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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Prof. Kelly Cristina de Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E HUMANAS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS REGIMES DE TRIBUTAÇÃO REGIMES DE TRIBUTAÇÃO Lucro Presumido Lucro Real Lucro Arbitrado Simples Nacional LUCRO PRESUMIDO É uma forma simplificada de apuração da base de cálculo dos impostos sobre o resultado (Imposto de Renda e Contribuição Social), desde que os contribuintes não estejam obrigados a opção pelo lucro real. Se baseia na presunção do lucro da empresa em determinado período. LUCRO PRESUMIDO Quando se manifesta a opção por este regime de tributação? • Será manifestada com o pagamento o pagamento em DARF com código especifico da primeira quota ou única cota do imposto devido, correspondentes ao primeiro trimestre do exercício. • A opção é definitiva para todo o ano-calendário. Quem regulamenta? • RIR/2018 – Decreto 9.580 de 22 de novembro de 2018. LUCRO PRESUMIDO Pessoas Jurídicas que podem Optar: • Art. 587 do RIR/2018 (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, caput ). “A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido” • Somente a pessoa jurídica que não esteja obrigada à tributação pelo lucro real. LUCRO PRESUMIDO Pessoas Jurídicas que podem Optar: • Relativamente aos limites de que trata este artigo, a receita bruta auferida no ano anterior será considerada de acordo com o regime de competência ou caixa, observado o critério adotado pela pessoa jurídica, caso tenha, naquele ano, optado pela tributação com base no lucro presumido (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, § 2º) . o Existe diferença prática entre os regimes? • Pessoas jurídicas que não se enquadrarem em nenhum dos impedimentos do Art. 14 da Lei nº 9.718/98, ou seja, estejam obrigadas à apuração do lucro real. LUCRO PRESUMIDO A opção por um regime de tributação do resultado impacta somente nos impostos sobre o lucro? • Regime Cumulativo • PIS • COFINS LUCRO PRESUMIDO Como se calcula o IR e a CSLL neste regime? • A base de cálculo decorrente da receita bruta, em cada trimestre; • Conforme Art. 14, § 3° da lei 8.541/1992 a receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia • A receita bruta pelo regime de competência (independentemente da data de seu pagamento) ou pelo regime de caixa (IN da RFB 104/1998); LUCRO PRESUMIDO Como se calcula o IR e a CSLL neste regime? • Sendo excluída da receita bruta (Lei 8.541/1992, artigo 14, § 4°). 1. Vendas canceladas; 2. Descontos incondicionais concedidos (constantes na nota fiscal); 3. Impostos não cumulativos cobrados destacadamente do comprador ou contratante dos quais o vendedor dos bens ou o prestador dos serviços seja mero depositário. • Após as exclusões da receita bruta utiliza-se a alíquotas de presunção de lucro previstas no artigo 14, § 4° da Lei 8.541/1992, aplicam-se as alíquotas de presunção descritas no Lei nº 9.249, de 1995, art. 15 ; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º e art. 25, caput, inciso I. LUCRO PRESUMIDO Atividade IRPJ CSLL Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico e gás natural 1,6% 12% Venda de mercadorias e produtos 8% 12% Prestação de serviço de transporte de carga 8% 12% Prestação de serviço hospitalar 8% 12% LUCRO PRESUMIDO Atividade IRPJ CSLL Indústrias Gráficas 8% 12% Prestação de serviço por empreitada 8% 12% Prestação de serviço de transporte,exceto gás 16% 32% Prestação de serviço para pessoas jurídicas com receita bruta anual até R$ 120.000,00 16% 32% Prestação de serviço Serviços em Geral 32% 32% LUCRO PRESUMIDO Art. 591 do Decreto n° 9.580/2018. “§ 2º Não deverão ser computadas na apuração da base de cálculo: I - as receitas próprias da incorporação imobiliária sujeita ao pagamento do imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação de que trata o art. 486 (Lei nº 10.931, de 2004, art. 1º e art. 4º, § 1º e § 3º) ; II - as receitas próprias da incorporação de unidades habitacionais de valor de até R$ 100.000,00 (cem mil reais) contratadas no âmbito do PMCMV, de que trata a Lei nº 11.977, de 2009 , com opção pelo pagamento do imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação de que tratam o § 6º e § 7º do art. 489 (Lei nº 10.931, de 2004, art. 1º e art. 4º, § 1º, § 3º, § 6º e § 7º) ; III - as receitas financeiras e as variações monetárias decorrentes das operações de que tratam os incisos I e II (Lei nº 10.931, de 2004, art. 4º, § 1º) ; IV - as receitas próprias da construção de unidades habitacionais de valor de até R$ 100.000,00 (cem mil reais) contratadas no âmbito do PMCMV, de que trata a Lei nº 11.977, de 