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INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS Fundamentos da Pedagogia Empresarial Coordenação Pedagógica – IPEMIG Belo Horizonte SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03 1 CONCEITUANDO E CONTEXTUALIZANDO O PEDAGOGO ..................... 05 2 CIÊNCIAS QUE AUXILIAM O PEDAGOGO ................................................ 14 3 PEDAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES ....................................... 19 3.1 O terceiro setor ........................................................................................... 22 3.2 Atuação na responsabilidade social das organizações .............................. 27 4 ASSESSORIA EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL ....................................... 30 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .......................................... 38 AVALIAÇÃO .................................................................................................... 39 3 INTRODUÇÃO Sejam bem vindos ao curso de Obtenção de novo título, na disciplina de Pedagogia Empresarial, oferecida pelo Instituto Pedagógico de Minas Gerais - IPEMIG. Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação daqueles que se candidataram a esta especialização, procurando referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso. As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos pesquisadores. Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois temos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho. Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, vocês são livres para estudar da melhor forma que possam organizar-se, lembrando que: aprender sempre, refletir sobre a própria experiência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. Segundo Holtz (2006) a pedagogia no âmbito das organizações, chamada de Pedagogia Empresarial pode ser considerada um casamento perfeito, porque ambas tem os mesmos objetivos em relação às pessoas, principalmente em tempos atuais. O Pedagogo é um condutor do comportamento das pessoas em direção a um objetivo determinado e a pedagogia caminha como ciência e arte da educação, num processo de influências que formam a personalidade humana. Uma Empresa sempre é a associação de pessoas, para explorar uma atividade com objetivo definido, liderada pelo Empresário, pessoa empreendedora, 4 que dirige e lidera a atividade com o fim de atingir ideais e objetivos também definidos. A Pedagogia é a ciência que estuda e aplica doutrinas e princípios visando um programa de ação em relação à formação, aperfeiçoamento e estímulo de todas as faculdades da personalidade das pessoas, de acordo com ideais e objetivos definidos. A Pedagogia também faz o estudo dos ideais e dos meios mais eficazes para realizá-los, de acordo com uma determinada concepção de vida. Portanto, Empresa e Pedagogia agem em direção a realização de ideais e objetivos definidos, no trabalho de provocar mudanças no comportamento das pessoas. Esse processo de mudança provocada, no comportamento das pessoas em direção a um objetivo, chama-se aprendizagem. E aprendizagem é a especialidade da Pedagogia e do Pedagogo. Para a Empresa conseguir as mudanças desejadas no comportamento das pessoas, os meios utilizados têm que ser adequados aos seus objetivos e ideais e eis a oportunidade do Pedagogo colocar seus conhecimentos a serviço de outros meios que não a educação formal! Ressaltamos que este material trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais importantes para a disciplina. Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação científica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. 5 1 CONCEITUANDO E CONTEXTUALIZANDO O PEDAGOGO Antes de começarmos as explanações acerca do tema deste curso de Especialização em Pedagogia Empresarial, convém refletir sobre Pedagogia em termos de sua conceituação, objeto de estudo, modalidades de educação e áreas de atuação do pedagogo. Ninguém melhor que Carlos Brandão (1981) para nos levar a refletir que não há uma única forma nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar em que ela acontece [...], o ensino escolar não é a única prática, e o professor profissional não é o seu único praticante. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos, todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. O desenvolvimento do homem ocorre por meio da sua relação ativa no meio ambiente, seja ele natural e social, formando, assim, o meio culturalmente organizado (BRANDÃO, 1981). É nessa interação do homem com o meio em que se relaciona que ele, enquanto sujeito atuante / participativo, processa sua aprendizagem, não só uma aprendizagem letrada, mas, como o próprio Brandão afirmou acima, uma aprendizagem sociocultural que passa de geração em geração, formando nossa herança historicamente acumulada e culturalmente organizada que se transforma todos os dias de nossas vidas e a aplicamos em nossas atividades, sejam elas informais, formais ou não formais. Segundo Cadinha (2009) a tarefa da Educação consiste em conduzir e em tornar produtivo, do ponto de vista pedagógico, esse processo de relação participativa interativa e, com isso, promover o desenvolvimento do homem. A Educação torna-se, assim, a mediadora entre teoria e prática, entre o sujeito e sua interação com o meio ambiente no qual está inserido. É nesse processo real da atividade humana que os indivíduos criam, produzem e transformam objetos, instrumentos de trabalho, conhecimentos, habilidades, técnicas, linguagens, valores, atitudes, sentimentos etc., constituindo o mundo humano que vai se incorporando, sucessivamente, em sua vida, ou seja, no 6 mundo sociocultural, ainda mais agora em que se vive em uma velocidade de informações nunca vista antes em gerações passadas. Essa atividade, socialmente herdada, ou essa "experiência humana historicamente acumulada e culturalmente organizada" (BRANDÃO, 1981), precisa ser comunicada às novas gerações; precisa ser dividida de forma igualitária entre todos sem exceção. Para tanto, a sociedade organiza ações educativas com o propósito de inserir os indivíduos no meio culturalmente organizado e oportunizar a aquisição de conhecimentos que faz não só o homem crescer, mas também a sociedade em que ele está inserido. Eis a tarefa principal da Educação, tarefa essa a ser organizada pela Pedagogia. E como se falou acima que Educação ocorre em todos os momentos de vida do indivíduo, os processos educativos acontecem em uma variedade de manifestações e atividades - sociais, políticas, culturais, econômicas, religiosas, familiares, escolares, por meio de distintas modalidades - formais, informais e não formais como veremos no capítulo três. Por enquanto, vamos falar do pedagogo! Quem é este profissional? São os especialistas que se dedicam às atividadesde pesquisa, documentação, formação profissional, gestão educacional, orientação pedagógica, animação sociocultural, formação continuada em empresas, escolas e em outras instituições (CADINHA, 2009). Reconhece-se a atuação do profissional pedagogo no campo de investigação e na sua atuação dentro da variedade de atividades voltadas para o educacional e para o educativo. Quanto ao aspecto educacional, este é mais amplo, referindo-se à política educacional, na estrutura e na gestão da educação em suas várias modalidades (Especial, Tecnológica, Básica, Superior etc.), ou seja, nas finalidades mais amplas da educação e de suas relações com a vida social dos indivíduos. Quanto ao aspecto educativo, diz respeito à atividade de educar propriamente dita, ou seja, a relação educativa entre os agentes do ensinar e aprender, envolvendo objetivos, meios de educação, metodologias e formas de instrução. 7 E como a educação pode ocorrer em muitos lugares, institucionalizados ou não, sob várias modalidades, as ações pedagógicas acontecem nos meios sociais, políticos, econômicos, comunicacionais, religiosos, familiares etc. Ela ainda pode intervir via televisão, no rádio, nos jornais, nas revistas, nos quadrinhos, no material informativo, como mapas, guias turísticos, enciclopédias, livros didáticos, vídeos, jogos, brinquedos, manuais de instrução etc. Isto tudo é campo de estudo científico da Pedagogia. Assim podemos concluir que o processo de Educação de um sujeito ocorre em todos os momentos de sua vida, seja ela formal, informal e/ou não formal, viabilizando o seu desenvolvimento psicointelectual e sociocultural. Uma vez que a atuação do pedagogo extrapola os muros da escola, sendo um estudioso das ações educativas que ocorrem em todas as vidas sociais, culturais e intelectuais do sujeito inserido em uma sociedade na qual ele contribui para o seu desenvolvimento, além das atividades escolares propriamente ditas, como professores de diversos níveis de ensino, gestores, planejadores, coordenadores, orientadores, supervisores educacionais, os pedagogos atuam também como formadores, animadores, instrutores, organizadores, técnicos, consultores, orientadores que desenvolvem atividades pedagógicas em órgãos públicos e privados ligados às empresas, à cultura, aos serviços de saúde, alimentação, promoção social etc. Concluindo, a Pedagogia é o campo do conhecimento científico, que se ocupa do estudo sistemático da educação em suas várias modalidades, e da prática educativa concreta, que se realiza em todos os aspectos que formam uma sociedade (ações educativas). O que a humanidade produz, cria, transforma, em sua atividade histórico-social, vai constituindo os saberes que formam o patrimônio cultural acumulado (CADINHA, 2009). O resultado dessa atividade histórico-social é organizado e, daí, registrado, comunicado, transmitido por meio da ação educativa, para que o sujeito se "aproprie" desses conhecimentos e continue a produzir novos saberes, novas formas culturais, novos conhecimentos. É assim que a sociedade evolui, refletindo e questionando conhecimentos anteriores e, por meio de suas análises, modificando e reconstruindo novos conhecimentos. 