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DEONTOLOGIA E LEGISLAÇÃO Lisiane Mezzomo Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer as condições gerais para as boas práticas de dispensação. Descrever a dispensação de medicamentos conforme a legislação vigente. Identificar as responsabilidades do farmacêutico no ato da dispensação. Introdução O processo de dispensação de medicamentos nas farmácias e drogarias, que está sob a responsabilidade do farmacêutico, foi estabelecido pela Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuti- cos e correlatos. Com o passar dos anos, surgiram novas definições das atividades farmacêuticas. Recentemente, em 2014, com a publicação da Lei nº. 13.021, de 8 de agosto de 2014, que dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas, a farmácia passou a disponibi- lizar serviços de assistência à saúde. Essa lei modificou as atribuições dos farmacêuticos e, como consequência, o papel dos serviços prestados por esse profissional, o que favoreceu a aproximação entre o profissional e o paciente, caracterizando a farmácia como um estabelecimento de saúde. Atualmente, o farmacêutico se apresenta como um membro da equipe de saúde de fácil acesso para assistência e aconselhamento em cuidados gerais de saúde. A sua atuação centrada no cuidado aos pa- cientes, não mais exclusivamente nos medicamentos, tornou o processo de dispensação uma ação essencial para a promoção da saúde e o uso racional de medicamentos. Neste capítulo, você vai ler sobre as boas práticas de dispensação, as normativas atualizadas sobre a dispensação de medicamentos e as respon- sabilidades inerentes ao profissional farmacêutico no ato da dispensação. Condições gerais para as boas práticas de dispensação A dispensação de medicamentos é uma das atividades farmacêuticas mais relevantes, pois, além de garantir o acesso ao medicamento, também visa disponibilizar informações ao paciente que possibilitem melhorar o seu uso, a adesão à farmacoterapia e, ainda, protegê-lo de possíveis resultados negativos em decorrência de problemas relacionados aos medicamentos, estimulando, dessa forma, o seu uso racional. A profissão farmacêutica foi regulamentada no Brasil pelo Decreto nº. 20.377, de 8 de setembro de 1931, que aprovou a regulamentação do exercício da profissão no Brasil. Anos depois, a Lei nº. 5.991/1973 regulamentou a responsabilidade técnica por estabelecimentos de dispensação de medicamentos como uma atividade privativa do farmacêutico. Posteriormente, o Decreto nº. 85.878, de 7 de abril de 1981, estabeleceu que o desempenho de funções de dispensação é atribuição privativa dos profissionais farmacêuticos. Em 2004, a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº. 338, de 6 de maio de 2004 (BRASIL, 2004), aprovou a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, que tem, entre as suas ações, a promoção do uso racional de medicamentos por intermédio de ações que disciplinem a prescrição, a dis- pensação e o consumo. Essas ações baseiam-se no fato de que o uso adequado dos medicamentos não depende apenas de uma prescrição de qualidade, mas também da dispensação responsável. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº. 44, de 17 de agosto de 2009 (BRASIL, 2009), dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, a dispensação, a comercialização de produtos e a prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e droga- rias. Além disso, objetiva estabelecer os requisitos gerais de boas práticas a serem observados na assistência farmacêutica aplicada à aquisição, ao armazenamento, à conservação e à dispensação de produtos industrializados em farmácias e drogarias. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias2 As boas práticas farmacêuticas envolvem o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com a finalidade de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. A RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009) determina que, além de medicamentos, o comércio e a dispensação de determinados correlatos poderão ser extensivos às farmácias e drogarias em todo o território nacional, conforme relação, requisitos e condições estabelecidos na legislação sanitária. Alguns conceitos relacionados ao processo de dispensação são definidos pela Lei nº. 5.991/1973 (BRASIL, 1973): Estabelecimento — unidade da empresa destinada ao comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Farmácia — estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêu- ticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Drogaria — estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medica- mentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais. Ervanaria — estabelecimento que realize dispensação de plantas medicinais. Dispensário de medicamentos — setor de fornecimento de medicamentos industrializados, privativo de pequena unidade hospitalar ou equivalente. A RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009) determina que o estabelecimento farmacêutico deve assegurar ao usuário o direito