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CURSO DE PEDAGOGIA

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CURSO DE PEDAGOGIA
 PROJETO FAMÍLIA E ESCOLA – CAMINHANDO JUNTOS
 LOZAINE MARTINS MATTOS RA: 1848715
 
 SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ-RO
 2020
 FAMÍLIA E ESCOLA – CAMINHANDO JUNTOS
 Trabalho de curso que visa desenvolver um projeto a ser trabalhado no âmbito da gestão escolar com atividades sendo realizadas no ensino fundamental e apresentado a Universidade Paulista – UNIP pela graduanda do curso de pedagogia.
 SÃO FRANCISCO DO GUAPORÉ-RO
 2020
 SUMÁRIO 
1. Tema ......................................................................................................... ...04 
2. Justificativa ....................................................................... ............................05 
3. Situação Problema .......................................................................................06 
4. Público Alvo .................................................................. ................................07 
5. Objetivos.......................................................................................................0 7 
5.1 Objetivos Gerais..........................................................................................08 
5.2 Objetivos específicos............................................................................... ...08 
6. Embasamento teórico...................................................................................0 8 
7. Percurso metodológico ................................................................................ 91 
8. Recursos .................................................................................................... ..123 
9. Cronograma de atividades ......................................................................... .144 
10. Avaliação .................................................................................................. .155
11. Referências bibliográficas ........................................................................ .156 
1.TEMA: 
Família na escola. 
2. JUSTIFICATIVA: 
 O relacionamento entre escola e família é considerado peça-chave no processo de melhoria da qualidade da educação, porém seu desenvolvimento tem como base o posicionamento da escola frente a esta situação. A partir da tomada de consciência por parte da gestão escolar em relação ao fato de que escola e família possuem os mesmos objetivos, devendo assim se ajudar para alcançá-los ao invés de se culparem e até mesmo agredirem, como muitas vezes vemos acontecendo, é possível construir “pontes” entre os dois lados. Por isso, é tão importante que a instituição de ensino invista em formas eficientes de envolver a família e a comunidade em geral em todas as questões acadêmicas, disciplinares e administrativas da escola. 
 Uma maneira de cumprir essa tarefa é por meio da abertura da participação da comunidade em reuniões e conselhos escolares, da aplicação de palestras e da elaboração e aplicação de projetos que envolvam a família. Este projeto surgiu a partir desta necessidade, pois engajar as famílias tem sido um desafio para as escolas, que procuram cada vez mais abrir suas portas para pais e responsáveis, planejando oportunidades e eventos para atraí-los. Afinal esse envolvimento da família com a escola traz muitos benefícios, dentre eles: contribui para o desempenho acadêmico dos alunos, auxilia nas questões disciplinares, além de trazer satisfação para os professores, a partir do reconhecimento da realização de seu trabalho.
 O ambiente escolar tem uma importantíssima função, enquanto instituição educativa, porém, não possui tanta força sozinha. Com a participação da família na vida escolar do aluno e nas atividades propostas pela escola, teremos uma chance muito maior de formar cidadãos íntegros e cooperativos, uma vez que apreenderam desde cedo sobre o valor do respeito e da necessidade do trabalho em equipe, afinal não aprendemos pela explanação, mas sim pelo exemplo.
3. SITUAÇÃO PROBLEMA:
 Percebo que cada vez mais, crianças e adolescentes estão indisciplinadas, os pais têm perdido a autoridade sobre eles. As crianças se tornaram o centro das atenções e as “donas” de suas casas, conseguindo muitas vezes tudo o que querem por meio de birras e ao chegarem na escola se deparam com seu primeiro “não”. Sem saber como lidar com tal frustação, procedem reagindo de diversas formas: agressividade, choro, teimosia... Tais problemas trazem grandes consequências a educação, pois os professores que precisam aplicar o currículo, precisam fazê-lo de forma mais compactada por precisarem perder o curto e precioso tempo para colocar “ordem na sala”. 
 Na sociedade contemporânea os pais buscam compensar a falta de tempo para com seus filhos agindo de modo que no curto tempo disponível em que estão juntos, para que as crianças se sintam felizes. A intenção é nobre, porém causadora da falta de limites, pois crianças precisam de regras e limites para a construção de valores, inclusive da própria personalidade, por esse motivo esta é uma função que não deve ser delegada somente a escola. 
 Devido a falta de conhecimento dos pais com relação a estas questões e pela porcentagem e frequência com que observamos tais atitudes, a formação do caráter das crianças está sendo afetada e a falta de respeito e indisciplina tem sido comum e vista como algo normal nos dias de hoje.
4. PÚBLICO ALVO: 
 
Comunidade escolar num contexto geral.
