Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENFERMIDADES DO APARELHO RESPIRATÓRIO DE EQUINOS Disciplina: Clínica de Equídeos Docente: Jefferson Filgueira Alcindo Influenza equina:Gripe equina Grandes perdas econômicas Transporte aéreos surtos mundiais Alta morbidade/baixa mortalidade Animais 2-3 anos sob estresse Situação do Brasil Transporte interestadual ou eventos equestres (BRASIL, 2001) Etiologia RNA vírus da fam Orthomyxoviridae Tipos A, B e C Sub-tipos A equi-1 (H7N7) subtipo estável genética e antigenicamente (Praga 56) A equi-2 (H3N8) variações antigênicas (equinos x humanos) imunidade pós-infecciosa ou pós-vacinal de curta duração cepas novas causando epidemia (Miami 63)(NewMarket 2/93; Kentucky 94) Etiologia Eqüinos, suínos, homem e aves Inativados pelo: calor UV formaldeído solventes orgânicos detergentes sintéticos sabão agentes oxidantes Epidemiologia Transmitido pelo ar Animais de 2-3 anos Comuns em cavalos de corrida Sistema com ventilação pobre Falha nos protocolos de imunização Patogenia Antígenos virais Via de infecção aerossóis Período de incubação 1 a 3 dias Eliminação para o ambiente 8 d Afinidade por mucopolissacarídeos e glicoproteínas do muco A-2 mais virulento atinge pulmão A-1 inflamação naso-faríngea e laringo- traqueal Patogenia Penetra trato respiratório Liga a céls epiteliais receptores para hemaglutinina (ác N-acetil neuramínico) replicação (1- 3 dias presente em todo trato respiratório) Lesão de cílios e células epiteliais Patogenia Hiperemia edema descamação necrose focal Diminuição do clearance mucociliar acúmulo de secreções Infecções secundárias Patogenia Regeneração do epitélio Complicações Broncopneumonias ORVA HPIE Miocardite Encefalite (rara) 6 semanas Sinais Clínicos Febre aguda Corrimento nasal seroso Tosse improdutiva Evolução Mioglobinúria leve Corrimento nasal mucoso Tosse produtiva Mialgia, miosite e edema de membros em alguns animais Asininos e muares mais sensíveis Linfadenopatia mandibular Diagnóstico Sinais clínicos Isolamento viral primeiras 24 horas Sorologia FC, HI, Vírus neutralização, ensaios enzimáticos AC detectados em uma semana (VN) ou acima de 28 dias (HI) pós sinais clínicos deve ser pareada Diagnóstico Patologia clínica linfopenia seguida por monocitose Endoscopia Faringite Traqueíte Tratamento Sintomático Repouso e hidratação Monitoramento da temperatura Drogas antiinflamatórias não esteróides: diminuição da febre redução da mialgia e melhora no apetite Dipirona 11 a 22 mg/kg IV ou IM BID Fenilbutazona 2,2 a 4,4 mg/kg IV BID Flunixin meglumine 1,1 mg/kg IV ou IM, BID Prevenção Vacinação regular diminui a população de risco Vacinação aos três-quatro meses de idade 2 doses intervalo de 4-6 semanas reforço aos 6 meses reforços anuais Recomendações epizootia Iniciar quarentena Limitar o deslocamento no foco por no mínimo 4 semanas Ampliar a quarentena em um raio de 8 km Desinfecção das instalações, caminhões e materiais Vacinação em massa dos cavalos não vacinados, ou revacinação Suspensão dos eventos equestres O que foi feito na Austrália? New South Wales Garanhão importado da Irlanda (+ durante quarentena) >41.000 animais infectados em + de 5800 propriedades US$ 46 milhões gastos 100.000 animais vacinados (6 meses) Campanha vacinou 50000 animais 100.000 testes laboratoriais 20 centros de controle e vacinação 2000 trabalhadores Sistema de zonas livres permitiu estação de monta e reinicio das corridas Hematoma etmoidal Massa encapsulada e expansiva Composição Submucosa do labirinto etmoidal Extensão (seios paranasais) Fator desencadeante ? Bilateralmente: 50% dos casos Cavalos velhos Sinais clínicos Descarga nasal serosanguinolenta intermitente Inchaço facial Halitose Dispneia Tosse Diagnóstico Sinais clínicos Endoscopia (projeção além do septo nasal) Raio-x TC Histopatologia Tratamento Injeção de formalina Ressecção cirúrgica Ablação a laser Lesões < 10 cm Múltiplas injeções 60% de resolução: 5 injeções Timpanismo da bolsa gutural Distensão por ar pressurizado