à informação e orientação quanto ao uso de medicamentos, por meio da observância dos seguintes itens: o estabelecimento deve manter à disposição dos usuários, em local de fácil visualização e de modo a permitir a imediata identificação, uma lista atualizada dos medicamentos genéricos comercializados no País; são elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da posologia, a influência dos alimentos, a interação com 3Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação do produto; os medicamentos sujeitos à prescrição somente podem ser dispensados mediante apresentação da respectiva receita. Para consultar a lista atualizada de medicamentos genéricos comercializados no País, acesse o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). https://goo.gl/dsYaQD A Figura 1 ilustra a prescrição de medicamento. Figura 1. Exemplo de prescrição de medicamento. Fonte: Madruga e Souza (2009, documento on-line). A Portaria nº. 344, de 12 de maio de 1998, traz as seguintes definições (BRASIL, 1998): Prescrição de medicamento — escrita em língua portuguesa, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente ha- bilitado, quer seja de formulação magistral ou de produto industrializado. Medicamento — produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou ela- borado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias4 Droga — substância ou matéria-prima que tenha finalidade medica- mentosa ou sanitária. Produto — toda substância, mistura de substâncias, vegetais ou parte de vegetais, fungos ou bactérias, que sofreram ou não transformação, manipulação ou industrialização, e com possibilidade de ser ingerido ou administrado a homem ou animal. Dispensação de medicamentos A dispensação de medicamentos é um serviço privativo do farmacêutico e uma das principais atividades desempenhadas por esse profi ssional. Ela permite estabelecer uma relação de proximidade e confi ança com o paciente, pois, durante a dispensação, o farmacêutico analisa a prescrição, orienta sobre o uso adequado dos medicamentos, os seus possíveis riscos, a sua conservação e o seu descarte. Assim, o fluxo da informação que inicia durante a consulta médica tem continuidadena farmácia, dessa forma, a orientação farmacêutica garante ao paciente a entrega adequada e racional dos medicamentos. A RDC nº. 20, de 5 de maio de 2011, dispõe sobre o controle de medica- mentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. A referida RDC traz as seguintes definições (BRASIL, 2011): Dispensação — ato do profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente, como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Nesse ato, o farmacêutico informa e orienta ao paciente sobre o uso adequado desse medicamento. São elementos importantes dessa orien- tação, entre outros, a ênfase no cumprimento do regime posológico, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação do produto. Receita — documento, de caráter sanitário, normalizado e obrigatório mediante o qual profissionais legalmente habilitados e no âmbito das suas competências prescrevem aos pacientes os medicamentos sujeitos à prescrição, para sua dispensação por um farmacêutico ou sob sua supervisão em farmácia e drogarias ou em outros estabelecimentos de saúde, devidamente autorizados para a dispensação de medicamentos. 5Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias Recentemente publicada, a Lei nº. 13.732, de 8 de novembro de 2018, determinou que o receituário de medicamentos é válido em todo o território nacional, indepen- dentemente da unidade da federação em que tenha sido emitido, inclusive o de medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial. A RDC nº. 44/2009 determina que o farmacêutico deve avaliar as receitas observando os seguintes itens (BRASIL, 2009): legibilidade e ausência de rasuras e emendas; identificação do usuário; identificação de medicamento, concentração, dosagem, forma farma- cêutica e quantidade; modo de usar ou posologia; duração do tratamento; local e data da emissão; assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no respectivo conselho profissional. O prescritor deve ser contatado para esclarecer eventuais problemas ou dúvidas detectadas no momento da avaliação da receita. Além disso, não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis ou que possam induzir a erro ou confusão. No momento da dispensação dos medicamentos, deve ser feita a inspeção visual para verificar, no mínimo, a identificação do medicamento, o prazo de validade e a integridade da embalagem. O usuário deve ser alertado quando for dispensado produto com prazo de validade próximo ao seu vencimento. É vedado dispensar medicamentos cuja posologia para o tratamento não possa ser concluída no prazo de validade. Também é vedada a captação de receitas contendo prescrições magistrais e oficinais em drogarias, ervanarias e postos de medicamentos, ainda que em filiais da mesma empresa, bem como a intermediação entre empresas. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias6 A Anvisa expediu uma Nota Técnica sobre a RDC nº. 20/2011, determinando que, nos casos de antimicrobianos solicitados de forma remota, a receita deve ser retirada na casa do paciente e conferida pelo farmacêutico na farmácia/ drogaria. Caso a receita esteja corretamente preenchida, o medicamento poderá ser dispensado (BRASIL, 2011). Sobre a solicitação remota para dispensação de medicamentos, somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem realizar a dispensação de medicamentos solicitados por meio remoto, como telefone, fac-símile (fax) e internet. Porém, para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição, são imprescindíveis a apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico. Também é vedada a comercialização de medicamentos sujeitos a controle especial solicitados por meio remoto. A Nota Técnica sobre a RDC nº. 20/2011 orienta ainda que, junto ao medicamento solicitado, deve ser entregue cartão ou material impresso equivalente, com o nome do farmacêutico, telefone e endereço do estabele- cimento, contendo recomendação ao usuário para que entre em contato em caso de dúvidas ou para receber orientações relativas ao uso do medicamento (BRASIL, 2011). A dispensação de medicamentos antimicrobianos é regulamentada pela RDC nº. 20/2011. Essa resolução determina que não há modelo de receita específico para a prescrição desses medicamentos, porém ela deve ser prescrita de forma legível, sem rasuras, em duas vias e contendo os seguintes dados obrigatórios (BRASIL, 2011): identificação do paciente: nome completo, idade e sexo; nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de De- nominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos); identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Coren ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo); data da emissão. 7Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias A receita de antimicrobianos é válida em todo o território nacional, por 10 dias a contar da data da sua emissão. A dispensação de medicamentos à base de substâncias sujeitas a controle especial é regulamentada pela Portaria nº. 344/1998 (BRASIL, 1998). A normativa mais recente — a RDC nº. 18, de 13 de maio de 2015 — traz a última atualiza- ção do Anexo I, referente às listas de substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle especial. Segundo a Portaria nº. 344/1998, também se enquadram na classificação de medicamentos controlados: substâncias anabolizantes; substâncias abortivas ou que causam má-formação fetal; substâncias que podem originar psicotrópicos; insumos utilizados na fabricação de entorpecentes e psicotrópicos; plantas utilizadas na fabricação de entorpecentes; entorpecentes; substâncias químicas de uso das forças armadas; substâncias de uso proibido no Brasil. Modelos de receitas e notificações de receitas A notifi cação de receita é um documento padronizado destinado à notifi cação da prescrição de medicamentos. Em outras palavras, é um documento padro- nizado que, acompanhado da receita, autoriza a dispensação de medicamentos das listas: A1 e A2 (entorpecentes); A3 e B1 (psicotrópicos); B2 (psicotrópicos anorexígenos); C2 (retinoides para uso sistêmico); C3 (imunossupressores). Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias8 Os tipos de notificações são: entorpecentes (cor amarela); psicotrópicos (cor azul); retinoides de uso sistêmico e imunossupressores (cor branca). A notificação relacionada a entorpecentes e psicotrópicos deverá ser firmada por profissional devidamente inscrito no Conselho Regional de Me- dicina (CRM), no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) ou no Conselho Regional de Odontologia (CRO). A notificação relacionada a retinoides de uso sistêmico e imunossu- pressores deverá ser firmada exclusivamente por profissional devidamente inscrito no CRM. A notificação de receita deverá estar preenchida de forma legível, sendo a quantidade em algarismos arábicos por extenso, sem emenda ou rasura. Deve conter somente uma substância e ficará retida pela farmácia ou drogaria no momento da compra do medicamento. A receita deve ser devolvida ao paciente devidamente carimbada, como comprovante do aviamento ou da dispensação. A notificação de receita tipo A (cor amarela) é destinada a medicamen- tos relacionados nas listas A1 e A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos). A prescrição é válida por 30 dias. A quantidade máxima da receita equivale a 30 dias de tratamento (Figura 2). Figura 2: Notificação de receita tipo A. 9Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias A notificaçãoda receita tipo B1 (cor azul) é destinada a medicamentos relacionados na lista B1 (psicotrópicos). A prescrição é válida por 30 dias. A quantidade máxima de medicamentos prescritos equivale a 60 dias de tratamento (Figura 3). Figura 3. Notificação de receita tipo B1. A notificação de receita tipo B2 (cor azul) é destinada a medicamentos relacionados na lista B2 (psicotrópicos anorexígenos). A prescrição é válida por 30 dias. A quantidade máxima de medicamentos prescritos na receita equivale a 30 dias de tratamento (Figura 4). Figura 4. Notificação de receita tipo B2. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias10 A notificação de receita especial para retinoides sistêmicos é destinada a medicamentos relacionados na lista C2 (retinoides para uso sistêmico). A prescrição é válida por 30 dias. A quantidade máxima de medicamentos pres- critos na receita equivale a 30 dias de tratamento. É limitada a cinco ampolas por medicamento injetável. Deve vir acompanhada do termo de consentimento de risco e consentimento pós-informação (Figura 5). Figura 5. Notificação de receita especial para retinoides de uso sistêmico. A Figura 6 ilustra a notificação de receita da talidomida. Figura 6. Notificação de receita da talidomida. 11Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias A receita de controle especial é utilizada para a prescrição de medicamen- tos à base de substâncias constantes nas listas C1 (outras substâncias sujeitas a controle especial), C2 (retinoicas para uso tópico) e C5 (anabolizantes). Deve ser preenchida em duas vias. A prescrição é válida por 30 dias (Figura 7). Figura 7: Receita de controle especial. A Lei nº. 5.991/1973 (BRASIL, 1973) determina que somente será aviada a receita que: estiver escrita à tinta, em vernáculo, por extenso e de modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais; contiver o nome e o endereço residencial do paciente; apresentar, expressamente, o modo de usar a medicação; contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consul- tório ou residência e o número de inscrição no respectivo conselho profissional. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias12 A Portaria nº. 344/1998 descreve as listas de substâncias entorpecentes e psicotrópicas, retinoicas, imunossupressoras, antirretrovirais e anabolizantes sujeitas a controle especial. No Anexo II, apresenta os modelos de receitas e notificação de receitas para todas essas classes de medicamentos. O acesso à legislação pode ser feito por meio do seguinte link. https://goo.gl/LzToZ Os diversos modelos de receitas e notificação de receitas podem ser consultados no link abaixo. https://goo.gl/Z2NMT3 Responsabilidades do farmacêutico no ato da dispensação O farmacêutico é o responsável pela dispensação de medicamentos nas farmá- cias e drogarias, para isso, deve possuir conhecimento científi co e estar capa- citado para a atividade. A lista de atribuições do farmacêutico na dispensação é ampla e justifi ca a sua presença durante todo o período de funcionamento de farmácias e drogarias. A Resolução nº. 585, de 29 de agosto de 2013 (BRASIL, 2013), regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e traz as seguintes definições: Prescrição — conjunto de ações documentadas relativas ao cuidado à saúde, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças. Prescrição de medicamentos — ato pelo qual o prescritor seleciona, inicia, adiciona, substitui, ajusta, repete ou interrompe a farmacoterapia do paciente e documenta essas ações visando à promoção, proteção e recuperação da saúde e à prevenção de doenças e de outros problemas de saúde. Uso racional de medicamentos — processo pelo qual os pacientes recebem medicamentos apropriados para suas necessidades clínicas, em doses adequadas às suas características individuais, pelo período de tempo adequado e ao menor custo possível, para si e para a sociedade. Uso seguro de medicamentos — inexistência de injúria acidental ou evitável durante o uso dos medicamentos. O uso seguro engloba 13Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias atividades de prevenção e minimização dos danos provocados por eventos adversos, que resultam do processo de uso dos medicamentos. A RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009) estabelece que, no ato da dispensação, cabe ao farmacêutico avaliar as prescrições de medicamentos, observando os seguintes itens: legibilidade e ausência de rasuras e emendas; identificação do usuário; identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farma- cêutica e quantidade; modo de usar ou posologia; duração do tratamento; local e data da emissão; assinatura e identificação do prescritor com o número de registro no respectivo conselho profissional. A seguir, abordaremos as responsabilidades do farmacêutico no ato da dispensação. Dispensação de medicamentos com retenção de receita ou medicamentos sujeitos a regime especial de controle A dispensação de medicamentos com retenção de receita ou medicamentos sujeitos a regime especial de controle envolve: Medicamentos controlados — regulamentados pela Portaria nº. 344/1998, devem ser guardados sob sistema segregado (armário com chave, sala ou outro dispositivo que ofereça segurança), sob a respon- sabilidade do farmacêutico. Medicamentos antimicrobianos — devem ser dispensados pelo far- macêutico, conforme a RDC nº. 20/2011 e a Resolução nº. 542, de 19 de janeiro de 2011. A RDC nº. 44, de 26 de outubro de 2010, determina que a dispensação de medicamentos à base