Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Microscopia e Técnicas Histológicas -O método mais utilizado em histologia e na patologia para análise dos tecidos ou fins diagnósticos é o preparado histológico permanente (lâmina histológica) Etapas: COLETA -Retirada de amostras biológicas de um determinado organismo ● Biópsia: retirar um pedaço de tecido, com organismo ainda está vivo, para observar o material ● Necropsia: procedimento utilizado para estudo anatômico de todos os órgãos ou tecidos de um indivíduo morto -A amostra retirada é denominada de ESPÉCIME -Alteração das células possibilita a chegada de um diagnóstico -FINS DIAGNÓSTICOS: o material é analisado pelo patologista- fornecerá laudo macroscópico da peça anatômica, como cor, tamanho e aparência obs.: em instituições credenciadas em procedimentos histopatológicos- o material deverá ser acompanhado de uma ficha com o pedido da análise histopatológico ➔ Tipos de Biópsia: A coleta da amostra depende da localização a) Biópsia cirúrgica: obtenção da amostra de tecido ou órgão em camada mais profunda da pele - Incisional: remove apenas uma porção do tecido/tumor - Excisional: remove todo o conteúdo tecidual/tumor b) Biópsia endoscópica: usada para órgãos ocos (estômago, intestino) através de um tubo flexível (endoscópio) que tem na ponta um chip responsável por capturar imagens c) Biópsia por agulha: a amostra é obtida pela punção do órgão (fígado, pulmão, mama), sem precisar abrir a cavidade natural d) Cirurgias amplas: a amostra corresponde a peças grandes (ex.: tumores) ou órgãos (ex.: mama, útero) FIXAÇÃO -Consiste na utilização de procedimentos (físicos ou químicos) para imobilizar os constituintes celulares e fornecer maior resistência para as etapas subsequentes -Retarda os efeitos post mortem do tecido, mantendo sua arquitetura normal: impedem a destruição das células por suas próprias enzimas (autólise) ou por ação bacteriana obs.: manter a morfologia o mais próximo da situação “in vivo”, permite endurecimento do material e uma coloração adequada ➔ Tipos de fixador: a célula depois de morta pode sofrer modificações e é preciso manter a integridade dela, para isso, utiliza-se um fixador a) Fixação física: utilizando-se calor ou frio b) Fixação química: soluções de agentes estabilizantes ou desnaturantes ➔ Classes de fixadores: ● Aldeídos ● Oxidantes ● Desnaturantes ● Combinação de reagentes -Um dos tipos mais comum de fixadores é o FORMOL, que às vezes é manipulado de forma que ele seja tamponado -Espessura da amostra: ● Influência na penetração do fixador no interior do tecido ● Amostra muito espessa: fixação lenta, autólise ● Redução do tamanho (também pode ser chamado de clivagem) -Tempo de fixação: ● Varia de acordo com o tamanho do fragmento do tecido, e o tipo de fixador (respeitar o tempo de cada fixador) ● Pode variar entre 4 e 24h até 48h obs.: o recomendado é: 20 vezes o volume de fixador em relação ao volume de fragmentos a serem fixados - Após o tempo indicado, deve-se proceder com a lavagem indicada para cada tipo de fixador DESIDRATAÇÃO -Transferência do fragmento para álcool (etanol) -Consiste na retirada de água do interior da célula a fim de permitir a impregnação da peça com parafina -São feitos banhos sucessivos em álcool de teor crescente (70-100%) -6 banhos em 1h cada CLARIFICAÇÃO -Preparação do tecido para a incorporação da parafina (tem que preencher o “local” onde teve a saída de água) -Remoção do álcool por xilol (solvente orgânico) -O tecido torna-se semi-translúcido, quase transparente -São feitos 2 banhos com xilol, cada um com 1h de duração -Outros agentes clareadores: toluol, clorofórmio, benzol.. IMPREGNAÇÃO/INCLUSÃO -É o emblocamento da parafina -Tecido é colocado em um molde coberto por parafina fundida a 60ºC (colocada em pequenos blocos) -Esse procedimento possibilita o corte do material -Tempo: 8h MICROTOMIA -Aparelho utilizado é o MICRÓTOMO -São obtidos cortes sucessivos, delgados e uniformes, a partir dos blocos de parafina com as peças incluídas -ANTES DO CORTE: ● Bloco de parafina é resfriado em uma PLACA REFRIGERADA a fim de facilitar o corte dos tecidos -CORTE: ● Micrótomo rotativo: navalha de aço- espessura dos cortes varia de 1 a 60um obs.: um=microtômeros → 1um= 0,001mm ● De um modo geral, são obtidos cortes entre 5 e 7um -Os cortes provenientes da microtomia ficam “enrugados” -Esses cortes são transferidos com auxílio de uma pinça ao banho maria (onde assumem a configuração de dobras retiradas) obs.: a água se encontra em 30ºC, abaixo do ponto de fusão da parafina utilizada -Uma vez que foram tiradas todas as rugas, é feito um esquema de “pescaria”, onde esses cortes são transferidos para uma lâmina de vidro previamente limpas e secas -Com o conteúdo na lâmina, é preciso tirar a parafina. Dessa forma, os cortes obtidos são transferidos para uma estufa entre 40-45ºC, para que aconteça a EVAPORAÇÃO DA PARAFINA → Passa, no mínimo, 2h ou um pernoite → No laboratório, cesmac, passa um tempo de 2h COLORAÇÃO -Tem a finalidade de dar contraste aos componentes dos tecidos, tornando-os visíveis e destacados uns dos outros -O mecanismo das colorações está relacionado a dois fatores: ● Corantes (o mais comum é o HE: combinação entre hematoxilina e eosina) ● Elementos a corar ➔ Tipos de corantes: a) Hematoxilina: corante básico que cora componentes ácidos ex.: cora os ácidos nucléicos presentes no núcleo das células- cor azul púrpura (roxa) b) Eosina: corante ácido que cora estruturas básicas de rosa ex.: atraída pelas proteínas do citoplasma da célula COMO QUE ISSO É FEITO? 3 banhos de xilol → 5 banhos de álcool → passa na água → passa na hematoxilina → passa na eosina -Para corar peças é necessário a retirada de resíduos de parafina e a hidratação da peça -Sequência de banhos em xilol e álcool -Após a hidratação, os cortes são corados de acordo com o procedimento mais apropriado para análise -Tudo isso é feito na CAPELA DE EXAUSTÃO MONTAGEM FINAL DA LÂMINA -Consiste em depositar uma gota de resina líquida sobre o corte que está aderido na lâmina de vidro e cobri-lo com uma lamínula: BÁLSAMO DO CANADÁ -Evitar as bolhas de ar que se formam durante a colocação da lamínula -A resina depois de seca garantirá uma lâmina permanente que poderá durar anos LEITURA EM MICROSCOPIA DE LUZ -Botão de macrofocalização e botão de microfocalização: ajustam o foco -Condensador: concentra os raios de luz -Diafragma: regula a quantidade de luz -Filtro: seleciona os raios de luz -Espelho: permite que a luz passe pelo espécime CORTES HISTOLÓGICOS → Problemas na interpretação dos cortes: ● Distorções e artefatos causados durante o processamento do tecido ● Visualização da totalidade do tecido ● Duas ou três dimensões
Compartilhar