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FUNDAMENTOS DA PEDAGOGIA EMPRESARIAL

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INSTITUTO PEDAGÓGICO DE 
MINAS GERAIS 
 
 
 
Fundamentos da Pedagogia Empresarial 
Coordenação Pedagógica – IPEMIG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03 
1 CONCEITUANDO E CONTEXTUALIZANDO O PEDAGOGO ..................... 05 
2 CIÊNCIAS QUE AUXILIAM O PEDAGOGO ................................................ 14 
3 PEDAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES ....................................... 19 
3.1 O terceiro setor ........................................................................................... 22 
3.2 Atuação na responsabilidade social das organizações .............................. 27 
4 ASSESSORIA EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL ....................................... 30 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .......................................... 38 
AVALIAÇÃO .................................................................................................... 39 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Sejam bem vindos ao curso de Obtenção de novo título, na disciplina de 
Pedagogia Empresarial, oferecida pelo Instituto Pedagógico de Minas Gerais - 
IPEMIG. 
Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação 
daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências 
atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso. 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, 
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos 
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou 
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e 
provado pelos pesquisadores. 
Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos 
colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada 
está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e 
melhorar nosso trabalho. 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês 
são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: 
aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é 
demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação 
dos nossos/ seus alunos. 
Segundo Holtz (2006) a pedagogia no âmbito das organizações, chamada 
de Pedagogia Empresarial pode ser considerada um casamento perfeito, porque 
ambas tem os mesmos objetivos em relação às pessoas, principalmente em tempos 
atuais. 
O Pedagogo é um condutor do comportamento das pessoas em direção a 
um objetivo determinado e a pedagogia caminha como ciência e arte da educação, 
num processo de influências que formam a personalidade humana. 
Uma Empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma 
atividade com objetivo definido, liderada pelo Empresário, pessoa empreendedora, 
 
 
4 
 
 
 
que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir ideais e objetivos também 
definidos. 
A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando 
um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas 
as faculdades da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos 
definidos. A Pedagogia também faz o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes 
para realizá-los, de acordo com uma determinada concepção de vida. 
Portanto, Empresa e Pedagogia agem em direção a realização de ideais e 
objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das 
pessoas. Esse processo de mudança provocada, no comportamento das pessoas 
em direção a um objetivo, chama-se aprendizagem. E aprendizagem é a 
especialidade da Pedagogia e do Pedagogo. 
Para a Empresa conseguir as mudanças desejadas no comportamento das 
pessoas, os meios utilizados têm que ser adequados aos seus objetivos e ideais e 
eis a oportunidade do Pedagogo colocar seus conhecimentos a serviço de outros 
meios que não a educação formal! 
Ressaltamos que este material trata-se de uma reunião do pensamento de 
vários autores que entendemos serem os mais importantes para a disciplina. 
Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de 
redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. 
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final 
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar 
dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
1 CONCEITUANDO E CONTEXTUALIZANDO O PEDAGOGO 
 
 
Antes de começarmos as explanações acerca do tema deste curso de 
Especialização em Pedagogia Empresarial, convém refletir sobre Pedagogia em 
termos de sua conceituação, objeto de estudo, modalidades de educação e áreas de 
atuação do pedagogo. 
Ninguém melhor que Carlos Brandão (1981) para nos levar a refletir que não 
há uma única forma nem um único modelo de educação; a escola não é o único 
lugar em que ela acontece [...], o ensino escolar não é a única prática, e o professor 
profissional não é o seu único praticante. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de 
um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para 
aprender, para ensinar, para conviver, todos os dias misturamos a vida com a 
educação. 
O desenvolvimento do homem ocorre por meio da sua relação ativa no meio 
ambiente, seja ele natural e social, formando, assim, o meio culturalmente 
organizado (BRANDÃO, 1981). É nessa interação do homem com o meio em que se 
relaciona que ele, enquanto sujeito atuante / participativo, processa sua 
aprendizagem, não só uma aprendizagem letrada, mas, como o próprio Brandão 
afirmou acima, uma aprendizagem sociocultural que passa de geração em geração, 
formando nossa herança historicamente acumulada e culturalmente organizada que 
se transforma todos os dias de nossas vidas e a aplicamos em nossas atividades, 
sejam elas informais, formais ou não formais. 
Segundo Cadinha (2009) a tarefa da Educação consiste em conduzir e em 
tornar produtivo, do ponto de vista pedagógico, esse processo de relação 
participativa interativa e, com isso, promover o desenvolvimento do homem. A 
Educação torna-se, assim, a mediadora entre teoria e prática, entre o sujeito e sua 
interação com o meio ambiente no qual está inserido. 
É nesse processo real da atividade humana que os indivíduos criam, 
produzem e transformam objetos, instrumentos de trabalho, conhecimentos, 
habilidades, técnicas, linguagens, valores, atitudes, sentimentos etc., constituindo o 
mundo humano que vai se incorporando, sucessivamente, em sua vida, ou seja, no 
 
 
6 
 
 
 
mundo sociocultural, ainda mais agora em que se vive em uma velocidade de 
informações nunca vista antes em gerações passadas. 
Essa atividade, socialmente herdada, ou essa "experiência humana 
historicamente acumulada e culturalmente organizada" (BRANDÃO, 1981), precisa 
ser comunicada às novas gerações; precisa ser dividida de forma igualitária entre 
todos sem exceção. Para tanto, a sociedade organiza ações educativas com o 
propósito de inserir os indivíduos no meio culturalmente organizado e oportunizar a 
aquisição de conhecimentos que faz não só o homem crescer, mas também a 
sociedade em que ele está inserido. Eis a tarefa principal da Educação, tarefa essa 
a ser organizada pela Pedagogia. 
E como se falou acima que Educação ocorre em todos os momentos de vida 
do indivíduo, os processos educativos acontecem em uma variedade de 
manifestações e atividades - sociais, políticas, culturais, econômicas, religiosas, 
familiares, escolares, por meio de distintas modalidades - formais, informais e não 
formais como veremos no capítulo três. 
Por enquanto, vamos falar do pedagogo! Quem é este profissional? 
 
São os especialistas que se dedicam às atividadesde pesquisa, 
documentação, formação profissional, gestão educacional, orientação pedagógica, 
animação sociocultural, formação continuada em empresas, escolas e em outras 
instituições (CADINHA, 2009). 
Reconhece-se a atuação do profissional pedagogo no campo de 
investigação e na sua atuação dentro da variedade de atividades voltadas para o 
educacional e para o educativo. 
Quanto ao aspecto educacional, este é mais amplo, referindo-se à política 
educacional, na estrutura e na gestão da educação em suas várias modalidades 
(Especial, Tecnológica, Básica, Superior etc.), ou seja, nas finalidades mais amplas 
da educação e de suas relações com a vida social dos indivíduos. 
Quanto ao aspecto educativo, diz respeito à atividade de educar 
propriamente dita, ou seja, a relação educativa entre os agentes do ensinar e 
aprender, envolvendo objetivos, meios de educação, metodologias e formas de 
instrução. 
 
7 
 
 
 
E como a educação pode ocorrer em muitos lugares, institucionalizados ou 
não, sob várias modalidades, as ações pedagógicas acontecem nos meios sociais, 
políticos, econômicos, comunicacionais, religiosos, familiares etc. Ela ainda pode 
intervir via televisão, no rádio, nos jornais, nas revistas, nos quadrinhos, no material 
informativo, como mapas, guias turísticos, enciclopédias, livros didáticos, vídeos, 
jogos, brinquedos, manuais de instrução etc. Isto tudo é campo de estudo científico 
da Pedagogia. 
Assim podemos concluir que o processo de Educação de um sujeito ocorre 
em todos os momentos de sua vida, seja ela formal, informal e/ou não formal, 
viabilizando o seu desenvolvimento psicointelectual e sociocultural. 
Uma vez que a atuação do pedagogo extrapola os muros da escola, sendo 
um estudioso das ações educativas que ocorrem em todas as vidas sociais, culturais 
e intelectuais do sujeito inserido em uma sociedade na qual ele contribui para o seu 
desenvolvimento, além das atividades escolares propriamente ditas, como 
professores de diversos níveis de ensino, gestores, planejadores, coordenadores, 
orientadores, supervisores educacionais, os pedagogos atuam também como 
formadores, animadores, instrutores, organizadores, técnicos, consultores, 
orientadores que desenvolvem atividades pedagógicas em órgãos públicos e 
privados ligados às empresas, à cultura, aos serviços de saúde, alimentação, 
promoção social etc. 
Concluindo, a Pedagogia é o campo do conhecimento científico, que se 
ocupa do estudo sistemático da educação em suas várias modalidades, e da prática 
educativa concreta, que se realiza em todos os aspectos que formam uma 
sociedade (ações educativas). O que a humanidade produz, cria, transforma, em 
sua atividade histórico-social, vai constituindo os saberes que formam o patrimônio 
cultural acumulado (CADINHA, 2009). 
O resultado dessa atividade histórico-social é organizado e, daí, registrado, 
comunicado, transmitido por meio da ação educativa, para que o sujeito se 
"aproprie" desses conhecimentos e continue a produzir novos saberes, novas formas 
culturais, novos conhecimentos. É assim que a sociedade evolui, refletindo e 
questionando conhecimentos anteriores e, por meio de suas análises, modificando e 
reconstruindo novos conhecimentos. 
 
