Buscar

Afecções cirúrgicas do TGI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Afecções cirúrgicas do TGI 
• Afecções cirúrgicas frequentes em cães e gatos (Papazoglou et al., 2010) 
• Geralmente envolvem afecções obstrutivas do sistema gastrintestinal (Radlinsky, 2013) 
• Afecções que causam importantes alterações hemodinâmicas e sépticas (Brown, 2003) 
• Avaliação pré-operatória 
 
Esôfago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esofago cervical – à 
esquerda da traqueia 
Torácico – dorsal à 
traquéia 
Chegando na carina, 
ele fica lateral 
novamente 
 
 Materiais e métodos cirúrgicos 
• Fio de sutura: não absorvível, pois o absorvível pode perder a tensão mais rapidamente 
causando deiscência de pontos desfavorecendo a cicatrização 
• Diametro adequado e tipo de agulha: não traumática para não perfurar o esôfago e 
vazar conteúdo, d3-0 
• Força do nó: com tensão, mas não apertado demais para não dar isquemia no tecido 
• Padrão de sutura: ponto interrompido 
 
Principais afecções cirúrgicas do esôfago 
Esôfago cervical – acesso ventral 
Torácico – entrada do tórax até a carina, acesso é por toracotomia intercostal esquerda 
Após passar a carina, o acesso é feito por toracotomia intercostal direita 
Tratamento de eleição: 
endoscopia para evitar ao 
máximo a esofagotomia 
 
Conceito: 
• Incisão no lúmen esofágico 
 
Indicação: 
• Corpo estranho 
• Perfuração 
• Fístulas 
• Neoplasia 
• Estenoses 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Engasgo: para cães pequenos, é 
possível apertar o tórax para 
tentar expulsar o conteúdo. Cães 
grandes, dar um soco na boca do 
estomago 
 
Megaesofago adquirido X 2° à persistência do arco aórtico 
2° → Dilatação imediatamente cranial ao estrangulamento do 4° arco aórtico, dilatado na base do 
coração, depois ele segue normalmente. Normal em animais jovens. 
Idiopático/adquirido → Dilatação em qualquer segmento do esôfago (cranial, média, caudal). Pensar 
depois na causa 
Filhote com megaesôfago, apresentou magreza 
excessiva e apetite voraz; observar a dilatação na 
região que está sendo palpada. Observar na 
radiografia contrastada a dilatação na base do 
coração e depois o esôfago segue normal. O 
tratamento consiste na secção do 4° arco aórtico e 
distende o esôfago. O acesso deve ser feito por 
toracotomia esquerda no 4° espaço intercostal. 
Fazer a divulsão, a ligadura e seccionar o anel 
fibroso, será observada uma reentrância no esôfago 
no local que o anel estava, passar sonda com Cuffin 
e inflar para o esôfago dilatar e o alimento passar 
normalmente. 
Casos como esse devem sofrer intervenção o mais 
cedo possível pois não há tempo de lesionar o nervo 
do esôfago e ele consegue se recuperar. 
Estômago 
• Capacidade: Cães: 100 – 7000ml/ Gatos: 300-350ml 
• Materiais e métodos cirúrgicos 
▪ Fios de sutura: não absorvível 
▪ Diâmetro adequado e tipo de agulha: atraumática e d22-0/3-0, depende do 
porte 
▪ Força do nó: com tensão, mas sem muita pressão 
▪ Padrão de sutura: em dupla camada, 1° camada simples contínuo espessura 
total (serosa, muscular, submucosa e mucosa). 2° camada invaginante 
espessura parcial (serosa, muscular e submucosa) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais afecções cirúrgicas do estômago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sinais clínicos 
• Emese 
• Dor/Desconforto abdominal 
• Anorexia/Hiporexia 
• Apatia 
• Distensão abdominal 
• Diarreia (rara, porém pode acontecer devido às secreções inflamatórias) 
• Emese CE obstrutivo em piloro/início de duodeno: frequência grande de vômitos em 
jatos 
Diagnóstico 
• Endoscopia 
• Raio X – mais fácil, porém limitado pois o CE precisa ser 
radiopaco 
• Ultrassom 
Gastrotomia: Exposição do estômago e proteger a cavidade abdominal. 
Fazer a incisão na transição corpo-antro e escolher a área menos 
vascularizada; remover o CE e fazer a gastrorrafia em dupla camada 
 
 
 
 
 
