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Inovação Tecnológica e Avanço Científico

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AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO ESTRATÉGICA DA 
INOVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Afonso Ricardo Paloma Vicente 
 
 
 
2 
TEMA 1 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA 
O termo inovação tecnológica diz respeito à utilização de produtos, 
processos e serviços baseados em novas tecnologias. Como vimos 
anteriormente, inovação é o resultado da integração entre conhecimento e uma 
boa gestão, com a utilização de novos métodos e tecnologias. Quando tratamos 
de inovação tecnológicas, devemos compreender que inclui produtos novos ou 
melhorados. 
Assim, inovação tecnológica é a maneira pela qual uma organização 
introduz no mercado um produto realmente inovador, fabricado com a utilização 
de novas técnicas e matérias-primas diferenciadas, ou que ainda não têm sido 
utilizadas com maior frequência por empresas concorrentes. 
Para se alcançar a inovação tecnológica, uma empresa precisa 
compreender, antes de tudo, que se trata de um processo complexo e sistemático, 
por meio do qual precisa seguir um número, às vezes, bastante grande de etapas, 
para se chegar ao resultado esperado. 
Assim, é necessário, dentro dessas fases, a utilização de elementos 
interativos entre a empresa e aquilo que ela quer entregar. Essa interação se dá 
por meio de parcerias, dos mais diversos tipos, que servirão como fonte de 
conhecimento. Vale ressaltar que essa interação pode ocorrer dentro da própria 
empresa, e seus diversos setores, como os atores no ambiente externo à 
organização. 
Vale ressaltar que a inovação deve partir da combinação das 
necessidades sociais e das demandas do mercado pelos meios 
científicos e tecnológicos. Apesar de considerarem a pesquisa e o 
desenvolvimento imprescindíveis para impulsionar as inovações, os 
autores não os considera exclusivos. Além disso, eles ressaltam a 
importância de se incluir atividades científicas, tecnológicas, produtivas, 
financeiras e comerciais no processo inovativo. (Tomael; Alcará; Di 
Chiara, 2005, p. 33) 
TEMA 2 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E AVANÇO CIENTÍFICO 
Para entendermos as relações entre a inovação tecnológica e o avanço 
científico, é necessário entender com clareza o que é tecnologia. Tecnologia é um 
conjunto dos processos especiais relativos a uma determinada arte ou indústria, 
com a aplicação de conhecimentos científicos à produção em geral. 
Podemos compreender s tecnologia como uma maneira de produção, a 
qual utiliza de instrumentos inovadoras na sua concepção. Assim, inovação 
 
 
3 
tecnológica pode ser a invenção ou melhoria de processos ou produtos que 
melhoram os métodos produtivos, gerando, assim, qualidade naquilo que se 
produz. 
Nesse processo de adoção de novas tecnologias no processo de produção, 
o avanço científico é inevitável, dando suporte para novos conhecimentos, bem 
como para o avanço de novas tecnologias nas mais diversas áreas. 
Alguns economistas defendem que a inovação seria a aplicação de 
conhecimentos oriundos de pesquisa e desenvolvimento. Dessa forma, a 
tecnologia é resultado da ciência aplicada, ou seja, da maneira como o 
conhecimento foi colocado em prática, e com resultados positivos na sua 
utilização. 
Além disso, há estudiosos que consideram os conhecimentos resultantes 
de pesquisa e desenvolvimento como bens públicos, devendo ser disponibilizados 
para todos. Nesse caso, o conhecimento não deveria ser apropriado por meio de 
patentes ou direitos autorais. 
A falácia de que “a ciência produz mais tecnologia, que gera mais riqueza 
e, consequentemente, mais bem-estar social”, tem sido substituída pela 
conscientização de que as inovações tecnológicas e o desenvolvimento científico 
também apresentam consequências socioambientais desfavoráveis. Dessa 
maneira, é evidente a relação entre a inovação tecnológica, os avanços científicos 
e o processo de globalização, sobretudo a partir da década de 1980. 
Considerando esse contexto, podemos apontar cinco problemas-chave 
para o universo da ciência e da tecnologia: 
 A apropriação do conhecimento, por meio dos direitos autorais e de 
propriedade intelectual, retido, geralmente, pelos países desenvolvidos. 
 A modificação do papel do Estado na produção do conhecimento. A 
formulação, pelo Estado, de uma política de inovação, tem se 
fundamentado mais e mais na socialização dos custos e na privatização 
dos benefícios, sem a devida definição de propriedade. 
 O direcionamento da pesquisa científica para áreas que beneficia uma 
minoria, em detrimento de áreas com propriedade civilizatória. 
 A mercantilização da ciência, ao ser direcionada para os negócios, 
minimiza o papel da educação superior, da pesquisa e do conhecimento. 
 A dinâmica de programação da obsolescência dos produtos, com o 
oferecimento de produtos de ciclos encurtado, alimenta a cultura do 
 