8 
 
 
 
E o Pedagogo Empresarial? 
 
As mudanças pelas quais passa o mundo na atualidade e a velocidade das 
mesmas, levando a uma intelectualização nos processos de produção, exige um 
conhecimento mais amplo e demandando um profissional mais qualificado. 
As novas exigências de um mercado altamente competitivo levam de 
encontro à necessidade de profissionais com um diferencial que os faça sobressair 
diante de seus concorrentes. 
Um dos grandes dramas do processo da Revolução Industrial foi a alienação 
do trabalhador em relação à sua atividade. Ao contrário do artesão da Antiguidade 
ou da Idade Média, o operário moderno perdeu o controle de conjunto da produção. 
Antigamente o artesão tinha conhecimento de todo o processo que envolvia sua 
atividade profissional. Na era da industrialização, passou a ser responsável por 
apenas uma parte deste ciclo produtivo de uma mercadoria, desconhecendo os 
procedimentos técnicos que envolviam o todo - o final de sua produção. Naquela 
época, no auge da industrialização, a produção em série era a que vigorava, 
causando o embrutecimento do trabalhador. É o que se chamava de mecanização 
industrial - produção em série. 
Atualmente, buscam-se profissionais polivalentes, com iniciativas, 
empreendedores, atuantes, que estão sempre se atualizando. Esse homem que se 
busca hoje não deve ter medo do desconhecido. 
É aí que entra o pedagogo empresarial, profissional capacitado para 
desenvolver nas empresas e no trabalhador essas necessidades e qualidades. 
Para lidar com um mercado de trabalho em que antigos valores, como 
experiência e titularização, foram postergados, o profissional de hoje precisa estar 
sempre se atualizando. A obsolescência intelectual talvez seja o maior risco de 
qualquer profissional em todos os ramos de negócios (CADINHA, 2009). 
Isto porque vivemos na Era do Conhecimento, em que as empresas passam 
a dar mais importância para o que há de mais valioso dentro de seu espaço 
organizacional - o capital intelectual de seus profissionais - único diferencial capaz 
de manter o acervo de informações e conhecimentos das empresas, tornando-as 
mais valiosas e competitivas no mercado. 
 
9 
 
 
 
Ao investir no capital intelectual de seus funcionários, a empresa estará 
assegurando a manutenção e a retenção de seu quadro, contribuindo para a 
obtenção de elevados padrões de qualidade de vida no trabalho e na excelência de 
desempenho empresarial. Mas, como PIatão mencionou séculos atrás, é preciso 
que o homem não se acomode com seus próprios conhecimentos, ele precisa 
querer crescer, aprimorar-se, desenvolver-se. 
E a Pedagogia Empresarial, enquanto ciência ligada ao desenvolvimento de 
uma aprendizagem significativa, vem contribuir para que as empresas desenvolvam 
esses seus grandes "diamantes": o ser humano, em todos os seus aspectos 
intelectual (conhecimentos e habilidades), social e afetivo (atitudes). 
Os três requisitos mencionados - conhecimento, habilidade e atitude - são o 
que se denominam de CHA, competências exigidas do profissional moderno. 
Desenvolvendo o CHA, o profissional irá atender a três necessidades 
básicas para sua própria satisfação - SSS, Saber (a mente precisa de 
conhecimento), Satisfação do ser nas suas necessidades básicas (saúde, moradia, 
alimentação, lazer) e o Sagrado (realização pessoal). 
O CHA e o SSS levarão o profissional e a empresa a fazer o diferencial 
esperado no mercado de hoje. As empresas precisam ter claro que, tendo 
profissionais satisfeitos e felizes no ambiente de trabalho, fica muito mais fácil se 
obter um rendimento maior e mais qualificado, proporcionando não só o crescimento 
desta, mas possibilitando um comprometimento maior dos funcionários com os 
objetivos da empresa. 
O papel da Educação diante dessas mudanças de comportamento nas 
organizações tem a ver com um novo modelo de racionalização dos processos 
produtivos, como reorganização do trabalho, requalificação profissional, 
desenvolvimento de novas competências, flexibilidade do processo produtivo etc. 
Cabe à Educação proporcionar ao indivíduo um bom domínio da linguagem oral, 
escrita e corporal, favorecer a flexibilidade, agilidade de raciocínio, capacidade de 
abstração e análise. 
Para alcançar essas competências, o profissional precisa desenvolver 
algumas competências básicas como: 
 
10 
 
 
 
 Espírito de liderança; 
 
 Orientação para o cliente; 
 
 Orientação para resultados; 
 
 Flexibilidade e adaptabilidade; 
 
 Criatividade e produtividade; 
 
 Inovação e pró-atividade; 
 
 Aprendizagem contínua. 
 
Em virtude dessas novas competências exigidas no mundo moderno, a 
pedagogia empresarialse apresenta como uma ponte entre o desenvolvimento das 
pessoas e as estratégias organizacionais. 
Isto porque, como já foi abordado, a Pedagogia é a ciência que estuda de 
forma sistematizada o ato educativo, isto é, a prática educativa concreta que se 
realiza na sociedade. Igualmente, a educação é o conjunto de ações, processos, 
influências e estruturas que intervêm no desenvolvimento humano, na sua relação 
ativa com o meio natural e social, em um contexto de relações entre grupos e 
classes sociais. 
Assim, diante dos níveis de exigência ocorrida no mundo empresarial, surge 
a Pedagogia Empresarial, um ramo da Pedagogia que se ocupa em delinear frentes 
para que ocorra o desenvolvimento dos profissionais, como um diferencial entre as 
empresas. Ela procura favorecer uma aprendizagem significativa e o 
aperfeiçoamento do capital intelectual (produto da Pedagogia Empresarial) para o 
desenvolvimento de novas competências que atendam ao mercado de trabalho. Isso 
tudo aliado às competências dos profissionais da área administrativa e psicológica. 
Mas é fundamental que o próprio profissional queira participar efetivamente 
desse processo, pois, sem seu engajamento total, fica muito difícil conseguir 
modificação de comportamento. 
Então, o pedagogo empresarial pode atuar de modo a contribuir com as 
necessárias mudanças de comportamento dos profissionais, dentro de cada 
departamento, de acordo com suas atribuições. 
 
 
11 
 
 
 
Segundo Cadinha (2009) observa-se ainda hoje que alguns desses 
departamentos têm demonstrado pouca ou nenhuma preocupação com o 
desenvolvimento/crescimento individual/profissional do indivíduo. 
Na verdade, alguns empresários brasileiros adotam, em relação aos seus 
funcionários, uma atitude de cobrança de resultados para assegurar o crescimento e 
a manutenção de seu negócio no mercado. Ele ainda não despertou para a 
necessidade de implantar mudanças profundas na maneira como se relaciona com 
os recursos humanos disponíveis em sua empresa; somente se preocupa em 
aumentar a produção sem investir em sua maior produtividade que são seus 
colaboradores. Os recursos humanos são considerados descartáveis para alguns 
empresários. 
Alguns ainda não perceberam que, investindo no seu capital intelectual, 
favorecendo um ambiente de trabalho que satisfaça o trabalhador, o seu rendimento 
será muito maior. É preciso que as empresas respeitem, valorizem, reconheçam o 
valor de seus colaboradores, requisito fundamental para fazer a diferença na 
empresa e no mercado. 
Eis mais uma missão para o pedagogo empresarial! 
 
Incutir nos empresários que o departamento de RH deve ser um local onde 
se desenvolve o processo educativo, pelo qual a pessoa adquire e aperfeiçoa 
conhecimentos, habilidades e atitudes, que vão contribuir para o desenvolvimento 
individual do trabalhador e para a realização dos objetivos da empresa. 
Segundo Matos (2001) cabe ao DRH: 
 
 Harmonizar o processo de mudança organizacional, mais comprometido com 
os aspectos sociais e não somente com o equipamento instrumental; 
 Preservar valores éticos e morais - nenhuma organização pode sobreviver 
sem buscar economia, eficácia e racionalidade. Este é um princípio 
indiscutível, porém nunca deve ser aplicado à custa do sacrifício de valores 
humanos básicos; 
 Conscientizar-se de que o ser humano está no centro de tudo e, assim, as 
estruturas organizacionais e os processos administrativos devem ser 
 
 
12 
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br 
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" 
 
 
 