2009 , com opção pelo pagamento do imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação de que trata o art. 495 ( Lei nº 12.024, de 2009, art. 2º, caput e § 3º ); e V - as receitas próprias de construção ou reforma de estabelecimentos de educação infantil com opção pelo pagamento do imposto sobre a renda pelo regime especial de tributação de que trata o art. 491 (Lei nº 12.715, de 2012, art. 24 e art. 25, § 3º) .” LUCRO PRESUMIDO Art. 591 do Decreto n° 9.580/2018. “§ 1º Poderá ser deduzida da base de cálculo a compensação fiscal de que trata o inciso VII do parágrafo único do art. 261 (Lei nº 9.504, de 1997, art. 99, caput e § 1º) .” - cedência do horário gratuito rádio e TV “§ 3º O valor do vale-pedágio não integrará o valor do frete e não será considerado receita operacional (Lei nº 10.209, de 2001, art. 2º, caput ).” § 4º Não constituem receita das microempresas e das empresas de pequeno porte não optantes pelo Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar nº 123, de 2006 , as importâncias recebidas e destinadas à execução de pesquisa tecnológica e de desenvolvimento de inovação tecnológica de interesse e por conta e ordem da pessoa jurídica que promoveu a transferência, ainda que a pessoa jurídica recebedora dessas importâncias venha a ter participação no resultado econômico do produto resultante, desde que utilizadas integralmente na realização da pesquisa ou do desenvolvimento de inovação tecnológica (Lei nº 11.196, de 2005, art. 18, § 2º) .” LUCRO PRESUMIDO • No caso de mudança de Lucro Real para Lucro Presumido... Art. 593 do Decreto n° 9.580/2018. “A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no lucro real deverá adicionar à base de cálculo do imposto sobre a renda, correspondente ao primeiro período de apuração no qual houver optado pela tributação com base no lucro presumido, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, independentemente da necessidade de controle na parte “B” do Lalur ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 54 ).” LUCRO PRESUMIDO • No caso de mudança de Lucro Presumido para Lucro Real... Art. 396. A pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido que, em período de apuração imediatamente posterior, passar a ser tributada pelo lucro real deverá incluir, na base de cálculo do imposto sobre a renda apurado pelo lucro presumido, os ganhos decorrentes de avaliação com base no valor justo, que façam parte do valor contábil, e na proporção deste, relativos aos ativos constantes em seu patrimônio (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16,caput) . § 1º A tributação dos ganhos poderá ser diferida para os períodos de apuração em que a pessoa jurídica for tributada pelo lucro real, desde que observados os procedimentos e os requisitos previstos no art. 388 (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16, § 1º) . § 2º As perdas verificadas nas condições estabelecidas no caput somente poderãoser computadas para fins de determinação do lucro real dos períodos de apuração posteriores se observados os procedimentos e os requisitos previstos no art. 389 (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16, § 2º) . § 3º O disposto neste artigo aplica-se, também, na hipótese de avaliação com base no valor justo de passivos relacionados a ativos ainda não totalmente realizados na data de transição para o lucro real (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16, § 3º) . LUCRO PRESUMIDO • No caso de mudança de Lucro Presumido para Lucro Real... Art. 396. A pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido que, em período de apuração imediatamente posterior, passar a ser tributada pelo lucro real deverá incluir, na base de cálculo do imposto sobre a renda apurado pelo lucro presumido, os ganhos decorrentes de avaliação com base no valor justo, que façam parte do valor contábil, e na proporção deste, relativos aos ativos constantes em seu patrimônio (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16,caput) . § 1º A tributação dos ganhos poderá ser diferida para os períodos de apuração em que a pessoa jurídica for tributada pelo lucro real, desde que observados os procedimentos e os requisitos previstos no art. 388 (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16, § 1º) . § 2º As perdas verificadas nas condições estabelecidas no caput somente poderão ser computadas para fins de determinação do lucro real dos períodos de apuração posteriores se observados os procedimentos e os requisitos previstos no art. 389 (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16, § 2º) . § 3º O disposto neste artigo aplica-se, também, na hipótese de avaliação com base no valor justo de passivos