de antimicrobianos de venda sob prescrição somente poderá ser efetuada mediante receita de controle especial, sendo a primeira via retida no estabelecimento farmacêutico e a segunda via é devolvida ao paciente, atestada, como comprovante do atendimento, que deve ser feita sob supervisão do farmacêutico. Além disso, a RDC nº. 20/2011 determinou que o farmacêutico não poderá Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias14 aceitar receitas posteriores ao prazo de validade estabelecido (10 dias), e as receitas somente poderão ser dispensadas pelo farmacêutico quando apresentadas de forma legível e sem rasuras. Dispensação de medicamentos por meio remoto — são imprescin- díveis a apresentação e a avaliação da receita pelo farmacêutico para a dispensação de medicamentos sujeitos à prescrição, solicitados por meio remoto, segundo a RDC nº. 44/2010. A Lei nº. 5.991/1973 estabeleceu que o processo de dispensação de medicamen- tos está sob a responsabilidade do farmacêutico. Posteriormente, o Decreto nº. 85.878/1981 definiu as atribuições privativas do profissional, entre elas, a dispensação de medicamentos. Fracionamento de medicamentos As embalagens que podem ser fracionadas, chamadas de embalagens primá- rias fracionáveis, são aprovadas pela Anvisa para essa fi nalidade. Elas vêm acondicionadas em uma embalagem externa, chamada de embalagem original para fracionáveis, facilmente identifi cada pela inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL”. O fracionamento deve ser realizado sob a supervisão e responsabilidade do farmacêutico, segundo as boas práticas para fraciona- mento, estabelecidas pela RDC nº. 80, de 11 de maio de 2006 (BRASIL 2006), somente em embalagens especifi camente desenvolvidas para esse fi m. Essa prática promove o uso racional de medicamentos, pois permite a dispensação da quantidade exata para o tratamento prescrito. A avaliação da prescrição e a dispensação dos medicamentos fracionados são atos que só o farmacêutico pode realizar. Movimentação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados A escrituração das receitas com medicamentos contendo as substâncias listadas no Anexo da RDC nº. 44/2010, isoladas ou em associação, é obrigatória e deverá atender ao disposto no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). 15Boas práticas de dispensação em farmáciase drogarias A RDC nº. 44/2010 define SNGPC como o instrumento informatizado para captura e tratamento de dados sobre produção, comércio e uso de substâncias ou medicamentos. De acordo com a RDC nº. 22, de 29 de abril de 2014 (BRASIL, 2014a), o sistema informatizado do estabelecimento, para envio ao SNGPC, deve ser de acesso restrito ao farmacêutico responsável técnico ou seu substituto legal devidamente cadastrado e associado no SNGPC. O SNGPC monitora as movimentações de entrada (compras e transferências) e saída (vendas, transformações, transferências e perdas) de medicamentos comercializados em farmácias e drogarias privadas do País. Os medicamen- tos sujeitos à Portaria nº. 344/1998 são os entorpecentes, antipsicotrópicos e antimicrobianos. Cabe ao farmacêutico responsável técnico o acesso ao sistema, dar entrada do inventário e realizar as movimentações no SNGPC, com acesso por meio de senha pessoal e intransferível. O monitoramento dos hábitos de prescrição e o consumo desses medi- camentos possibilitam contribuir com decisões regulatórias e ações educa- tivas a serem promovidas pelos entes que compõem o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária. Efetuar procedimentos de intercambialidade O farmacêutico poderá executar a intercambialidade terapêutica, con- forme a Lei nº. 9.787, de 10 de fevereiro de 1999 (BRASIL, 1999). A Lei dos Genéricos permitiu a intercambialidade do medicamento de referên- cia pelo genérico apenas na presença do profi ssional farmacêutico. Essa normativa também estabelece que é dever do profi ssional farmacêutico explicar, detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou usuário, bem como fornece toda a orientação necessária ao consumo racional do medicamento genérico. A Resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) nº. 349, de 20 de janeiro de 2000 (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2000), estabe- leceu a competência do farmacêutico em proceder a intercambialidade ou substituição genérica de medicamentos. A dispensação dos medicamentos Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias16 similares intercambiáveis, regulamentada pela RDC nº. 58, de 10 de outubro de 2014 (BRASIL, 2014b), também é parte da atribuição do farmacêutico. Execução de serviços farmacêuticos previstos na RDC nº. 44/2009 A execução de serviços farmacêuticos previstos na RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009) envolve atenção farmacêutica (aferição de parâmetros fi siológicos e bioquímicos e administração de medicamentos) e perfuração de lóbulo para a colocação de brincos. O procedimento de aplicação de medicamentos injetáveis nas drogarias e farmácias pode ser realizado