 
 
estabelecidos para servir como instrumento que promova as realizações 
humanas e, sendo assim, devem estar a seu serviço. 
Impõem-se, dessa forma, a abertura de mais espaço para a realização 
humana dentro das empresas, um maior uso da criatividade no esforço de assegurar 
o desenvolvimento profissional e individual e a criação de formas participativas na 
equipe da empresa. Cabe ao RH, nessa nova proposta de formatação, desenvolver 
empreendedores e tornar as organizações mais humanizadas. 
E, para alcançar a plenitude dessas necessidades de hoje, é muito 
importante que o DRH seja composto por três áreas de conhecimento - 
Administração, Pedagogia e Psicologia - para que os profissionais, dentro de suas 
especificidades, possam desenvolver os três requisitos fundamentais do trabalhador 
- o CHA e o SSS, importantes para poder assegurar o sucesso de qualquer 
empresa. 
Enfim, são de responsabilidade do Pedagogo Empresarial: 
 
 Conhecer e encontrar as soluções práticas para as questões que envolvem a 
otimização da produtividade das pessoas humanas - o objetivo de toda 
Empresa. 
 Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares e sociais da 
Empresa onde trabalha. 
 Conduzir com atividades práticas, as pessoas que trabalham na Empresa - 
dirigentes e funcionários - na direção dos objetivos humanos, bem como os 
definidos pela Empresa. 
 Promover as condições e atividades práticas necessárias - treinamentos, 
eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc. -, ao 
desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente 
(processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade pessoal. 
 Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das 
chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de 
favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial. 
http://www.ipemig.com.br/
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 Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações 
pedagógicas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, 
estimulador da produtividade. 
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2 CIÊNCIAS QUE AUXILIAM O PEDAGOGO 
 
 
Enquanto a pedagogia considera a pessoa humana, na sua vida integral, 
individual e social, o Pedagogo tem necessidade de conhecer tudo quanto diga 
respeito à pessoa humana, para ter condições de orientá-la eficazmente e encontrar 
soluções práticas para os problemas que a aflige. Tanto de ordem individual, social e 
espiritual. Para isso, utiliza-se de todas as Ciências Humanas nos seus diversos 
aspectos, como esquematizado abaixo e discorrido de maneira mais profunda na 
sequência: 
 
1. Ciências do homem 
considerando a si 
próprio 
2. Ciências do homem 
considerado em grupo 
3. Ciências Filosóficas 
Psicologia Educacional 
Ciências Biológicas 
Antropologia 
Ciências Religiosas 
Sociologia 
Geografia Humana 
Estatística 
Filosofia 
Filosofia da Educação 
 
 
PSICOLOGIA EDUCACIONAL 
 
Nada se pode fazer nada, ou mesmo tentar resolver alguma situação, em 
Educação, sem a estreita colaboração da Psicologia Educacional. Cada dificuldade 
pedagógica que surge, é simultaneamente uma dificuldade psicológica. Para 
conduzir mentes humanas, é preciso conhecê-las, nas suas manifestações 
conscientes e inconscientes. 
A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa humana, na sua 
evolução natural, e só diante desse conhecimento é possível formular doutrinas 
pedagógicas consistentes e métodos educacionais eficazes. 
A Psicologia Educacional leva naturalmente ao conhecimento das leis 
pedagógicas e os sistemas educativos só tem aplicação prática, quando os 
processos psíquicos das pessoas deixam de oferecer resistência ou defesa, 
facilitando ao pedagogo a necessária ação pedagógica. 
http://www.ipemig.com.br/
15 
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br 
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" 
 
 
 
 
 
CIÊNCIAS BIOLÓGICASA Biologia se dedica ao estudo da estrutura, da atividade, da origem, da 
classificação, das relações e posições dos seres vivos no espaço e no tempo. 
Aprofunda-se no estudo das leis biológicas, para que a vida, que tanto nos 
preocupa, possa produzir tudo quanto pode e deve produzir. Fornece informações 
preciosas sobre as leis da vida. 
A Fisiologia estuda a função dos órgãos, da nutrição, da circulação 
sanguínea, da respiração, etc., permitindo relacionar as funções orgânicas com as 
funções psíquicas. A base fisiológica da mente deu relevância ao papel da 
Educação Física, para a Pedagogia. Esses conhecimentos comprovaram a 
insubstituível função da Educação Física, na eficácia do processo educativo. 
A Anatomia estuda a estrutura dos seres organizados. Em especial, ossos, 
articulações, músculos, sistema vascular, (coração, circulação, capilares), sistema 
linfático, sistema nervoso central, sistema nervoso autônomo, todos aspectos 
trabalhados também pela Educação Física. 
A Medicina psicossomática detecta distúrbios de comportamento através de 
sintomas orgânicos como, preguiça, maldade, estupidez, perversão de caráter, 
inveja, etc. Sabe-se, por exemplo, que doenças no fígado podem estar relacionados 
com sentimentos de inveja, sentimento de orgulho podem provocar alterações 
fisiológicas,etc. 
A Higiene estuda os meios que devem ser utilizados para conservar a saúde 
e evitar as doenças. A eficácia da aprendizagem também depende das condições de 
higiene e saúde, de quem deve aprender, isto é, de quem deve mudar (HOLTZ, 
2006). 
 
 
ANTROPOLOGIA 
 
É a ciência do homem. Faz a história da espécie humana: sua origem, raças, 
desenvolvimento, evolução e adaptação ao meio, dimensões do corpo, seus usos e 
costumes, etc. Fornece valiosa contribuição para orientação e aplicação correta das 
atividades físicas, culturais, sociais, etc. 
http://www.ipemig.com.br/
 
 
16 
 
 
 
SOCIOLOGIA EDUCACIONAL 
 
Segundo Holtz (2006) o Pedagogo Empresarial deve sempre considerar a 
solução dos problemas da Educação dos funcionários, principalmente no aspecto 
social, da vida em grupo. 
A sociologia estuda o comportamento da pessoa humana nos diversos 
grupos sociais, desde a sua família e as influências na formação da personalidade. 
Estuda o papel da Educação nas sociedades de hoje e a relação entre a Família e 
as diversas instituições sociais de um lado e o local de trabalho de outro. 
Não é possível conhecer o desenvolvimento da personalidade a não ser em 
função do meio em que vive. É o meio social, em geral, que apresenta à pessoa, as 
situações mais complexas e mais difíceis de relacionamento. 
 
 
GEOGRAFIA HUMANA 
 
Estuda as mútuas influências existentes entre o homem, de um lado, e o 
solo, o clima e a vegetação do outro lado. Mostra como as condições geográficas 
podem exercer influencia no desenvolvimento dos usos e costumes, da cultura dos 
vá- rios tipos de sociedades. 
 
 
ESTATÍSTICA 
 
Quanto maior é o número de indivíduos que observamos, tanto mais, as 
particularidades individuais, querem físicas ou morais, se apagam e deixam 
predominar a série de fatos genéricos, em virtude dos quais a sociedade existe e se 
conserva (QUÉTELET, sd apud HOLTZ, 2006). 
A estatística mede, por meio de métodos científicos de observação, a 
frequência dos fatos ocorridos. Por exemplo: 
1. De que maneira um determinado sistema de treinamento funciona na 
melhoria da produtividade, numa mesma localidade, nos diferentes momentos do dia 
ou mesmo do ano, nas diferentes regiões? 
 
 
 
 
IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br 
(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" 
http://www.ipemig.com.br/
 
 
17 
 
 
 
2. De que maneira a produtividade das mulheres reage a um determinado 
tipo de treinamento, assim como também a dos homens, de uma determinada 
localidade ou região, etc.? 
3. Qual é o horário em que a aprendizagem é mais eficaz, numa localidade 
ou região, etc.? 
 
 
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 
 
O Pedagogo sempre tem como base de trabalho os diversos sistemas 
educacionais, com sua Filosofia da Educação. 
Filosofia é a ciência que estuda e procura dar explicações mais profundas do 
Universo, suas origens e seus fins, sobre as razões e as causas últimas e os 
pensamentos que geram os acontecimentos. 
O Pedagogo diante do problema educativo, seja na empresa ou em outro 
ambiente, depara-se com as seguintes questões filosóficas: 
 Quem é o ser humano? 
 
 Qual é o destino do ser humano? 
 
 Como devo proceder corretamente com o ser humano? 
 
 Que caminho mais seguro devo tomar? 
 
 Qual a razão por que devo seguir um determinado caminho e não outro? 
 
São perguntas filosóficas que só encontram respostas na Filosofia da 
Educação. 
Como bem diz Holtz (2006) sabemos que a opinião do Pedagogo sobre 
Educação depende da opinião dele sobre o ser humano, sua natureza, seu destino, 
seu fim. 
A Filosofia estuda a Ética (Moral), a Lógica, a Matemática - que fornecem 
preciosas contribuições para o esclarecimento e solução dos grandes problemas 
pedagógicos. 
A Ética em especial porque estuda a moral, é base de toda a Educação, seja 
ela de que natureza for. A ética estuda as consequências das condutas corretas ou 
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não, construtivas ou destrutivas. A ação essencial da Educação consiste em formar 
a consciência moral das pessoas (a consciência do bem e do mal para si e para os 
outros do seu grupo social e da sociedade). 
Os grandes Educadores não duvidam em fazer duas afirmações básicas 
para o sucesso da Educação: 
 A moral é a higiene eficaz da sociedade. 
 
 A coragem é acima de tudo, um fenômeno moral. 
 