relacionados a ativos ainda não totalmente realizados na data de transição para o lucro real (Lei nº 12.973, de 2014, art. 16, § 3º) . LUCRO PRESUMIDO • Há adições a realizar na base de cálculo do presumido? • Sim, no caso de ocorrência de demais Receitas e Ganhos de Capital previstos em lei. “Art. 595. Os ganhos de capital, os rendimentos e os ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas, os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo disposto nos art. 591 e art. 592 , os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976 , e os demais valores determinados neste Regulamento serão acrescidos à base de cálculo de que trata este Título , para fins de incidência do imposto sobre a renda e do adicional, observado o disposto nos art. 238, art. 239 e no § 3º do art. 249 , quando for o caso ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 25, caput, inciso II ). § 1º O ganho de capital nas alienações de investimentos, imobilizados e intangíveis corresponderá à diferença positiva entre o valor da alienação e o seu valor contábil ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 25, § 1º ). § 11. As variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função da taxa de câmbio, serão consideradas, para fins de determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda, quando da liquidação da correspondente operação, observado o disposto no art. 407 ( Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001, art. 30 ).” LUCRO PRESUMIDO • Há deduções a se considerar na apuração do Lucro Presumido? • Sim! “Art. 599. Para fins de pagamento, a pessoa jurídica poderá deduzir do imposto sobre a renda devido no período de apuração, o imposto pago ou retido na fonte sobre as receitas que integraram a base de cálculo, vedada qualquer dedução a título de incentivo fiscal (Lei nº 8.981, de 1995, art. 34 ; Lei nº 9.430, de 1996, art. 51, parágrafo único ; e Lei nº 9.532, de 1997, art. 10 ). Parágrafo único. Na hipótese em que o imposto sobre a renda retido na fonte ou pago seja superior ao devido, a diferença poderá ser utilizada na compensação de débitos próprios, nos termos estabelecidos no art. 940 ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 74 ).” LUCRO PRESUMIDO • Obrigações acessórias das empresas do regime Lucro Presumido “Art. 600. A pessoa jurídica habilitada à opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido deverá manter (Lei nº 8.981, de 1995, art. 45, caput) : I - escrituração contábil nos termos da legislação comercial; II - Livro Registro de Inventário, do qual deverão constar registrados os estoques existentes no término do ano- calendário; e III - em boa guarda e ordem, enquanto não decorrido o prazo decadencial e não prescritas eventuais ações que lhes sejam pertinentes, os livros de escrituração obrigatórios por legislação fiscal específica e os documentos e os demais papéis que serviram de base para escrituração comercial e fiscal. Parágrafo único. O disposto no inciso I do caput não se aplica à pessoa jurídica que, no decorrer do ano- calendário, mantiver livro-caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária (Lei nº 8.981, de 1995, art. 45, parágrafo único) .” OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ECF ECD EFD-Reinf DCTF WEB e-Social EFD ICMS/IPI EFD Contribuições DDS Caso haja distribuição de lucro acima da presunção há a necessidade de informações complementares na ECD LUCRO PRESUMIDO Principais alíquotas? • PIS: 0,65% sobre a receita bruta do mês; • COFINS: 3% sobre a receita bruta do mês; • IRPJ: 15% sobre a parcela de presunção do lucro, mais 10% do que superar R$ 60.000,00 de presunção no trimestre; • CSLL: 9% sobre a parcela de presunção do lucro. LUCRO PRESUMIDO Códigos de recolhimento • 2089 – IRPJ • 2372 – CSLL • Como emitir um DARF? LUCRO PRESUMIDO • Quando a opção for pelo Imposto de Renda Lucro Presumido, o contribuinte pagará: - Imposto de Renda Pessoa Jurídica ( 15%trimestral,10%adicional); - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (9% trimestral); - PIS Cumulativo( 0,65% x faturamento mensal); - COFINS Cumulativo(3% x faturamento mensal); - INSS Patronal; - FGTS; - IPI (se for indústria); - ICMS (se for comércio/indústria) – imposto de competência estadual; - ISS (se for prestador de serviço) – imposto de competência municipal. LUCRO PRESUMIDO Se já tiver pago pis e cofins? REDARF LUCRO PRESUMIDO - CÁLCULO • Empresa Comercial optante pelo Lucro Presumido (regime de competência) Mês Valor da Receita Bruta (em R$) Julho / 2020 310.000,00 Agosto / 2020 300.000,00 Setembro / 2020 340.000,00 Total de receita no 3° Trim. / 2020 950.000,00 LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO IRPJ Exemplo IRPJ: 3° trim./2020 Total da receita R$ 950.000,00 Base de cálculo para IR = 8%___ lucro presumido R$ IR = ___________ x 15% = __________ Adicional = _______ x 10% = ________ IR a recolher = R$____________ Adicional sobre o lucro = lucro do trimestre – 60.000,00 Alíquota 10% sobre o lucro excedente LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO CSLL Exemplo CSLL: 3° trim./2020 Total da receita R$ 950.000,00 Base de cálculo para CSLL = 12% lucro presumido R$ CS = ___________ x 9 % = __________ CSLL a recolher = R$____________ LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO PIS E COFINS (+) Receita Bruta (-) Exclusões Admitidas • Vendas Canceladas • Devoluções de Vendas • Descontos Incondicionais Concedidos (=) Base de Cálculo: PIS e COFINS Cumulativo. * LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO PIS E COFINS PIS E COFINS CUMULATIVOS: Deduções do Valor Devido Não ha créditos a serem deduzidos do valor do debito. • Retenções na fonte de PIS e COFINS (art. 30 da Lei no10.833/03; art. 64 da Lei n.o 9.430/96); • Valores pagos a maior ou indevidamente - PerdComp; Pagamento (mensal): DARF PIS: 8109 COFINS: 2172 LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO PIS E COFINS PIS E COFINS: Alíquotas: • PIS: 0,65% • COFINS: 3% Cálculo das Contribuições: (receita bruta – deduções permitidas) x alíquota. LUCRO PRESUMIDO – CÁLCULO PIS E COFINS EXEMPLO PIS E COFINS: Alíquotas: • PIS: 0,65% x R$ ______ = R$ __________ • COFINS: 3% x R$ ______ = R$ __________ Mês Valor da Receita Bruta (em R$) Julho / 2020 310.000,00 Agosto / 2020 300.000,00 Setembro / 2020 340.000,00 LUCRO ARBITRADO Conforme a Receita Federal, 2020. É uma dasformas de apuração da base de cálculo do imposto de renda, que deve ser utilizada se ocorrer alguma das hipóteses de arbitramento do lucro previstas na legislação tributária. É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido, por exemplo. O contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal e quando conhecida a receita bruta. LUCRO ARBITRADO Quando pode se utilizar este regime de apuração? • Conforme previsto no RIR/2018 Art. 603. O imposto sobre a renda, devido trimestralmente, no decorrer do ano- calendário, será determinado com base nos critérios do lucro arbitrado, quando (Lei nº 8.981, de 1995, art. 47 ; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 1º ): I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; II - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária os livros ou os registros auxiliares de que trata o § 2º do art. 8º do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977 ; LUCRO ARBITRADO Quando pode se utilizar este regime de apuração? • Ainda conforme Art. 603 do RIR/2018. III - a escrituração a que o contribuinte estiver obrigado revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou b) determinar o lucro real; IV - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e os documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro-caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 600 ; LUCRO ARBITRADO Quando pode se utilizar este regime de apuração? • Ainda conforme Art. 603 do RIR/2018. V - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; VI - o comissário ou o representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente residente ou domiciliado no exterior, observado o disposto no art. 468 ; e VII - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e de acordo com as normas contábeis recomendadas, livro-razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no livro diário. LUCRO ARBITRADO Quando pode se utilizar este regime de apuração? • IN RFB nº 1.700/2017, art. 226. Art. 226. O IRPJ devido será exigido a cada trimestre, no decorrer do ano-calendário, com base nos critérios do lucro arbitrado, quando: I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal; II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraude ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive a bancária; ou b) determinar o lucro real; LUCRO ARBITRADO Quando pode se utilizar este regime de apuração? • Ainda conforme IN RFB nº 1.700/2017, art. 226. III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o livro Caixa, na hipótese prevista no parágrafo único do art. 225; IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido; V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de cumprir o disposto no § 1º do art. 201; VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário; LUCRO ARBITRADO Quando pode se utilizar este regime de apuração? • Ainda conforme IN RFB nº 1.700/2017, art. 226. VII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária as informações