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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA RENATO DOS SANTOS CARDOSO ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS DE MILHO ENSILADO PARA BOVINOS BOA VISTA, RR 2018 RENATO DOS SANTOS CARDOSO ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS DE MILHO ENSILADO PARA BOVINOS BOA VISTA, RR 2018 Trabalho apresentado como pré- requisito para a conclusão do curso de Bacharelado em Zootecnia, da Universidade Federal de Roraima. Orientador: Prof. Dr. Jalison Lopes RENATO DOS SANTOS CARDOSO ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS DE MILHO ENSILADO PARA BOVINOS ____________________________________________ Prof. Dr. Jalison Lopes Orientador/Curso de Zootecnia – UFRR ___________________________________________ Prof. José Wilker Leal Castro Curso de Zootecnia – UFRR ____________________________________________ Zootecnista Jouse Moreira Sanches Trabalho apresentado como pré- requisito para a conclusão do curso de Bacharelado em Zootecnia, da Universidade Federal de Roraima. Defendido em 29 de janeiro de 2018 e avaliado pela seguinte banca examinadora: AGRADECIMENTOS Ao meu orientador Professor Jalison Lopes pela contribuição na realização deste sonho, por acreditar no meu potencial, além de ser um ótimo exemplo de profissional a ser seguido. Aos professores Rodrigo, Regina, Raimifranca, Denise e Gardênia que sempre estiveram dispostos a ajudar e contribuir para um melhor aprendizado. A minha namorada Bruna Fontenele por estar ao meu lado em todas as dificuldades. A minha amiga Jouse Moreira Sanches, pelo apoio e carinho desde o meu ingresso no curso de zootecnia. Aos meus amigos de graduação Carlon, Helena, Cristiane e Wadrillen pela parceria e companheirismo ao longo do curso. RESUMO Levando em consideração a distribuição estacional das chuvas no Brasil e a consequente produção sazonal, a forragem produzida na época da seca, não contém todos os nutrientes essenciais para atender as exigências dos animais. Faz-se necessário a produção de forragens com alto valor nutritivo no período chuvoso conservando-a para o período de escassez. A ensilagem trata-se de um método de conservação de forragens em estruturas adequadas denominada silos, apresentando determinado grau de umidade, de forma a preservar o conteúdo de matéria seca (MS) e o seu valor nutricional. O milho tem sido a principal fonte energética utilizada em dietas de confinamento, sendo utilizado por 79,3% dos nutricionistas brasileiros. A silagem de milho apresenta requisitos para confecção de uma boa silagem: teor de matéria seca entre 30% a 35%, no mínimo 3% de carboidratos solúveis na matéria original, baixo poder tampão, além de proporcionar boa fermentação microbiana. A cada ano, as empresas de sementes oferecem ampla variedade de materiais, para a escolha do produtor. Da mesma forma, existe ampla gama de equipamentos para colheita de forragem, inoculantes e outros produtos. Na intenção de minimizar ou até mesmo evitar perda de peso dos animais no período da seca em decorrência da baixa produtividade das forragens, o uso da silagem como volumoso suplementar é uma importante ferramenta devido ao seu bom valor nutritivo quando produzida adequadamente. O milho pode ser ensilado de diferentes formas, utilizando a planta inteira; somente a planta (sem espigas); grão úmido e milho reidratado. Palavras-chaves: Forragem conservada, Silagem, Zea mays. ABSTRACT Taking into consideration the seasonal rain distribution in Brazil, and the consequent seasonal production, the fodder produced on dry season does not contain all the essential nutrients to meet the demands of the animals. It is necessary to produce forages with high nutritional value in the raining season, conserving it for the period of scarcity. The ensilage is a method of fodder conservation in suitable structures called silos, presenting a certain degree of humidity to preserve the dry matter content and its high nutritional value. Corn has been the main energy source used in feedlots diets, being used by 79,3% of Brazilian nutritionists. Corn silage is considered because it fulfills the requirements for good silage: dry matter between 30 and 35%, at least 3% of soluble carbohydrates in the original material, low buffer power in addition to providing good microbial fermentation. seed companies offer a wide variety of materials for the producer's choice. Likewise, there is a wide range of forage harvesting machinery, inoculants and other products. In order to minimize the weight loss of the animals during the dry season due to the low productivity of the forages, the use of silage as a bulky is an important tool capable of minimizing or even avoiding losses due to its nutritive value. Corn can be ensiled in different ways, using the whole plant; only the plant (without ears); wet grain and rehydrated corn. Key-words: Preserved forage, Silage, Zea mays. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Progressão da linha do leite.......................................................................19 Figura 2 – Silo tipo superfície......................................................................................22 Figura 3 – Silo tipo trincheira.......................................................................................22 Figura 4 – Silo tipo bolsa (Bag)....................................................................................23 Figura 5 – Moinho adaptado com canos para propiciar a hidratação do milho durante a moagem do grão maduro para ensilagem................................................................31 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Características indicativas de uma silagem de milho e sorgo de boa qualidade....................................................................................................................17 Tabela 2 - Valores de pH, matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade "in vitro" das silagens de duas variedades de milho, ensiladas com e sem espigas....................................28 Tabela 3 - Consumo e desempenho de vacas leiteiras alimentadas com silagens de milho e sorgo..............................................................................................................34 Tabela 4 - Desempenho e características da carcaça de bovinos Nelore terminados em confinamento alimentados com milho grão seco moído (MSC), silagem de milho grão úmido (MU), silagem de milho grão úmido inoculado com L. buchneri (MUB; NCIMB 40788 na de 1 × 105 ufc/g), silagem de milho reidratado (MR), silagem de milho reidratado inoculado com L. buchneri (MRB; NCIMB 40788 na de 1 × 105 ufc/g)...........................................................................................................................37 Tabela 5 - Custos médios de produção de duas lavouras de milho para silagem com produtividades de 35 e 50 t/ha de massa verde (MV)................................................39 Tabela 6 – Custo de produção de forrageiras de verão. Resumo safra 2016/2017.....40 LISTA DE ABREVIATURAS AOL Área de olho de lombo BAL Bactérias Produtoras de Ácido Lático CA Conversão Alimentar cm Centímetros CMSConsumo de Matéria Seca EA Eficiência Alimentar ELm Energia Líquida de Mantença ELg Energia Líquida de Ganho kg Quilograma kg/d Quilograma/dia L/d Litros/dia MS Matéria Seca MRE Milho reidratado NDT Nutrientes Digestíveis Totais FDN Fibra Detergente Neutro FDA Fibra Detergente Ácido PB Proteína Bruta pH Potencial hidrogeniônico GMD Ganho Médio Diário mm Milímetros MSC Milho Seco Moído MU Silagem de Milho Grão Úmido Sem Inoculante MUB Silagem de Milho Grão Úmido Com Inoculante L. buchneri MR Silagem de milho reidratado sem inoculante MRB Silagem de milho reidratado com inoculante L. buchneri MV Matéria Verde SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 13 2.1 OBJETIVO GERAL.............................................................................................. 13 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 13 3 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 14 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 15 5 PROCESSO DE ENSILAGEM ............................................................................... 16 5.1 PONTO DE COLHEITA ....................................................................................... 18 5.2 TAMANHO DE PARTÍCULA ............................................................................... 19 5.3 CARREGAMENTO E COMPACTAÇÃO ............................................................. 