5. OBJETIVOS: 
 5.1 Objetivo Geral:
 Desenvolver um trabalho coletivo no ambiente escolar que envolva a família nas atividades da escola e estimule sua participação no processo de ensino-aprendizagem, como parceiros e colaboradores conscientes. Além de estimular a valorização do respeito e dos valores nas famílias e seus membros. 
 5.2 Objetivos específicos: 
 • Unir os interesses do ambiente familiar e escolar; 
 • Incentivar as famílias a fazer uma reflexão sobre valores, de forma que adotem atitudes de solidariedade, companheirismo, respeito e cooperação;
 • Conscientizar pais e responsáveis sobre o importante papel da família no processo de educação dos filhos, demostrando a estes que só o seu amor não é suficiente para formar cidadãos íntegros; 
 • Proporcionar aos pais conhecimento funda mentado a respeito do desenvolvimento integral da criança, e sobre o trabalho com regras e limites para uma formação saudável do ser social; 
 • Orientar os profissionais da educação quanto a necessidade de uma visão maisampla a respeito da vida familiar de seus alunos e de dar o suporte necessário;
 • Proporcionar momentos de lazer e integração entre família e escola.
 • Instigar o interesse das famílias pelos trabalhos desenvolvidos por seus filhos durante a permanência na escola; 
 • Oportunizar a aproximação entre os pais e os filhos;
 • Envolver a família para que sinta o quanto é importante no processo ensino aprendizagem de seu filho. 
 6. EMBASAMENTO TEÓRICO: 
 Na atualidade comumente nos deparamos com cenas de crianças chorando e/ou fazendo escândalos para conseguir o que querem em supermercados, ou então crianças pequenas em restaurantes ou locais públicos com smartphones ou tabletes em suas mãos para que não façam “bagunça”. Não estamos aqui para questionar a utilização das tecnologias digitais na era contemporânea, que como sabemos tem muitos prós e contras, o que renderia um debate somente neste sentido, tampouco para criticar a maneira como os pais vem criando seus filhos, mas para alertar a respeito de um problema que já estamos enfrentando e que só tende a piorar – a indisciplina e o desrespeito nas salas de aula!
 A pesquisa Estatísticas do Registro Civil de 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),apontou que as mulheres brasileiras estão sendo mães cada vez mais tarde, devido a crescente preocupação por parte destas em relação aos estudos e ao trabalho. Isto não deixa de ser uma boa notícia pois demonstra a crescente conscientização da sociedade a respeito das implicações de se gerar um filho. Porém também acaba por nos confirmar o lado obscuro desta história – essas mães preocupadas demais com suas vidas profissionais, depois de engravidarem acabam que (mesmo não intencionalmente), não dando a devida atenção aos seus filhos.
 Mais uma vez, não buscamos criticar a maneira como a sociedade se constituiu após a luta das mulheres para ingressar no mercado de trabalho, muito menos a liberdade de escolha de cada um a respeito do que é melhor para sua própria vida. A intenção aqui é afirmar o que já sabemos, somente amor e carinho não é suficiente, criança precisa de atenção, de tempo com os pais. Criança precisa de limites, de regras de educação de qualidade.
 Um pai ou uma mãe não podem dizer jamais para o filho que ‘porque te amo, aceito tudo’, pois é exatamente o inverso. É porque eu te amo que eu quero que você seja uma pessoa decente. CORTELLA, 2015. 
 Nossas políticas públicas não ajudam e este é outro ponto que precisa ser divulgado, de batido e questionado, para que possa ser alterado. Vemos nas nossas creches crianças que mal acabam de completar 4 meses, ficando desde as 6:00 horas da manhã até às 18 :00 horas da tarde, isso sem exagero, não merece outra definição senão desumano, pois segundo a Teoria do A pego e o seu precursor, John Bowlby, o cuidado materno durante a infância de um indivíduo é primordial para alavancar o seu desenvolvimento psíquico até a idade adulta.
 Este triste fato da nossa realidade é somente para demostrar que o problema se inicia precocemente. Esses filhos cujos pais precisam deixar o dia todo na creche/escola, muitas vezes apresentam problemas de indisciplina. Devido ao fato de que quando estão juntos (pais e filhos) esses pais sentem-se (mesmo que inconscientemente) culpados, agradando de todas as formas possíveis os seus filhos, sem se dar conta do estrago que estão causando.
 “Não é só a educação dos filhos que é necessária, mais a dos pais também!” CORTELLA, 2015.
 Isso se reflete diretamente nas escolas, onde mais do que nunca precisamos abarcar funções que não eram nossas. Quem nunca ouviu a frase: “Escola Ensina Família Educa” ou “Educação vem de casa”, mas com tão pouco tempo e/ou disposição como fazer isso em casa não é mesmo?! Não buscamos nos eximir desta responsabilidade, pois entendemos que as mudanças da sociedade nos fizeram incorporar estes papéis antes não delegados a nós educadores, o que precisamos urgentemente é que as famílias percebam que sozinhos não teremos êxito neste trabalho. Quando uma criança não respeita nem mesmo seus pais, ou quando estes não têm respeito pelos professores, jamais conseguimos disciplinar ou mesmo ensinar a esta criança. Porém quando trabalhamos juntos conseguimos se não extinguir ao menos diminuir as dificuldades encontradas por ambos, pois a família caso ainda não sinta, um dia com certeza irá sentir o resultado dessa falta de limites e respeito infanto-juvenil. 