Na base da própria Educação Física, encontra-se a Moral, que ensina o 
homem a proceder corretamente e construtivamente dentro do seu grupo social. 
Uma boa educação moral é base sólida para que o homem seja bem 
sucedido, se desenvolva bem fisicamente e evite vícios que destroem a sua saúde e 
o conduzem à ruína física, mental e social. 
A Lógica estuda as leis do pensamento em direção à verdade. A sua 
necessidade na obra educativa se refere ao mecanismo das demonstrações, das 
definições e do ensino, respeitando os critérios da verdade. 
A Metafísica estuda os problemas mais transcendentes da vida, como: 
 
 O Conhecimento (a consciência de si mesmo), 
 
 A Justiça (julgar segundo a consciência e o direito), 
 
 A Religião (processo de ligação ao Ser Criador). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 PEDAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES 
 
 
Segundo Senge (2006, p.11), durante o século XX, as empresas de maior 
sucesso eram aquelas que possuíam "progressivas capacidades de marketing de 
massa, de controle gerencial e de sofisticação financeira". 
Esse pensamento remete a entender e a acreditar que o mais importante 
dentro das empresas não era as pessoas, mas o produto de seu trabalho. Podemos 
até dizer que as pessoas eram tidas como "recursos" a ser utilizados assim, como o 
são os recursos materiais. Este mesmo autor chama a atenção para a atualidade em 
que o mais importante nas empresas do século XXI não é o produto que se vende e, 
sim, o capital humano que se tem, ou seja, com o desenvolvimento de suas 
potencialidades, poderão criar, desenvolver e vender melhor um produto. Assim, ele 
afirma que "as habilidades mínimas serão substituídas por habilidades pessoais e 
interpessoais tão sofisticadas quanto as atividades de marketing, produção e 
finanças da presente era" (SENGE, 2006, p.11). 
Se pensarmos na empresa, enquanto uma associaçãode pessoas, 
explorando uma atividade produtiva, que é liderada por pessoas em que o objeto de 
trabalho também são as pessoas, pedagogia e empresa podem unir-se, pois 
possuem um sujeito em comum: pessoas. Nesse sentido, fica mais fácil 
compreendemos em como o pedagogo poderá atuar na empresa. 
Aqui vale registrar a ocupação básica da pedagogia empresarial proposta 
por Ribeiro (2008), ou seja: 
A Pedagogia Empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as 
competências, as habilidades e as atitudes consideradas como indispensáveis/ 
necessários à melhoria da produtividade. Para tal, implanta programa de 
qualificação/ requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento, estrutura 
o setor de treinamento, desenvolve programas de levantamentos de necessidades 
de treinamento, desenvolve e adequa metodologias de informação e da 
comunicação às práticas de treinamento. 
Assim, segundo Costa (2009), o Pedagogo Empresarial, junto com a 
experiência de outros profissionais, deve ter domínio de conhecimentos, técnicas e 
 
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práticas como instrumentos relevantes para sua atuação na gestão de pessoas. Sua 
atuação na empresa está relacionada aos seguintes afazeres: 
 coordenar equipe multidisciplinar no desenvolvimento de projetos; 
 
 evidenciar formas educacionais para aprendizagem organizacional 
significativa e sustentável; 
 gerar mudanças culturais no ambiente de trabalho; 
 
 definir políticas voltadas ao desenvolvimento humano permanente; 
 
 prestar consultoria interna relacionada ao treinamento e desenvolvimento das 
pessoas nas organizações; 
 acompanhar o desenvolvimento e desempenho do funcionário; 
 
 direcionar o caminho que este deverá seguir dentro da empresa, auxiliando-o 
na descoberta de seu verdadeiro potencial; 
 ser agente provocador de mudança de mentalidade e de cultura, de acordo 
com as necessidades da empresa; 
 desenvolver boa comunicação dentro da empresa; 
 
 direcionar as aprendizagens. 
 
 
 
Para Ribeiro (2003, p. 10) o Pedagogo Empresarial precisa de uma 
formação filosófica, humanística e técnica sólida a fim de desenvolver a capacidade 
de atuação junto aos recursos humanos da empresa. Via de regra sua formação 
inclui disciplinas como: Didática Aplicada ao Treinamento, Jogos e Simulações 
Empresariais, Administração do conhecimento, Ética nas Organizações, 
Comportamento Humano nas organizações, Cultura e Mudança nas Organizações, 
Educação e Dinâmica de Grupos, Relações Interpessoais nas Organizações, 
Desenvolvimento organizacional e Avaliação do Desempenho. 
Com base nessa formação, e na realização de suas atividades profissionais, 
o pedagogo empresarial deve desenvolver habilidades, tais como: ser observador 
dos desequilíbrios que ocorrem na empresa, ser criativo, desprendido, com preparo 
técnico, ousado, cultivar o espírito inovador, preocupado com os resultados, saber 
trabalhar em equipe, direcionar grupos, saber conduzir reuniões com eficácia, saber 
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enfrentar, analisar e atuar nas mais variadas situações do cotidiano da empresa, ser 
possuidor de um pensamento estratégico, ter bom relacionamento interpessoal. 
Reforçamos as atribuições do pedagogo empresarial, mas a intenção deste 
capítulo é discorrer sobre os espaços não escolares onde ele pode atuar, além da 
educação formal, que chamamos de educação não formal e educação informal. 
Segundo Libâneo (2000), por Educação Informal, entende-se que o ser 
humano educa-se pelo simples fato de viver e conviver com outras pessoas, 
desenvolvendo-se e transformando-se por efeitos de sua interação com o meio no 
qual está interagindo. Porém, trata-se, nesse caso, de um processo espontâneo, não 
intencional e não formal, no qual se observa a aprendizagem de experiências nem 
sempre conscientes, que preexistem e que provavelmente formarão os suportes 
físicos, emocionais e sociais do indivíduo. 
São estas situações do dia-a-dia das pessoas que afetam e influenciam a 
Educação de modo inevitável, formando hábitos, atitudes de pensar e agir do 
homem e, consequentemente, formando a sociedade em que se vive. 
A Educação Formal é aquela que ocorre nas instituições escolares, é mais 
sistemática, segue padrões preestabelecidos por sua equipe, é estruturada, 
intencional, com propostas políticas educacionais fechadas, em que se observa um 
programa curricular a ser cumprido, as quais se desenrolam por meio de uma 
dinâmica em sala de aula. O processo é precedido de um planejamento em que se 
definem os métodos e as técnicas a serem empregados, quais os resultados a 
serem alcançados e como serão avaliados e validados. 
Já a Educação Não Formal constitui-se em propostas educacionais mais 
abertas que se desenvolvem de forma mais flexível, com emprego de procedimentos 
metodológicos diversificados, não seguindo uma sequência convencionada 
necessariamente. Por exemplo, a mídia dissemina saberes e modos de agir nos 
campos político, social, econômico e moral por meio de mensagens educativas (ou 
não) para combate à violência, às drogas, ao armamento, à saúde, à preservação 
ambiental etc. As empresas propõem programas de formação profissional em 
serviço - as Universidades Corporativas -, orientam as atividades profissionais, 
promovem cursos de aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus funcionários, em 
que fica claramente identificada a atuação da Pedagogia etc. 
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Todas essas modalidades de Educação fazem constatar que a ação 
pedagógica perpassa toda a sociedade, extrapolando os âmbitos escolares formais, 
mostrando que o campo científico da Pedagogia é muito mais amplo do que se 
pensa. 
 
 
3.1 O terceiro setor 
 
No mundo da pesquisa acadêmica e no dos negócios, a responsabilidade 
social tem merecido grande atenção. Muitos e constantes trabalhos, frutos de 
estudos, foram e estão sendo desenvolvidos no sentido de discutir o quanto é 
primordial para a sobrevivência e o desenvolvimento das organizações, das 
comunidades e da sociedade como um todo. 
O envolvimento com a questão da responsabilidade e como isto pode 
ocorrer, considerando que os envolvidos recebam benefícios sem que os demais 
sejam prejudicados, é uma questão em evidência. As empresas querem apurar se é 
realmente vantajoso focar-se no social. Há resultados controversos a esse respeito. 
As mudanças acompanham o dia-a-dia das organizações e das instituições 
em vigor. As questões de responsabilidade e ética acompanham o pensamento e a 
conduta das pessoas nas organizações. Entretanto, o consenso, ao procurar 
compartilhar a percepção dos outros, não é evidente. Toda organização tem 
relacionamento com o ambiente externo e a participação ativa dos envolvidos na sua 
gestão ou nos seus rumos é compartilhada por visões que chegam a ser distintas. 
Houve uma época, não tão remota, em que as organizações, ao produzir um 
bem ou um serviço, tinham certeza de que ele seria comercializado, garantindo 
assim a movimentação da produção e do capital, garantindo o retorno aos 
investidores e alguma satisfação aos demais envolvidos, com o atendimento de suas 
necessidades (MANÃS, 2007). 
Alterações no pensamento e na forma de ação, com um forte componente 
de facilitação com as novas tecnologias, geraram transformações. Os stockholders 
são os sócios e acionistas dententores dos direitos sobre os lucros do 
empreendimento. 
 