20 5.4 TIPOS DE SILOS ................................................................................................ 21 5.4.1 SILO TIPO SUPERFICIE ................................................................................. 21 5.4.2 SILO TIPO TRINCHEIRA ................................................................................. 22 5.4.3 SILO TIPO BOLSA “BAG” ................................................................................ 23 6 SILAGEM DE MILHO............................................................................................. 23 6.1 SILAGEM DE MILHO UTILIZANDO A PLANTA INTEIRA ................................... 25 6.2 SILAGEM DE MILHO SEM ESPIGA ................................................................... 27 6.3 SILAGEM DE GRÃO ÚMIDO DE MILHO ............................................................ 29 6.4 SILAGEM DE MILHO REIDRATADO .................................................................. 30 7 CONSUMO E DESEMPENHO ANIMAL ................................................................ 33 8 VIABILIDADE ECONÔMICA ................................................................................. 38 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 42 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 43 11 1 INTRODUÇÃO O diferencial da pecuária brasileira é que os principais produtos obtidos (Leite e Carne) são originados dos sistemas de produção que fazem o uso das pastagens como recurso principal na alimentação dos animais. A modernização da produção agropecuária tem gerado uma grande demanda tecnológica pelos produtores, que buscam produtividades cada vez mais elevadas e estáveis ao longo do ano. Inúmeras pesquisas são desenvolvidas para atender a demanda dos pecuaristas, principalmente abordando assuntos relacionados ao manejo e melhoramento animal, manejo de pastagens e plantas forrageiras (NICODEMO; GUSMÃO, 2012). Em decorrência da distribuição das chuvas no Brasil, a produção de forragem se torna sazonal, criando um obstáculo para os pecuaristas, por gerar perdas quantitativas e qualitativas da forragem (CARVALHO, 2015). A forragem que é produzida na época da seca, não contém todos os nutrientes essenciais para atender as exigências dos animais em pastejo. Se faz necessário a produção de forragens de alto valor nutritivo no período chuvoso no intuito de conservação para o período de escassez (REIS et al. 2001) Pereira et al. (2004) relatam que os animais tendem a apresentar maior perda de peso e consequentemente um prejuízo na produção devido à baixa qualidade do pasto nesse período. Assim sendo, a carência de alimentos volumoso durante o período da seca torna-se um fator limitante na produção (PIRES et al. 2013). De acordo com Araújo Pereira et al. (2008), a silagem é originada da fermentação da planta forrageira em meio anaeróbio, conservada em silos, mantendo a maior concentração possível de ácido láctico, o que reflete diretamente na qualidade final do produto conservado. O milho é classificado dentro do grupo das plantas C4, possui uma boa adaptabilidade ao clima tropical e com alta capacidade de produção de matéria seca (RAMOS et al., 2002). Por apresentar características desejáveis de uma planta para ensilagem, o milho é a mais popular cultura utilizada. 12 Nos sistemas de confinamento, a silagem de milho (Zea mays L.) é o principal alimento volumoso. Já nos demais sistemas de produção, pode ser usada durante o período de escassez de pastagens (PEREIRA et al., 2007). Santos et al. (2013) afirma que o nível de inclusão de grãos nas dietas utilizadas no Brasil é bem inferior às dietas norte-americanas. Entretanto há um crescimento no interesse do Brasil por dietas com menor inclusão de volumosos em sua composição. O que condiz com a ampliação da área plantada de milho nos últimos anos (CONAB, 2016). Diversos estudos são realizados na busca por novos parâmetros de avaliação qualitativa de forragem, a fim de conseguir incrementos na eficiência do processo de alimentação (FACTORI, 2012). O potencial máximo produtivo dos animais, depende diretamente da disponibilidade de forragens em quantidade e qualidade, que influencia diretamente em sua produtividade, potencial reprodutivo e sanitário (BARBOSA et al., 2007). Para Moraes (2009) além dos benefícios proporcionados pela planta do milho, a mesma pode ser aproveitada por completo. Após a comercialização das espigas, pode-se utilizar os restos da planta como forma de cobertura do solo visando o plantio direto, ou ainda, compor a silagem para a alimentação animal após ser triturada. O processo de ensilagem é usado para armazenar alimento a fim de suprir as necessidades dos animais no período da seca. Sendo uma atividade de custo elevado, no qual, o benefício está relacionado diretamente com o volume e qualidade da forragem produzida. A cultura do milho se apresenta como a principal a ser armazenada na forma de silagem para utilização ao longo do período de estiagem, em decorrência da possibilidade de boas produções com alto valor nutritivo. 13 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL Apresentar formas alternativas de utilização do milho ensilado para alimentação de bovinos. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS a) Demonstrar os pontos importantes a serem considerados na produção da silagem; b) Comparar os diferentes tipos de silagem em resposta ao desempenho animal; c) Apresentar valores de mercado relacionados ao custo de produção da silagem. 14 3 JUSTIFICATIVA Revisar o conhecimento atual, sobre as diferentes alternativas de fornecimento de milho ensilado para bovinos, favorecendo a elaboraçãode estratégias mais econômicas de uso dessa cultura para a nutrição animal, sobretudo em Roraima, onde, assim como no restante do país, ocorrem grandes oscilações na disponibilidade e nos preços do grão de milho ao longo do ano. 15 4 METODOLOGIA Para elaboração da presente revisão foi realizado um estudo bibliográfico de trabalhos disponíveis relacionados ao tema alternativas tecnológicas de milho ensilado para bovinos, coletando informações de todo o processo de confecção da silagem, qualidade do produto final, desempenho animal e custos de produção envolvidos. 16 5 PROCESSO DE ENSILAGEM A ensilagem trata-se de um método de conservação de forragens em determinado grau de umidade, de forma a preservar o conteúdo de matéria seca (MS) e o seu valor nutricional (SANTOS, 2013). Ou seja, é o processo de cortar a forragem, colocá-la no silo, compactá-la e protegê-la com a vedação do silo para que haja a fermentação. O princípio de conservação da forragem é a redução do pH (aumento da acidez) pela fermentação dos açúcares solúveis da planta. Assim as melhores forrageiras para serem ensiladas, são aquelas com elevados teores de açucares solúveis (CARDOSO, 1995). De acordo com McDonald (1981), os carboidratos são os principais substratos da fermentação na ensilagem, dividido em quatro fases: 1) Fase aeróbia, 2) Fase de fermentação ativa, 3) Fase estável e 4) Fase de descarga (retirada da silagem). A fase aeróbia ocorre durante o processo de preenchimento do silo, estendendo-se até poucas horas após o fechamento. Nesta fase, há redução do oxigênio presente na forragem ensilada devido à respiração de células da planta e de microrganismos aeróbicos, que terminará quando o oxigênio presente for exaurido. Após a exaustão do oxigênio, inicia a segunda fase, a fermentação ativa, o tempo de duração irá depender das propriedades da forrageira ensilada e das condições em que a mesma foi ensilada. Ocorre a quebra das células das plantas (plasmólise), liberando carboidratos solúveis e frações nitrogenadas. As bactérias anaeróbias produtoras de ácido acético (enterobactérias) e de outras bactérias produtoras de ácido lático (BAL) heterofermentativas normalmente prevalecem neste meio de 1 a 3 dias após o fechamento do silo. Estas bactérias produzem etanol, ácido acético, ácido lático e CO2, utilizando glicose, frutose, xilose e ribose como substratos. A produção desses ácidos reduz o pH e, quando este declinar abaixo de 5, essas bactérias decrescem e as BAL homofermentativas, ou seja, aquelas que produzem somente ácido lático dominam a fermentação (PEREIRA et al., 2004). Segundo Muck (1991) o crescimento ativo das BAL varia em torno de 1 a 4 semanas, reduzindo o pH entre 3,8 a 5,0, influenciado pela umidade, poder tampão e açúcares solúveis presentes na planta. Quando a redução do pH for suficiente para 17 inibir o crescimento microbiano ou a total esgotamento dos