por outro profissional habilitado, mas são necessários o acompanhamento (supervisão) e a autorização expressa do far- macêutico responsável, conforme Resolução CFF nº. 499, de 17 de dezembro de 2008 (CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA, 2008). A prestação de serviço farmacêutico não consiste apenas em um procedi- mento realizado no contexto de acompanhamento farmacoterapêutico. Assim, são necessários o respectivo preenchimento e a assinatura da Declaração de Serviços Farmacêuticos pelo farmacêutico, seguindo o preconizado na RDC nº. 44/2009. Os técnicos auxiliares devem realizar as atividades não privativas de farmacêutico, respeitando os procedimentos operacionais padrão (POPs) do estabelecimento e o limite de atribuições e competências estabelecidos pela legislação vigente, sob supervisão do farmacêutico responsável técnico ou do farmacêutico substituto, conforme RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009). A RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009) também determina que o farmacêutico deve orientar o usuário a buscar assistência de outros profissionais de saúde, quando julgar necessário, considerando as informações ou os resultados decorrentes das ações de atenção farmacêutica. O farmacêutico responsável técnico deve aprovar, assinar e datar os POPs conforme estabelecido pela RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009). Acompanhamento farmacoterapêutico, assistência farmacêutica, avaliação da prescrição médica e orientação quanto ao uso seguro de medicamentos No contexto do acompanhamento farmacoterapêutico, os medicamentos para os quais é exigida a prescrição médica devem ser administrados mediante 17Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias apresentação de receita e após a sua avaliação pelo farmacêutico, conforme determinado pela RDC nº. 44/2009 (BRASIL, 2009). É competência do farmacêutico entrar em contato com o profissional prescritor para esclarecer eventuais problemas ou dúvidas detectadas no momento da avaliação da receita. O farmacêutico deve contribuir para a farmacovigilância, notificando a ocor- rência ou suspeita de evento adverso ou queixa técnica às autoridades sanitárias. 1. Sobre as normativas da Anvisa, que dispõem sobre as boas práticas far- macêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação, da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias (RDC nº. 44/2009 e nº. 41, de 26 de julho de 2012), assinale a alternativa correta. a) Essas leis modificam as publi- cadas anteriormente e permitem a exposição direta dos medica- mentos ao alcance dos usuários do estabelecimento. b) Somente os medicamentos isentos de prescrição podem permanecer ao alcance dos usu- ários para obtenção por meio de autosserviço no estabelecimento. c) A comercialização de medica- mentos sujeitos a controle espe- cial solicitados por meio remoto fica permitida, condicionando a entrega da receita médica no momento da entrega do medi- camento. d) Os produtos vencidos podem ser comercializados aplicando-se um desconto expressivo, desde que informado claramente ao consu- midor que estão vencidos. e) O farmacêutico e o gerente da farmácia são responsáveis pelo controle dos medicamentos sujeitos a controle especial. 2. Assinale a alternativa que apre- senta as informações a respeito do receituário de controle espe- cial, na cor branca, utilizado para prescrição de medicamentos controlados, conforme Portaria nº. 344/1998. a) Possui validade de 10 dias. b) É necessária também para a pres- crição de antimicrobianos. c) Deve ser preenchida em duas vias, sendo que uma das vias deve ficar retida na farmácia. d) É um documento padronizado destinado à notificação da pres- crição de medicamentos. e) Pode conter prescrição de todo o tratamento, incluindo os me- dicamentos sujeitos a controle especial e os vendidos sob prescrição médica. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias18 3. Segundo a RDC nº. 44/2009, que versa sobre as boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias, quais itens devem ser avaliados durante a dispensação de uma receita, além da identificação do medicamento, concentração, dosagem, forma farmacêutica e quantidade? a) Indicação clínica do tratamento. b) Duração do tratamento. c) Peso e índice de massa corporal do paciente. d) Especialidade do prescritor. e) Interações medicamentosas. 4. De acordo com a Lei nº. 5.991/1973 — que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêu- ticos e correlatos — e com a RDC nº. 44/2009 — que dispõe sobre as boas práticas farmacêuticas —, o que é necessário para o aviamento da receita? a) É permitida a rasura ou emenda no receituário dos medicamentos isentos de prescrição. b) É permitido que farmácias com filiais centralizem a manipulação dos medicamentos em um dos estabelecimentos. c) A receita em código é permitida somente para medicamentos sujeitos a controle especial a fim de preservar o sigilo do paciente. d) A farmácia ou a drogaria pode dispensar medicamentos de receitas que não possuem data da prescrição. e) Na ausência do responsável técnico pela farmácia ou de seu substituto, será vedado o avia- mento de fórmula que dependa de manipulação na qual figure substância sob regime de con- trole sanitário especial. 