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Disciplina: EEL0023 - EDUC., CULT. E DI Período Acad.: 2020.3 EAD (G) / AVS Aluno: Matrícula: Turma: Prezado(a) Aluno(a), Responda a todas as questões com atenção. Somente clique no botão FINALIZAR PROVA ao ter certeza de que respondeu a todas as questões e que não precisará mais alterá-las. A prova será SEM consulta. O aluno poderá fazer uso, durante a prova, de uma folha em branco, para rascunho. Nesta folha não será permitido qualquer tipo de anotação prévia, cabendo ao aplicador, nestes casos, recolher a folha de rascunho do aluno. Valor da prova: 10 pontos. 1 ponto 1. Uma das principais características da educação durante a Idade Média foi a dominação da Igreja Católica. Assinale, entre as alternativas abaixo, aquela que melhor define essa dominação. (Ref.: 202006736854) O poder da Igreja Católica em controlar a educação medieval era restrito às escolas de arte sacra. Já as escolas especializadas nos estudos científicos gozavam de relativa autonomia. O poder da Igreja Católica em controlar a educação medieval era restrito à Península Ibérica, pois, na França, Itália e a na Inglaterra, o ensino era completamente autônomo e independente O poder da Igreja Católica sobre a educação medieval era total e pode ser observado em todos os espaços onde circulava algum tipo de conhecimento. O poder da Igreja Católica sobre a educação medieval era sentido apenas nas escolas especializadas no ensino das tradições populares, pois o ensino erudito já era laico desde o século II. O poder da Igreja Católica era grande, o que não quer dizer que fosse total, pois existiam espaços de circulação de conhecimento popular que eram relativamente autônomos. 1 ponto 2. Ao tratar da perspectiva multicultural no projeto político-pedagógico, Resende (In: VEIGA, 1998) compreende o multiculturalismo na imbricação de dois significados: no reconhecimento da diversidade e no caráter intervencionista das ações, desvelando o cotidiano das pessoas, permeado pelas disputas de relações de poder construídas socialmente de forma desigual. Segundo a autora, abordar o caráter multicultural como transversalidade de um fazer e um pensar no mundo requer: (Ref.: 202006736862) A compreensão de um retrospecto histórico que explica a faceta relativa à dificuldade comumente encontrada em adotar uma postura multicultural nos mais diferentes campos de atuação. O reconhecimento da importância de valores neoliberais na construção de um projeto político-pedagógico que vise ao nivelamento dos participantes da comunidade escolar e à eliminação das diferenças interindividuais. A valorização de uma monocultura escolar que se expressa pela impermeabilidade em relação tanto às realidades diversas como ao multifacetado mundo das crianças e dos adolescentes. O movimento desintegrador de algumas culturas, fundado na desvalorização da diversidade cultural dos povos, atingindo a convivência com o outro, elemento indispensável ao projeto político-pedagógico. A aceitação da cultura dominante em sala de aula, a qual corresponde à visão de determinados grupos sociais quanto ao currículo e aos conteúdos e objetivos escolares. 1 ponto 3. As expressões linguísticas, artístico-culturais e estéticas presentes na sociabilidade dos grupos das periferias, além de atentar para seus múltiplos significados políticos, devem fazer parte do planejamentos dos professores, pois enfocam expressões presentes na produção cultura (Ref.: 202006735285) das periferias internacionais. de grupos urbanos marginalizados. dos autores da coletânea. do público das cidades brasileiras. de grupos de leitores contemporâneos. 1 ponto 4. "Todo brasileiro, mesmo o alvo, de cabelo louro, traz na alma, quando não na alma e no corpo há muita gente de jenipapo ou mancha mongólica pelo Brasil a sombra, ou pelo menos a pinta, do indígena ou do negro. No litoral, do Maranhão ao Rio Grande do Sul, e em Minas Gerais, principalmente do negro. A influência direta, ou vaga e remota, do africano. Na ternura, na mímica excessiva, no catolicismo em que se deliciam nossos sentidos, na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava ou sinhama que nos embalou. Que nos deu de mamar. Que nos deu de comer, ela própria amolengando na mão o bolão de comida. FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala, 2005 [1933], p. 367. Com base na leitura dos textos acima, é correto afirmar que: (Ref.: 202006736885) segundo as ideias do texto, no Brasil foi necessária a realização de medidas formais para separar negros de brancos o texto traz a ideia da necessidade de distinguir raça de cultura, pois algumas diferenças existentes entre brancos e negros seriam de ordem cultural, e não racial. a chamada democracia racial é uma expressão normalmente atribuída a Florestan Fernandes, que defendia essa ideia sobre o Brasil. o Brasil seria um país miscigenado não apenas no plano biológico, mas também no cultural. as relações raciais no Brasil correlacionadas as desigualdades raciais com outros fatores. 1 ponto 5. Sobre o Referencial Nacional para as Escolas Indígenas (RCNE/Indígena), assinale a alternativa correta: (Ref.: 202006736887) Comunidade educativa indígena: os povos indígenas possuem processos próprios de socialização que são superiores aos processos de socialização de não indígenas, corrompidos pela experiência histórica nas cidades. São princípios do RCNE/Indígena: multietnicidade, pluralidade e diversidade, todos eles decorrentes da formação pluriétnica da população brasileira. São princípios do RCNE/Indígena a tolerância genérica enquadrando as comunidades indígenas como comunidades especiais e com o direito a existirem, caso mantenham sua cultura original. Educação intercultural, comunitária, específica e privilegiada: pois os povos indígenas devem ter prioridade em relação aos demais grupos sociais no acesso à educação. Autodeterminação do povos indígenas, em contraste com a submissão dos interesses da sociedade nacional às demandas territoriais indígenas. 