 
Incisão na parede pegando 
serosa, muscular e 
submucosa, mucosa 
permanece intacta. 
Mucosa sofre protusão 
e aumenta luz do piloro 
Incisão na longitudinal e sutura na 
transversal aumentando o 
diâmetro e a luz do órgão 
Incisão em Y, pegando a região do 
piloro e fazer a sutura em V 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dilatação/Torção gástrica 
• Incidência: tórax profundo e grande porte 
• Idade variável 
• Sobrecarga alimentar 
• Exercício pós-prandial 
• Alterações no piloro 
• Fermentação do alimento no estomâgo 
• Origem: acúmulo de gás e líquido no estômago, falha nos mecanismos de eructação, 
vômito e esvaziamento pilórico. 
• Dilatação antecede a torção 
Normalmente acomete a região do piloro. É feita uma gastrectomia parcial e anastomose, o antro 
é unido ao duodeno. Há dois tipos de anastomose: término-terminal, final do estômago com o 
intestino, diminuir um pouco a circunferência estomacal para que consiga ser unida ao intestino; 
a outra técnica consiste em ocluir a terminação do estômago e fazer uma nova abertura lateral ao 
estômago e fazer a união término-lateral. 
Pós operatório: 
• Atbs, antiinflamatórios, etc 
• Manter o paciente em jejum até no máximo de 12 horas para fazer a 
reintrodução alimentar 
• Não passar esse tempo pois a mucosa precisa de alimento para se manter 
viável pois pode ocorrer atrofia das vilosidades e perda na capacidade 
absorção dos nutrientes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síndrome da reperfusão 
Ausência de oxigênio e subsequente fornecimento de oxigênio abrupta, promovendo liberação 
de radicais livres e ativação do processo inflamatório generalizado, causando aumento da 
permeabilidade vascular, edema tecidual, insuficiência respiratória, lesão em epitélio intestinal 
(choque endotóxico), além de dano cerebral por lesão neuronal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A. Começo da distensão 
B. Mudança no ângulo do piloro e da 
cárdia, piloro começa a deslocar 
cranialmente e passa por baixo do 
estômago 
C. Torção em sentido sempre horário 
D. Dilatação 
Gastrectomia parcial 
• Necrose: Coloração de verde-acinzentado a preto 
• Margem de tecido saudável 1 cm – Invaginação (Cushing) 
• Invaginação 
▪ Úlcera 
▪ Necrose 
Gastropexia 
• Feita para prevenir rescidiva 
• Aderir estômago na parede corporal, a região do piloro 
• DVG 
• Hérnia Hiato 
• Gastropexia circuncostal 
• Gastropexia em alça 
• Gastropexia com flap muscular 
 
Afecções cirúrgicas intestinais 
• Afecções cirúrgicas frequentes em cães e gatos (Papazoglou et al., 2010) 
• Afecções que causam importantes alterações hemodinâmicas e sépticas (Brown, 2003) 
Importância da avaliação pré-operatória 
• Geralmente envolvem afecções obstrutivas do sistema gastrintestinal (Radlinsky, 
2013) 
• Importância da avaliação pré-operatória 
Princípios da cirurgia intestinal 
Anatomia cirúrgica 
 
• Materiais e métodos cirúrgicos 
▪ Fios de sutura → absorvível (monofilamentar - ambiente contaminado/ 
caprofil e vycril) ou não absorvivel (nylon). Levar em conta o ambiente 
cirurgico - muita inflamação na alça intestinal (não absorvível para não perder 
a tensão antes da cicatrização) 
▪ Diâmetro adequado e tipo de agulha → atraumatica; d2-0/3-0/4-0, depende do 
paciente 
▪ Força do nó → com tensão, mas sem força 
▪ Padrão de sutura →camada única, simples interrompido 
• Risco elevado de contaminação bacteriana 
▪ Ferida potencialmente contaminada 
▪ Técnicas assépticas - Expor a alça e proteger todo o abdomen com compressa 
caso o conteúdo extravase e não atingi-lo 
▪ Terapia antimicrobiana profilática - cefalotina ou cefazolina 
• Viabilidade intestinal: 
▪ Coloração 
▪ Peristaltismo 
▪ Pulsação 
▪ Textura e sangramento após incisão 
▪ Alteração em pelo menos um dos parâmetros → ressecção - alteração duvidosa 
• Proteção da ferida cirúrgica intestinal 
▪ Omentalização 
▪ Retalho na serosa 
 
