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1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Educação Física (BEF0088) – Prática do Módulo VII – 07/12/20 IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA NA INFÂNCIA Raiane Silva Marques¹ Domingos Reis Cabral Filho¹ Prof. Hirlon Pires Braga² RESUMO Esse estudo apresenta a importância da atividade física na infância, no qual vai além da estética, ajudando a prevenir doenças, muitas das quais surgidas silenciosamente. Sendo assim, foi realizado um paralelo entre a criança e a atividade física, sendo um importante instrumento para auxiliar no crescimento e desenvolvimento motor da criança e que pode ser fundamental na vida adulta, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social, onde se mostra a cultura corporal e acima de tudo os seus benefícios. Partindo desta visão foi realizada uma revisão bibliográfica, uma vez que a atividade física é desde a infância o meio pelo qual a criança afirma sua independência e seus primeiros contatos sociais, sendo fundamental ao seu desenvolvimento psicofísico de forma geral. Palavras-chave: Atividade Física. Infância. Importância. 1. INTRODUÇÃO A atividade física é fruto do processo histórico-cultural de desenvolvimento da civilização. O homem sempre se movimentou para sobreviver, pois, o movimento é a expressão primordial da vida. O termo atividade física se refere a totalidade de movimentos executados no contexto do esporte, da aptidão física, da recreação, da brincadeira, do jogo e do exercício, vindo como disciplina obrigatória conforme a LDB (Leis de Diretrizes Brasileiras) de 1996 em seu artigo 26º. O termo “atividade física” descreve várias formas de movimento, incluindo atividades envolvem o uso de grandes músculos. Atividades que envolvem os pequenos músculos esqueléticos (por exemplo, jogos de tabuleiro, desenho e escrita) são importantes, mas elas não fornecem os mesmos benefícios para a saúde que as atividades que envolvem os grandes músculos esqueléticos e requerem gastos de energias substanciais. A prática regular de atividade física tem sido apontada como um fator relacionado funcionalmente à promoção da saúde dos indivíduos e à prevenção de algumas condições de risco a doenças. Ressalta-se, primeiramente, a necessidade da diferenciação entre os conceitos de atividade física e exercício. De acordo com Caspersen, Powell e Christenson (1985), atividade física consiste em qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos, resultando em maior 2 gasto energético, quando comparado à taxa metabólica de repouso. Por sua vez, o exercício físico constitui uma subcategoria da atividade física, de caráter planejado, estruturado, repetitivo e intencional, com objetivo de manter ou melhorar um ou mais componentes da aptidão física. Hoje, em tempos onde a Educação Física está sendo considerada um dos maiores fenômenos sociais, muitos de seus praticantes ainda não conhecem os benefícios que ela proporciona. A prática por modismo ou pela influência de amigos ou de seus pais que querem ver no filho o atleta que eles não foram. Com isso, muitos de seus princípios não são levados em conta até mesmo pelos seus orientadores, fazendo com que a atividade física seja considerada como uma prática qualquer, podendo muitas vezes ser prejudicial aos seus praticantes devido sua iniciação ter sido de forma errada e estafante para a faixa etária em que foi aplicada. A prática regular de atividade física constitui um elemento essencial à promoção da saúde e prevenção de algumas doenças que acometem indivíduos e grupos populacionais. Partindo desta visão, será feita uma pesquisa, na qual, através de uma revisão bibliográfica será demonstrado conceitos e estudos feitos por alguns autores, referentes à contribuição que a atividade física pode proporcionar ao ser humano, em específico na criança, quando bem orientada. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Considerando que as atividades físicas têm sido historicamente interpretadas como um meio de educação das pessoas e que a própria expressão “Educação Física” teve origem nessa interpretação. Em todos os tempos, a expressão “atividades físicas” tem sido usada para designar os movimentos humanos, sendo assim através da história da Educação Física é possível observar que a atividade física sempre foi identificada como o meio da Educação Física. As atividades físicas podem caracterizar um processo educativo quando exercidas a partir de uma intenção educacional nas formas de exercícios ginásticos, jogos, esportes, danças, atividades de aventuras, relaxamento e ocupações diversas de lazer ativo. Segundo a FIEP (2004), as atividades físicas, com fins educativos, nas suas possíveis formas de expressão, reconhecidas em todos os tempos como os meios específicos da Educação Física, constituem-se em caminhos privilegiados de Educação. A concepção de cultura corporal amplia a contribuição da Educação Física escolar para o pleno exercício da cidadania, na medida em que tomando seus conteúdos e as capacidades que se propõe a desenvolver como produto sócio culturais. Além disso, adota uma perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos. O trabalho de Educação 3 Física abre espaço para que se aprofundem discussões importantes sobre aspectos éticos e sociais, alguns dos quais merecem destaque. A atividade física é definida por sua duração, intensidade e frequência, no qual a duração é a quantidade de tempo gasto participando de uma sessão de atividade física. A intensidade é a taxa de gasto energético. E a frequência é o número de sessões de atividade física durante um período de tempo específico (por exemplo, de uma semana). Sendo assim, a atividade física pode ser dividida em aeróbica e anaeróbica. Aeróbica: De intensidade leve a vigorosa é um tipo de atividade física que requer mais oxigênio do que o utilizado em nosso período sedentário, portanto, promove o condicionamento cardiovascular e outros benefícios para a saúde. Exemplos: pular corda, andar de bicicleta, nadar, correr, jogar futebol, basquetebol, ou voleibol); Anaeróbica: é uma atividade física intensa, que é de curta duração e exige a utilização de outras fontes de energia na ausência de oxigênio suficiente. Fontes de energia são reabastecidos quando um indivíduo se recupera da atividade. Atividade anaeróbica (por exemplo, “dar um sprinting” – ir mais rápido, durante um momento da corrida, natação ou ciclismo) exige um desempenho máximo durante um breve período. Freire (1997) afirma que a criança é para ser educada e não adestrada, sendo assim, as atividades desenvolvidas pelas crianças devem levá-las a pensar, a terem consciência da ação corporal que estão realizando. Independentemente de qual seja o conteúdo escolhido, os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social). Outro fator que pode interferir a não adesão de prática de atividade física em crianças é citado por Silva e Costa Jr. (2011, p.45): No entanto, o acesso facilitado à televisão e videogame diminui a oportunidade de as crianças praticarem atividades físicas. A criança que prática exercício físico tende a ter uma melhor qualidade de sono, maior capacidade de concentração e aprendizado na escola, além de uma melhora na coordenação motora. Através da atividade física a criança conhece melhor o seu corpo, suas limitações e suas capacidades. Nos dias atuais tem-se também maior acesso a outros equipamentos eletrônicos que distraem as crianças e as deixam longe das práticas de atividade física, como computadores,tablets e celulares, cada vez mais modernos e com mais funções, jogos, entre outras funcionalidades, além de problemas como falta de segurança nas ruas, e conforme citado por Koezuka (2006, apud SILVA E COSTA Jr., 2011). 4 Ela ajuda a prevenir doenças, muitas das quais surgidas silenciosamente. Também é importante instrumento para auxiliar no crescimento e desenvolvimento motor do jovem e que pode ser fundamental na vida adulta. Praticados em grupo e em forma de jogos cooperativos, por exemplo, ainda ajudam no aprendizado, de forma que as crianças aprendam a competir, mas também a trabalhar em equipe, formando cidadãos conscientes. Sendo assim, crianças que não praticam exercícios físicos tendem a se tornar adultos sedentários.É preciso ressaltar que a importância da atividade física na infância vai além da estética. 