 
 
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Os stakeholders são os colaboradores, fornecedores, clientes, 
consumidores, comunidades, governos, dentre outros agentes que possam estar 
diretamente ou indiretamente influenciando ou sendo influenciados pela empresa e, 
portanto, têm a atribuição ética de respeitar os direitos uns dos outros. 
Ambos têm visões que convergem para o sentimento de que as empresas 
na sociedade têm uma função social a cumprir, e exatamente por este motivo 
possuem atribuições éticas, apesar da discordância fundamental sobre a natureza, 
não só dessas responsabilidades, mas também sobre quem se beneficiará com elas. 
É aqui que se inserem as discussões sobre a empresa socialmente 
responsável. 
Normalmente, as visões são representadas por dois envolvidos importantes. 
 
O agente e o principal. O agente que representa a organização pode ser 
entendido como gestor dela. Ele é o responsável pelas ações, monitorados, ele e as 
ações, pelos principais, isto é, por quem detém o controle da empresa. O principal é 
o acionista, não importa se majoritário ou minoritário. Os agentes são os que estão, 
ou deveriam estar, concentrados nas estratégias e ações voltadas para os objetivos 
do negócio. Como esse mundo empresarial ampliou a sua visão e as suas 
iniciativas, ele tem outros objetivos a alcançar, que podem ser os sociais, desde que 
não intercedam nos principais interesses dos negócios. 
A sociedade, enquanto o mundo dos negócios discutia a natureza e quem se 
beneficiaria com as atribuições dos envolvidos, percebeu que se encontrava à 
deriva, isto é, não era atendida ou não estava satisfeita em relação a alguns 
serviços/necessidades. 
Percebeu também a sociedade que o governo passou a não dar respostas à 
altura, inclusive fazendo exigências, como o aumento de impostos, taxas e tributos, 
para poder exercer a sua obrigação. As organizações com fins lucrativos, buscando 
a sobrevivência e/ou crescimento, não agiam (todas) da mesma forma, então tomou 
a iniciativa de buscar recursos e agir para sanar essas deficiências. 
Na prática surgiram mais stakeholders. É o terceiro setor. E a gestão? Como 
procederá? 
 
 
 
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Há, atualmente, muitas organizações que não podem ser classificadas como 
pertencentes ao Estado (primeiro setor), nem ao mercado (segundo setor). 
Considerando esse fato, nota-se que para suprir as deficiências e as necessidades 
das novas realidades que estão surgindo a todo instante na nossa sociedade não há 
como atender à população em suas carências e para isto novas formas estruturais 
foram sendo criadas como soluções. 
O Estado e as organizações e instituições que o formam e apoiam não são 
capazes de dar atendimento a essas demandas. O Estado moderno parte do 
princípio que não lhe cabe mais executar determinadas atividades. Não deve 
intrometer-se onde não tem competência assegurada. 
O desvio de suas atenções para coisas que não é capaz de fazer bem feito 
tem gerado não só descontinuidades, mas, sobretudo, maiores diferenciações e 
distanciamentos entre as diversas camadas da população mundial. 
Essa nova realidade faz parte de um setor que não visa ao lucro, depende, 
fundamentalmente, da doação das pessoas, mas também do governo e da iniciativa 
privada para desenvolver suas atividades. 
Com os avanços científicos e tecnológicos e o estágio de complexidade em 
que a humanidade se encontra, a única solução é a montagem de redes sociais que 
objetivem buscar e atender a interações positivas, inclusive com os outros dois 
setores. 
Assim como ficou identificado o primeiro setor, o segundo setor merece ser 
retratado. Por segundo setor entende-se o mercado. Tudo aquilo que, na sociedade, 
não é governo e não está na clandestinidade foi por muito tempo chamado de 
segundo setor. As indústrias, o comércio, a agricultura e a pecuária e todos os tipos 
de serviços, desde que atuando para o mercado no sentido de produzir, atender e 
crescer ou no mínimo sobreviver graças a troca e negociação, são as organizações 
que se enquadram nesse setor. 
Assim como o governo e suas organizações perceberam que não 
atenderiam a contento a necessidades e redefiniram suas identidades, aproximando- 
as das suas competências, deixando para outros aquilo de que não eram capazes, a 
iniciativa privada percebeu que poderia ganhar, aproximando-se da população, 
atendendo a questões sociais, culturais e outras. A imagem muda e os resultados 
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tendem a ser melhores. A motivação não só dos consumidores se modifica. Os 
colaboradores internos e os parceiros externos passam a ser fundamentais e surge 
a responsabilidade social, que quando não expressa o mínimo necessário é cobrada 
ou demonstrada com qualidade e produtividade menor. 
As empresas passam a investir em suas imagens e no seu potencial 
crescimento atendendo a necessidades e carências de um público que estabelece 
patamares que muitas vezes são vistos pelas comunidades como obrigações, que 
antes pertenciam ao governo e suas entidades associadas. O desvio ocorre. O 
negócio dessas empresas é atender ao mercado com uma lucratividade que deve vir 
para contemplar o retorno dos investidores (acionistas, sócios etc.). Quando uma 
empresa não atinge o resultado esperado, modifica seus planos. Revê seus 
investimentos e direciona para a compensação esforços diferenciados. Isto é, se não 
tem lucro, não pode estar preocupada com outras coisas. 
O impasse é violento. Como ter lucro num mundo mal atendido? Como 
receber votos e impostos se as carências de serviços públicos aumentam? A 
solução é da própria sociedade, que na prática compreende inclusive pessoas e 
organizações dos outros dois setores. O que ocorre, segundo Manãs (2007), é que, 
atualmente, ser governo é estar fadado ao obsoleto e ser organização privada é ser 
palco de desconfiança. Surge o terceiro setor. 
A proposta para a formação de organizações no terceiro setor é que elas 
carreguem em suas entranhas a competência, o voluntarismo e a virtude pura. 
Salamon (1997) sugere, ainda, que os desafios a serem vencidos pelo terceiro setor 
não estão ligados à criação de estruturas sociais inteiramente novas, mas à 
aplicação de novas formas de associação às estruturas tradicionais da comunidade, 
passando dos esquemas cliente listas e paternalistas de interação vigentes para 
outros que possam realmente levar a ter poder e capacidade. 
O terceiro setor, na prática, entende-se por um conjunto de valores que 
privilegia a iniciativa individual, a autoexpressão, a solidariedade e a ajuda mútua 
(MANÃS, 2007). 
As organizações para lidar com ações de responsabilidade social precisam 
atuar em três frentes possíveis e muitas vezes convivendo paralelamente com duas 
ou até as três opções. Mesmo que tenham que conviver, elas adotam, em seus 
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projetos sociais, seguindo determinada estratégia, um tipo de estrutura que serve de 
base para a operacionalização de projetos, cujos objetivos correspondem a 
determinados resultados esperados pela efetiva produção de ações sociais. 
Basicamente existem três tipos de estruturas que se relacionam com a 
responsabilidade social, envolvendo o terceiro setor e, ao mesmo tempo, agindo 
socialmente, coadunando com as estratégias empresariais. 
a) Operacionalização direta de projetos sociais. 
 
A empresa age e/ou investeparalelamente em ações para atingir objetivos 
do negócio e sociais. Faz isto quando ou há alta especificidade do tipo e do local das 
ações a desenvolver ou quando está amplamente relacionada com a sua atividade; 
nesse caso é normal que as ações estejam relacionadas aos próprios colaboradores 
e/ou familiares. Há casos ainda em que a empresa deseja explorar a especificidade 
da marca e trabalha no sentido de associação do negócio com a responsabilidade 
social. 
b) Operacionalização de projetos sociais por meio de outra organização. 
 
A empresa cria uma estrutura própria especializada e mantém controle 
hierárquico sobre ela. É o caso das Fundações, por exemplo. São criadas para lidar 
com as ações de responsabilidade social dirigidas à comunidade e fica claro que 
estão sob controle da mantenedora. 
c) Operacionalização de projetos sociais por meio de parcerias com outras 
organizações. 
A empresa, neste caso, não opera diretamente as ações sociais e também 
não mantém controle da organização externa envolvida. A ação da empresa acaba 
ocorrendo via doações, contratos de parceria, empréstimo de estrutura ou outras 
formas indiretas de atuação. O grau de envolvimento e compromisso costuma ser 
menor neste caso do que nas opções anteriores. 
É necessário considerar, quando da escolha da forma de operacionalização 
dos processos de ação social, que esta iniciativa seja capaz de atingir dois requisitos 
básicos, conforme a Teoria da Agência ensina, ou seja: 
a) que os custos de agência, isto é, que os conflitos na relação entre os 
envolvidos (agente e principal) sejam minimizados; 
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b) que ocorra a efetividade das ações sociais. 
 