substratos, as BAL tornam- se inativas, e sua população decresce. Após o término da atividade microbiana, devido em decorrência do baixo pH ou ao esgotamento de substrato, inicia-se a fase estável do armazenamento. Silva (2001) afirma, que a conservação da forragem acontece devido fermentação lática e anaerobiose. A fermentação do açúcar da forragem e a produção de ácido lático são realizadas por bactérias presentes nas plantas ensiladas, e são responsáveis pela redução do pH impedindo a proliferação de microrganismos indesejáveis (coliformes e clostrídios) responsáveis pelo apodrecimento da silagem. As silagens de boa qualidade devem ser produzidas com forrageiras que apresentem entre 30 e 35% de matéria seca (PAIVA, 1976), o pH deve ser inferior a 4,2 e a análise de ácidos orgânicos produzidos durante o processo de fermentação deve indicar valores de 6 a 8% de ácido lático na MS, ácido acético menor que 2% e butírico inferiores a 0,1% da MS (Tabela 1). Além disso, o nível de nitrogênio amoniacal de uma silagem adequada deve ser inferior a 11% do nitrogênio total (SILVA, 2001). Tabela 1 - Características indicativas de uma silagem de milho e sorgo de boa qualidade. Parâmetro Valor Adequado pH 3,8 a 4,2 Ácido lático 6 a 8 % Ácido acético < 2 % Ácido propiônico 0 a 1 % Ácido butírico < 0,1 % N amoniacal (% de N total) < 10 % FONTE: Ferreira (2001) 18 5.1 PONTO DE COLHEITA O momento da colheita é um dos pontos importantes a serem considerados na produção de silagem. É recomendado que a planta de milho deva ser colhida entre 30 a 35% de MS para confecção de silagens. Os teores de MS abaixo de 30% estariam relacionados com menor produtividade, perdas de matéria seca por lixiviação, baixa qualidade da silagem e redução no consumo por animais (LAUER, 1998), por outro lado, teores de MS acima de 35% favorecem as perdas, podendo alterar significativamente os conteúdos de nitrogênio e de carboidratos solúveis (JOBIM et al.,2003). O teor de matéria seca pode ser avaliado de uma maneira prática, porém um pouco trabalhosa. Trata-se de picar um pouco do material, misturá-lo e apertá-lo com as mãos. Ao abrir a mão, se o bolo formado permanecer fechado é indicativo de alta umidade, ou seja, a matéria seca esta baixa; caso o bolo se abrir lentamente, está no ponto ideal; e se o bolo se desfizer rapidamente é indicativo de que o material está passado ou seja passou da hora de ser colhido (OLIVEIRA, 1998). Uma outra técnica utilizada é a avaliação da consistência do grão, no qual recomenda-se colhe-lo quando estiver no ponto de grão farináceo. Nesse estado ao serem espremidos entre os dedos, os grãos esfarinham-se, em vez de se transformarem em uma pasta aquosa. Entretanto, este método pode ser arriscado devido a dois fatores; a característica ‘’staygreen’’, onde o grão irá apresentar o estado farináceo, porém, o resto da planta encontra-se verde, resultando em uma matéria seca abaixo do ideal; e o tipo de grão, no qual, cultivos com grãos vítreos (duros) e com grão macio (dentados), mesmo estando em estádio farináceo, apresentar diferentes teores de MS na planta total. A observação da linha do leite ou ‘’Milk-line’’ (Figura 1), é um outro método, porem pouco utilizado no Brasil, indicado para definir o momento certo da colheita do milho. O período ideal para ensilar é quando essa linha desceu o suficiente para que 50 a 75% do grão esteja parcialmente endurecido. 19 Figura 1 – Progressão da linha do leite. Em um estudo realizado por Nussio & Manzano (1999) foi relatado que teores de 30 a 35% de MS são obtidos nas plantas de milho no momento em que a consistência dos grãos estiver variando entre o estádio pastoso e o farináceo duro, o que corresponde à visualização da linha de leite entre 1/3 a 2/3. É de suma importância a observação das culturas com frequência e em diversos pontos da lavoura para se tomar a decisão sobre o momento ideal para a ensilagem. A rapidez na colheita da lavoura é uma dificuldade encontrada pelos produtores, por causa de limitações com equipamentos e mão de obra. É recomendado o escalonamento do plantio ou a contratação de pessoas ou maquinários com capacidade de ensilar toda a lavoura rapidamente. 5.2 TAMANHO DE PARTÍCULA A silagem, quando compactada de forma correta acelera a fermentação anaeróbia no interior do silo (FACTORI, 2012). O tamanho de partícula da silagem varia muito, e está relacionado com os implementos utilizados, especialmente a FONTE:http://www.pioneersementes.com.br/blog/83/momento-de- corte-da-lavoura-de-milho-para-silagem-de-planta-inteira http://www.pioneersementes.com.br/blog/83/momento-de- 20 potência do tratore as condições da colhedora de forragem, junto a velocidade do trabalho empregado. A picagem facilita o acondicionamento e a compactação do material dentro do silo, além de expor os carboidratos solúveis e facilitar a ação dos microrganismos fermentadores. Existe uma relação entre o tamanho de partícula e a qualidade da silagem de milho, onde o tamanho médio não deve ultrapassar os 2 cm. Partículas menores, (0,2 a 0,6 cm) podem reduzir as perdas no processo de ensilagem e no fornecimento aos animais. Entretanto, o tamanho de partícula influencia o consumo e a taxa de passagem pelo trato digestivo dos animais. Partículas abaixo de 0,5 cm, prejudicam a ruminação, reduzem o consumo voluntário de silagens e a digestão das fibras. Além disso há uma influência direta com os padrões de fermentação ruminal, produção microbiana e eficiência da utilização do amido e de outros nutrientes no rúmen (PASSINI et al. 2002). O tamanho de partículas da silagem tem influência direta no controle do consumo e do desempenho animal. Para isso, é recomendado o ajuste de máquinas que façam a colheita adequada da forragem, pois o sucesso da ensilagem é dependente dessa etapa (FACTORI, 2012). 5.3 CARREGAMENTO E COMPACTAÇÃO O silo deve ser carregado em um período de no máximo 72h a partir do início do corte, não devendo ser carregado e compactado no mesmo dia, pois ocorre assentamento natural da massa ensilada. A distribuição deve ser realizada por todo o silo, em camadas uniformes, em média 40 cm de espessura, compactadas em seguida. A cada nova camada de material colhido, deve-se repetir a compactação, geralmente com o uso de um trator (OLIVEIRA, 2014). A compactação deverá ser feita através de passagens consecutivas com o trator sobre a massa distribuída, para expulsar o ar contido na massa. A fermentação do material ensilado, deve ocorrer na ausência de ar, pois sua presença acarreta perda de energia do alimento, desenvolvimento de fungos (micotoxinas) A presença de água no interior do silo favorece a multiplicação de bactérias indesejáveis do gênero Clostridium, responsáveis pela diminuição do teor de proteínas do volumoso que será ensilado. Por essa razão, existe a necessidade de se ensilar 21 materiais com teores de umidade adequados e da expulsão do ar do interior do silo. Portanto a ensilagem de material com alta umidade e sem a expulsão (compactação) do ar compromete a conservação do material original, gerando perdas na estocagem. A vedação é feita através da cobertura do silo por uma lona, e posterior colocação de uma camada de terra (OLIVEIRA, 1998). 5.4 TIPOS DE SILOS O silo nada mais é que uma estrutura de armazenamento utilizada na preservação de forragem como silagem. Cada forma de armazenamento apresenta vantagens e desvantagens, referentes a custo de construção, facilidade de carregamento e descarregamento e eficiência na conservação da silagem (OLIVEIRA; MARTINS, 2018). 5.4.1 SILO TIPO SUPERFICIE O silo superfície é o mais barato de todos, pois não exige estruturas de alvenaria ou de revestimentos. Por ser feito de lona somente, oferece maior flexibilidade quanto ao local de implementação. Para realização desse silo, o material deve ser amontoado e compactado sobre o solo e coberto por lona plástica segura por terra. O silo de superfície pode apresentar maiores perdas quando comparado ao silo trincheira, sendo assim, apresenta maior dependência do filme plástico já que é mais susceptível a ataque de animais intempéries climáticas e também maior exposição da massa de silagem ao oxigênio atmosférico. Para evitar ou minimizar os riscos, deve-se cercar a área do silo e cobrir a superfície da lona com outro material, como uma camada de terra, para a proteger de possíveis furos provocados por pisoteio de animais (OLIVEIRA; MARTINS, 2018). 