8 E o Pedagogo Empresarial? As mudanças pelas quais passa o mundo na atualidade e a velocidade das mesmas, levando a uma intelectualização nos processos de produção, exige um conhecimento mais amplo e demandando um profissional mais qualificado. As novas exigências de um mercado altamente competitivo levam de encontro à necessidade de profissionais com um diferencial que os faça sobressair diante de seus concorrentes. Um dos grandes dramas do processo da Revolução Industrial foi a alienação do trabalhador em relação à sua atividade. Ao contrário do artesão da Antiguidade ou da Idade Média, o operário moderno perdeu o controle de conjunto da produção. Antigamente o artesão tinha conhecimento de todo o processo que envolvia sua atividade profissional. Na era da industrialização, passou a ser responsável por apenas uma parte deste ciclo produtivo de uma mercadoria, desconhecendo os procedimentos técnicos que envolviam o todo - o final de sua produção. Naquela época, no auge da industrialização, a produção em série era a que vigorava, causando o embrutecimento do trabalhador. É o que se chamava de mecanização industrial - produção em série. Atualmente, buscam-se profissionais polivalentes, com iniciativas, empreendedores, atuantes, que estão sempre se atualizando. Esse homem que se busca hoje não deve ter medo do desconhecido. É aí que entra o pedagogo empresarial, profissional capacitado para desenvolver nas empresas e no trabalhador essas necessidades e qualidades. Para lidar com um mercado de trabalho em que antigos valores, como experiência e titularização, foram postergados, o profissional de hoje precisa estar sempre se atualizando. A obsolescência intelectual talvez seja o maior risco de qualquer profissional em todos os ramos de negócios (CADINHA, 2009). Isto porque vivemos na Era do Conhecimento, em que as empresas passam a dar mais importância para o que há de mais valioso dentro de seu espaço organizacional - o capital intelectual de seus profissionais - único diferencial capaz de manter o acervo de informações e conhecimentos das empresas, tornando-as mais valiosas e competitivas no mercado. 9 Ao investir no capital intelectual de seus funcionários, a empresa estará assegurando a manutenção e a retenção de seu quadro, contribuindo para a obtenção de elevados padrões de qualidade de vida no trabalho e na excelência de desempenho empresarial. Mas, como PIatão mencionou séculos atrás, é preciso que o homem não se acomode com seus próprios conhecimentos, ele precisa querer crescer, aprimorar-se, desenvolver-se. E a Pedagogia Empresarial, enquanto ciência ligada ao desenvolvimento de uma aprendizagem significativa, vem contribuir para que as empresas desenvolvam esses seus grandes "diamantes": o ser humano, em todos os seus aspectos intelectual (conhecimentos e habilidades), social e afetivo (atitudes). Os três requisitos mencionados - conhecimento, habilidade e atitude - são o que se denominam de CHA, competências exigidas do profissional moderno. Desenvolvendo o CHA, o profissional irá atender a três necessidades básicas para sua própria satisfação - SSS, Saber (a mente precisa de conhecimento), Satisfação do ser nas suas necessidades básicas (saúde, moradia, alimentação, lazer) e o Sagrado (realização pessoal). O CHA e o SSS levarão o profissional e a empresa a fazer o diferencial esperado no mercado de hoje. As empresas precisam ter claro que, tendo profissionais satisfeitos e felizes no ambiente de trabalho, fica muito mais fácil se obter um rendimento maior e mais qualificado, proporcionando não só o crescimento desta, mas possibilitando um comprometimento maior dos funcionários com os objetivos da empresa. O papel da Educação diante dessas mudanças de comportamento nas organizações tem a ver com um novo modelo de racionalização dos processos produtivos, como reorganização do trabalho, requalificação profissional, desenvolvimento de novas competências, flexibilidade do processo produtivo etc. Cabe à Educação proporcionar ao indivíduo um bom domínio da linguagem oral, escrita e corporal, favorecer a flexibilidade, agilidade de raciocínio, capacidade de abstração e análise. Para alcançar essas competências, o profissional precisa desenvolver algumas competências básicas como: 10 Espírito de liderança; Orientação para o cliente; Orientação para resultados; Flexibilidade e adaptabilidade; Criatividade e produtividade; Inovação e pró-atividade; Aprendizagem contínua. Em virtude dessas novas competências exigidas no mundo moderno, a pedagogia empresarialse apresenta como uma ponte entre o desenvolvimento das pessoas e as estratégias organizacionais. Isto porque, como já foi abordado, a Pedagogia é a ciência que estuda de forma sistematizada o ato educativo, isto é, a prática educativa concreta que se realiza na sociedade. Igualmente, a educação é o conjunto de ações, processos, influências e estruturas que intervêm no desenvolvimento humano, na sua relação ativa com o meio natural e social, em um contexto de relações entre grupos e classes sociais. Assim, diante dos níveis de exigência ocorrida no mundo empresarial, surge a Pedagogia Empresarial, um ramo da Pedagogia que se ocupa em delinear frentes para que ocorra o desenvolvimento dos profissionais, como um diferencial entre as empresas. Ela procura favorecer uma aprendizagem significativa e o aperfeiçoamento do capital intelectual (produto da Pedagogia Empresarial) para o desenvolvimento de novas competências que atendam ao mercado de trabalho. Isso tudo aliado às competências dos profissionais da área administrativa e psicológica. Mas é fundamental que o próprio profissional queira participar efetivamente desse processo, pois, sem seu engajamento total, fica muito difícil conseguir modificação de comportamento. Então, o pedagogo empresarial pode atuar de modo a contribuir com as necessárias mudanças de comportamento dos profissionais, dentro de cada departamento, de acordo com suas atribuições. 11 Segundo Cadinha (2009) observa-se ainda hoje que alguns desses departamentos têm demonstrado pouca ou nenhuma preocupação com o desenvolvimento/crescimento individual/profissional do indivíduo. Na verdade, alguns empresários brasileiros adotam, em relação aos seus funcionários, uma atitude de cobrança de resultados para assegurar o crescimento e a manutenção de seu negócio no mercado. Ele ainda não despertou para a necessidade de implantar mudanças profundas na maneira como se relaciona com os recursos humanos disponíveis em sua empresa; somente se preocupa em aumentar a produção sem investir em sua maior produtividade que são seus colaboradores. Os recursos humanos são considerados descartáveis para alguns empresários. Alguns ainda não perceberam que, investindo no seu capital intelectual, favorecendo um ambiente de trabalho que satisfaça o trabalhador, o seu rendimento será muito maior. É preciso que as empresas respeitem, valorizem, reconheçam o valor de seus colaboradores, requisito fundamental para fazer a diferença na empresa e no mercado. Eis mais uma missão para o pedagogo empresarial! Incutir nos empresários que o departamento de RH deve ser um local onde se desenvolve o processo educativo, pelo qual a pessoa adquire e aperfeiçoa conhecimentos, habilidades e atitudes, que vão contribuir para o desenvolvimento individual do trabalhador e para a realização dos objetivos da empresa. Segundo Matos (2001) cabe ao DRH: Harmonizar o processo de mudança organizacional, mais comprometido com os aspectos sociais e não somente com o equipamento instrumental; Preservar valores éticos e morais - nenhuma organização pode sobreviver sem buscar economia, eficácia e racionalidade. Este é um princípio indiscutível, porém nunca deve ser aplicado à custa do sacrifício de valores humanos básicos; Conscientizar-se de que o ser humano está no centro de tudo e, assim, as estruturas organizacionais e os processos administrativos devem ser 12 IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" estabelecidos