 
3.2 Atuação na responsabilidade social das organizações 
 
 
Segundo Manãs (2007) responsabilidade social da empresa é de forma 
bastante sintética: 
a) uma forma de conduzir os seus negócios; 
 
b) a responsabilidade pelo desenvolvimento social integral; 
 
c) compreensão dos interesses das diferentes partes envolvidas; 
 
d) a incorporação de tudo no planejamento das ações no decorrer de sua 
vida; 
 
e) respeitar os direitos de todos; 
 
f) objetivar a excelência e a sustentabilidade dos negócios. 
 
Preocupar-se, e estar atento, com as questões ambientais, em contextos 
nacionais com baixa ou alta regulação, com as diversidades cultural, racial e de 
gênero, com a saúde e o bem-estar de sua força de trabalho e com as comunidades 
com as quais mantêm relações, passou a ser um elemento adicional, para alguns, e 
prioritário, para outros, na compreensão do contexto competitivo no qual a 
organização está inserida, trazendo, sem dúvida nenhuma, impactos importantes 
para a estratégia empresarial de diferentes organizações em diferentes setores do 
mercado. 
Estamos falando em terceiro setor e responsabilidade social, porque o 
pedagogo empresarial também vai encontrar nesse setor, uma seara para trabalhar 
e como as áreas de Recursos Humanos, de Marketing, assim como todas as áreas 
de uma organização, estes profissionais precisam entender a ideia da 
Responsabilidade Social Empresarial. 
A compreensão e o olhar dos fundadores e principais dirigentes das 
organizações acabam por determinar a forma, a importância e a abrangência deste 
tema dentro do ambiente organizacional e isto transforma as estruturas 
organizacionais para que então se adotem cursos de ação, com novo pensamento e, 
 
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portanto, com novas pessoas e conhecimento, que se posicionam considerando 
aspectos éticos antes nem aventados no dia-a-dia no mundo empresarial. 
A preocupação de orientar tomadores de decisão e gestores em geral, 
quanto aos caminhos que as empresas devem adotar, fizeram com que Steiner e 
Steiner (2000 apud Manãs, 2007) sintetizassem e denominassem os Princípios 
Gerais da Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Tais princípios visam admitir 
que as empresas têm um dever fiduciário em relação aos acionistas, devem 
concordar com o conjunto de regulações que protegem todos os outros stakeholders 
e que os gestores devem tentar ir ao encontro de suas necessidades legítimas. 
Ainda, que as empresas devam corrigir impactos sociais adversos que elas próprias 
causam e que a RSE, de determinada organização, varia de acordo com sua 
característica. Em outras palavras, estes princípios denotam que as ações 
empresariais são empreendidas em resposta às forças de mercado. Forças estas 
que sempre dominaram a atividade econômica e que permitem imaginar que a RSE 
faz parte do contexto estratégico de urna organização que também se estrutura para 
atuar de acordo com esse pensamento. 
Por último, o que se quer dizer quando falamos em RSE? É numerosa a 
quantidade de definições que procuram materializar estas ideias. 
Este conceito vem sofrendo transformações e, um dos elementos indutores 
destas transformações é o estágio de desenvolvimento, ou maturidade, em relação à 
sua compreensão. Assim, pode-se afirmar que a melhor definição deveria dar conta 
de demonstrar estágios mais elevados de entendimento sobre as relações da gestão 
empresarial com um universo maior de interesses do que apenas dos acionistas, 
deveria igualmente demonstrar a RSE corno fruto do pensamento estratégico e 
colocá-Ia numa dimensão que seja capaz de orientar a gestão das empresas e 
tomar sustentáveis os elementos que a formulação estratégica definiu. Ela é um 
modelo de gestão. 
É isso que pode ser observado quando vem a baila o conceito preconizado 
pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que é urna 
organização sem fins lucrativos, sediada na cidade de São Paulo, que congrega 
empresas no esforço de mobilizar a comunidade empresarial em volta do tema 
Responsabilidade Social na Empresa: 
 
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A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de 
ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de 
serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e 
consegue incorporá-las no planejamento de suas atividades, buscando atender às 
demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários. 
Desta forma, é cabível à percepção humana enxergar um modelo de gestão 
que orienta seu processo de tomada de decisão e definição de suas práticas, não 
exclusivamente pela via econômico-financeira, mas por urna combinação destes 
elementos com o gerenciamento das suas relações sociais, reconhecendo os 
interesses e os direitos dos diferentes grupos sociais com os quais a empresa se 
relaciona, como mostra a figura abaixo: 
 
 
 
Fonte: Manãs (2007). 
 
Então, tomadas como verdadeiras estas possibilidades, isso implica em 
mudança sistêmica das ações organizacionais, sejam elas no campo da cultura 
organizacional, educação e fundamentalmente na liderança, tanto individual como 
coletivamente, bem como nos processos decisórios. 
Assim, nasce um modelo de gestão empresarial orientado para a 
compreensão e o atendimento das necessidades de seus stakeholders, que alinha o 
conjunto de iniciativas organizacionais, empresta sentido maior aos negócios e dá 
sustentação aos objetivos estratégicos. 
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4 ASSESSORIA EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL 
 
 
A demanda do assessoramento em pedagogia empresarial tem duas 
explicações:A primeira se refere ao por que. Porque no ambiente laboral, encontramos 
profissionais com defasagens e porque as mudanças precisam de estruturação e de 
apoio. 
Profissionais com defasagens, segundo Lopes (2009) são encontrados em 
todas as escalas hierárquicas e não apenas no operacional, no chão de fábrica 
onde, às vezes, o nível de escolaridade é menor. 
Em todas as áreas do desenvolvimento humano, seja no social, motor, 
afetivo, lógico, espacial ou cognitivo há defasagem e precisamos nos preocupar com 
elas porque quando ocorrem quer dizer que falta algo nessa base, em uma ou 
demais áreas (citadas no capítulo dois) ou em algum nível da formação acadêmica 
necessárias a um bom desempenho da função, e esta base é pré-requisito para não 
só acompanhar, mas também fazer parte das mudanças, agregar valores a elas e 
ampliar o próprio conhecimento e, porque não, adquirir novos? 
Outro motivo de preocupação para com as defasagens é evitar que gerem 
frustrações sucessivas e desmotivação por serem estas as principais 
consequências, independentemente da idade do indivíduo. 
Quanto às mudanças, estas afligem muito a quem não tem flexibilidade 
porque a capacidade de adaptação tem graduações e, com qualidade, promovem-se 
ganhos estruturais e pontuais na vida - pessoal e profissional - dos indivíduos. A 
presença de plasticidade em situações de adaptação agregada à capacidade de 
generalização de aprendizagens é garantia de bom desempenho, de satisfação, de 
manutenção da motivação e, por consequência, de melhor produtividade (LOPES, 
2009). 
E, segundo, para que utilizarmos a Pedagogia em contextos profissionais - 
formais ou informais? Para alavancarmos potencialidades latentes ou mal utilizadas, 
a fim de que tenhamos indivíduos, colaboradores laborais mais envolvidos, mais 
 
 
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autoconfiantes, produtivos e mais conscientes de seu valor e de sua importância na 
engrenagem. 
Segundo Lopes, utilizamos também a Pedagogia para organizarmos, de 
forma útil e dinâmica, o conhecimento construído dentro das empresas. 
Conhecimento este que, se valorizado, lapidado e sempre renovado, dará suporte 
para novos investimentos, novas formatações de atuações, novas frentes de 
aprendizagens. 
É importante saber que, quando se decide utilizar a Pedagogia Empresarial, 
é necessário estar ciente da mudança das pessoas, seja para melhor ou para pior. 
Pior no caso do desinteresse, da frustração do indivíduo, por se ver diante de suas 
defasagens, insuficiências; da quebra do reinado para aqueles que sempre 
esconderam suas fraquezas. A Pedagogia Empresarial é também fundamental para 
resgatar o que foi sufocado na escola e para construir o que faltou. 
Vamos então aos objetivos de apresentar essa vertente do assessoramento 
do Pedagogo Empresarial. 
Primeiro Objetivo 
 