22 Figura 2 – Silo tipo superfície 5.4.2 SILO TIPO TRINCHEIRA O silo tipo trincheira é o mais comum, permite uma melhor compactação e maior densidade de material ensilado. A utilização de paredes laterais promove maior compactação da massa e menores perdas quando comparado ao silo tipo superfície. Entretanto, tem um elevado custo inicial caso seja de alvenaria, no entanto pode ser construído em contato direto com o solo. Uma vez confeccionado, não permite a estocagem de silagem acima da sua capacidade. Do mesmo modo, que o silo de superfície possui grande exposição da massa de silagem ao oxigênio atmosférico (área que está em contato com a lona) (FUNDAÇÃO ROGE, 2017). Figura 3 – Silo tipo trincheira FONTE:https://www.royalmaquinas.com.br/blog/silo-qual-o-tipo-ideal-para-sua-propriedade FONTE:https://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/conservacao-de- forragens/estruturas-para-armazenamento-de-silagens-parte-12-8187n.aspx https://www.royalmaquinas.com.br/blog/silo-qual-o-tipo-ideal-para-sua-propriedade https://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/conservacao-de- 23 5.4.3 SILO TIPO BOLSA “BAG” Existe um método alternativo de armazenamento, conhecido como silo bolsa, também conhecido por Bag. Este tipo de silo elimina qualquer tipo de custo de uma estrutura permanente, oferecendo ainda flexibilidade de realocar o silo, caso haja necessidade. Custos anuais estão associados com o aluguel da ensacadora, a compra de bolsas e a eliminação do plástico após o uso (SCHROEDER et al., 2010). Para a estocagem da silagem nos silos bolsa é necessário o auxílio de maquinas ensacadoras. Possuem certa variedade de tamanhos (30, 60 e 90m de comprimento) e diâmetros (1,8 a 3,6m), sendo que a dimensão 1,8 por 60m é a mais comum no Brasil (SANTOS, 2013). Figura 4 – Silo tipo bolsa (Bag) FONTE: http://bovitech.com.br/produtos/silo-bolsa 6 SILAGEM DE MILHO Durante muito tempo o milho vem sendo a principal fonte energética utilizada no confinamento de bovinos no Brasil. Vários fatores justificam o uso do milho como a forrageira preferida para produção de silagem: sistema de produção já definido; facilidade de cultivo (mecanizado); produção adequada de matéria seca; facilidade de fermentação; alto valor energético e consumo voluntário elevado (EVANGELISTA, 2002). http://bovitech.com.br/produtos/silo-bolsa 24 A silagem é o armazenamento de grãos na ausência de oxigênio, tendo como objetivo o desenvolvimento de bactérias homofermentativas, para a produção de ácido lático e redução do pH da silagem. (SALVADOR et al., 2015). O cultivo do milho deve ser realizado no período chuvoso, podendo haver períodos sem ocorrência de chuvas gerando um déficit hídrico, conhecido como veranico (CARVALHO, 2015). Os produtores cada vez mais optam por utilizar o milho cultivado no período chuvoso, em razão de se tratar de uma cultura de ciclo curto e que pode ser cultivada nas diferentes regiões, mesmo aquelas com curtos períodos chuvosos, como o Nordeste brasileiro (SILVA et al., 2015). A cultura do milho tem uma demanda de 350 a 400 mm de água, sendo possível obter uma produção satisfatória sem a necessidade de irrigação. Nas condições de clima quente e seco, a cultura do milho raramente excede um consumo de 3 mm de água por dia, entre o período de iniciação floral à maturação, pode atingir de 5 a 7 mm por dia (SANTOS et al, 2014). As maiores produtividades têm ocorrido associadas a consumos de água entre 500 e 800 mm considerando todo o ciclo da cultura (EMBRAPA, 2012). Diversos autores ressaltam que, as oscilações nas safras demilho, das principais regiões produtoras do Brasil, estão associadas à disponibilidade de água. (BERGONCI et al., 2001; BERGAMASCHI et al., 2004). Matzenauer et al. (1983) citam que o consumo hídrico da cultura está relacionado ao tamanho da população da planta. Com 67 mil plantas/ha, um híbrido precoce de milho necessita de uma média de 650 mm de água em todo o ciclo. Já em uma população de 50 mil plantas/ha, a necessidade média é de 577 mm para todo o ciclo do milho. Segundo Barros (2014) o milho forrageiro necessita de aproximadamente 250 a 350 mm. Enquanto a cultura destinada à produção de grão exige cerca de 500 a 600 mm. Em condições brasileiras o ciclo do milho pode variar em função da variedade escolhida podendo ser um ciclo muito curto ou muito longo (110 a 180 dias) e do tipo de solo. Todos os anos, as empresas de sementes oferecem ampla variedade de materiais, para a escolha do produtor. Da mesma forma, existe ampla gama de maquinaria para colheita de forragem, inoculantes e outros produtos. Existem também alternativas tecnológicas de utilização do milho, para a produção de silagem (D’OLIVEIRA, 2014). 25 6.1 SILAGEM DE MILHO UTILIZANDO A PLANTA INTEIRA É a forma mais conhecida e usada pelos produtores, sendo utilizado a planta por completo no processo de ensilagem. A planta para ensilagem deve apresentar alta produtividade, teor de matéria seca em torno de 33 a 35%, alto teor de carboidratos solúveis, baixo poder tampão para facilitar o abaixamento do pH no interior do silo e excelente aceitabilidade e digestibilidade. Na cultura do milho, vários aspectos causam variações na qualidade da silagem, a escolha do híbrido, estádio de maturação durante colheita, além dos fatores solo e clima (NEUMANN et al., 2011). A escolha da cultivar, segundo Factori (2012) é responsável por 50% do rendimento final da lavoura atrelado ao potencial genético das sementes e das condições de plantio (solo, adubação e clima). Segundo Cruz et al. (2014) o conhecimento sobre tipo e ciclo da planta utilizada, época de semeadura, densidade utilizada no momento do plantio, textura do grão, resistência ao acamamento, altura da planta, nível tecnológico empregado e a adaptação da cultivar a região é fundamental para o sucesso da lavoura do milho destinado a produção de silagem. Ao escolher um híbrido objetivando a produção de silagem de milho Nussio et al. (2001) recomendam que o mesmo possua alta porcentagem de grãos. Além disso, o valor nutritivo da porção haste - folhas e a digestibilidade do material tem influência positiva na qualidade da silagem. Quanto a textura dos híbridos, as cultivares podem ser divididas de acordo com a textura dos grãos, classificadas em: dentado (dent), grão duro ou cristalino (flint) e grãos semiduros ou semidentados os quais apresentam características intermediárias (CRUZ et al. 2004). Ao escolher um híbrido de milho para o plantio destinado à ensilagem existem vários pontos agronômicos e nutritivos a serem considerados: Adaptação às condições edafoclimáticas de cada região e à época de plantio; Produtividade de matéria seca por hectare; Tolerância às pragas e doenças; Resistência ao acamamento; Grãos profundos longos (GRUPOAPOIAR, 2018). Durante muitos anos foi recomendado o plantio de milhos macios para silagem, pois estudos mostravam que grãos duros tinha menor digestibilidade do amido e por consequência um menor aproveitamento pelos animais. Atualmente isso é uma verdade apenas para os grãos secos e não se aplica ao milho ensilado. Isso ocorre devido a vitriosidade do grão não está formada durante o ponto de ensilagem 26 e devido ao processo de fermentação do material ensilado, onde, o amido se torna mais digestível quebrando a dureza do grão (GRUPOAPOIAR, 2018). Segundo Zopollato e Sarturi (2009) o alto valor nutritivo da planta de milho, se caracteriza pela alta digestibilidade e densidade energética o que qualifica a silagem desta forrageira como ótima opção aos sistemas de produção animal. Ao se produzir silagem utilizando a planta inteira, a parte vegetativa é removida, gerando extração de nutrientes e consequentemente causando problemas de fertilidade do solo. Estes problemas serão mais intensos e se manifestarão com maior frequência em relação às áreas de produção de grãos, devido ao uso das áreas durante anos consecutivos, sem nenhum tipo de manejo de solo e uma adubação de manutenção (MARTIN et al., 2011). Nutricionalmente falando os grãos possuem uma maior participação na silagem de milho. Correspondendo com 65% de energia, a fibra (FDN) 25% e os conteúdos celulares 10 % (MAHANNA, 2014). Então quanto maior a proporção de grãos, maior será o conteúdo de amido e, consequentemente, maior o valor nutricional da silagem. O valor nutritivo dos colmos e das folhas também são importantes, pois representam cerca de 60-65% da massa de silagem, ou seja, mais que os grãos que representam 35-40% (GRUPOAPOIAR, 2017). Uma boa silagem apresenta teores de FDN (Fibra Detergente Neutro) entre 38 e 45%, enquanto que o grão tem FDN próximo de 10%. Com base nisso, quanto maior for a participação dos grãos na silagem menor será o