas Bloqueio seriado do nervo supraescapular (principalmente na associação com DSR) Liberação artroscópica do ligamento córaco-umeral (casos refratários) Diagnóstico diferencial Congelado ou artrose? o Idade o Raio x Artrose: faz artropatia de manguito Pontos anatômicos a serem vistos na radiografia → Peritendinite Calcária Causa: desconhecida (Zona de Codman) História natural: Sarkar e Uhthoff 1. Pré-calcificação – Metaplasia fibrocartilaginosa assintomática 2. Calcificação – formação – reabsorção (dolorosa) 3. Pós-calcificação: reconstituição do tendão – dor leve Tratamento: Inicial: conservador (Fisioterapia, AINEs e esteroides) Cirurgia: progressão dos sintomas, dor constante que interfere nas atividades e falha no tratamento conservador. o Se resseca o tecido ou faz microagulhamentos Técnicas: agulha ou aberta Geralmente é um período autolimitado, sendo o tratamento conservador resolutivo. Para uma prótese funcionar,precisa ter manguito, se não ela vai cair ou luxar. Então, para pacientes com patologia de manguito a prótese não será resolutiva. o Nesses casos, usa-se a prótese reversa, que muda o centro de rotação da cabeça Ascenção importante da cabeça umeral. Se vê a luxação da prótese Luxação/Instabilidade Gleno-umeral Sinal da dragona Causas: Lançadores de bola de basebol fazem movimentos suprafisiológicos, ocasionando uma adaptação na articulação que pode levar a instabilidade Doenças do colágeno – quanto mais tira do lugar, pior Trauma Quanto mais novo o paciente, maior a chance de lesão capsulo-ligamentar. Tratamento: Quando repetidas luxações de membros Pode ser arroscópico Aberta/óssea → cirurgia de Latarjet → resseca-se a ponta do coracoide, abre um espaço no tendão do subescapular e na região da glenoide se parafusa esse coracoide. Faz tensionamento do subescapula. Trauma de Úmero Proximal Regiões: 1. Cabeça 2. Grande tuberosidade 3. Pequena tuberosidade 4. Colo cirúrgico Técnicas de fixação da cabeça umeral: Placa bloqueada com parafusos fixando na região cefálica: quando quebrou em diversos pedaços e precisa manter a congruência articular Traumas de alta energia: Placa lâmina e sanduíche de placas Fios de aço (Kirschner): fraturas não tão cominutas em pacientes idosos. No pronto-atendimento: Analgesia + tipoia + chama o traumatologista!
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