 
4 
consumo e culmina na diminuição dos parcos recursos naturais e no 
aumento do impacto no meio ambiente. 
Como um caminho alternativo, o desenvolvimento científico e tecnológico 
deverá ser menos excludente; é necessário levar em conta os problemas reais 
da população, os riscos técnico-produtivos e a mudança social. Para tanto, é 
necessário ter uma visão interativa e contextualizada das relações entre ciência, 
tecnologia, inovação e sociedade – e, muito especialmente, das políticas públicas 
mais adequadas para se questionar as oportunidades e os perigos envolvidos em 
uma mudança técnica. Ou seja, a questão não é tanto se a ciência é boa ou não, 
mas sim se pode melhorar e como. 
No âmbito empresarial, destaca-se que o desenvolvimento científico e 
tecnológico só interessa as empresas se for para gerar lucro; ou seja, a prioridade 
é econômica. Alguns autores fazem o seguinte questionamento: Será que a 
inovação tecnológica precisa ser um mal, para ser lucrativa? É possível suavizar 
a sua interferência tomando alguns cuidados, observando a diversidade dos 
aspectos envolvidos, ampliando o campo de visão de todos os seres humanos, 
ou ainda, assumindo que o desenvolvimento das inovações tecnológicas deve 
ocorrer de maneira consciente e responsável. 
Por outro lado, a relação entre ciência e tecnologia provocou, a partir do 
século XX, mudanças radicais nas instituições e nas suas relações com as 
pessoas envolvidas nos processos. A ideia do cientista isolado, do gênio, não tem 
mais lugar; a maioria das empresas passa a procurar, para seus laboratórios, 
cientistas oriundos de universidades, e que trabalhem de forma associada. 
Assim, é fundamental reconhecer que uma boa parte do conhecimento 
incorporado no processo de inovação é tácito e, portanto, se configura em 
pessoas e instituições. 
TEMA 3 – INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E SUSTENTABILIDADE 
O desenvolvimento sustentável tornou-se popular a partir da Conferência 
nas Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio 
de Janeiro em 1992. No entanto, essa preocupação surgiu muito antes, na década 
de 1970, embora alguns estudiosos americanos e europeus defendam que a luta 
pelo desenvolvimento sustentável tenha começado naquela década. Desde a 
instauração da sociedade industrial, surgiram reações de grupos em defesa ao 
meio ambiente e movimentos sociais que, mesmo marginalizados, alertavam para 
 