teor de FDN e vice-versa. Caso o milho for colhido de forma tardia, o teor de FDN da planta aumenta (fica mais fibrosa) mas, em compensação, a participação de grãos é maior, por isso o teor de FDN na silagem pode variar pouco). A Fibra Detergente Acido (FDA) está contida no FDN, pois, representa as frações celulose e lignina. A lignina como sendo a fração não digestível da planta, dificulta a ação dos microrganismos do rumem e consequentemente a posterior absorção dos nutrientes. Com isso, quanto maior for o teor de FDA menor será a qualidade e digestibilidade da silagem (PIONEER, 2018). Skonieski et al. (2014) ao avaliarem o efeito do arranjo de plantas sobre a qualidade da silagem de milho cultivado em sistema de plantio direto em Santa Maria, RS, com a população de 65 mil plantas por hectare constaram que o arranjo de plantas no espaçamento de 80 cm obtive maior teor de proteína da forragem resultando em silagem de qualidade superior. A qualidade da ensilagem diminuiu com a redução do 27 espaçamento, especificamente os teores de fibra em detergente neutro, nutrientes digestíveis totais e compostos de lignina. Vieira (2013) usando um espaçamento de 50 cm e uma população de 70 mil plantas por hectare obteve uma maior produtividade da silagem de milho. Porem a melhor qualidade da silagem ocorreu no espaçamento de 1,00 m nas populações de 60 e 70 mil plantas por hectare. A silagem de milho é alimento volumoso nutricionalmente completo com alta densidade energética (maior que 64% de nutrientes digestíveis totais - NDT), com teores moderados de proteína bruta (6 a 9 % de PB) sem necessidade de incorporação de aditivos (FACTORI, 2008). É esperado que a silagem tenha alta qualidade, sem necessidade de aditivos, no intuito de estimular a fermentação, pois, no ponto da colheita correto, o teor de matéria seca em torno de 35% inibe as fermentações indesejáveis (SEMENTES AGROCERES, 2018). 6.2 SILAGEM DE MILHO SEM ESPIGA A silagem de milho sem espiga pode ser utilizada como uso alternativo dos restos culturais das áreas destinadas a produção de milho verde. E seu produto é destinado à alimentação de ruminantes gerando renda complementar a propriedade, além do manejo sustentável de produção (MARQUES, 2010). Diferente do teor de matéria seca ideal para ensilagem ao utilizar grãos em estádio farináceo (teor médio de matéria seca entre 33 e 35%), o ponto do milho verde está em torno dos 23,5%. O teor de matéria seca inferior a 25% favorece o desenvolvimento de bactérias do gênero Clostridium produtoras de ácido butírico e também a perdas de princípios nutritivos por lixiviação e intensa degradação de proteínas (EVANGELISTA, 1986). Neste caso, torna-sefundamental investigar a qualidade das silagens de híbridos de milho ensilados após a colheita das espigas, além de estratégia para contornar o baixo teor de matéria seca das plantas no momento da ensilagem e a possível redução no valor nutritivo da silagem. Pereira Filho (2018) afirma que a utilização da planta deve ocorrer entre duas a três semanas após a colheita do milho verde. Durante este período o processo fotossintético ainda está ocorrendo, havendo o acúmulo de carboidratos no colmo. 28 Após esta fase o colmo passa a perder qualidade de forma acelerada, devido ao espessamento e lignificação da parede celular. De acordo com Silva et al. (1999) as percentagens de colmos e de grãos, para o milho, são as características agronômicas de maior relevância e consistentemente correlacionadas com medidas de qualidade das silagens, como digestibilidade da matéria seca e fibra em detergente ácido, assim como o ganho de peso médio e consumo diário de matéria seca apresentados por animais submetidos a esse alimento. Nekaghi (2007) realizou um experimento avaliando quantitativamente e qualitativamente a silagem de híbridos de milho sem espiga. Havendo diferença entre os híbridos avaliados, no qual o hibrido AG7000 apresentou maior produção de matéria verde. Com relação a qualidade da silagem, os híbridos apresentaram uma silagem de qualidade media a boa, sendo que o híbrido AG5020 foi o que apresentou o maior teor de proteína, mostrando que a quantidade de espiga influi na qualidade de Proteína Bruta. Em um estudo realizado por Lima et al. (2007), foi constatado que a silagem de plantas de milho, após a colheita das espigas, resulta em silagens com baixos teores de matéria seca, dessa forma recomenda-se que as plantas permaneçam no campo por mais algum tempo para que teores mais elevados sejam obtidos (Tabela 2). Tabela 2 - Valores de pH, matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA) e digestibilidade "in vitro" das silagens de duas variedades de milho, ensiladas com e sem espigas. Silagem de milho pH MS (%) PB FDN FDA DIVMS % na MS Cati Verde, planta inteira com espigas 3,9 18,0 b 7,6 67,6 46,6 60,6 Cati Verde, planta sem espigas 3,8 24,4ab 7,5 62,8 46,5 59,5 Cati Verde, planta sem espigas + 5% de polpa citrica 3,9 25,4b 7,7 65,0 49,0 61,4 AL Band., planta inteira com espigas 3,9 19,0 ab 8,0 62,4 48,4 61,4 AL Band., planta inteira sem espigas 3,8 22,3a 7,4 66,5 49,7 57,4 AL Band., planta sem espigas + 5% de polpa citrica 3,8 24,8b 7,9 64,7 49,7 57,4 CV (%) 1,5 9,9 7,4 8,7 8,7 57,4 Média Geral 3,8 21,8 7,7 65,1 47,0 60,0 Médias com letras iguais, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey (5%). CV = coeficiente de variação. FONTE: LIMA, J. A. et al. (2007) 29 6.3 SILAGEM DE GRÃO ÚMIDO DE MILHO A silagem de grão úmido, devido a sua praticidade e eficácia, tem sido cada vez mais utilizada no Brasil. Seu fácil manuseio permite que pequenos ou grandes produtores obtenham resultados eficazes (JOBIM et al., 2001). A silagem de grão úmido trata-se do armazenamento de grãos colhidos logo após o amadurecimento fisiológico com teor de umidade entre 25 a 35%, podendo haver variação no momento de ensilagem. A fase de amadurecimento fisiológico se caracteriza pelo máximo teor de amido apresentado pelos grãos (OLIVEIRA et. al., 2010). Do mesmo modo como na confecção da silagem de milho utilizando a planta inteira, os mesmos cuidados são necessários para o processamento da ensilagem apenas de grão, preservando a qualidade do grão úmido. A qualidade nutricional de silagens de grãos úmidos inicia com a escolha do híbrido de milho. A produtividade é uma característica indispensável, sendo encontrados híbridos com capacidade produtiva superior a 15.000 kg/ha, mas em especial devem apresentar resistência a micotoxinas e baixa porcentagem de grãos ardidos, deve-se observar a adaptação do híbrido a cada região do país e o ciclo da cultura (GOBETTI et. al., 2013). A colheita do grão de milho é uma etapa fundamental na qualidade da silagem, o teor de umidade do grão no momento da colheita deve permanecer entre 30 a 35%, considerado o ideal o mínimo de 26 e máximo de 40%, pois em umidade superior a 40% a quantidade de água excessiva no grão, interfere na maturação fisiológica resultando em perda de matéria seca, fermentação excessiva e perda de energia durante a estocagem (LEH, 2001). Quando a matéria seca excede ao ideal, umidade inferior a 26% dificulta o processo de moagem além de interferir negativamente na ação das bactérias e fungos anaeróbios que irão fermentar a massa moída de milho, pois terá consistência endurecida, o que poderá acarretar maior perda na passagem pelo trato digestório, resultando no baixo aproveitamento do amido disponível para fermentação no rúmen (GOBETTI et al., 2013). A moagem dos grãos úmidos é um procedimento necessário, pois, além de facilitar a compactação, também melhora a absorção de nutrientes no trato digestório do animal. Tal prática pode ser realizada de acordo com a realidade e necessidade de cada propriedade, sendo recomendado o uso de desintegrador quando há mais de 30 100 sacas de milho/hora, a fim de evitar que o milho colhido seja acometido pela fermentação aeróbia e alterações abruptas na composição nutricional do grão devido ao tempo de espera na carreta (LUGÃO et al., 2011). Souza (2001) afirma que o grão úmido de milho não pode ser ensilado na forma de grão inteiro. O processo de moagem além de facilitar o consumo pelos animais, tem a finalidade de diminuir o espaço vazio entre as partículas, influenciando a ação das bactérias acidófilas, resultando em maior armazenamento dos grãos em um mesmo espaço em que se poderia armazenar a silagem de planta inteira. Para o fornecimento aos bovinos, é recomendado utilizar uma moagem mais grosseira, ou seja, quebra do grão em três ou quatro partes, através de peneira de 1,5 mm. Para ruminantes a moagem mais fina do grão proporciona um aumento na taxa de passagem do alimento pelo trato digestivo, comprometendo assim a degradabilidade e digestibilidade, devido à diminuição do tempo de colonização através das bactérias ruminais, resultando em menos aproveitamentos de nutrientes, possível redução da gordura do leite e aumento da ocorrência de deslocamento de abomaso (LUGÃO et al., 2011). Em contrapartida, partículas muito grandes, maior que 1000 micrômetros de diâmetro geométrico médio resultam em perda de grão pelas fezes, assim a importância da granulometria no processamento com desintegradores (SOUZA, 2001). Visto que o tamanho da partícula do grão interfere diretamente no processo de fermentação (LEH, 2001). Segundo as pesquisas realizadas por Berndt et al. (2002) e Reis et al. (2001), a silagem de grãos de milho é vantajosa em termos nutricionais, pois aumenta a eficiência de conversão alimentar. O uso da silagem de grãos úmidos de milho apresenta vantagens relacionadas à antecipação da colheita, à redução de perdas no campo e ao armazenamento, bem como à redução de custos pela eliminação de etapas relacionadas à limpeza e pré-secagem (JOBIM e REIS, 2001). 