 
Considerações pós-operatórias importantes 
• Monitoramento (estabilização e infecção) 
▪ Paciente em urgência deve ser estabilizado, restabelecendo o equilíbrio 
hidroeletrolítico e fazer antibioticoterapiaprofilática 
▪ Paciente com ruptura de alça entrar em emergência 
• Retorno à alimentação 
▪ Jejum necessário na maioria dos pacientes, não existe mínimo, é de acordo com 
o caso, o limite máximo é de 12 horas. Não pode ser muito tempo pois corre 
risco da atrofia das vilosidades; oferecer sache ou papa da nestle aquecida 
• Identificação precoce das complicações 
▪ Deiscência de sutura, dor, distensão abdominal, febre, prostração, vômito, pode 
parar de se alimentar 
Corpos estranhos intestinais 
• Maior prevalência em pequenos animais 
• Ingestão de objetos estranhos 
• Mais comum em filhotes de cães e gatos 
• GRANDE POTENCIAL PARA OBSTRUÇÃO 
• Pontos de obstrução: orofaringe, base docoração, cárdia, piloro e ID 
• Avaliar o nível de desidratação, se está em síndrome obstrutiva ou se está séptico 
para fazer uma abordagem rápida, racional e criteriosa 
Pontos importantes: 
• Estabilização do paciente 
• Tratamento cirúrgico 
• Pós-operatório assistido 
• Tratamento conservador: 
▪ Esperar o trânsito gastrointestinal, esperar a eliminação. Porém é pouco 
efetivo, a eliminação ocorre poucas vezes, aumentando o risco de 
complicações (perfuração, obstrução etc.) 
• Tratamento cirúrgico: 
▪ Mais indicado 
▪ Incisão é feita sobre a serosa intacta 
▪ Caudal ao CE 
▪ Evitar o extravasamento – auxiliar pinça a alça cranial e caudal ao corpo 
estranho com o dedo 
▪ Enterorrafia feita com fio absorvível ou não absorvível com pontos 
simples separado 
 
 
 
Corpos estranhos lineares 
• Objetos de conformação linear 
• Comum em cães e gatos filhotes 
• Potencial causa de obstrução 
• Pode causar pregueamento das alças intestinais pois a ponta fica presa em algum local 
e o restante segue o trânsito gastrointestinal. 
• Geralmente em gatos, o CE fica preso embaixo da língua ou no estômago 
• Quando ocorre o plissamento das alças e há demora no tratamento, a borda 
mesentérica do intestino pode se romper 
• Tratamento 
▪ Não deve ser tracionado 
▪ Fazer diversas enterotomias e tracionar, cortar e tirar aos poucos; sempre 
caudal para cranial. Quando está preso ao estômago, associar com gastrotomia 
 
 
Intussuscepção 
• É uma invaginação de um segmento intestinal (intussuscepto) no interior do lúmen de 
um segmento adjacente (intussuscepiente) 
• Ocorre por hipermotilidade, seguimento cranial contrai quando o seguimento caudal 
relaxa fazendo com que o primeiro sendo o intussuscepto e o outro, intussuscipiente 
• Pontos chaves na abordagem terapêutica: 
▪ Estabilização do paciente – antibiótico, analgesia, fluidoterapia 
▪ Causa base – CE linear, diarreia viral (parvovirose), diarreia verminótica 
▪ Tratamento cirúrgico 
• Pode tentar desfazer manualmente, ordenhando o caudal e tracionando o cranial, mas 
nem sempre é possível desfazer 
• Se não conseguir, fazer enterotomia e enteroanastomose do seguimento acometido 
• Prevenção: 
▪ Remover a causa base 
▪ Plicatura intestinal: fazer diversos pontos de serosa com serosa em zigue-zague 
 
Prolapso de reto – Comum em filhotes e em animais com dificuldade em defecar. O tratamento 
é feito com redução do prolapso e sutura em boca de fumo. Para prevenir recidiva, fazer 
colopexia. 
 
Megacólon – Ocorre em animais com dificuldade de defecar, com problemas na coluna ou que 
já sofreram fratura de coxal e há diminuição do canal pélvico; o paciente não consegue defecar 
normalmente e ocorre acúmulo de fezes levando à dilatação do cólon. O tratamento consiste 
em fazer um enema a princípio para tentar amolecer as fezes com soro aquecido com óleo 
minera e manter alguns dias com lactulona via oral. Algumas vezes, a dilatação é tão intensa que 
faz lesão nervosa e ocorre perda da motilidade, nesses casos, fazer colectomia. 
Fecaloma – Fezes petrificadas, fazer colectomia. 
 
Excisão da glândula adanal – Pode ser feita em casos de inflamação ou infecção quando o 
tratamento clínico não apresenta resultado; apesar de não ter função, sua remoção não é 
recomendada pois o animal pode apresentar incontinência fecal. A técnica fechada consiste em 
incisionar a pele longe do ânus após inserção de cânula para referenciar a localização, 
divulsionar, remover a glândula e suturar a pele. Na aberta, faz a incisão a partir do orifício anal, 
tem maior probabilidade do paciente apresentar incontinência. 
 
Neoplasia: Incisão em 360° e remover a neoplasia. 
 
 
Prolapso retal X Intussuscepção prolapsada – Diferenciar fazendo exame com o termômetro 
colocando-o na transição prolapso – ânus, se o termômetro não progredir, é prolapso; caso 
progrida, é intussuscepção

Continue navegando