 
5 
a destruição provocada pelas indústrias. Para exemplificar, podemos citar o 
seringueiro Chico Mendes, que, mesmo em um momento político desfavorável, 
marcado pelo regime ditatorial, lutou por uma proposta de cunho socioambiental. 
Mesmo assim, as definições de desenvolvimento sustentável ou de 
sustentabilidade ainda são muito vagas. O conceito de desenvolvimento 
sustentável surgiunão só como uma noção fadada a produzir consenso, mas 
também como enigma a ser criticado pela sua vagueza, imprecisão e caráter 
contraditório. 
O próprio conceito oficial, elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio 
Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), é criticado. O desenvolvimento 
sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer 
a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. 
Podemos aprofundar essa discussão e conceituar sustentabilidade em 
relação ao meio ambiente e aos fatores sociais. A expressão sustentabilidade 
ambiental refere-se às condições sistêmicas a partir das quais as atividades 
humanas, em escala mundial ou em escala local, não perturbam os ciclos naturais 
além dos limites de resiliência dos ecossistemas nos quais são baseados; ao 
mesmo tempo, não empobrecem o capital natural que será herdado pelas 
gerações futuras. 
Os dois aspectos fundamentais da sustentabilidade ambiental são, 
portanto, a resiliência e o capital natural. A resiliência de um ecossistema consiste 
na sua capacidade de tolerar uma atividade que o perturba sem perder 
irreversivelmente seu equilíbrio. Já o capital natural define os recursos não 
renováveis, os quais, conjuntamente com a capacidade sistêmica do ambiente de 
reproduzir recursos renováveis, devem ser levados em conta como um todo. 
A sustentabilidade social diz respeito a condições sistêmicas por meio das 
quais, em nível mundial ou regional, as ações da sociedade não contrariam os 
valores da justiça e da responsabilidade pelo futuro, tendo como base a 
distribuição atual e a disponibilidade futura do espaço ambiental. 
Por espaço ambiental, compreende-se a extensão territorial necessária 
para manter um sistema nesse mesmo espaço de uma forma sustentável, ou seja, 
indica quanto ambiente uma pessoa, cidade, ou nação deve dispor para viver, 
produzir e consumir, sem desencadear fenômenos irreversíveis de deterioração. 
As questões emergentes quanto à sustentabilidade, discutidas 
sinteticamente nos parágrafos anteriores, alardeadas pela mídia e por 
 
 
6 
organizações intergovernamentais (Programa das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente – PNUMA; Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – 
PNUD, o Banco Mundial, o FMI, ONGs, entre outros), institucionalizaram o 
desenvolvimento sustentável, especialmente nas empresas, com um velocidade 
sem precedentes. 
Transformar uma organização inovadora em sustentável ou vice-versa 
pode ser um grande desafio, posto que inovação e sustentabilidade nem sempre 
andam juntas. Diante disso, compreende-se que uma organização inovadora 
sustentável não é a que introduz novidades de qualquer tipo, mas sim novidades 
que atendam às múltiplas dimensões da sustentabilidade em bases sistemáticas, 
de modo a colher resultados positivos para ela, para a sociedade e para o meio 
ambiente. 
Nesse sentido, a organização é inovadora e sustentável quando se 
preocupa com as seguintes dimensões da sustentabilidade: 
 Social: referente aos impactos sociais (desemprego, pobreza, exclusão 
etc.); 
 Ambiental: engloba os impactos ambientais (emissão de poluentes, uso 
indiscriminado de recursos naturais etc.); 
 Econômica: diz respeito a obtenção de lucro e vantagens competitivas. 
Esse conceito de organização inovadora e sustentável pode ser associado 
à ideia de ecoinovação, que, por sua vez, consiste na produção, assimilação ou 
exploração de um produto, processo de produção, serviço ou método de gestão 
ou de negócio, que é novo para a organização e que resulta, ao longo do seu ciclo 
de vida, em reduções de riscos ambientais, poluição e outros impactos negativos 
do uso de recursos, inclusive energia, em comparação com as alternativas 
pertinentes. 
No entanto, é importante ter consciência de que, se por um lado, as 
organizações inovadoras e sustentáveis podem contribuir com o meio ambiente, 
diminuindo a emissão de poluentes e o uso de recursos naturais, por outro, o 
aumento da demanda por novos produtos pode ter consequências inversas. 
Dessa forma, são necessárias algumas reflexões relativas à sustentabilidade das 
empresas em sus processos inovadores. 
 