Para quase tudo na vida, precisamos organizar ou escolher um referencial 
prático-teórico para dar coerência às nossas ações e argumentações, mesmo que 
seja uma atividade individual. 
Em se tratando de atividades socializadas - com um ou mais indivíduos - faz- 
se necessário um maior rigor, e isto é possível tendo um referencial e conhecendo 
suas implicações em todas as etapas do processo de produção e aplicação de 
conhecimentos. Focando na atividade socializada (educação de todas as idades e 
contextos para formação de indivíduos), o referencial escolhido e elaborado 
conduzirá/orientará desde a atividade preparatória até a conclusiva. 
Analisando os diversos paradigmas das teorias das organizações, 
Tradicional, Comportamentalista, Humanista, Cognitivista e Sociocultural, o 
Cognitivista é um bom fio condutor. 
Quando se tem um modelo como norte, tudo fica mais claro e no âmbito 
dessa atuação específica, as principais responsabilidades do pedagogo empresarial 
serão desenvolvidas com segurança e qualidade, iniciando por conhecer e 
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reconhecer as estratégias de aprendizagem e contextualizá-las no momento do 
desenvolvimento do indivíduo e, posteriormente, a escolha e a aplicação de 
metodologias adequadas ao contexto físico e humano. 
As avaliações processuais devem se tornar um hábito porque assim não se 
deixa acumular possíveis erros ou dificuldades, mudando a estratégia ainda durante 
o processo. Isto evita desperdício de dinheiro, de tempo, de envolvimento emocional 
e de disponibilidade pessoal. 
Os acompanhamentos individualizados e/ ou individuais também fazem 
parte da avaliação processual que é uma das melhores formas de respeito humano 
e promotora do crescimento da autoestima e da produtividade com qualidade. O 
gráfico de evolução é do indivíduo comparado com ele próprio, e não somente com 
o grupo. Este é o acompanhamento mais justo e mais real (LOPES, 2009). 
É de responsabilidade do pedagogo empresarial promover a reconstrução 
de conceitos básicos, como criatividade, espírito de equipe e autonomia emocional e 
cognitiva. O pedagogo empresarial e os funcionários de qualquer empresa que 
exerçam função de gestão/coordenação de pessoas precisam ter sempre em mente 
o efeito nocivo do acúmulo de dificuldades. É um processo negativo que mais cedo 
ou mais tarde irá comprometer o desempenho do(s) funcionário(s) e, 
consequentemente, o da empresa, além do custo financeiro, temporal e emocional 
para reverter o processo. 
Essa preocupação procede porque dificuldade leva a defasagem e esta leva 
a mais dificuldades. 
Neste contexto, a primeira responsabilidade do pedagogo empresarial que é 
conhecer e saber reconhecer as estratégias de aprendizagem se faz muito 
necessária porque os adultos não manifestam dúvidas por sentirem que isto ameaça 
seus empregos, suas promoções e, também, sua imagem. 
A manifestação ou não de dúvidas está também ligada à capacidade de 
verbalização, à organização do pensamento e ao entendimento de uma parte ou do 
todo. 
 
 
 
 
 
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 Capacidade de verbalização: muitas pessoas não conseguem expressar o 
que pensam, não conseguem apresentar de maneira sucinta algo que não 
entenderam. Às vezes, precisam mostrar para que a outra pessoa verbalize. 
 Organização do pensamento: pessoas que não conseguem agregar o que 
ouviram ou assistiram à sua prática, à sua vivência. É como se um curso 
fosse algo totalmente abstrato e sua prática somente concreta. É muito 
comum encontrarmos pessoas assim, e elas geralmente verbalizam esta 
característica, afirmando categoricamente que não sabem fazer o que foi 
apenas verbalizado por outra pessoa, mas fazem exatamente o que foi 
solicitado, porém não conseguem "relatar", documentar pela escrita ou pela 
fala o que fazem. 
 Entendimento de uma parte ou do todo: acho assustador quando termino 
alguma exposição (principalmente sobre fundamentação teórica) e pergunto 
se há alguma pergunta, alguma dúvida e ninguém fala nada ou, pior ainda, 
afirmam categoricamente que não há nenhuma dúvida. Não que se tenha de 
ser sempre assim, mas dúvidas só surgem quando começamos a entender 
algo, dúvidas estão ligadas a conflitos cognitivos e estes só surgem se 
estivermos em processo de mobilidade mental (LOPES, 2009). 
É ilusão pensar que 100% dos adultos, em uma situação de aprendizagem, 
vão verbalizar dúvidas e dificuldades, portanto, para promover uma educação em 
serviço com qualidade e prazerosa, o pedagogo empresarial tem de estudar/ 
conhecer o produto e/ou o serviço e agregá-lo ao paradigma, para realmentepromover o desenvolvimento pessoal e, consequentemente, o empresarial, ou seja, 
você conhece bem o produto, o serviço, toda sua cadeia de produção, de 
divulgação. Isto tudo associado a uma conduta consistente que é proporcionada 
pela escolha e pelo conhecimento do paradigma leva ao desenvolvimento pessoal, 
individual, o que leva ao desenvolvimento empresarial porque toda empresa é feita 
de pessoas. 
Esta conduta vai moldar a forma da situação didática, ou seja, em sala de 
aula, o conteúdo é escolhido, é "dado" (na maioria das escolas) anteriormente a uma 
necessidade. Na empresa, os conteúdos são elencados de acordo com as 
demandas profissionais de aperfeiçoamento, atualização ou mesmo de conteúdos 
 
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novos - ampliação, isto é, no contexto empresarial, os indivíduos podem saber o que 
querem. Vão "estudar", aprender ou reaprender o que lhes interessa e, por isto, irá 
existir uma diferença gritante na motivação. 
Outro assunto que o pedagogo empresarial deve estudar e conhecer bem é 
a cultura organizacional da empresa em que trabalha ou de cada uma no caso de 
assessoria, porque isso é fundamental para entender as relações internas verticais e 
horizontais, as condutas pessoais isentas e a título do cargo. O produto e o serviço 
também definem a conduta da educação continuada porque senão esta ficará 
descontextualizada. 
O Pedagogo Empresarial deverá desenhar funções, elucidar para cada um e 
verificar se todos estão conscientes, se entenderam suas funções, porque só assim 
saberão agregar valor às mesmas e procurarem o autodesenvolvimento. A cultura 
organizacional conduz o dia-a-dia, as formas de expressão, e até de criticar, 
reivindicar, avaliar. 
 
 
Segundo Objetivo 
 
A busca de novas parcerias nos leva a um novo formato nas relações 
empresariais. 
Neste formato os profissionais da área estratégica, os profissionais da área 
de recursos humanos e o pedagogo empresarial estão alinhados com o foco no 
desenvolvimento da empresa e, como esta é feita pelas pessoas, os funcionários 
recebem uma atenção direta e compartilhada por parte das três principais áreas de 
gestão. 
A demanda por cursos, por participação em eventos específicos de 
construção de conhecimentos e por promoção de situações de aprendizagens 
individualizadas ou socializadas pode vir de qualquer um dos três setores 
(Administrador, Gerente de RH, Pedagogo Empresarial), porém a efetivação será 
realizada em parceria, e o acompanhamento inicial, processual e final, como 
organização de grupos, "metodologias", elaboração de relatórios, aplicação dos 
conhecimentos, será a cargo do pedagogo empresarial. 
 
 
 
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Uma das principais características deste desenho é a reunião de forças e 
especificidades para potencializar a capacidade dos funcionários e a competitividade 
da empresa. 
Para desenvolver um bom trabalho em Pedagogia Empresarial, é preciso 
conhecer: 
1- O que o gerente/patrão espera de cada funcionário 
 
O gerente/patrão deve estruturar para si o que espera de cada funcionário, o 
que quer que cada funcionário faça e como faça e, em determinadas situações, 
quando fazer. Este perfil das atividades deve ser traçado com antecedência para 
que se possam fazer solicitações e avaliações justas. 
2 - Quais são as atividades de cada função/funcionário 
 
Apresentar com clareza para cada funcionário o perfil de sua função, as 
atividades inerentes a mesma. Por escrito, em determinados casos, é o mais 
indicado. 
3 - Sondagem do funcionário: ele sabe, entende sua função 
 
Conversar com o funcionário e solicitar o feedback do que lhe foi 
apresentado para verificar se o mesmo entendeu corretamente o que terá de fazer, 
como e em qual tempo. Isto é fundamental para um ajuste entre gerente, patrão e 
funcionário. Este comportamento favorece a ambos e faz com que o funcionário 
apresente boas ideias e/ ou soluções para algumas questões de seu trabalho. 
Estas também são formas de parcerias para uma boa implantação e uma 
real implementação de um processo de educação continuada. Lembre-se que os 
temas devem ser atendidos por demanda e cabe ao Pedagogo ter sensibilidade e 
perspicácia para perceber essas demandas. 
 
 
Terceiro Objetivo 
 
Os espaços de atuação para o pedagogo empresarial são todos aqueles 
onde haja pessoas exercendo funções variadas e que podem melhorar cada vez 
mais como indivíduos inseridos em um processo mais humanizado. 
 
 
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É qualquer lugar onde se pretende ter um retorno financeiro e, para isto se 
tornar possível, é necessário estar sempre focado em autodesenvolvimento, em 
desenvolvimento contínuo da equipe, em formas diferenciadas de aprendizagem, em 
melhoria do serviço prestado e/ ou da qualidade do produto. 
Alguns exemplos onde pode atuar o Pedagogo Empresarial: 
 
 Academias 
 
 Associações comunitárias 
 
 Clínicas de qualquer especialidade e porte 
 
 Cooperativas de qualquer segmento 
 
 Escolas formais e de outras modalidades 
 
 Floriculturas 
 
 Hospitais (diferença entre a Pedagogia hospitalar1) 
 
 Lanchonetes 
 
 Lavanderias 
 
 Lojas de qualquer produto e porte 
 
 Mercados de qualquer porte 
 
 Quiosques 
 
 Padarias 
 
 Restaurantes 
 
 Salões de beleza 
 
 Supermercados 
 
 Taxistas 
 
 Telemarketing 
 
 
 
 
1 
O pedagogo hospitalar acompanha crianças e adolescentes submetidos a longos períodos de 
internação para que estes não tenham atrasos (ou atrasos muito grandes) em sua escolaridade. 
Dentro de um hospital, que é uma empresa, o pedagogo hospitalar está entre os funcionários, então o 
pedagogo empresarial tem de inseri-los normalmente. 
 