1 ponto 6. As reformas do Brasil Independente modificaram a condição dos homens negros no Brasil no que tange à educação. São elementos componentes deste momento: (Ref.: 202006736873) O grande número de alforriados, em especial, nos centros urbanos. As propostas de André Rebouças para educar a população negra. As reformas de Rivadávia Correa. A Lei do Ventre Livre, que obrigava aos senhores a darem educação básica aos jovens que tinham direito à liberdade. O apoio recebido pela Princesa Isabel no suporte à educação dos jovens negros. 1 ponto 7. Um desafio compartilhado por diferentes povos indígenas na implementação e continuidade da escola indígena diz respeito à demanda por professores(as) indígenas. Sobre isso assinale a alternativa incorreta: (Ref.: 202006736890) A exemplo da experiência dos Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do Sul, a demanda por professores(as) indígenas levou ao desenvolvimento de cursos específicos de formação de professores(as) indígenas. A presença de professores(as) indígenas nas escolas indígenas é uma realidade que dialoga diretamente com os princípios da interculturalidade e da educação diferenciada. A Escola indígena deve ser entendida como uma modalidade própria, comunitária, com professores especializados, de preferência que dialoguem com a da comunidade, sem aspecto segregacionista, mas optativo dentro da própria comunidade em especial na educação infantil. A demanda exclusiva por professores(as)indígenas atuando nas escolas indígenas é uma constante entre todas as etnias, sem distinção. No contexto da Educação Escolar Indígena, a demanda por professores(as) indígenas e a presença de estudantes indígenas em cursos regulares e licenciaturas indígenas nas Universidades Públicas são faces de um mesmo processo. 1 ponto 8. A história da evolução do debate desenvolvido pela Unesco a respeito da diversidade foi sintetizada na Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural. Segundo essa síntese, a discussão é desenrolada em quatro fases, sendo a terceira fase: (Ref.: 202006736299) Em sua reação aos efeitos homogeneizantes característicos da força e da ideologia dos Estados imperialistas que emergiram com a Guerra Fria. Tem como característica a correlação entre cultura e democracia, enfatizando a indispensabilidade do princípio da tolerância, não apenas entre as nações, mas, sobretudo, no interior delas. Passou a abranger também a questão da identidade individual e étnico-racial Com a ideia de diversidade tinha um sentido ainda restrito às relações entre os Estados-nação, entendidos como uma unidade de composição cultural homogênea. Desenrolou-se quando o conceito de cultura foi associado ao princípio do desenvolvimento, isto é, quando se reconheceu que a valorização da cultura é uma aliada não apenas dos processos de paz, mas também do desenvolvimento de melhores índices econômicos. 1 ponto 9. Estatuto da Frente Negra Brasileira (FNB) - Art. 1º ‒ Fica fundada nesta cidade de São Paulo, para se irradiar por todo o Brasil, a Frente Negra Brasileira, união política e social da Gente Negra Nacional, para a afirmação dos direitos históricos da mesma, em virtude da sua atividade material e moral no passado e para reivindicação de seus direitos sociais e políticos, atuais, na Comunhão Brasileira. (Diário Oficial do Estado de São Paulo, 4 nov. 1931) Quando foi fechada pela ditadura do Estado Novo, em 1937, a FNB caracterizava-se como uma organização: (Ref.: 202006736877) Paramilitar, voltada para o alistamento de negros na luta contra as oligarquias regionais. Beneficente, dedicada ao auxílio dos negros pobres brasileiros depois da Abolição. Internacionalista, ligada à exaltação da identidade das populações africanas em situação de diáspora. Política, engajada na luta por direitos sociais para a população negra no Brasil. Democrático-liberal, envolvida na Revolução Constitucionalista conduzida a partir de São Paulo. 1 ponto 10. (UEL ‒ 2010) No romance de Monteiro Lobato O Presidente Negro (1926), livro de ficção sobre os EUA, o personagem principal vê o futuro, o século XXI, ano de 2228, através de um porviroscópio, e tece algumas considerações sobre o estágio do choque das raças naquele contexto: [...] Até essa época a população negra representava um sexto da população total do país. A predominância do branco era, pois, esmagadora e de molde a não arrastar o americano a ver no negro um perigo sério. Mas com o proibicionismo coincidiu o surto das ideias eugenísticas de Francis Galton. As elites pensantes convenceram-se de que a restrição da natalidade se impunha por 1001 razões, resumíveis no velho truísmo: qualidade vale mais que quantidade. [...] Os brancos entraram a primar em qualidade, enquanto os negros persistiam em avultar em quantidade. [...] Mais tarde, quando a eugenia venceu em toda a linha e se criou o Ministério da Seleção Artificial, o surto negro já era imenso. [...] (Felizmente), muito cedo chegou o americano à conclusão de que os males do mundo vinham dos três pesos mortos que sobrecarregam a sociedade ‒ o vadio, o doente e o pobre. Em vez de combater esses pesos mortos por meio do castigo, do remédio e da esmola, como se faz hoje, adotou solução mais inteligente: suprimi-los. A eugenia deu cabo do primeiro, a higiene do segundo e a eficiência do último. LOBATO, M. O Presidente Negro. São Paulo: Globo, 2008, p. 97 e p. 117, grifos do autor. Assinale a alternativa que contém a figura que representa o ideal de branqueamento no Brasil do final do século XIX.
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