6.4 SILAGEM DE MILHO REIDRATADO A silagem de milho reidratado consiste basicamente na hidratação do grão maduro moído, o que propicia sua fermentação e armazenamento como silagem. O grão maduro (10 a 14 % de umidade) é moído e reidratado para obter teor de umidade acima de 30% da matéria natural e depois ensilado (ANDRADE FILHO et al., 2010). 31 A reidratação consiste em devolver ao grão já seco a umidade adequada, para que o mesmo seja fermentado na ensilagem. Esta técnica é uma alternativa para diminuir os riscos no processo de ensilagem de grão úmido de milho, visto que a colheita é realizadaquando a planta apresenta teor de umidade entre 35 a 40%, podendo ser um problema. Pequenos intervalos durante o período de colheita, geralmente realizada no período chuvoso, aumenta a chance de insucesso no processo, devido a maturação excessiva e a consequente perda de umidade dos grãos. A reidratação pode ser utilizada em caso de atraso na colheita, situação em que o teor de matéria seca é superior ao desejado para o processo de grão úmido (BITENCOURT, 2012). Um detalhe importante neste tipo de confecção de silagem é a homogeneização de água ao grão, pois, caso sua incorporação ao milho ocorra por uma mistura não vigorosa, a hidratação não será perfeita, podendo resultar na perda do material ensilado devido ao crescimento de fungos (PEREIRA, 2018). O processo de reidratação pode ser simplificado através de uma adaptação de canos ao moinho para hidratação simultânea à moagem próxima ao silo (Figura 5), por mistura da água ao grão já triturado em um vagão misturador ou por adição de água a uma rosca sem-fim após a moagem. A adaptação do moinho consiste em passar canos perfurados imediatamente abaixo da peneira do equipamento. Com isto, o milho triturado é imediatamente misturado à água e cai no silo bem homogeneizado. Figura 5 - Moinho adaptado com canos para propiciar a hidratação do milho durante a moagem do grão maduro para ensilagem. FONTE:http://www.beefpoint.com.br/utilizacao-de-silagem-de-milho-reidratado-na- alimentacao-de-bovinos/ http://www.beefpoint.com.br/utilizacao-de-silagem-de-milho-reidratado-na- 32 Vale enfatizar a importância da hidratação do milho pois, diferentemente da prática de aspergir inoculantes em silagens com o intuito de atuar positivamente sobre o processo fermentativo no silo, a quantidade de água necessária para trazer o teor de umidade do grão maduro para valores adequados à ensilagem é bem maior (PEREIRA, 2013). A vantagem de se utilizar milho reidratado é de poder adquirir o milho sem precisar ser cultivado na propriedade, liberando área para plantio de outra cultura, além disso, pode ser adquirido durante a safra, quando o preço é mais acessível. Andrade Filho et al. (2010) com objetivo de determinar o melhor nível de reidratação de grão de milhos maduros e secos para confecção de silagem, avaliaram a incorporação de água ao milho maduro para obterem teores de umidade na silagem de 20, 30 ou 40%. O pH final das silagens foi reduzido de forma quadrática conforme o aumento do nível de reidratação. A redução do pH foi associada a inibição do crescimento bacteriano e da fermentação. Não havendo diferença no pH das silagens entre os níveis de reidratação 30 e 40%, sugerindo que teores de umidades acima de 30% da matéria natural foram adequados. Em um estudo realizado por Ferranetto et al (2015), foi constatado o ganho em digestibilidade do amido após a hidratação do grão de milho. No experimento, o milho foi reidratado até 70% da MS e armazenado em sacos a vácuo por 30 dias. O pH do milho reduziu de 6,72 para 4,40 no silo (P < 0,01) mostrando que houve fermentação. O teor de proteína solúvel aumentou de 18,0 para 22,5% da PB (P < 0,01), sugerindo a quebra da prolamina, que foi confirmada pelo aumento da disgestibilidade in vitro do amido de 52,6 para 64,9% do amido (P < 0,01). Existem fatores que afetam as características como digestibilidade da silagem de grão de milho, entre eles estão teor de umidade e granulometria da moagem. A adição de água ao milho tem como objetivo de promover um ambiente adequado para que a fermentação bacteriana ocorra e a produção de ácido lático controle o crescimento de micro-organismos indesejáveis, semelhante ao que acontece em silagem de planta inteira. O excesso de água leva a perda de nutrientes por lixiviação e retarda a redução do pH, pela diluição do ácido. Pelo contrário, a falta de umidade impede o crescimento de bactérias do ácido lático (LOPES, 2016). O tipo de endosperma do híbrido ensilado influencia diretamente na digestibilidade da silagem final. Um teor elevado de prolamina relacionado ao milho vítreo, mesmo após a ensilagem, reduz a degradabilidade in vitro do milho (HOFFMAN 33 et al., 2011). Em milhos com texturas diferentes de endosperma, macio (49,6 % vitreosidade) e duro (79,7 % vitreosidade), foram moídos por peneira de 5 mm, hidratados (30 % de umidade) e ensilados em silos experimentais. Relacionando à vitreosidade, o teor de proteína do milho, o híbrido duro apresentou maior PB 10,58 vs. 9,75 % da MS para o milho macio (P < 0,01). 7 CONSUMO E DESEMPENHO ANIMAL Na confecção de silagem é comum observar a planta do milho sendo colhida em diferentes estádios de maturidade fisiológica. Segundo O’Kiely e Maloney (1995) silagens que possuem baixo teor de amido resultam em menores taxas de ganho de peso em bovinos de corte. Ao mesmo tempo que silagens contendo elevado teor de amido resultam em desempenho superior em bovinos de leite (FITZGERALD et al., 1998). O consumo animal está atrelado a eficiência do ruminante em processar e utilizar o alimento dentro do ambiente ruminal para produção de energia. Por sua vez, a digestibilidade depende diretamente do nível de consumo (NRC, 2001) e, consequentemente, das variáveis que o afetam. Como importante órgão de processamento do alimento no animal, o rúmen, fisicamente, é uma enorme câmara fermentativa onde ocorrem milhares de reações, gerando diversos produtos. As concentrações de amônia e pH no interior do rumem são ferramentas de auxílio ao conhecimento da utilização de forma efetiva dos alimentos, através do fornecimento de informações a respeito do processo fermentativo (NAGARAJA et al., 1997). Bovinos submetidos a dietas contendo silagem consomem menos MS quando comparado a alimentos com materiais verdes ou feno da mesma forrageira (RIBEIRO, 2001). Mendes (2013) avaliando a substituição do milho seco moído por silagem de grão de milho moído reidratado na dieta de vacas em lactação sobre o consumo, observou que a substituição do milho seco e moído pela silagem de milho reidratado proporcionou uma redução no consumo de MS sem variação na digestibilidade aparente de amido e com maior produção de leite em relação ao consumo de matéria seca. 34 Segundo Cavalcante et al. (2004) em um estudo avaliando dietas com silagem de milho e feno de capim tifton-85, constatou que bovinos ao receberem dietas contendo apenas silagem de milho como volumoso, ingeriram 0,5 kg de FDN a menos, em relação àqueles que receberam feno. Tal comportamento pode ser explicado devido ao menor teor de FDN na dieta contendo silagem de milho. Em estudo com silagem de milho, Tomich et al. (2006) encontraram valores de 27,3% de MS, 7,2% de PB, 51,5% de FDN, 32,4% de FDA e 4,0% de lignina, e para silagem de sorgo, valores de 31,7% de MS, 6,8% de PB, 59,1% de