 “É preciso ter esperança do verbo “esperançar”. Porque esperança do verbo esperar é pura e vã espera. Esperançar é ir atrás, unir –se e não desistir.” E é com essas palavras de Mario Sergio Cortella que reforçamos a importância da união entre escola e família para que possamos juntos criarmos cidadãos melhores.
 7. PERCURSO METODOLÓGICO: 
 O projeto será desenvolvido com a comunidade escolar, contará com a colaboração dos professores , e como apoio dos demais membros da escola que realizarão atividades com o objetivo de apoiar e incentivar os alunos e incluir as famílias no ambiente escolar. 
 Os trabalhos do projeto iniciam-se com a convocação dos professores para uma reunião que tratar á da importância de aproximar a família da escola, visando conscientizar os profissionais sobre as vantagens deste trabalho em equipe.
 Após este primeiro momento mais interno no qual o percurso do projeto da gestão será passado aos professores, iniciarão as atividades do projeto, dispostas da seguinte maneira: Serão realizados seis encontros, um por mês, onde realizarem as dinâmicas em grupo e jogos. Além de teatro e contação de história, todos com o objetivo de estimular o cooperativismo e tendo como tema valores. 
 No primeiro encontro acontecerá uma reunião com os pais e professores para apresentação do projeto e contação da história. “Uma história sobre educação: O príncipe João”, que é uma história muito interessante que poderá ser trabalhada em sala com os alunos dos anos iniciais.
 O segundo encontro será mais direcionado aos pais, teremos uma palestra com um profissional da área de psicologia, falando especificamente sobre a importância das regras e dos limites, como também da participação da família no processo ensino aprendizagem. 
 No terceiro encontro falaremos sobre a importância de dedicar atenção aos nossos filhos, com embasamento na teoria do apego de John Bowlby. Em seguida serão realizados trabalhos manuais com material alternativo, onde pais e filhos trabalharão juntos, enfatizando o cooperativismo. Será pedido aos pais que tragam fotos da família para o próximo encontro. 
 No quarto encontro serão confeccionados painéis com fotos das famílias, com o tema: Família – base de tudo! Dinâmicas e jogos de integração entre as famílias.
 No quinto encontro haverá um passeio a o zoológico, onde as famílias poderão ter um momento de integração fora do ambiente escolar. No último encontro haverá o fechamento do projeto com um teatro preparado pela equipe pedagógica, exposição dos trabalhos realizados, coquetel de encerramento e sorteio de brindes.
8.RECURSOS: 
· Papel 
· Caneta 
· Sala de reuniões 
· Cadeiras
· Fotos 
· Cartolina colorida 
· Tesoura 
· Cola 
· Jogos 
· Livro de histórias 
· Tabuas de madeira (para artesanatos) 
· Canecas 
· Material reciclável 
· Fantasias 
· Brindes diversos.
9.CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:
 1º encontro: Reunião com os pais e contação de história.
 2º encontro Palestra sobre regras e limites e jogo. 
3º encontro Conversa sobre a importância da atenção embasada nas ideias de John Bowlby. Trabalhos manuais feitos pelos pais e pelos alunos.
4º encontro Confecção, painéiscom fotos com o tema: Família – base de tudo! Dinâmicas e jogos. 
5º encontro Passeio ao zoológico. 
6º encontro Coquetel, teatro, exposição de trabalhos e sorteio dos brindes.
10. AVALIAÇÃO: 
 A avaliação acontecerá constantemente durante o desenvolvimento do projeto, avaliando não somente alunos, mas também professores. Não com vistas a aprovação ou reprovação, mas sim a um diagnóstico, com o intuito de corrigir possíveis falhas. Os educandos serão avaliados quanto ao interesse e participação em cada atividade proposta, e também na sua mudança ou não de atitude ao logo e ao fim do projeto. Analisar a satisfação dos pais e seu envolvimento na participação do projeto.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
BOWLBY J. Apego. São Paulo: Martins Fontes, 2ª edição, 1990.
 CORTELLA M S. Convivência e ética: audácia e esperança, Cortez Editora, 2015, páginas 76/77. 
HOFFMANN F. Uma história sobre educação: O príncipe João, Culturama Editora, 2017.
 IBGE: Mulheres brasileiras têm filhos mais tarde por Ana Cristina Campos.
 Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2016-
11/ibge-mulheres-brasileiras-tem-filhos-mais-tarde.

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