3. METODOLOGIA Esta pesquisa, foi feita através de uma revisão bibliográfica onde será demonstrado conceitos e estudos feitos por alguns autores, referentes à contribuição que a atividade física pode proporcionar ao ser humano, em específico na criança, quando bem orientada. O texto foi fundamentado nas ideias e concepções de autores como: Koezuka (2006, apud SILVA E COSTA Jr., 2011), Freire (1997), FIEP (2004), Caspersen, Powell e Christenson (1985). FIGURA 1 – PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS FONTE: http://innt.org.br/efeitos-dos-exercicios-aerobicos-na-infancia-e-adolescencia A Figura 1 nos mostra um exemplo de exercícios físicos que promovem benefícios para a saúde das pessoas, por atuar na melhoria da aptidão cardiorrespiratória, da composição corporal e do bem-estar psicossocial. Exercícios físicos promovem benefícios para a saúde das pessoas, por atuar na melhoria da aptidão cardiorrespiratória, da composição corporal e do bem-estar psicossocial. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Todas as pessoas necessitam de atividades físicas para o seu desenvolvimento, tanto no aspecto biológico quanto para o conhecimento do corpo, para criar habilidades de controle e 5 coordenação, equilíbrio e harmonia, força e agilidade, em diferentes atividades. Há atividades físicas para todos os gostos e faixas etárias. Mas a atividade nunca deve ser imposta pelos pais e sim o que a criança deseja. Conheçam algumas modalidades esportivas e tire o máximo de proveito. Sendo assim, a atividade física deve ser assegurada e promovida durante toda a vida das pessoas, criando, assim, um estilo de vida ativo, assegurando saúde, disciplina e lazer. Em virtude dos fatos mencionados anteriormente, considera-se através deste artigo, que o simples fato de se manter uma infância ativa, não é garantia de saúde na vida adulta, mas já é um começo, pois é possível despertar o gosto por uma vida ativa, além de ajudar no crescimento, desenvolvimento físico e social além de ensinar as crianças o valor de hábitos saudáveis e comportamentos que levem ao crescimento de suas potencialidades. 5. CONCLUSÃO A infância é sem dúvida uma fase muito importante para o desenvolvimento de habilidades e comportamentos que podem acompanhar as pessoas ao longo da vida. A partir dela, constrói-se o alicerce para as outras fases da vida, podendo tal fase influenciar de forma positiva ou negativa. Às crianças deve-se dar a oportunidade de um desenvolvimento adequado. Com um bom desenvolvimento motor, estimulação das habilidades motoras e intelectuais. Além disto, um bom convívio social e afetivo com os pais, professores e demais pessoas de sua convivência. No Brasil a prevalência de sobrepeso, obesidade e sedentarismo esta aumentando, sendo os principais pontos relevantes neste contexto é os avanços tecnológicos, propagandas de comidas industrializadas e a inatividade física. Devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. O levantamento do nível de conhecimento e a importância da prática de atividade física na infância fazem-se necessário, pois muitas crianças deixam de brincar de correr, pular, jogar adequadamente por até anos e ficam horas e horas em frente à televisão, jogando vídeo game ou navegando na internet, muitas das vezes rumo ao nada culminando com o aumentando do índice de inatividade física na infância. A atividade física em crianças, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, é também importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia “extra normal” das crianças, ou seja, sua hiperatividade. 6 REFERÊNCIAS ARAZZATO JG. Atividade Física na Criança e no Adolescente. Em Ghorayeb N & Barros T. O Exercício. Ed. Atheneu. 1999. CASPERSEN, C. J., POWELLl, K. E., & CHRISTENSON, G. M.. Physical activity, exercise, and physical fitness: Definitions and distinctions for healthrelated research.1985. DE ROSE Jr,D. Esporte e atividade física na infância e adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed,2009. FIEP – Federação Internacional de Educação Física: Manifesto Mundial da Educação Física. Informativo CREF/ RS. Ano 01, Julho – Agosto. P. 7, 2004. FREIRE, João Batista. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática da Educação Física (Pensamento e ação no magistério). São Paulo: Scipione, 1997. SILVA, P. V.; COSTA Jr., A.L. Efeitos da atividade física para saúde de crianças e adolescentes. Psicologia Argumento, Curitiba, Vol 29, n.64, p.41-50, jan/mar 2011.
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