FDN, 35,9% de FDA e 4,9% de lignina. Esses valores são semelhantes entre as forrageiras, com ligeira superioridade para a cultura do milho. Nussio (2003) quantificou o valor nutritivo de três silagens de milho quando oferecidas para novilhos de corte como forragem exclusiva ou em associação com silagem de milho. As forragens fornecidas foram silagem de milho (3 silagens) ou silagem de capim como único volumoso; ou uma mistura 50:50 (base de MS) de cada silagem de milho com a silagem de capim. Ao ser comparada a silagem de capim, a silagem de milho, oferecida como única forragem para novilhas, apresentaram maior consumo de MS e taxa de ganho de peso (carcaça) (NUSSIO, 2003). Silva et al. (1999) avaliando o desempenho de animais Pardo Suíço x Nelore inteiros F1 de 20 meses, recebendo silagem de milho, apresentaram um ganho de 1,714 kg/dia, peso superior aos valores mencionadas por Feijó et al. (1996), utilizando novilhos da mesma raça, mesma idade e com dietas semelhantes (1,273 kg/dia). Ainda segundoSilva et al. (1999) o elevado ganho de peso foi atribuído a ocorrência do crescimento compensatório. Quanto mais alto for o plano nutricional durante o período de realimentação maior e mais rápida será a recuperação do peso. Nascimento et al. (2008), conduziram um experimento para avaliar o valor alimentício de silagens de sorgo (granífero e sacarino) e milho e sua influência no desempenho de vacas leiteiras. Tabela 3 - Consumo e desempenho de vacas leiteiras alimentadas com silagens de milho e sorgo. Item Silagem Milho Silagem Sorgo granifero Silagem Sorgo sacarino Consumo de matéria seca (kg/dia) 21,95b 22,98a 19,43c Produção de Leite (kg/dia) 28,81a 24,69b 24,14b 35 Gordura do leite (%) 4,39b 4,31b 4,56a Médias seguidas de letras diferentes na mesma linha diferem pelo teste de Tukey (P<0,05). FONTE: Nascimento et al. (2008). De acordo com a Tabela 3 os animais alimentados com silagem de sorgo granífero apresentaram maior consumo de matéria seca em comparação àqueles alimentados com as silagens de milho e de sorgo sacarino. A produção de leite foi maior para as vacas que consumiram silagem de milho em comparação àquelas alimentadas com silagem de sorgo granífero e sacarino. Os autores concluíram que as silagens de sorgo apresentaram potencial de produção inferior ao do milho, entretanto, a rusticidade e a capacidade de adaptação a condições limitantes de crescimento, como temperaturas elevadas e escassez de água, continuam sendo os principais fatores que justificam a utilização dos sorgos. Citado por Gobetti (2013) Fancelli & Dourado Neto (2000), observaram que a silagem de grãos úmidos tem aumentado à produção de proteínas no leite e seu valor nutritivo é semelhante ou ligeiramente superior ao do milho seco finamente moído, quando fornecida em quantidades equivalentes de matéria seca. O emprego da silagem de grãos úmidos de milho ou sorgo na alimentação de ruminantes melhora a produtividade animal além de reduzir os custos de produção. As vantagens no uso dessa silagem estão relacionadas a forma de digestão do amido no rumem, pelo intenso grau de processamento físico dos grãos no processo de ensilagem e/ou químico-biológico na fermentação, onde os animais conseguem aproveitar melhor os nutrientes (GOBETTI, 2013). De acordo com Passini et al. (2002), silagem de grão úmido de milho pode ser adicionada em dietas de terminação em bovinos jovens confinados, visto que não prejudica o desempenho animal, melhora as características de rendimento da carcaça e qualidade da carne através do aumento do rendimento de carcaça e do teor de extrato etéreo da carne. Além disso a redução dos níveis de 14% de PB na fase inicial para 11% na fase de terminação não prejudicar a carcaça ou a qualidade da carne. Em um estudo realizado por Ladely et al. (1995), ao avaliar o efeito dos métodos de processamento sobre híbridos de milho observou um aumento da eficiência alimentar de 11,33% nos bovinos em terminação alimentados com silagem de milho com alta umidade (inclusão de 83% da MS) em comparação com o grão seco moído. 36 Segundo Costa (2002) avaliando o desempenho de bovinos superprecoses observou um maior GMD (p<0,05) nos animais (1,23 ± 0,28 kg) ao consumirem silagem de grão úmido de milho em relação aos grãos de milho seco quebrados (1,14 ± 0,30 kg), o que correspondeu a um aumento de 7%. Isso se deve ao processamento sofrido aos grãos de milho durante o processo de ensilagem apresentando uma maior degradação ruminal, gerando um aumento na eficiência energética e na produção da proteína microbiana no rúmem, melhorando o desempenho animal. Silva (2016) avaliou o desempenho e os parâmetros ruminais de bovinos Nelore confinados, alimentados com silagens de grão úmido de milho e silagens de milho reidratado com e sem o uso de inoculantes (L. buchneri) em comparação ao uso de milho seco moído (Tabela 4). Observaram que os animais apresentaram um menor CMS (P = 0,02) ao consumirem dietas com Milho úmido sem inoculantes e milho reidratado sem inoculantes (MU e MR) em comparação a MSC, devido ao aumento da digestão do amido em consequência da maior fermentação do amido no rúmen. O aumento da digestão das dietas com MU e MR levou a um incremento da energia liquida de mantença (ELm) na dieta de 17,6 e 21,2%, respectivamente, e na energia liquida de ganho (ELg) da dieta de 23,1 e 27,7%, em relação às dietas contendo MSC. Em decorrência do aumento da ELm e ELg das dietas com silagens os animais reduziram o CMS, uma vez que o menor CMS atingiu a saciedade química dos animais. A redução no CMS também pode ser explicada pelo aumento na produção de propionato das dietas com silagem. Houve melhora significativa da EA dos animais ao consumirem silagens em comparação ao MSC, em decorrência da redução do CMS ocasionado pelo maior ELm e ELg. Além disso o incremento da EA pode estar relacionado ao tempo prolongado de estocagem (270 dias para MU e MUB e 240 dias para MR e MRB), promovendo à quebra da matriz proteica que recobre os grânulos de amido, proporcionando um maior ganho de digestibilidade. Na composição de carcaça poucas diferenças foram observadas. No qual animais submetidos as dietas contendo MUB e MR apresentaram uma maior AOL, a dieta com MR apresentou maior AOL/100 kg e EGS foi maior com MU. Para o autor tais diferenças de CMS e energia das dietas com MSC e silagens não influenciaram a composição da carcaça dos animais. 37 Tabela 4 - Desempenho e características da carcaça de bovinos Nelore terminados em confinamento alimentados com milho grão seco moído (MSC), silagem de milho grão úmido (MU), silagem de milho grão úmido inoculado com L. buchneri (MUB; NCIMB 40788 na de 1 × 105 ufc/g), silagem de milho reidratado (MR), silagem de milho reidratado inoculado com L. buchneri (MRB; NCIMB 40788 na de 1 × 105 ufc/g) Variáveis MSC MU MUB MR MRB EMP P-valor CMS, kg/dia 9,81 a 7,88 b 7,89 b 7,34 c 7,32 c 0,24 <0,01 PC inicial, kg 311 310 310 311 310 7,26 0,24 PC final, kg 514 a 505 ab 510 a 505 ab 493 b 7,17 0,08 PCQ, kg 290 a 282 ab 286 a 282 ab 275 b 6,49 0,06 GMD, kg 1,73 a 1,66 ab 1,69 a 1,64 ab 1,55 b 0,05 0,09 RC, % 56,3 55,9 56,2 56,0 55,9 0,31 0,84 CA, kg 5,70 a 4,76 b 4,67 bc 4,48 c 4,72 bc 0,12 <0,01 EA 0,176 c 0,211 b 0,215 ab 0,224 a 0,213 ab 0,005 <0,01 AOL, cm2 76,0 b 75,5 b 78,0 a 79,6 a 75,3 b 2,60 <0,01 AOL, cm2/100 kg PC 15,0 b 15,2 b 15,5 b 16,2 a 15,5 b 0,34 0,02 RATIO 0,518 0,533 0,530 0,528 0,515 0,006 0,15 Marmoreio 2,75 2,93 2,85 2,51 2,80 0,12 0.12 EGS, mm 5,55 6,20 5,81 5,90 5,59 0,21 0,23 EGS, mm/100 kg PC 1.09 b 1,24 a 1,16 b 1,20 ab 1,15 b 0,04 0,08 EGP8, mm 7,99 7,70 7,77 7,64 7,71 0,31 0,94 Rins, kg 0,827 0,764 0,797 0,778 0,767 0,032 0,57 GRPI, kg 6,53 a 5,37 b 5,93 ab 5,62 b 5,22 b 0,32 0,06 CMS = consumo de matéria seca; PC = peso corporal; PCQ = peso de carcaça quente; GMD = ganho médio diário; RC = rendimento de carcaça; CA = conversão alimentar; EA = eficiência alimentar; Elm = energia líquida de mantença; Elg = energia líquida de ganho; AOL = área de olho de lombo; RATIO = razão entre altura e largura da AOL; EGS = espessura de gordura subcutânea; EGSP8 = espessura de gordura na altura da picanha; GRPI = gordura renal pélvica e inguinal. Médias seguidas de mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste t. FONTE: Silva (2016). 