5. A Anvisa regulamenta a prestaçãode serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias por meio de normativas legais, como a RDC nº. 44/2009, que define claramente quais e como devem ser prestados esses serviços. Com base nessa resolução , assinale a alternativa que descreve corretamente a atividade do farmacêutico no ato da dispensação. a) A aferição dos batimentos car- díacos no contexto da atenção farmacêutica. b) O fracionamento de medica- mentos deve ser realizado sob a supervisão e responsabilidade do farmacêutico. c) O farmacêutico é o único profis- sional habilitado a prestar ser- viços de aplicação de injetáveis na farmácia e drogaria. d) É permitido ao farmacêutico delegar o controle e monitora- mento do SNGPC. e) O farmacêutico pode dispensar medicamentos controlados por meio remoto, desde que a receita seja enviada por meio de e-mail ou outra forma de envio on-line. 19Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias BRASIL. Lei nº. 9.787, de 10 de fevereiro de 1999. Lei dos Medicamentos Genéricos. Altera a lei nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispõe sobre a vigilância sanitária, estabelece o medicamento genérico, dispõe sobre a utilização de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e da outras providencias. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 fev. 1999. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1999/lei- 9787-10-fevereiro-1999-351613-norma-pl.html>. Acesso em: 10 dez. 2018. BRASIL. Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 dez. 1973. Disponível em: <http:// www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5991-17-dezembro-1973-358064- norma-pl.html>. Acesso em: 10 dez. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria Colegiada nº. 22, de 29 de abril de 2014. 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Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 out. 2014b. Disponível em: <http://bvsms.saude. gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0058_10_10_2014.pdf>. Acesso em: 10 dez. 2018. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias20 BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n°. 338, de 6 de maio de 2004. Diário Oficial da União, DF, 7 mai. 2004. Disponível em: <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/res0338_06_05_2004.html>. Acesso em: 10 dez. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Portaria nº. 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 19 mai. 1998. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep. html>. Acesso em: 10 dez. 2018. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução CFF nº. 499, de 17 de dezembro de 2008. 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Regulamenta a Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jun. 1974. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/ decreto-74170-10-junho-1974-422602-norma-pe.html>. Acesso em: 10 dez. 2018. 21Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias BRASIL. Decreto nº. 85.878, de 07 de abril de 1981. Estabelece normas para execução da Lei nº. 3.820, de 11 de novembro de 1960, sobre o exercício da profissão de farma- cêutico, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 9 abr. 1981. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1980-1987/decreto-85878-7-abril- 1981-435600-norma-pe.html>. Acesso em: 10 dez. 2013. BRASIL. Lei nº. 13.732, de 08 de novembro de 2018. Altera a Lei nº. 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Farmacêuticos e Correlatos, para definir que a receita tem validade em todo o território nacional, independentemente da unidade federada em que tenha sido emitida. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 nov. 2018. Disponívelem: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13732-8-novembro-2018-787303- norma-pl.html>. Acesso em: 10 dez. 2018. BRASIL. Lei nº. 13.021, de 8 de agosto de 2014. Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades farmacêuticas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 ago. 2014. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2014/lei-13021-8-agosto-2014-779151- norma-pl.html>. Acesso em: 10 dez. 2018. BRASIL. Lei nº. 6.360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 1976. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/ fed/lei/1970-1979/lei-6360-23-setembro-1976-357079-norma-pl.html>. Acesso em: 10 dez. 2018. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução nº. 357, de 20 de abril de 2001. Aprova o regulamento técnico das boas práticas farmacêuticas. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 abr. 2001. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/357. pdf>. Acesso em: 10 dez. 2013. Boas práticas de dispensação em farmácias e drogarias22 Conteúdo:
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