 
 
7 
TEMA 4 – TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO APLICADAS À 
GESTÃO DA INOVAÇÃO 
A expansão e a evolução das formas de comunicação na sociedade, a 
valorização da informação e a velocidade com que ela se propaga, geram algumas 
consequências, incluindo-se, aí, as mudanças nos meios de produção. A 
informação, antes considerada um produto ou uma matéria-prima, passou a ser 
tratada como mercadoria. Paralelamente, a evolução das telecomunicações 
possibilitou o acesso à informação para um número maior de pessoas, assim 
como propiciou um aumento exponencial da capacidade de comunicação entre 
indivíduos de diferentes lugares e culturas. 
A nível mundial, a revolução tecnológica, por meio dos diferentes 
instrumentos de comunicação, promove mudanças importantes na sociedade, por 
conta da interdependência entre os países para o seu desenvolvimento. O 
crescente uso das redes sociais só alimentou esse fenômeno, criando uma 
sociedade interligada, que divide informações e conhecimento de interesse 
comum. 
Nesse contexto, informação, comunicação e conhecimento são requisitos 
para que as organizações obtenham sucesso, como já vimos antes. Assim, no 
século XXI, as empresas bem-sucedidas são aquelas centradas no conhecimento, 
no fluxo intenso de informações e em pessoas capacitadas participando das 
decisões. Vale salientar que as tecnologias de informação e comunicação têm 
como principais ferramentas os componentes de hardware, seus dispositivos 
periféricos; os diversos softwares e seus recursos; os sistemas de 
telecomunicações (internet, celulares, call centers etc.) e a gestão de dados e 
informações. Por meio dessas tecnologias, as empresas podem melhorar a sua 
capacidade, qualidade e disponibilidade de informações e conhecimentos 
essenciais, em relação a seus fornecedores e clientes. 
Entre os benefícios que as tecnologias de informação e comunicação 
trazem para as empresas, destaca-se o suporte à inovação, tanto de 
produtos quanto de processos e serviços. Além disso, a utilização das 
tecnologias da informação e comunicação, que objetiva a excelência 
operacional, requer tecnologia e mudanças no planejamento estratégico 
e na cultura organizacional. A tecnologia da informação e comunicação 
permeia, portanto, todas as áreas funcionais da empresa. Sua parte mais 
visível está na revolução que propiciou a automação de postos de 
trabalho em escritórios e postos de atendimento a clientes externos e 
internos. Tecnologias de automação de postos de trabalho e de 
atendimento incluem vários tipos de sistemas de telecomunicação e 
processamento de textos, planilhas eletrônicas e gráficos de 
 
 
8 
computador, base de dados online e offline, e-mail, intranet e internet. 
(Possoli, 2012, p. 17) 
Vejamos uma lista de como as tecnologias de diversas áreas funcionam 
em uma empresa: 
 Contabilidade: Tecnologia de planejamento e orçamento; Eletronic Data 
Interchange (EDI); tecnologia da informação; automação de escritórios; 
comércio eletrônico. 
 Engenharia: Tecnologia de produto; automação de escritórios; tecnologia 
da informação; tecnologia de processos; tecnologia de planta piloto; 
Computer-Aided Designer (CAD). 
 Finanças: Tecnologia de planejamento e orçamentação; automação de 
escritório; bases de dados online; tecnologia da informação. 
 Recursos humanos: Tecnologias de treinamento; automação de 
escritórios; avaliação de desempenho; pesquisa motivacional; tecnologia 
da informação. 
 Sistemas de informação: Hardware;base de dados; software; 
telecomunicações. 
TEMA 5 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, BANCOS DE DADOS, INTERNET E 
TELECOMUNICAÇÕES 
Na década de 1970, os principais processos administrativos e contábeis 
passavam por uma transição à automatização. Nessa época, a informática 
objetivava a montagem de sistemas de relatórios com informações sobre os 
diferentes níveis gerenciais das empresas. Para tanto, a tecnologia utilizada era a 
de processamento de dados, e envolvia equipamentos grandes, caros e 
inflexíveis. Tais equipamentos geravam grandes volumes de dados detalhados, 
com base em contabilidade. Muitas vezes, havia inconsistências, redundâncias e 
duplicidade nos dados. 
Nesse contexto, surgiu o conceito de Sistemas Gerenciados de Bancos de 
Dados (SGBD), que funcionavam como uma biblioteca de dados. Entretanto, o 
alto custo de montagem de sistemas de processamento de transações tornava 
inviáveis os gerenciadores de banco de dados. 
Apesar disso, ao deslocarem o foco para os dados e o gerenciamento de 
dados, os gerenciadores de bancos de dados representaram uma virada no papel 
 