 
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 Trabalhadores autônomos 
 
Enfim, na assessoria, o tato e o profissionalismo do pedagogo devem falar 
alto, principalmente quando se deseja implementar mudanças que irão causar atritos 
no ambiente de trabalho. 
Para tanto sugere-se que o pedagogo procure avaliar prévia e 
individualmente cada colaborador, organizando seu diagnóstico e providenciando, 
junto com o interessado um trabalho de desenvolvimento continuado para que suas 
dificuldades e/ou defasagens sejam sanadas, proporcionando, assim, condições 
para que este funcionário acompanhe e usufrua futuros cursos e eventos 
correlacionados. 
O pedagogo empresarial não pode deixar de acompanhar nenhuma etapa 
deste processo e não pode deixar de interferir com atualidade sempre que 
necessário. 
A neutralidade é outra virtude indispensável para quem quer trabalhar com 
assessoria em qualquer área porque é lógico que simpatias e antipatias aparecem 
durante o processo, mas o importante é exercitar a empatia, pois é ela que garantirá 
o profissionalismo, e este favorecerá uma atitude empática. Ética, discrição e 
autovigilância são outras atitudes saudáveis e necessárias. 
A autovigilância é fundamental principalmente nas horas de trabalho não 
presenciais, pois todo trabalho de assessoria demanda para que não se corra o risco 
de comprometer o próprio nome (profissional) por uma ausência de qualidade do 
trabalho apresentado e executado. 
Outro motivo importante do exercício da autovigilância é para evitar misturar 
experiências entre as empresas acompanhadas pelo assessor, pois não é justo 
transferirserviços pagos para uma exclusividade. Acima de tudo é uma atitude ética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS 
 
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: Ética do humano - compaixão pela Terra. 6 ed. 
Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1999. 
 
BRANDÃO, Carlos R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1981. 
 
CADINHA, Márcia Alvim. Conceituando pedagogia e contextualizando pedagogia 
empresarial. In: LOPES, Izolda (org.) Pedagogia Empresarial: formas e contextos 
de atuação. 3 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2009. 
 
CHALITA, Gabriel. Educação - A solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 
200l. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. História da Administração: entendendo a administração 
e sua poderosa influência no mundo moderno. São Paulo: Saraiva, 2009. 
 
DUTRA, Joela Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de 
pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
HAID, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Série Educação, 
Editora Ática, 2004. 
 
HOLTZ, Maria Luiza Marins. Lições de Pedagogia Empresarial. Sorocaba (SP): 
MH Assessoria Empresarial Ltda, 2006. 
 
LIBÂNEO, José C. Pedagogia e Pedagogos, para quê? SP: Cortez, 2000. 
 
LOPES, Izolda (org.) Pedagogia Empresarial: formas e contextos de atuação. 3 ed. 
Rio de Janeiro: Wak, 2009. 
 
LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991. 
 
MANÃS, Antonio Vico. Gestão do terceiro setor e da responsabilidade social. In: 
OLIVEIRA, Otávio J. (org.) Gestão empresarial: sistemas e ferramentas. São Paulo: 
Atlas, 2007. 
 
MATOS, Francisco G. Empresa com alma - espiritualidade nas organizações. SP: 
Makron Books, 2001. 
 
OLIVEIRA, Otávio J. (org.) Gestão empresarial: sistemas e ferramentas. São Paulo: 
Atlas, 2007. 
 
RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do 
pedagogo na empresa. 5 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008. 
 
SALOMON, I. Estratégias para o fortalecimento do terceiro setor. Rio de Janeiro: 
GIFE: Paz e Terra, 1997. 
 
SENGE, Peter. A quinta disciplina: arte e prática da organização que aprende. 5 
ed. São Paulo: Best Seller, 2006. 
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AVALIAÇÃO 
 
1)Leia as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: 
 
I – A Educação não é mediadora entre teoria e prática, entre o sujeito e sua 
interação com o meio ambiente no qual está inserido. Ela simplesmente repassa 
teoria e quer que o sujeito decorre e haja de acordo com o repassado. 
II – O desenvolvimento do homem não ocorre de maneira natural, nem nasce da 
interação do homem com o meio em que se relaciona que ele. Ela só acontece nos 
bancos escolares. 
III - A sociedade organiza ações educativas com o propósito de inserir os indivíduos 
no meio culturalmente organizado e oportunizar a aquisição de conhecimentos que 
faz não só o homem crescer, mas também a sociedade em que ele está inserido. 
a)Todas as afirmativas estão erradas 
b)Todas as afirmativas estão corretas 
c)Somente está correta a afirmativa III 
d)Somente está correta a afirmativa I 
 
 
2) A Pedagogia Empresarial, enquanto ciência ligada ao desenvolvimento de uma 
aprendizagem significativa, vem contribuir para que as empresas desenvolvam 
esses seus grandes “diamantes”, ou seja, as competências exigidas do profissional 
moderno, que são: 
a)saber, satisfação e sagrado 
b)conhecimento, habilidades e atitudes 
c)conhecimentos, satisfação e remuneração 
d)n.r.a. 
 
 
3) Harmonizar o processo de mudança organizacional, mais comprometido com os 
aspectos sociais e não somente com o equipamento instrumental; Preservar valores 
éticos e morais - nenhuma organização pode sobreviver sem buscar economia, 
eficácia e racionalidade. Este é um princípio indiscutível, porém nunca deve ser 
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aplicado à custa do sacrifício de valores humanos básicos são atribuições de qual 
dos setores abaixo? 
a)recursos humanos 
b)financeiro 
c)administrativo 
d)marketing 
 
 
4)Relacione as colunas abaixo e assinale a alternativa correta: 
(1)Ciências do homem considerando a si mesmo 
(2)Ciências do homem considerado em grupo 
(3)Ciências filosóficas 
( ) Psicologia Educacional 
( )Sociologia 
( )Filosofia 
( )Antropologia 
( )Estatística 
( ) Filosofia da Educação 
a)3,2,1,2,1,3 
b)2,3,1,2,3,1 
c)1,2,3,1,2,3 
d)1,3,2,3,2,1 
 
 
5) Para desenvolver um bom trabalho em Pedagogia Empresarial, é preciso 
conhecer, exceto: 
a) O que o gerente/patrão espera de cada funcionário 
b) Quais são as atividades de cada função/funcionário 
c) Sondagem do funcionário: ele sabe, entende sua função 
d)quanto ganha cada colaborador e acionistas da organização 
 
 
 
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6) Incutir nos empresários que o departamento de RH deve ser um local onde se 
desenvolve o processo educativo, pelo qual a pessoa adquire e aperfeiçoa 
conhecimentos, habilidades e atitudes, que vão contribuir para o desenvolvimento 
individual do trabalhador e para a realização dos objetivos da empresa. Segundo 
Matos (2001) cabe ao DRH exceto: 
a) Harmonizar o processo de mudança organizacional, mais comprometido com os 
aspectos sociais e não somente com o equipamento instrumental 
b) Preservar valores éticos e morais - nenhuma organização pode sobreviver sem 
buscar economia, eficácia e racionalidade. Este é um princípio indiscutível, porém 
nunca deve ser aplicado à custa do sacrifício de valores humanos básicos 
c) Conscientizar-se de que o ser humano está no centro de tudo e, assim, as 
estruturas organizacionais e os processos administrativos devem ser estabelecidos 
para servir como instrumento que promova as realizações humanas e, sendo assim, 
devem estar a seu serviço 
d) Participação em eventos específicos de construção de conhecimentos e por 
promoção de situações de aprendizagens individualizadas ou socializadas pode vir 
de qualquer um dos três setores Administrador, Gerente de RH, Pedagogo 
Empresarial 
7) Segundo Cadinha (2009) a tarefa da Educação consiste em conduzir e em tornar 
produtivo, do ponto de vista pedagógico, esse processo de relação participativa 
interativa e, com isso, promover o : 
a)desenvolvimento do homem 
b)desenvolvimento participativo 
c)desenvolvimento intelectual 
d)n.r.a 
 
 
8) A empresa cria uma estrutura própria especializada e mantém controle 
hierárquico sobre ela. É o caso das _, por exemplo. São criadas 
para lidar com as ações de responsabilidade social dirigidas à comunidade e fica 
claro que estão sob controle da mantenedora. 
 
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a)Gestões 
 
b) Fundações 
c)Coordenações 
d)n.r.a 
 
 
9) Segundo Manãs (2007) responsabilidade social da empresa é de forma bastante 
sintética exceto: 
a) uma forma de conduzir os seus negócios 
b) a responsabilidade pelo desenvolvimento social integral 
c) exercer a função de gestão/coordenação de pessoas 
d) compreensão dos interesses das diferentes partes envolvidas 
 
 
10)Sobre a assessoria em pedagogia empresarial, marque (V) para as alternativas

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