para servir como instrumento que promova as realizações humanas e, sendo assim, devem estar a seu serviço. Impõem-se, dessa forma, a abertura de mais espaço para a realização humana dentro das empresas, um maior uso da criatividade no esforço de assegurar o desenvolvimento profissional e individual e a criação de formas participativas na equipe da empresa. Cabe ao RH, nessa nova proposta de formatação, desenvolver empreendedores e tornar as organizações mais humanizadas. E, para alcançar a plenitude dessas necessidades de hoje, é muito importante que o DRH seja composto por três áreas de conhecimento - Administração, Pedagogia e Psicologia - para que os profissionais, dentro de suas especificidades, possam desenvolver os três requisitos fundamentais do trabalhador - o CHA e o SSS, importantes para poder assegurar o sucesso de qualquer empresa. Enfim, são de responsabilidade do Pedagogo Empresarial: Conhecer e encontrar as soluções práticas para as questões que envolvem a otimização da produtividade das pessoas humanas - o objetivo de toda Empresa. Conhecer e trabalhar na direção dos objetivos particulares e sociais da Empresa onde trabalha. Conduzir com atividades práticas, as pessoas que trabalham na Empresa - dirigentes e funcionários - na direção dos objetivos humanos, bem como os definidos pela Empresa. Promover as condições e atividades práticas necessárias - treinamentos, eventos, reuniões, festas, feiras, exposições, excursões, etc. -, ao desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente (processo educativo), com o objetivo de otimizar a produtividade pessoal. Aconselhar, de preferência por escrito, sobre as condutas mais eficazes das chefias para com os funcionários e destes para com as chefias, a fim de favorecer o desenvolvimento da produtividade empresarial. http://www.ipemig.com.br/ 13 IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" Conduzir o relacionamento humano na Empresa, através de ações pedagógicas, que garantam a manutenção do ambiente positivo e agradável, estimulador da produtividade. http://www.ipemig.com.br/ 14 IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" 2 CIÊNCIAS QUE AUXILIAM O PEDAGOGO Enquanto a pedagogia considera a pessoa humana, na sua vida integral, individual e social, o Pedagogo tem necessidade de conhecer tudo quanto diga respeito à pessoa humana, para ter condições de orientá-la eficazmente e encontrar soluções práticas para os problemas que a aflige. Tanto de ordem individual, social e espiritual. Para isso, utiliza-se de todas as Ciências Humanas nos seus diversos aspectos, como esquematizado abaixo e discorrido de maneira mais profunda na sequência: 1. Ciências do homem considerando a si próprio 2. Ciências do homem considerado em grupo 3. Ciências Filosóficas Psicologia Educacional Ciências Biológicas Antropologia Ciências Religiosas Sociologia Geografia Humana Estatística Filosofia Filosofia da Educação PSICOLOGIA EDUCACIONAL Nada se pode fazer nada, ou mesmo tentar resolver alguma situação, em Educação, sem a estreita colaboração da Psicologia Educacional. Cada dificuldade pedagógica que surge, é simultaneamente uma dificuldade psicológica. Para conduzir mentes humanas, é preciso conhecê-las, nas suas manifestações conscientes e inconscientes. A Psicologia Educacional procura revelar a pessoa humana, na sua evolução natural, e só diante desse conhecimento é possível formular doutrinas pedagógicas consistentes e métodos educacionais eficazes. A Psicologia Educacional leva naturalmente ao conhecimento das leis pedagógicas e os sistemas educativos só tem aplicação prática, quando os processos psíquicos das pessoas deixam de oferecer resistência ou defesa, facilitando ao pedagogo a necessária ação pedagógica. http://www.ipemig.com.br/ 15 IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" CIÊNCIAS BIOLÓGICASA Biologia se dedica ao estudo da estrutura, da atividade, da origem, da classificação, das relações e posições dos seres vivos no espaço e no tempo. Aprofunda-se no estudo das leis biológicas, para que a vida, que tanto nos preocupa, possa produzir tudo quanto pode e deve produzir. Fornece informações preciosas sobre as leis da vida. A Fisiologia estuda a função dos órgãos, da nutrição, da circulação sanguínea, da respiração, etc., permitindo relacionar as funções orgânicas com as funções psíquicas. A base fisiológica da mente deu relevância ao papel da Educação Física, para a Pedagogia. Esses conhecimentos comprovaram a insubstituível função da Educação Física, na eficácia do processo educativo. A Anatomia estuda a estrutura dos seres organizados. Em especial, ossos, articulações, músculos, sistema vascular, (coração, circulação, capilares), sistema linfático, sistema nervoso central, sistema nervoso autônomo, todos aspectos trabalhados também pela Educação Física. A Medicina psicossomática detecta distúrbios de comportamento através de sintomas orgânicos como, preguiça, maldade, estupidez, perversão de caráter, inveja, etc. Sabe-se, por exemplo, que doenças no fígado podem estar relacionados com sentimentos de inveja, sentimento de orgulho podem provocar alterações fisiológicas,etc. A Higiene estuda os meios que devem ser utilizados para conservar a saúde e evitar as doenças. A eficácia da aprendizagem também depende das condições de higiene e saúde, de quem deve aprender, isto é, de quem deve mudar (HOLTZ, 2006). ANTROPOLOGIA É a ciência do homem. Faz a história da espécie humana: sua origem, raças, desenvolvimento, evolução e adaptação ao meio, dimensões do corpo, seus usos e costumes, etc. Fornece valiosa contribuição para orientação e aplicação correta das atividades físicas, culturais, sociais, etc. http://www.ipemig.com.br/ 16 SOCIOLOGIA EDUCACIONAL Segundo Holtz (2006) o Pedagogo Empresarial deve sempre considerar a solução dos problemas da Educação dos funcionários, principalmente no aspecto social, da vida em grupo. A sociologia estuda o comportamento da pessoa humana nos diversos grupos sociais, desde a sua família e as influências na formação da personalidade. Estuda o papel da Educação nas sociedades de hoje e a relação entre a Família e as diversas instituições sociais de um lado e o local de trabalho de outro. Não é possível conhecer o desenvolvimento da personalidade a não ser em função do meio em que vive. É o meio social, em geral, que apresenta à pessoa, as situações mais complexas e mais difíceis de relacionamento. GEOGRAFIA HUMANA Estuda as mútuas influências existentes entre o homem, de um lado, e o solo, o clima e a vegetação do outro lado. Mostra como as condições geográficas podem exercer influencia no desenvolvimento dos usos e costumes, da cultura dos vá- rios tipos de sociedades. ESTATÍSTICA Quanto maior é o número de indivíduos que observamos, tanto mais, as particularidades individuais, querem físicas ou morais, se apagam e deixam predominar a série de fatos genéricos, em virtude dos quais a sociedade existe e se conserva (QUÉTELET, sd apud HOLTZ, 2006). A estatística mede, por meio de métodos científicos de observação, a frequência dos fatos ocorridos. Por exemplo: 1. De que maneira um determinado sistema de treinamento funciona na melhoria da produtividade, numa mesma localidade, nos diferentes momentos do dia ou mesmo do ano, nas diferentes regiões? IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 17 2. De que maneira a produtividade das mulheres reage a um determinado tipo de treinamento, assim como também a dos homens, de uma determinada localidade ou região, etc.? 3. Qual é o horário em que a aprendizagem é mais eficaz, numa localidade ou região, etc.? FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO O Pedagogo sempre tem como base de trabalho os diversos sistemas educacionais, com sua Filosofia da Educação. Filosofia é a ciência que estuda e procura dar explicações mais profundas do Universo, suas origens e seus fins, sobre as razões e as causas últimas e os pensamentos que geram os acontecimentos. O Pedagogo diante do problema educativo, seja na empresa ou em outro ambiente, depara-se com as seguintes questões filosóficas: Quem é o ser humano? Qual é o destino do ser humano? Como devo proceder corretamente com o ser humano? Que caminho mais seguro devo tomar? Qual a razão por que devo seguir um determinado caminho e não outro? São perguntas filosóficas que só encontram respostas na Filosofia da Educação. Como bem diz Holtz (2006) sabemos que a opinião do Pedagogo sobre Educação depende da opinião dele sobre o ser humano, sua natureza, seu destino, seu fim. A Filosofia estuda a Ética (Moral), a Lógica, a Matemática - que fornecem preciosas contribuições para o esclarecimento e solução dos grandes problemas pedagógicos. A Ética em especial porque estuda a moral, é base de toda a Educação, seja ela de que natureza for. A ética estuda as consequências das condutas corretas ou IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 18 não, construtivas ou destrutivas. A ação essencial da Educação consiste em formar a consciência moral das