necessárias para gerar o FCONT por meio do Programa Validador e Assinador da Entrada de Dados para o FCONT de que trata a Instrução Normativa RFB nº 967, de 15 de outubro de 2009, no caso de pessoas jurídicas sujeitas ao RTT e tributadas com base no lucro real; ou VIII - o contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária a ECF. Parágrafo único. A pessoa jurídica que pagar o IRPJ com base no lucro arbitrado determinará a base de cálculo da CSLL com base no resultado arbitrado. LUCRO ARBITRADO Quem define a opção por este regime de tributação? Ocorrida qualquer das hipóteses previstas na legislação • autoridade fiscal • próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta É importante destacar que o cálculo e pagamento realizado pelo contribuinte não representa o exercício de um direito, mas o cumprimento de uma obrigação tributária, e pressupõe a ocorrência de uma das hipóteses que ensejam o arbitramento. LUCRO ARBITRADO Quem regulamenta? • Lei nº 8.981/1995, art. 47 e seguintes; • Lei nº 9.064/1995, art. 5º; • Lei nº 9.249/1995, arts. 2º, 3º, 16 e 24; • Lei nº 9.430/1996, arts. 1º, 16, 22, 27, e 51 a 54; • Lei nº 12.973/2014, art. 7º, 8º, 44, 46 e 62; • Decreto-Lei nº 1.598/1977, art. 12; • RIR/2018, arts. 602 a 612; e • IN RFB nº 1.700/2017, arts. 226 a 237 LUCRO ARBITRADO Quando se manifesta a opção por este regime de tributação? • A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte, conhecendo sua receita bruta, verificou que incidiu em uma das hipóteses que ensejam o arbitramento de seu lucro. • A opção não é definitiva para todo o ano-calendário. LUCRO ARBITRADO Como ocorre a mudança de regime de tributação dentro do mesmo ano-calendário? • No caso de arbitramento pelo contribuinte “RIR/2018, Art. 604, Inciso I - a apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário, assegurada, ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos trimestres não submetidos ao arbitramento, se a pessoa jurídica dispuser de escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real dos períodos não abrangidos por aquela modalidade de tributação;” “IN RFB nº 1.700/2017, Art. 236 - A pessoa jurídica que, em qualquer trimestre do ano- calendário, tiver seu lucro arbitrado, poderá optar pela tributação com base no lucro presumido e no resultado presumido relativamente aos demais trimestres desse ano- calendário, desde que não obrigada à apuração do lucro real.” LUCRO ARBITRADO Como se calcula o lucro arbitrado? • Quando a receita é conhecida • Primeiro determina a receita bruta conf art 26 da IN RFB 1700/2017 e IN 1881/2019. “Art. 26. A receita bruta compreende: I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria; II - o preço da prestação de serviços em geral; III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos incisos I a III. § 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de: I - devoluções e vendas canceladas; II - descontos concedidos incondicionalmente; III - tributos sobre ela incidentes; e IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.” § 2º Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário. LUCRO ARBITRADO Como se calcula o lucro arbitrado? • Quando a receita é conhecida • Primeirodetermina a receita bruta conf art 26 da IN RFB 1700/2017 e IN RFB 1881/2019. “Art. 26. A receita bruta compreende: § 3º Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações previstas no caput deste artigo, observado o disposto no § 2º. § 4º Salvo disposição em contrário, a receita bruta será reconhecida no período de apuração em que for configurada a aquisição de sua disponibilidade econômica ou jurídica, independentemente da avaliação quanto à probabilidade de não recebimento do valor pactuado ou contratado. § 5º Na hipótese da exportação de bens para o exterior, a receita bruta será determinada pela conversão, para reais, de seu valor expresso em moeda estrangeira à taxa de câmbio fixada no boletim de abertura pelo Banco Central do Brasil, para compra, em vigor na data de embarque dos bens para o exterior, nos termos da legislação tributária. LUCRO ARBITRADO Como se calcula o lucro arbitrado? • Quando a receita é conhecida • Primeiro determina a receita bruta conf art 26 da IN RFB 1700/2017 e IN RFB 1881/2019. “Art. 26. A receita bruta compreende: § 6º Se for adotado procedimento contábil do qual resulte valor de receita bruta ou momento de reconhecimento dessa receita diferente do estabelecido pela legislação tributária, a pessoa jurídica deverá registrar a diferença mediante lançamento a débito ou a crédito em conta específica de ajuste da receita bruta, que será considerada no cálculo da receita líquida a que se refere o § 1º. § 7º A diferença de