 
9 
dos departamentos de informática. Cada vez mais, a área de sistemas iria se 
tornar uma peça fundamental na coordenação de infraestruturas corporativas 
equilibradas e relevantes, com uso decentralizado da Tecnologia da Informação. 
Embora não exista um modelo, os sistemas de informação podem ser 
classificados de diferentes formas, que incluem a abrangência da organização, o 
ciclo evolutivo e o planejamento estratégico, entre outras. Podemos classificar os 
sistemas de informação de acordo com o suporte a decisão. 
Quadro 1 – Classificação dos sistemas 
SISTEMAS OUTRAS DENOMINAÇÕES CARACTERÍSTICAS 
Sistemas de 
informação 
operacionais 
(SIO) 
 Sistema de apoio às 
operações empresariais 
 Sistemas de controle 
 Sistema de processamento 
de transações (SPT) 
Controlam os dados detalhados das 
operações referentes às funções 
organizacionais imprescindíveis ao 
funcionamento harmônico da organização, o 
que auxilia a tomada de decisão do corpo 
técnico das unidades departamentais. 
Sistemas de 
informações 
gerenciais 
(SIG) 
 Sistema de apoio à gestão 
empresarial 
 Sistemas gerenciais 
Contemplam o processamento de grupo de 
dados das transações operacionais, 
transformando-os em informações agrupadas 
para gestão, tais como: totais, percentuais, 
acumuladores, quantidades, plurais etc. 
Sistemas de 
informação 
estratégico 
(SIE) 
 Sistemas de informação 
executivos 
 Sistemas de suporte à 
decisão estratégica 
 EIS (Executive Information 
Systems) 
Englobam o processamento de grupos de 
dados das transações operacionais e 
gerenciais, transformando-os em informações 
estratégicas. Essas informações são 
apresentadas de forma macro, sempre 
relacionadas com o meio ambiente interno ou 
externo a organização. 
Dessa forma, percebemos que, a partir do conhecimento gerado pelos 
sistemas de informação e do armazenamento no banco de dados, as 
organizações adquirem ferramentas para inovar. 
5.1 Sistemas embasados na internet 
É inegável que a competitividade entre as organizações aumenta como 
consequência das tecnologias de informação e comunicação. Nesse contexto 
competitivo, os sistemas embasados na internet podem ser uma boa opção. 
Esses sistemas dizem respeito a serviço e aplicações que operam por meio de 
servidores, acessíveis por meio de navegadores conectados à internet de 
qualquer parte do mundo. Como exemplos de sistemas baseados em internet, 
podemos citar as intranets, os extranets, o comércio eletrônico ou virtual, os 
portais corporativos, os mercados e bolsas de valores eletrônicos e o comércio 
móvel (e-commerce). 
 