pessoas (a consciência do bem e do mal para si e para os outros do seu grupo social e da sociedade). Os grandes Educadores não duvidam em fazer duas afirmações básicas para o sucesso da Educação: A moral é a higiene eficaz da sociedade. A coragem é acima de tudo, um fenômeno moral. Na base da própria Educação Física, encontra-se a Moral, que ensina o homem a proceder corretamente e construtivamente dentro do seu grupo social. Uma boa educação moral é base sólida para que o homem seja bem sucedido, se desenvolva bem fisicamente e evite vícios que destroem a sua saúde e o conduzem à ruína física, mental e social. A Lógica estuda as leis do pensamento em direção à verdade. A sua necessidade na obra educativa se refere ao mecanismo das demonstrações, das definições e do ensino, respeitando os critérios da verdade. A Metafísica estuda os problemas mais transcendentes da vida, como: O Conhecimento (a consciência de si mesmo), A Justiça (julgar segundo a consciência e o direito), A Religião (processo de ligação ao Ser Criador). IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 19 3 PEDAGOGIA EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES Segundo Senge (2006, p.11), durante o século XX, as empresas de maior sucesso eram aquelas que possuíam "progressivas capacidades de marketing de massa, de controle gerencial e de sofisticação financeira". Esse pensamento remete a entender e a acreditar que o mais importante dentro das empresas não era as pessoas, mas o produto de seu trabalho. Podemos até dizer que as pessoas eram tidas como "recursos" a ser utilizados assim, como o são os recursos materiais. Este mesmo autor chama a atenção para a atualidade em que o mais importante nas empresas do século XXI não é o produto que se vende e, sim, o capital humano que se tem, ou seja, com o desenvolvimento de suas potencialidades, poderão criar, desenvolver e vender melhor um produto. Assim, ele afirma que "as habilidades mínimas serão substituídas por habilidades pessoais e interpessoais tão sofisticadas quanto as atividades de marketing, produção e finanças da presente era" (SENGE, 2006, p.11). Se pensarmos na empresa, enquanto uma associaçãode pessoas, explorando uma atividade produtiva, que é liderada por pessoas em que o objeto de trabalho também são as pessoas, pedagogia e empresa podem unir-se, pois possuem um sujeito em comum: pessoas. Nesse sentido, fica mais fácil compreendemos em como o pedagogo poderá atuar na empresa. Aqui vale registrar a ocupação básica da pedagogia empresarial proposta por Ribeiro (2008), ou seja: A Pedagogia Empresarial se ocupa basicamente com os conhecimentos, as competências, as habilidades e as atitudes consideradas como indispensáveis/ necessários à melhoria da produtividade. Para tal, implanta programa de qualificação/ requalificação profissional, produz e difunde o conhecimento, estrutura o setor de treinamento, desenvolve programas de levantamentos de necessidades de treinamento, desenvolve e adequa metodologias de informação e da comunicação às práticas de treinamento. Assim, segundo Costa (2009), o Pedagogo Empresarial, junto com a experiência de outros profissionais, deve ter domínio de conhecimentos, técnicas e IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 20 práticas como instrumentos relevantes para sua atuação na gestão de pessoas. Sua atuação na empresa está relacionada aos seguintes afazeres: coordenar equipe multidisciplinar no desenvolvimento de projetos; evidenciar formas educacionais para aprendizagem organizacional significativa e sustentável; gerar mudanças culturais no ambiente de trabalho; definir políticas voltadas ao desenvolvimento humano permanente; prestar consultoria interna relacionada ao treinamento e desenvolvimento das pessoas nas organizações; acompanhar o desenvolvimento e desempenho do funcionário; direcionar o caminho que este deverá seguir dentro da empresa, auxiliando-o na descoberta de seu verdadeiro potencial; ser agente provocador de mudança de mentalidade e de cultura, de acordo com as necessidades da empresa; desenvolver boa comunicação dentro da empresa; direcionar as aprendizagens. Para Ribeiro (2003, p. 10) o Pedagogo Empresarial precisa de uma formação filosófica, humanística e técnica sólida a fim de desenvolver a capacidade de atuação junto aos recursos humanos da empresa. Via de regra sua formação inclui disciplinas como: Didática Aplicada ao Treinamento, Jogos e Simulações Empresariais, Administração do conhecimento, Ética nas Organizações, Comportamento Humano nas organizações, Cultura e Mudança nas Organizações, Educação e Dinâmica de Grupos, Relações Interpessoais nas Organizações, Desenvolvimento organizacional e Avaliação do Desempenho. Com base nessa formação, e na realização de suas atividades profissionais, o pedagogo empresarial deve desenvolver habilidades, tais como: ser observador dos desequilíbrios que ocorrem na empresa, ser criativo, desprendido, com preparo técnico, ousado, cultivar o espírito inovador, preocupado com os resultados, saber trabalhar em equipe, direcionar grupos, saber conduzir reuniões com eficácia, saber IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 21 enfrentar, analisar e atuar nas mais variadas situações do cotidiano da empresa, ser possuidor de um pensamento estratégico, ter bom relacionamento interpessoal. Reforçamos as atribuições do pedagogo empresarial, mas a intenção deste capítulo é discorrer sobre os espaços não escolares onde ele pode atuar, além da educação formal, que chamamos de educação não formal e educação informal. Segundo Libâneo (2000), por Educação Informal, entende-se que o ser humano educa-se pelo simples fato de viver e conviver com outras pessoas, desenvolvendo-se e transformando-se por efeitos de sua interação com o meio no qual está interagindo. Porém, trata-se, nesse caso, de um processo espontâneo, não intencional e não formal, no qual se observa a aprendizagem de experiências nem sempre conscientes, que preexistem e que provavelmente formarão os suportes físicos, emocionais e sociais do indivíduo. São estas situações do dia-a-dia das pessoas que afetam e influenciam a Educação de modo inevitável, formando hábitos, atitudes de pensar e agir do homem e, consequentemente, formando a sociedade em que se vive. A Educação Formal é aquela que ocorre nas instituições escolares, é mais sistemática, segue padrões preestabelecidos por sua equipe, é estruturada, intencional, com propostas políticas educacionais fechadas, em que se observa um programa curricular a ser cumprido, as quais se desenrolam por meio de uma dinâmica em sala de aula. O processo é precedido de um planejamento em que se definem os métodos e as técnicas a serem empregados, quais os resultados a serem alcançados e como serão avaliados e validados. Já a Educação Não Formal constitui-se em propostas educacionais mais abertas que se desenvolvem de forma mais flexível, com emprego de procedimentos metodológicos diversificados, não seguindo uma sequência convencionada necessariamente. Por exemplo, a mídia dissemina saberes e modos de agir nos campos político, social, econômico e moral por meio de mensagens educativas (ou não) para combate à violência, às drogas, ao armamento, à saúde, à preservação ambiental etc. As empresas propõem programas de formação profissional em serviço - as Universidades Corporativas -, orientam as atividades profissionais, promovem cursos de aperfeiçoamento e desenvolvimento de seus funcionários, em que fica claramente identificada a atuação da Pedagogia etc. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 22 Todas essas modalidades de Educação fazem constatar que a ação pedagógica perpassa toda a sociedade, extrapolando os âmbitos escolares formais, mostrando que o campo científico da Pedagogia é muito mais amplo do que se pensa. 3.1 O terceiro setor No mundo da pesquisa acadêmica e no dos negócios, a responsabilidade social tem merecido grande atenção. Muitos e constantes trabalhos, frutos de estudos, foram e estão sendo desenvolvidos no sentido de discutir o quanto é primordial para a sobrevivência e o desenvolvimento das organizações, das comunidades e da sociedade como um todo. O envolvimento com a questão da responsabilidade e como isto pode ocorrer, considerando que os envolvidos recebam benefícios sem que os demais sejam prejudicados, é uma questão em evidência. As empresas querem apurar se é realmente vantajoso focar-se no social. Há resultados controversos a esse respeito. As mudanças acompanham o dia-a-dia das organizações e das instituições em vigor. As questões de responsabilidade e ética acompanham o pensamento e a conduta das pessoas nas organizações. Entretanto, o consenso, ao procurar compartilhar a percepção dos outros, não é evidente. Toda organização tem relacionamento com o ambiente externo e a participação ativa dos envolvidos na sua gestão ou nos seus rumos é compartilhada por visões que chegam a ser distintas. Houve uma época, não tão remota, em que as organizações, ao produzir um bem ou um serviço, tinham certeza de que ele seria comercializado, garantindo assim a movimentação da produção e do capital, garantindo o retorno aos investidores e alguma satisfação aos demais envolvidos, com o atendimento de suas necessidades (MANÃS, 2007). Alterações no pensamento e na forma de ação, com um forte componente de facilitação com as novas tecnologias, geraram transformações. Os stockholders são os sócios e acionistas dententores dos direitos sobre os lucros do empreendimento. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br(31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 23 Os stakeholders são os colaboradores, fornecedores, clientes, consumidores, comunidades, governos, dentre outros agentes que possam estar diretamente ou indiretamente influenciando ou sendo influenciados pela empresa e, portanto, têm a atribuição ética de respeitar os direitos uns dos outros. Ambos têm visões que convergem para o sentimento de que as empresas na sociedade têm uma função social a cumprir, e exatamente por este motivo possuem atribuições éticas, apesar da discordância fundamental sobre a natureza, não só dessas responsabilidades, mas também sobre quem se beneficiará com elas. É aqui que se inserem as discussões sobre a empresa socialmente responsável. Normalmente, as visões são representadas por dois envolvidos importantes. O agente e o principal. O agente que representa a organização pode ser entendido como gestor dela. Ele é o responsável pelas ações, monitorados, ele e as ações, pelos principais, isto é, por quem detém o controle da empresa. O principal é o acionista, não importa se majoritário ou minoritário. Os agentes são os que estão, ou deveriam estar, concentrados nas estratégias e ações voltadas para os objetivos do negócio. Como esse mundo empresarial ampliou a sua visão e as suas iniciativas, ele tem outros objetivos a alcançar, que podem ser os sociais, desde que não intercedam nos principais interesses dos negócios. A sociedade, enquanto o mundo dos negócios discutia a natureza e quem se beneficiaria com as atribuições dos envolvidos, percebeu que se encontrava à deriva, isto é, não era atendida ou não estava satisfeita em relação a alguns serviços/necessidades. Percebeu também a sociedade que o governo passou a não dar respostas à altura, inclusive fazendo exigências, como o aumento de impostos, taxas e tributos, para poder exercer a sua obrigação. As organizações com fins lucrativos, buscando a sobrevivência e/ou crescimento, não agiam (todas) da mesma forma, então tomou a iniciativa de buscar recursos e agir para sanar essas deficiências. Na prática surgiram mais stakeholders. É o terceiro setor. E a gestão? Como procederá? IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 24 Há, atualmente, muitas organizações que não podem ser classificadas como pertencentes ao Estado (primeiro setor), nem ao mercado (segundo setor). Considerando esse fato, nota-se que para suprir as deficiências e as necessidades das novas realidades que estão surgindo a todo instante na nossa sociedade não há como atender à população em suas carências e para isto novas formas estruturais foram sendo criadas como soluções. O Estado e as organizações e instituições que o formam e apoiam não são capazes de dar atendimento a essas demandas. O Estado moderno parte do princípio que não lhe cabe mais executar determinadas atividades. Não deve intrometer-se onde não tem competência assegurada. O desvio de suas atenções para coisas que não é capaz de fazer bem feito tem gerado não só descontinuidades, mas, sobretudo, maiores diferenciações e distanciamentos entre as diversas camadas da população mundial. Essa nova realidade faz parte de um setor que não visa ao lucro, depende, fundamentalmente, da doação das pessoas, mas também do governo e da iniciativa privada para desenvolver suas atividades. Com os avanços científicos e tecnológicos e o estágio de complexidade em que a humanidade se encontra, a única solução é a montagem de redes sociais que objetivem buscar e atender a interações positivas, inclusive com os outros dois setores. Assim como ficou identificado o primeiro setor, o segundo setor merece ser retratado. Por segundo setor entende-se o mercado. Tudo aquilo que, na sociedade, não é governo e não está na clandestinidade foi por muito tempo chamado de segundo setor. As indústrias, o comércio, a agricultura e a pecuária e todos os tipos de serviços, desde que atuando para o mercado no sentido de produzir, atender e crescer ou no mínimo sobreviver graças a troca e negociação, são as organizações que se enquadram nesse setor. Assim como o governo e suas organizações perceberam que não atenderiam a contento a necessidades e redefiniram suas identidades, aproximando- as das suas competências, deixando para outros aquilo de que não eram capazes, a iniciativa privada percebeu que poderia ganhar, aproximando-se da população, atendendo a questões sociais, culturais e outras. A imagem muda e os resultados IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 25 tendem a ser melhores. A motivação não só dos consumidores se modifica. Os colaboradores internos e os parceiros externos passam a ser fundamentais e surge a responsabilidade social, que quando não expressa o mínimo necessário é cobrada ou demonstrada com qualidade e produtividade menor. As empresas passam a investir em suas imagens e no seu potencial crescimento atendendo a necessidades e carências de um público que estabelece patamares que muitas vezes são vistos pelas comunidades como obrigações, que antes pertenciam ao governo e suas entidades associadas. O desvio ocorre. O negócio dessas empresas é atender ao mercado com uma lucratividade que deve vir para contemplar o retorno dos investidores (acionistas, sócios etc.). Quando uma empresa não atinge o resultado esperado, modifica seus planos. Revê seus investimentos e direciona para a compensação esforços diferenciados. Isto é, se não tem lucro, não pode estar preocupada com outras coisas. O impasse é violento. Como ter lucro num mundo mal atendido? Como receber votos e impostos se as carências de serviços públicos aumentam? A solução é da própria sociedade, que na prática compreende inclusive pessoas e organizações dos outros dois setores. O que ocorre, segundo Manãs (2007), é que, atualmente, ser governo é estar fadado ao obsoleto e ser organização privada é ser palco de desconfiança. Surge o terceiro setor. A proposta para a formação de organizações no terceiro setor é que elas carreguem em suas entranhas a competência, o voluntarismo e a virtude pura. Salamon (1997) sugere, ainda, que os desafios a serem vencidos pelo terceiro setor não estão ligados à criação de estruturas sociais inteiramente novas, mas à aplicação de novas formas de associação às estruturas tradicionais da comunidade, passando dos esquemas cliente listas e paternalistas de interação vigentes para outros que possam realmente levar a ter poder e capacidade. O terceiro setor, na prática, entende-se por um conjunto de valores que privilegia a iniciativa individual, a autoexpressão, a solidariedade e a ajuda mútua (MANÃS, 2007). As organizações para lidar com ações de responsabilidade social precisam atuar em três frentes possíveis e muitas vezes convivendo paralelamente com duas ou até as três opções. Mesmo que tenham que conviver, elas adotam, em seus IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 26 projetos sociais, seguindo determinada estratégia, um tipo de estrutura que serve de base para a operacionalização de projetos, cujos objetivos correspondem a determinados resultados esperados pela efetiva produção de ações sociais. Basicamente existem três tipos de estruturas que se relacionam com a responsabilidade social, envolvendo o terceiro setor e, ao mesmo tempo, agindo socialmente, coadunando com as estratégias empresariais. a) Operacionalização direta de projetos sociais. A empresa age e/ou investeparalelamente em ações para atingir objetivos do negócio e sociais. Faz isto quando ou há alta especificidade do tipo e do local das ações a desenvolver ou quando está amplamente relacionada com a sua atividade; nesse caso é normal que as ações estejam relacionadas aos próprios colaboradores e/ou familiares. Há casos ainda em que a empresa deseja explorar a especificidade da marca e trabalha no sentido de associação do negócio com a responsabilidade social. b) Operacionalização de projetos sociais por meio de outra organização. A empresa cria uma estrutura própria especializada e mantém controle hierárquico sobre ela. É o caso das Fundações, por exemplo. São criadas para lidar com as ações de responsabilidade social dirigidas à comunidade e fica claro que estão sob controle da mantenedora. c) Operacionalização de projetos sociais por meio de parcerias com outras organizações. A empresa, neste caso, não opera diretamente as ações sociais e também não mantém controle da organização externa envolvida. A ação da empresa acaba ocorrendo via doações, contratos de parceria, empréstimo de estrutura ou outras formas indiretas de atuação. O grau de envolvimento e compromisso costuma ser menor neste caso do que nas opções anteriores. É necessário considerar, quando da escolha da forma de operacionalização dos processos de ação social, que esta iniciativa seja capaz de atingir dois requisitos básicos, conforme a Teoria da Agência ensina, ou seja: a) que os custos de agência, isto é, que os conflitos na relação entre os envolvidos (agente e principal) sejam minimizados; IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 27 b) que ocorra a efetividade das ações sociais. 