que trata o § 6º será apurada entre a receita bruta reconhecida e mensurada conforme determinado pela legislação tributária e a receita reconhecida e mensurada de acordo com o procedimento contábil adotado pela pessoa jurídica. § 8º A conta de ajuste da receita bruta será analítica e registrará os lançamentos em último nível, devendo ser criada de acordo com a origem da diferença verificada ou, de forma alternativa, a pessoa jurídica poderá criar uma única conta, desde que mantenha detalhamento específico, por origem, dos valores nela registrados, que permita a identificação da operação da qual seja decorrente. LUCRO ARBITRADO Como se calcula o lucro arbitrado? • Quando a receita é conhecida • Primeiro determina a receita bruta conf art 26 da IN RFB 1700/2017 e IN RFB 1881/2019. “Art. 26. A receita bruta compreende: § 9º Caso a diferença observada nos termos dos §§ 6º e 7º possua a natureza de dedução da receita bruta, conforme os incisos I, II, III ou IV do § 1º, ela deverá ser registrada na conta representativa da respectiva dedução. § 10 O disposto nos §§ 6º a 9º aplica-se inclusive: I - às diferenças verificadas em adiantamentos recebidos de clientes nas operações de exportação de bens para o exterior; e II - aos procedimentos contábeis relacionados nos itens 1 a 3 do Anexo IV da Instrução Normativa RFB nº 1.753, de 30 de outubro de 2017, incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1.771, de 20 de dezembro de 2017, relativos ao Pronunciamento Técnico nº 47 - Receita de Contrato com Cliente, divulgado em 22 de dezembro de 2016 pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC 47). LUCRO ARBITRADO Como se calcula o lucro arbitrado? • Quando a receita é conhecida • RIR/2018, Art. 605 e Art. 606; • IN RFB nº 1.700/2017, Art. 227, §§ 4º e 26. • “Art. 605. O lucro arbitrado das pessoas jurídicas, quando conhecida a receita bruta, será determinado por meio da aplicação dos percentuais estabelecidos nos art. 591 e art. 592 , acrescidos de vinte por cento, observado o disposto no § 7º do art. 238 ( Lei nº 9.249, de 1995, art. 16 ; e Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, caput, inciso I ).” • Forma similar ao lucro presumido • Aplicando as seguintes alíquotas de arbitramento. LUCRO ARBITRADO Atividade IRPJ CSLL Atividades em geral 9,60% 12,00% Revenda de combustíveis 1,92% 12,00% Serviços de transporte (exceto transporte de carga) 19,20% 12,00% Serviços de transporte de cargas; 9,60% 12,00% Atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda; e Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra. 9,60% 32,00% LUCRO ARBITRADO Atividade IRPJ CSLL Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada no § 4º do art. 227, da IN RFB 1.700, de 2017. 38,40% 32,00% Intermediação de negócios; e Prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentadas. 38,40% 32,00% Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); 9,60% 32,00% LUCRO ARBITRADO Atividade IRPJ CSLL Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza; Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais; e Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego parcial ou total de materiais; 38,40% 32,00% Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou lugar de descarte; 38,40% 32,00% LUCRO ARBITRADO Atividade IRPJ CSLL Nas atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta. 45,00% 32,00% LUCRO ARBITRADO Como se calcula o lucro arbitrado? • Quando a receita não é conhecida • Realizado pelo fisco •Conforme previsto em: • Art.232 da IN RFB n° 1700/2017 e suas atualizações; • Art. 608 do RIR /2018; • Lei nº 8.981, de 1995, art. 51; e • Lei nº 6.404, de 1976, art. 178, § 1º LUCRO ARBITRADO “Art. 232. O lucro arbitrado e o resultado arbitrado das pessoas jurídicas, correspondentes a cada trimestre, quando não conhecida a receita bruta, serão determinados, em procedimento de ofício, mediante aplicação de uma das seguintes alternativas de cálculo: I - 1,5 (um inteiro e cinco décimos) do lucro real, no caso do IRPJ, e do resultado ajustado, no caso da CSLL, referentes ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais; II - 0,12 (doze centésimos) da soma dos valores do ativo circulante e do ativo não circulante, existentes no último balanço patrimonial conhecido; III - 0,21 (vinte e um centésimos) do valor do capital, inclusive sua correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade; IV - 0,15 (quinze centésimos) do valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido; V - 0,4 (quatro décimos) do valor das compras de mercadorias efetuadas no trimestre; VI - 0,4 (quatro décimos) da soma, em cada trimestre, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem; LUCRO