38 8 VIABILIDADE ECONÔMICA Devido ao alto valor energético e baixo custo por quilo de matéria seca, a silagem de milho pode ser empregada em quase todas as propriedades estando presente na dieta tanto de rebanhos leiteiros quanto de corte. A produção de forma eficiente da silagem começa por uma lavoura bem conduzida, seguida do corte, transporte, descarga, compactação e a vedação do silo. Todo o procedimento deve ser realizado de forma correta, permitindo a fermentação do milho picado e o armazenamentoda silagem por longo período (PEREIRA, 2015). Devido ao avanço das tecnologias voltadas ao agronegócio, novas cultivares de milho híbridos de maior potencial produtivo, são lançadas no mercado anualmente (CRUZ, 2004). Como em qualquer outra atividade agropecuária, é necessária uma avaliação econômica, assim como o levantamento de forma detalhada, do custo de produção e viabilidade econômica nos sistemas de produção (SILVA, 2011). Os custos de produção podem variar de região para região, dependendo da tecnologia adotada e, principalmente, da produtividade da lavoura. Barbosa et al. (2014) afirmam que o controle do custo de produção é fundamental, em decorrência da estreita margem de rentabilidade da maioria das culturas. Borges et al. (2013) citam que para à sobrevivência do pequeno produtor o aumento do controle de gasto é um fator primordial, pois os que não se reorganizarem ou não se adaptarem a este novo ambiente competitivo não obterão êxito. No planejamento da lavoura de milho destinada a silagem é comum o pecuarista fazer opção por alternativas que, na sua opinião, poderão reduzir os custos de produção como, escolha de híbridos de menor custo de semente e a redução na quantidade de fertilizantes aplicados (Tabela 5). Contudo, a lavoura de milho destinada à ensilagem deve ter alta produtividade, visando diluição dos custos de implantação, principalmente insumos; maior eficiência na colheita; e alta concentração energética (proveniente de grãos), reduzindo a demanda por alimentos concentrados. 39 Tabela 5 - Custos médios de produção de duas lavouras de milho para silagem com produtividades de 35 e 50 t/ha de massa verde (MV). Custo de produção de silagem de milho com diferentes produtividades Custo/hectare Produtividade de massa verde/ha 35t 50t Sementes (1,3sc/ha) 455,00 580,00 Fertilizantes 1 745,00 838,00 Defensivos 310,00 310,00 Plantio 2 (máquinas e mão de obra) 272,00 272,00 Financeiro, remuneração de terra, assistência técnica 926,00 934,00 Custo de implantação 2.708,00 2.939,00 Ensilagem R$/ha – (maquinas, mão de obra e transporte3) + (custo de estocagem dos silos) 1.106,00 1.268,00 Custo total da silagem 3.814,00 4.207,00 Produtividade de massa verde kg/ha 35.000 50.000 Produtividade de matéria seca kg/há (34% MS) 11.900 17.000 Custo/tonelada de massa verde (R$) 109,00 84,14 (1) De acordo com a produtividade mais a extração de NPK decorrente da remoção da palhada; (2) Plantadeira, pulverizador, distribuição de calcário e fertilizantes; (3) Ensiladeira 2 linhas, caminhões e compactação FONTE: Pereira (2015). Pereira (2015), realizou algumas considerações relacionadas ao custo médio de produção das duas lavouras de milho demonstrada anteriormente na tabela 5: No qual a menor despesa com fertilizantes não é questão de redução de custo e sim da menor extração de nutrientes em decorrência da menor produtividade; assim como na escolha da semente, no qual, comparou-se um produto de custo bem inferior, mas certamente de menor capacidade produtiva; Quanto mais produtiva for a lavoura menor será o custo de produção por tonelada. A silagem da lavoura de 50 t/ha, na qual se investiu mais em insumos, custa quase 23% menos por tonelada que a do outro plantio, em que se gastou menos e se obteve menor produtividade; Além do menor custo, a lavoura de maior produtividade de MV/ha também produzirá mais grãos, que são a principal fonte de energia na silagem de milho, resultando na menor demanda por ração concentrada. 40 Para administrar com eficiência e eficácia uma unidade produtiva agrícola, é imprescindível, dentre outras variáveis, o domínio da tecnologia e do conhecimento dos resultados dos gastos com os insumos e serviços em cada fase produtiva da lavoura, que tem no custo um indicador importante das escolhas do produtor (COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO, 2010). Em um estudo de caso realizado por Rabelo (2017) o custo total da produção de silagem foi de R$ 8.852,76; sendo R$ 96,22/ton e R$ 3.849,03/ha. Os insumos representaram mais da metade dos gastos com 68,36%, seguido pelos custos variáveis com 18,26% e custos fixos com 13,38%. A silagem de grão úmido proporciona uma certa economia ao produtor, devido a isenções no pagamento de taxas, impostos, descontos de umidade, impurezas, grãos ardidos e armazenamento, além de outros benefícios, bem como a certeza de um produto final de alta qualidade com baixos custos para a alimentação de seus animais ao longo do tempo (PIONEER, 2001). O custo de produção da silagem de grão úmido entre as safras 2016/2017 pode ser observado na tabela 6. Tabela 6 – Custo de produção de forrageiras de verão. Resumo safra 2016/2017. Descrição Silagem Milho Alto Invest. Silagem Milho Médio Invest. Grão Úmido Milho* Silagem Sorgo Safrinha Pastagem Milheto Pastagem Tifton Massa Seca (liquido) kg/há 17.820 13.365 9.937 8.100 7.280 11.200 Custo no campo R$/kg 4.548,62 3.716,05 4.031,67 1.466,84 2.722,97 3.001,17 Custo no campo R$/kg MS 0,26 0,28 0,41 0,18 0,37 0,27 Ensilagem 1.003,44 984,15 661,61 814,48 - - Estocagem 693,39 549,76 348,30 319,28 - - Custo ensilado R$/ha 6.245,70 5.250,24 5.041,98 2.600,79 - - Custo ensilado R$/kg MS 0,35 0,39 0,51 0,32 - - *Grão úmido a 13% de umidade. FONTE: Fundação ABC (2017). A silagem de grão reidratado vem sendo utilizada na pecuária leiteira, em substituição ao grão de milho seco moído, em decorrência do baixo custo para armazenagem e alta digestão do amido. Segundo o estudo realizado em função do 41 aumento do preço dos insumos, a possibilidade de produzir milho a um custo menor do que o preço para adquiri-lo no mercado e o melhor aproveitamento do amido, que reflete no aumento da produtividade animal, tem levado os produtores a adotarem esta tecnologia em suas propriedades (FERNANDES, 2016). 42 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS A silagem de milho é o principal volumoso utilizado para alimentar tanto rebanhos leiteiros quanto de corte. Por meio de medidas como a escolha do híbrido, plantio na época adequada, colheita com equipamento bem regulado e rapidez no carregamento e fechamento do silo, os produtores serão capazes de produzir silagem com alta qualidade e rendimento, possibilitando a diluição dos custos de produção. Devido ao alto custo do grão em Roraima, principalmente o milho, é recomendável que o produtor fique atento ao mercado, visando uma maior rentabilidade da produção. O produtor pode optar pela aquisição da saca do milho no período de safra, a um custo reduzido, estocá-lo na propriedade para o uso em épocas de baixa disponibilidade através do produto e do alto preço no mercado. O milho estocado pode ser utilizado na produção de silagem de milho reidratado e posteriormente oferecido aos animais promovendo ganho de peso, o que é fundamental durante o período de escassez de alimento. A utilização da silagem de grão úmido de milho além de proporcionar benefícios nutricionais, concede ao produtor a possibilidade de antecipar a colheita permitindo o adiantamento do plantio da próxima cultura, melhorando a eficiência de uso da área. O restante da cultura não utilizada, pode ser reaproveitada na produção da silagem de milho sem espiga utilizando apenas a planta. Esta prática pode ser realizada até mesmo por pequenos produtores obtendo um alimento de qualidade a disposição do rebanho. De acordo com a finalidade da lavoura do milho dentro da realidade de cada propriedade, existem alternativas de se utilizar o milho para confecção de silagem, evitando um possível desperdício de componentes da planta, tornando a produção mais sustentável. Considerando a baixa produção de forragem no período da seca no Estado de Roraima, a produção de silagem é uma medida aser tomada, com intuito de minimizar a perda de peso do rebanho bovino devido à falta de alimento. 43 REFERÊNCIAS ANDRADE FILHO, R et al. Degradabilidade ruminal in situ de grãos de milho maduros do tipo Flint ou dentado, secos ou reconstituídos e ensilado. In: REUNIAO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 47., 2010, Salvador. Anais...:SBZ, 2010. ARAÚJO PEREIRA, R. G.; TOWNSEND, C. R.; COSTA, N. L.; et al. Processos de ensilagem e plantas a ensilar. Embrapa Rondônia. Rondônia, Brasil. 13p. 2008. BARBOSA, R. M.; HOMEM, B. F. M., TARSITANO, M. A. A. 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