3.2 Atuação na responsabilidade social das organizações Segundo Manãs (2007) responsabilidade social da empresa é de forma bastante sintética: a) uma forma de conduzir os seus negócios; b) a responsabilidade pelo desenvolvimento social integral; c) compreensão dos interesses das diferentes partes envolvidas; d) a incorporação de tudo no planejamento das ações no decorrer de sua vida; e) respeitar os direitos de todos; f) objetivar a excelência e a sustentabilidade dos negócios. Preocupar-se, e estar atento, com as questões ambientais, em contextos nacionais com baixa ou alta regulação, com as diversidades cultural, racial e de gênero, com a saúde e o bem-estar de sua força de trabalho e com as comunidades com as quais mantêm relações, passou a ser um elemento adicional, para alguns, e prioritário, para outros, na compreensão do contexto competitivo no qual a organização está inserida, trazendo, sem dúvida nenhuma, impactos importantes para a estratégia empresarial de diferentes organizações em diferentes setores do mercado. Estamos falando em terceiro setor e responsabilidade social, porque o pedagogo empresarial também vai encontrar nesse setor, uma seara para trabalhar e como as áreas de Recursos Humanos, de Marketing, assim como todas as áreas de uma organização, estes profissionais precisam entender a ideia da Responsabilidade Social Empresarial. A compreensão e o olhar dos fundadores e principais dirigentes das organizações acabam por determinar a forma, a importância e a abrangência deste tema dentro do ambiente organizacional e isto transforma as estruturas organizacionais para que então se adotem cursos de ação, com novo pensamento e, IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 28 portanto, com novas pessoas e conhecimento, que se posicionam considerando aspectos éticos antes nem aventados no dia-a-dia no mundo empresarial. A preocupação de orientar tomadores de decisão e gestores em geral, quanto aos caminhos que as empresas devem adotar, fizeram com que Steiner e Steiner (2000 apud Manãs, 2007) sintetizassem e denominassem os Princípios Gerais da Responsabilidade Social Empresarial (RSE). Tais princípios visam admitir que as empresas têm um dever fiduciário em relação aos acionistas, devem concordar com o conjunto de regulações que protegem todos os outros stakeholders e que os gestores devem tentar ir ao encontro de suas necessidades legítimas. Ainda, que as empresas devam corrigir impactos sociais adversos que elas próprias causam e que a RSE, de determinada organização, varia de acordo com sua característica. Em outras palavras, estes princípios denotam que as ações empresariais são empreendidas em resposta às forças de mercado. Forças estas que sempre dominaram a atividade econômica e que permitem imaginar que a RSE faz parte do contexto estratégico de urna organização que também se estrutura para atuar de acordo com esse pensamento. Por último, o que se quer dizer quando falamos em RSE? É numerosa a quantidade de definições que procuram materializar estas ideias. Este conceito vem sofrendo transformações e, um dos elementos indutores destas transformações é o estágio de desenvolvimento, ou maturidade, em relação à sua compreensão. Assim, pode-se afirmar que a melhor definição deveria dar conta de demonstrar estágios mais elevados de entendimento sobre as relações da gestão empresarial com um universo maior de interesses do que apenas dos acionistas, deveria igualmente demonstrar a RSE corno fruto do pensamento estratégico e colocá-Ia numa dimensão que seja capaz de orientar a gestão das empresas e tomar sustentáveis os elementos que a formulação estratégica definiu. Ela é um modelo de gestão. É isso que pode ser observado quando vem a baila o conceito preconizado pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, que é urna organização sem fins lucrativos, sediada na cidade de São Paulo, que congrega empresas no esforço de mobilizar a comunidade empresarial em volta do tema Responsabilidade Social na Empresa: IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 29 A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente) e consegue incorporá-las no planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos e não apenas dos acionistas ou proprietários. Desta forma, é cabível à percepção humana enxergar um modelo de gestão que orienta seu processo de tomada de decisão e definição de suas práticas, não exclusivamente pela via econômico-financeira, mas por urna combinação destes elementos com o gerenciamento das suas relações sociais, reconhecendo os interesses e os direitos dos diferentes grupos sociais com os quais a empresa se relaciona, como mostra a figura abaixo: Fonte: Manãs (2007). Então, tomadas como verdadeiras estas possibilidades, isso implica em mudança sistêmica das ações organizacionais, sejam elas no campo da cultura organizacional, educação e fundamentalmente na liderança, tanto individual como coletivamente, bem como nos processos decisórios. Assim, nasce um modelo de gestão empresarial orientado para a compreensão e o atendimento das necessidades de seus stakeholders, que alinha o conjunto de iniciativas organizacionais, empresta sentido maior aos negócios e dá sustentação aos objetivos estratégicos. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 30 4 ASSESSORIA EM PEDAGOGIA EMPRESARIAL A demanda do assessoramento em pedagogia empresarial tem duas explicações:A primeira se refere ao por que. Porque no ambiente laboral, encontramos profissionais com defasagens e porque as mudanças precisam de estruturação e de apoio. Profissionais com defasagens, segundo Lopes (2009) são encontrados em todas as escalas hierárquicas e não apenas no operacional, no chão de fábrica onde, às vezes, o nível de escolaridade é menor. Em todas as áreas do desenvolvimento humano, seja no social, motor, afetivo, lógico, espacial ou cognitivo há defasagem e precisamos nos preocupar com elas porque quando ocorrem quer dizer que falta algo nessa base, em uma ou demais áreas (citadas no capítulo dois) ou em algum nível da formação acadêmica necessárias a um bom desempenho da função, e esta base é pré-requisito para não só acompanhar, mas também fazer parte das mudanças, agregar valores a elas e ampliar o próprio conhecimento e, porque não, adquirir novos? Outro motivo de preocupação para com as defasagens é evitar que gerem frustrações sucessivas e desmotivação por serem estas as principais consequências, independentemente da idade do indivíduo. Quanto às mudanças, estas afligem muito a quem não tem flexibilidade porque a capacidade de adaptação tem graduações e, com qualidade, promovem-se ganhos estruturais e pontuais na vida - pessoal e profissional - dos indivíduos. A presença de plasticidade em situações de adaptação agregada à capacidade de generalização de aprendizagens é garantia de bom desempenho, de satisfação, de manutenção da motivação e, por consequência, de melhor produtividade (LOPES, 2009). E, segundo, para que utilizarmos a Pedagogia em contextos profissionais - formais ou informais? Para alavancarmos potencialidades latentes ou mal utilizadas, a fim de que tenhamos indivíduos, colaboradores laborais mais envolvidos, mais IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 31 autoconfiantes, produtivos e mais conscientes de seu valor e de sua importância na engrenagem. Segundo Lopes, utilizamos também a Pedagogia para organizarmos, de forma útil e dinâmica, o conhecimento construído dentro das empresas. Conhecimento este que, se valorizado, lapidado e sempre renovado, dará suporte para novos investimentos, novas formatações de atuações, novas frentes de aprendizagens. É importante saber que, quando se decide utilizar a Pedagogia Empresarial, é necessário estar ciente da mudança das pessoas, seja para melhor ou para pior. Pior no caso do desinteresse, da frustração do indivíduo, por se ver diante de suas defasagens, insuficiências; da quebra do reinado para aqueles que sempre esconderam suas fraquezas. A Pedagogia Empresarial é também fundamental para resgatar o que foi sufocado na escola e para construir o que faltou. Vamos então aos objetivos de apresentar essa vertente do assessoramento do Pedagogo Empresarial. Primeiro Objetivo Para quase tudo na vida, precisamos organizar ou escolher um referencial prático-teórico para dar coerência às nossas ações e argumentações, mesmo que seja uma atividade individual. Em se tratando de atividades