ARBITRADO “VII - 0,8 (oito décimos) da soma dos valores devidos no trimestre a empregados;ou VIII - 0,9 (nove décimos) do valor do aluguel devido no trimestre. § 1º As alternativas previstas nos incisos V, VI e VII, a critério da autoridade lançadora, poderão ter sua aplicação limitada, respectivamente, às atividades comerciais, industriais e de prestação de serviços e, no caso de empresas com atividade mista, ser adotadas isoladamente em cada atividade. § 2º Para os efeitos da aplicação do disposto no inciso I, quando o lucro real e o resultado ajustado forem decorrentes de período-base anual, os valores que servirão de base ao arbitramento serão proporcionais ao número de meses do período de apuração considerado. § 3º Nas alternativas previstas nos incisos V e VI, as compras serão consideradas pelos valores totais das operações, devendo ser incluídos os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso III do art. 184 da Lei nº 6.404, de 1976. § 4º À parcela apurada conforme o caput deste artigo serão adicionados, para efeitos de se determinar o lucro arbitrado e o resultado arbitrado, os valores mencionados nos incisos I a VII do § 3º do art. 227 e no art. 231.” LUCRO ARBITRADO • Há adições a realizar na base de cálculo? • Sim, no caso de ocorrência de demais Receitas e Ganhos de Capital previstos em lei. “Art. 609. Serão acrescidos à base de cálculo os ganhos de capital, os rendimentos e os ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as demais receitas, os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo disposto no art. 604 , com os valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976 , e os demais valores determinados neste Regulamento, auferidos no período de apuração, observado o disposto nos art. 237, art. 238 , art. 249 , § 3º, art. 606 e art. 607 ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 27, caput, inciso II ). § 1º O ganho de capital nas alienações de investimentos, imobilizados e intangíveis corresponderá à diferença positiva entre o valor da alienação e o seu valor contábil ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 25, § 1º ). § 10. Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, deverão ser adicionados ao lucro arbitrado para fins de determinação do imposto sobre a renda devido, exceto se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real ou que se refiram a período ao qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 53 ).” LUCRO ARBITRADO • Há adições a realizar na base de cálculo? • Sim, no caso de ocorrência de demais Receitas e Ganhos de Capital previstos em lei. “Art. 609. § 13. A pessoa jurídica que, até o ano-calendário anterior, houver sido tributada com base no lucro real, deverá adicionar à base de cálculo do imposto sobre a renda, correspondente ao primeiro período de apuração no qual for tributada com base no lucro arbitrado, os saldos dos valores cuja tributação havia diferido, independentemente da necessidade de controle na parte “B” do Lalur ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 54 ). § 14. Na hipótese de arbitramento do lucro da pessoa jurídica domiciliada no País, os lucros, os rendimentos e os ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao lucro arbitrado para fins de determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda ( Lei nº 9.430, de 1996, art. 16, § 3º ).” LUCRO ARBITRADO • Há adições a realizar na base de cálculo? “§ 3º do art 227 da IN RFB 1700/2017. Serão acrescidos às bases de cálculo I - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo caput (RB) a) os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em sociedades coligadas e controladas, e de participações societárias que permaneceram no ativo da pessoa jurídica até o término do ano- calendário seguinte ao de suas aquisições; b) os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão organizado; c) a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção; d) os juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados; LUCRO ARBITRADO • Há adições a realizar na base de cálculo? “§ 3º do art 227 da IN RFB 1700/2017. Serão acrescidos às bases de cálculo I - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo caput (RB) e) os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física; f) as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual; g) os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos; h) no caso da base de cálculo do IRPJ, a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos entregue para a formação do referido patrimônio; e i) no caso da base de cálculo da CSLL, o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio; II - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável; LUCRO ARBITRADO • Há adições a realizar na base de cálculo? “§ 3º do art 227 da IN RFB 1700/2017. Serão acrescidos às bases de cálculo III - os juros sobre o capital próprio auferidos; IV - os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se a pessoa jurídica comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro real e no resultado ajustado, ou que se refiram a período no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no lucro presumido ou arbitrado; V - o valor resultante da aplicação dos percentuais de que trata o § 4º, no caso do lucro arbitrado, e o art. 34, no caso do resultado arbitrado, sobre a parcela das receitas auferidas em cada atividade, no respectivo período de apuração, nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida que exceder o valor já apropriado na escrituração da empresa, na forma prevista na Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012; VI - a diferença de receita financeira calculada conforme disposto no Capítulo V e no art. 58 da Instrução Normativa RFB nº 1.312, de 2012; e VII - as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica, ainda que a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 79. LUCRO PRESUMIDO • Há deduções a se considerar na apuração do Lucro Presumido? • Sim! Para IRPJ e CSLL “Art. 233 da IN RFB 1700/2017. O IRPJ devido em cada trimestre será calculado mediante a aplicação da alíquota de que trata o caput do art. 29 sobre a base de cálculo, sem prejuízo da incidência do adicional de que trata o § 1º do mesmo artigo. § 1º Para efeitos de pagamento, a PJ poderá deduzir, do IRPJ apurado em cada trimestre, o imposto sobre a renda pago ou retido na fonte sobre receitas que integraram a base de cálculo do imposto devido. § 2º É vedada a aplicação de qualquer parcela do imposto devido sobre o lucro arbitrado em incentivos fiscais. Art. 234 da IN RFB 1700/2017. A CSLL devida em cada trimestre será calculada mediante a aplicação da alíquota prevista no art. 30 sobre a base de cálculo. Parágrafo único. Para efeitos de pagamento, a PJ poderá deduzir, da CSLL apurada em cada trimestre, o valor da CSLL retida na fontesobre receitas que integraram a base de cálculo da contribuição devida.” LUCRO ARBITRADO Qual regime de reconhecimento de receitas pode ser adotado pelo lucro arbitrado? •Competência • IN RFB nº 1.700, de 2017, art. 227, §10 e art. 228. Caso a empresa opte pelo arbitrado, ficam dispensadas das penalidades previstas e de comprovar a origem das receitas? •Não. E nem dispensa o cumprimento das obrigações acessórias • RIR/2018, art. 611 LUCRO ARBITRADO E se for detectado pela autoridade tributária a omissão de receitas? •Será arbitrado o lucro sobre a mesmas •Conforme previsto no art 610 do RIR/2018. “Art. 610. Verificada omissão de receita, o montante omitido será computado para fins de determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda devido e do adicional, se for o caso, no período de apuração correspondente, observado o disposto no art. 605 ( Lei nº 9.249, de 1995, art. 24, caput ). Parágrafo único. Na hipótese de pessoa jurídica com atividades diversificadas, em que não seja possível a identificação da atividade a que se refere a receita omitida, esta será adicionada àquela que corresponder o percentual mais elevado ( Lei nº 9.249, de 1995, art. 24, § 1º ).” OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS ECF ECD EFD-Reinf DCTF WEB e-Social EFD ICMS/IPI EFD Contribuições DDS LUCRO ARBITRADO Códigos de recolhimento • 5625 – IRPJ • 2372 – CSLL • Como emitir um DARF? LUCRO ARBITRADO - CÁLCULO • Empresa Comercial Mês Valor da Receita Bruta (em R$) Julho / 2020 310.000,00 Agosto / 2020 300.000,00 Setembro / 2020 340.000,00 Total de receita no 3° Trim. / 2020 950.000,00 LUCRO ARBITRADO – IRPJ Exemplo IRPJ: 3° trim./2020 Total da receita R$ 950.000,00 Base de cálculo para IR = 8%___ lucro presumido R$ IR = ___________ x 15% = __________ Adicional = _______ x 10% = ________ IR a recolher = R$____________ Adicional sobre o lucro = lucro do trimestre – 60.000,00 Alíquota 10% sobre o lucro excedente LUCRO ARBITRADO CSLL Exemplo CSLL: 3° trim./2020 Total da receita R$ 950.000,00 Base de cálculo para CSLL = 12% lucro presumido R$ CS = ___________ x 9 % = __________ CSLL a recolher = R$____________ TAREFA Pesquisem.... 1. Qual o tratamento dado a distribuição de lucros nos seguintes cenários: I. Optante do lucro presumido que distribuiu valores até o limite da base de cálculo da presunção II. Optante do lucro presumido que distribuiu valores acima do limite da base de cálculo da presunção III. Optante do lucro arbitrado
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