 
10 
Sistemas baseados na internet permitem a aquisição de vantagem 
competitiva, ao reduzir custos de marketing, de distribuição, dos produtos e do 
atendimento ao consumidor, além de melhorar os canais de comunicação com os 
clientes. O comércio eletrônico pode também aumentar a competitividade de uma 
empresa por meio de um aumento do conteúdo informacional do produto ao longo 
da cadeia de valor. 
A utilização desses sistemas potencializa os fluxos de informação. Dessa 
forma, quando falamos em fluxo externo, o uso de sistemas baseados na internet 
permite uma maior interação da organização com fornecedores e clientes. 
Internamente, o uso desses sistemas aumenta a interação entre os trabalhadores. 
A inovação pode resultar de ambas as relações, externas e internas. Além disso, 
a difusão de sistemas baseados em tecnologia reforça a flexibilidade das 
organizações de estimular a formação de redes. 
Aa constituição de reses é considerada importante porque a firma tem 
incertezas estáticas e dinâmicas no processo de escolha tecnológica, e assim 
desenvolve funções para lidar com essas incertezas. A integração das firmas em 
redes, o que caracteriza o paradigma da economia de conhecimento, permite a 
elas administrar as incertezas de modo mais eficiente – portanto, com impactos 
positivos sobre a competitividade. A redução de incertezas impulsiona o processo 
inovador e, consequentemente, a competitividade das firmas. 
5.2 Telecomunicações 
O viés técnico-econômico aplicado à gestão do conhecimento, que tem 
como uma de suas características a convergência entre a informática e as 
telecomunicações, tem gerado novas oportunidades de inovação para as 
organizações. 
A modernização na infraestrutura das telecomunicações, processo que 
vem acompanhado da implantação do novo paradigma, pode viabilizar a aquisição 
de novos conhecimentos científicos e tecnológicos. As tecnologias da informação 
e comunicação podem impulsionar as atividades de P&D, permitindo simulações 
e testes de novas tecnologias e aumentando o contato entre os pesquisadores. 
A convergência entre a informática e as telecomunicações, além de 
propiciar contato entre os pesquisadores, aumenta a competitividade entre as 
empresas, o que dá ensejo à inovação. O reforço da concorrência obriga as 
empresas a procurar formas aprimoradas de negócios globais, e assim a TI surge 
 
 
11 
cada vez mais frequentemente como uma solução. Dessa forma, as facilidades 
da internet e dos sistemas de telecomunicações geram oportunidades cada vez 
maiores e mais evidentes para compradores, vendedores, negociadores, 
competidores e atores de todo o mundo. 
 
 
 
 
12 
REFERÊNCIAS 
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Learning, 2007. 
CANONGIA, C. et al. Foresight, inteligência competitiva e gestão do 
conhecimento: instrumentos para a gestão da inovação. Gestão & Produção, 
2004. 
CARVALHO, H. G. de; REIS, D. R. dos; CAVALCANTE, M. B. Gestão da 
inovação. Curitiba: Aymará, 2011. 
FIGUEIREDO, P. N. Gestão da inovação: conceitos, métricas e experiências de 
empresas no Brasil. São Paulo: LTC, 2009. 
POSSOLI, G. E. Gestão da inovação e do conhecimento. Curitiba: 
InterSaberes, 2012. 
REIS, D. R. dos. Gestão da inovação tecnológica. Barueri: Manole, 2008. 
SCHERER, F. O.; CARLOMAGNO, M. S. Gestão da inovação na prática: como 
aplicar conceitos e ferramentas para alavancar a inovação. São Paulo: Atlas, 
2000. 
TAKAHASHI, S.; TAKAHASHI, V. P. Gestão de inovação de produtos: 
estratégia, processo, organização e conhecimento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da inovação. Porto Alegre: Bookman Editora, 
2015. 
TIGRE, P. B. Gestão da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 
_____. Gestão da inovação: a economia da tecnologia no Brasil. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
TOMAEL, M. I.; ALCARÁ, A. R.; DI CHIARA, I. G. Das redes sociais à inovação. 
Ciênciada Informação, v. 34, n. 2, 2005.

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