socializadas - com um ou mais indivíduos - faz- se necessário um maior rigor, e isto é possível tendo um referencial e conhecendo suas implicações em todas as etapas do processo de produção e aplicação de conhecimentos. Focando na atividade socializada (educação de todas as idades e contextos para formação de indivíduos), o referencial escolhido e elaborado conduzirá/orientará desde a atividade preparatória até a conclusiva. Analisando os diversos paradigmas das teorias das organizações, Tradicional, Comportamentalista, Humanista, Cognitivista e Sociocultural, o Cognitivista é um bom fio condutor. Quando se tem um modelo como norte, tudo fica mais claro e no âmbito dessa atuação específica, as principais responsabilidades do pedagogo empresarial serão desenvolvidas com segurança e qualidade, iniciando por conhecer e IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 32 reconhecer as estratégias de aprendizagem e contextualizá-las no momento do desenvolvimento do indivíduo e, posteriormente, a escolha e a aplicação de metodologias adequadas ao contexto físico e humano. As avaliações processuais devem se tornar um hábito porque assim não se deixa acumular possíveis erros ou dificuldades, mudando a estratégia ainda durante o processo. Isto evita desperdício de dinheiro, de tempo, de envolvimento emocional e de disponibilidade pessoal. Os acompanhamentos individualizados e/ ou individuais também fazem parte da avaliação processual que é uma das melhores formas de respeito humano e promotora do crescimento da autoestima e da produtividade com qualidade. O gráfico de evolução é do indivíduo comparado com ele próprio, e não somente com o grupo. Este é o acompanhamento mais justo e mais real (LOPES, 2009). É de responsabilidade do pedagogo empresarial promover a reconstrução de conceitos básicos, como criatividade, espírito de equipe e autonomia emocional e cognitiva. O pedagogo empresarial e os funcionários de qualquer empresa que exerçam função de gestão/coordenação de pessoas precisam ter sempre em mente o efeito nocivo do acúmulo de dificuldades. É um processo negativo que mais cedo ou mais tarde irá comprometer o desempenho do(s) funcionário(s) e, consequentemente, o da empresa, além do custo financeiro, temporal e emocional para reverter o processo. Essa preocupação procede porque dificuldade leva a defasagem e esta leva a mais dificuldades. Neste contexto, a primeira responsabilidade do pedagogo empresarial que é conhecer e saber reconhecer as estratégias de aprendizagem se faz muito necessária porque os adultos não manifestam dúvidas por sentirem que isto ameaça seus empregos, suas promoções e, também, sua imagem. A manifestação ou não de dúvidas está também ligada à capacidade de verbalização, à organização do pensamento e ao entendimento de uma parte ou do todo. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 33 Capacidade de verbalização: muitas pessoas não conseguem expressar o que pensam, não conseguem apresentar de maneira sucinta algo que não entenderam. Às vezes, precisam mostrar para que a outra pessoa verbalize. Organização do pensamento: pessoas que não conseguem agregar o que ouviram ou assistiram à sua prática, à sua vivência. É como se um curso fosse algo totalmente abstrato e sua prática somente concreta. É muito comum encontrarmos pessoas assim, e elas geralmente verbalizam esta característica, afirmando categoricamente que não sabem fazer o que foi apenas verbalizado por outra pessoa, mas fazem exatamente o que foi solicitado, porém não conseguem "relatar", documentar pela escrita ou pela fala o que fazem. Entendimento de uma parte ou do todo: acho assustador quando termino alguma exposição (principalmente sobre fundamentação teórica) e pergunto se há alguma pergunta, alguma dúvida e ninguém fala nada ou, pior ainda, afirmam categoricamente que não há nenhuma dúvida. Não que se tenha de ser sempre assim, mas dúvidas só surgem quando começamos a entender algo, dúvidas estão ligadas a conflitos cognitivos e estes só surgem se estivermos em processo de mobilidade mental (LOPES, 2009). É ilusão pensar que 100% dos adultos, em uma situação de aprendizagem, vão verbalizar dúvidas e dificuldades, portanto, para promover uma educação em serviço com qualidade e prazerosa, o pedagogo empresarial tem de estudar/ conhecer o produto e/ou o serviço e agregá-lo ao paradigma, para realmentepromover o desenvolvimento pessoal e, consequentemente, o empresarial, ou seja, você conhece bem o produto, o serviço, toda sua cadeia de produção, de divulgação. Isto tudo associado a uma conduta consistente que é proporcionada pela escolha e pelo conhecimento do paradigma leva ao desenvolvimento pessoal, individual, o que leva ao desenvolvimento empresarial porque toda empresa é feita de pessoas. Esta conduta vai moldar a forma da situação didática, ou seja, em sala de aula, o conteúdo é escolhido, é "dado" (na maioria das escolas) anteriormente a uma necessidade. Na empresa, os conteúdos são elencados de acordo com as demandas profissionais de aperfeiçoamento, atualização ou mesmo de conteúdos IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 34 novos - ampliação, isto é, no contexto empresarial, os indivíduos podem saber o que querem. Vão "estudar", aprender ou reaprender o que lhes interessa e, por isto, irá existir uma diferença gritante na motivação. Outro assunto que o pedagogo empresarial deve estudar e conhecer bem é a cultura organizacional da empresa em que trabalha ou de cada uma no caso de assessoria, porque isso é fundamental para entender as relações internas verticais e horizontais, as condutas pessoais isentas e a título do cargo. O produto e o serviço também definem a conduta da educação continuada porque senão esta ficará descontextualizada. O Pedagogo Empresarial deverá desenhar funções, elucidar para cada um e verificar se todos estão conscientes, se entenderam suas funções, porque só assim saberão agregar valor às mesmas e procurarem o autodesenvolvimento. A cultura organizacional conduz o dia-a-dia, as formas de expressão, e até de criticar, reivindicar, avaliar. Segundo Objetivo A busca de novas parcerias nos leva a um novo formato nas relações empresariais. Neste formato os profissionais da área estratégica, os profissionais da área de recursos humanos e o pedagogo empresarial estão alinhados com o foco no desenvolvimento da empresa e, como esta é feita pelas pessoas, os funcionários recebem uma atenção direta e compartilhada por parte das três principais áreas de gestão. A demanda por cursos, por participação em eventos específicos de construção de conhecimentos e por promoção de situações de aprendizagens individualizadas ou socializadas pode vir de qualquer um dos três setores (Administrador, Gerente de RH, Pedagogo Empresarial), porém a efetivação será realizada em parceria, e o acompanhamento inicial, processual e final, como organização de grupos, "metodologias", elaboração de relatórios, aplicação dos conhecimentos, será a cargo do pedagogo empresarial. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 35 Uma das principais características deste desenho é a reunião de forças e especificidades para potencializar a capacidade dos funcionários e a competitividade da empresa. Para desenvolver um bom trabalho em Pedagogia Empresarial, é preciso conhecer: 1- O que o gerente/patrão espera de cada funcionário O gerente/patrão deve estruturar para si o que espera de cada funcionário, o que quer que cada funcionário faça e como faça e, em determinadas situações, quando fazer. Este perfil das atividades deve ser traçado com antecedência para que se possam fazer solicitações e avaliações justas. 2 - Quais são as atividades de cada função/funcionário Apresentar com clareza para cada funcionário o perfil de sua função, as atividades inerentes a mesma. Por escrito, em determinados casos, é o mais indicado. 3 - Sondagem do funcionário: ele sabe, entende sua função Conversar com o funcionário e solicitar o feedback do que lhe foi apresentado para verificar se o mesmo entendeu corretamente o que terá de fazer, como e em qual tempo. Isto é fundamental para um ajuste entre gerente, patrão e funcionário. Este comportamento favorece a ambos e faz com que o funcionário apresente boas ideias e/ ou soluções para algumas questões de seu trabalho. Estas também são formas de parcerias para uma boa implantação e uma real implementação de um processo de educação continuada. Lembre-se que os temas devem ser atendidos por demanda e cabe ao Pedagogo ter sensibilidade e perspicácia para perceber essas demandas. Terceiro Objetivo Os espaços de atuação para o pedagogo empresarial são todos aqueles onde haja pessoas exercendo funções variadas e que podem melhorar cada vez mais como indivíduos inseridos em um processo mais humanizado. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 36 É qualquer lugar onde se pretende ter um retorno financeiro e, para isto se tornar possível, é necessário estar sempre focado em autodesenvolvimento, em desenvolvimento contínuo da equipe, em formas diferenciadas de aprendizagem, em melhoria do serviço prestado e/ ou da qualidade do produto. Alguns exemplos onde pode atuar o Pedagogo Empresarial: Academias Associações comunitárias Clínicas de qualquer especialidade e porte Cooperativas de qualquer segmento Escolas formais e de outras modalidades Floriculturas Hospitais (diferença entre a Pedagogia hospitalar1) Lanchonetes Lavanderias Lojas de qualquer produto e porte Mercados de qualquer porte Quiosques Padarias Restaurantes Salões de beleza Supermercados Taxistas Telemarketing 1 O pedagogo hospitalar acompanha crianças e adolescentes submetidos a longos períodos de internação para que estes não tenham atrasos (ou atrasos muito grandes) em sua escolaridade. Dentro de um hospital, que é uma empresa, o pedagogo hospitalar está entre os funcionários, então o pedagogo empresarial tem de inseri-los normalmente. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 37 Trabalhadores autônomos Enfim, na assessoria, o tato e o profissionalismo do pedagogo devem falar alto, principalmente quando se deseja implementar mudanças que irão causar atritos no ambiente de trabalho. Para tanto sugere-se que o pedagogo procure avaliar prévia e individualmente cada colaborador, organizando seu diagnóstico e providenciando, junto com o interessado um trabalho de desenvolvimento continuado para que suas dificuldades e/ou defasagens sejam sanadas, proporcionando, assim, condições para que este funcionário acompanhe e usufrua futuros cursos e eventos correlacionados. O pedagogo empresarial não pode deixar de acompanhar nenhuma etapa deste processo e não pode deixar de interferir com atualidade sempre que necessário. A neutralidade é outra virtude indispensável para quem quer trabalhar com assessoria em qualquer área porque é lógico que simpatias e antipatias aparecem durante o processo, mas o importante é exercitar a empatia, pois é ela que garantirá o profissionalismo, e este favorecerá uma atitude empática. Ética, discrição e autovigilância são outras atitudes saudáveis e necessárias. A autovigilância é fundamental principalmente nas horas de trabalho não presenciais, pois todo trabalho de assessoria demanda para que não se corra o risco de comprometer o próprio nome (profissional) por uma ausência de qualidade do trabalho apresentado e executado. Outro motivo importante do exercício da autovigilância é para evitar misturar experiências entre as empresas acompanhadas pelo assessor, pois não é justo transferirserviços pagos para uma exclusividade. Acima de tudo é uma atitude ética. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 38 REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: Ética do humano - compaixão pela Terra. 6 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1999. BRANDÃO, Carlos R. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1981. CADINHA, Márcia Alvim. Conceituando pedagogia e contextualizando pedagogia empresarial. In: LOPES, Izolda (org.) Pedagogia Empresarial: formas e contextos de atuação. 3 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2009. CHALITA, Gabriel. Educação - A solução está no afeto. São Paulo: Editora Gente, 200l. CHIAVENATO, Idalberto. História da Administração: entendendo a administração e sua poderosa influência no mundo moderno. São Paulo: Saraiva, 2009. DUTRA, Joela Souza. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2009. HAID, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. São Paulo: Série Educação, Editora Ática, 2004. HOLTZ, Maria Luiza Marins. Lições de Pedagogia Empresarial. Sorocaba (SP): MH Assessoria Empresarial Ltda, 2006. LIBÂNEO, José C. Pedagogia e Pedagogos, para quê? SP: Cortez, 2000. LOPES, Izolda (org.) Pedagogia Empresarial: formas e contextos de atuação. 3 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2009. LUCKESI, Cipriano C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991. MANÃS, Antonio Vico. Gestão do terceiro setor e da responsabilidade social. In: OLIVEIRA, Otávio J. (org.) Gestão empresarial: sistemas e ferramentas. São Paulo: Atlas, 2007. MATOS, Francisco G. Empresa com alma - espiritualidade nas organizações. SP: Makron Books, 2001. OLIVEIRA, Otávio J. (org.) Gestão empresarial: sistemas e ferramentas. São Paulo: Atlas, 2007. RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa. 5 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008. SALOMON, I. Estratégias para o fortalecimento do terceiro setor. 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III - A sociedade organiza ações educativas com o propósito de inserir os indivíduos no meio culturalmente organizado e oportunizar a aquisição de conhecimentos que faz não só o homem crescer, mas também a sociedade em que ele está inserido. a)Todas as afirmativas estão erradas b)Todas as afirmativas estão corretas c)Somente está correta a afirmativa III d)Somente está correta a afirmativa I 2) A Pedagogia Empresarial, enquanto ciência ligada ao desenvolvimento de uma aprendizagem significativa, vem contribuir para que as empresas desenvolvam esses seus grandes “diamantes”, ou seja, as competências exigidas do profissional moderno, que são: a)saber, satisfação e sagrado b)conhecimento, habilidades e atitudes c)conhecimentos, satisfação e remuneração d)n.r.a. 3) Harmonizar o processo de mudança organizacional, mais comprometido com os aspectos sociais e não somente com o equipamento instrumental; Preservar valores éticos e morais - nenhuma organização pode sobreviver sem buscar economia, eficácia e racionalidade. Este é um princípio indiscutível, porém nunca deve ser IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 40 aplicado à custa do sacrifício de valores humanos básicos são atribuições de qual dos setores abaixo? a)recursos humanos b)financeiro c)administrativo d)marketing 4)Relacione as colunas abaixo e assinale a alternativa correta: (1)Ciências do homem considerando a si mesmo (2)Ciências do homem considerado em grupo (3)Ciências filosóficas ( ) Psicologia Educacional ( )Sociologia ( )Filosofia ( )Antropologia ( )Estatística ( ) Filosofia da Educação a)3,2,1,2,1,3 b)2,3,1,2,3,1 c)1,2,3,1,2,3 d)1,3,2,3,2,1 5) Para desenvolver um bom trabalho em Pedagogia Empresarial, é preciso conhecer, exceto: a) O que o gerente/patrão espera de cada funcionário b) Quais são as atividades de cada função/funcionário c) Sondagem do funcionário: ele sabe, entende sua função d)quanto ganha cada colaborador e acionistas da organização IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 41 6) Incutir nos empresários que o departamento de RH deve ser um local onde se desenvolve o processo educativo, pelo qual a pessoa adquire e aperfeiçoa conhecimentos, habilidades e atitudes, que vão contribuir para o desenvolvimento individual do trabalhador e para a realização dos objetivos da empresa. Segundo Matos (2001) cabe ao DRH exceto: a) Harmonizar o processo de mudança organizacional, mais comprometido com os aspectos sociais e não somente com o equipamento instrumental b) Preservar valores éticos e morais - nenhuma organização pode sobreviver sem buscar economia, eficácia e racionalidade. Este é um princípio indiscutível, porém nunca deve ser aplicado à custa do sacrifício de valores humanos básicos c) Conscientizar-se de que o ser humano está no centro de tudo e, assim, as estruturas organizacionais e os processos administrativos devem ser estabelecidos para servir como instrumento que promova as realizações humanas e, sendo assim, devem estar a seu serviço d) Participação em eventos específicos de construção de conhecimentos e por promoção de situações de aprendizagens individualizadas ou socializadas pode vir de qualquer um dos três setores Administrador, Gerente de RH, Pedagogo Empresarial 7) Segundo Cadinha (2009) a tarefa da Educação consiste em conduzir e em tornar produtivo, do ponto de vista pedagógico, esse processo de relação participativa interativa e, com isso, promover o : a)desenvolvimento do homem b)desenvolvimento participativo c)desenvolvimento intelectual d)n.r.a 8) A empresa cria uma estrutura própria especializada e mantém controle hierárquico sobre ela. É o caso das _, por exemplo. São criadas para lidar com as ações de responsabilidade social dirigidas à comunidade e fica claro que estão sob controle da mantenedora. IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" http://www.ipemig.com.br/ 42 IPEMIG - Instituto Pedagógico de Minas Gerais www.ipemig.com.br (31) 3484-4334 - (31) 8642-1801 "IPEMIG – Conhecimento que transforma" a)Gestões b) Fundações c)Coordenações d)n.r.a 9) Segundo Manãs (2007) responsabilidade social da empresa é de forma bastante sintética exceto: a) uma forma de conduzir os seus negócios b) a responsabilidade pelo desenvolvimento social integral c) exercer a função de gestão/coordenação de pessoas d) compreensão dos interesses das diferentes partes envolvidas 10)Sobre a assessoria em pedagogia empresarial, marque (V) para as alternativas
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