Ar + fluido Unilateralmente Raças Sinais clínicos: Animais jovens Aumento de volume flutuante, não inflamatório, indolor e complacente Obstrução das vias aéreas e disfagia Déficits neurológicos (Ex. disfagia) Pneumonia por aspiração Patogenia Etiopatogenia? Pregueamento da mucosa Infecção das vias aéreas superiores (bacteriana ou viral) Tosse persistente Disfunção metabólica Diagnóstico Histórico Sinais clínicos Endoscopia Radiografia Tratamento Inflamação das vias aéreas AINE’s ATB Abordagem cirúrgica Hiperplasia Folicular Linfóide Faringite Hiperplasia folicular linfóide Aumento do tamanho do tecido linfóide na nasofaringe Patogenia não compreedida Resposta do tecido linfóide Exposição à agentes virais e/ou irritantes ambientais Animais jovens Animais à pasto x estabulados Hiperplasia folicular linfóide: sinais clínicos Fase aguda Hipertermia Corrimento nasal bilateral mucoso a mucopurulento tosse, anorexia e disfagia Fase crônica Queda do rendimento atlético Intolerância ao exercício Ruídos respiratórios Tosse Hiperplasia folicular linfóide: diagnóstico Endoscopia Visualização dos folículos linfóides e classificação Hiperplasia folicular linfóide: classificação Grau 1 Pequeno numero de folículos brancos espalhados na parede dorsal Grau 2 Folículos brancos de pequeno tamanho e grande quantidade nas paredes dorsal e lateral Alguns folículos rosados e edematosos Hiperplasia folicular linfóide: classificação Grau 3 Muitos folículos grandes e rosados, alguns brancos nas paredes dorsal e lateral folículos na superfície dorsal do palato mole Grau 4 folículos rosados e edematosos em toda a superfície da faringe, superfície dorsal do palato mole e ocasionalmente epiglote e próximos à abertura das bolsas guturais Acúmulos de tecido linfóide (pólipos) Hiperplasia folicular linfóide: tratamento Repouso Redução do contato com alérgenos (ambiente) Pastagem Spray para faringe( 20 mL/12 horas) 1 g de nitrofurazona 250 mL DMSO 500 mL H2O 250 mL Glicerina 99% 25 mL Dexametasona Adenite equiina (“Garrotilho”) Introdução Doença infecto-contagiosa aguda que afeta equinos de todas as idades Caracterizado por inflamação da mucosa nasal e faringeana com linfoadenites e posterior abscedação e drenagem dos linfonodos Adenite equiina (“Garrotilho”) Introdução Streptococcus equi Bactéria Gram +, longas cadeias de cocos Lancefield grupo C , β - Hemolitico Sensível a luz solar e desinfetantes Sobrevive por 12 meses em secreções nasais purulentas em locais úmidos S. equi x S. zooepidemicus (Vacinação) Adenite equina: etiologia Agente primário Não é habitante normal das vias aéreas Não necessita infecção viral primária!!! Adenite equina: etiologia Animais de 1-5 anos Populações susceptíveis Morbidade 100% Mortalidade até 10% Potros filhos de éguas imunes (até 3 meses) Uma vez infectado: imunes por mais de 5 anos (75%) Distribuição mundial – Equídeos Adenite equina: Patogenia Contado direto ou fômites Aerossol é pouco importante Rebanhos fechados: animais asintomáticos e cronicamente infectados PI 1 a 3 semanas Adenite equina: Patogenia Ingestão ou inalação Aderência (céls. Epiteliais mucosa nasal (faringe) e bucal (palato mole) Liberação de toxinas e enzimas Inflamação (rinite, faringite) e Febre DisseminaçãoLinfonodos regionais Linfoadenite e abscessos Adenite equina: Patogenia Mecanismos de defesa (evasão) da bactéria A Cápsula de Ácido Hialurônico (carga -) Cepas não encapsuladas Proteína M Propriedades antifagocitárias Adenite equina: Sinais clínicos Febre Corrimento nasal mucoso (em poucos dias) purulento Linfonodos retrofaríngeos e submandibulares aumentados de tamanho, firmes e dolorosos Linfonodos flutuantes Ruptura 7 a 10 dias após início dos sinais Duração média dos sinais 23 dias Neuropatia (disfagia) Empiema Condroide Adenite equina: diagnóstico Clínico febre, corrimento nasal e linfoadenite Patologia clínica leucocitose com neutrofilia Hiperfibrinogenemia Anemia (infecções crônicas) Hiperglobulinemia Pneumonia por aspiração (desvio à esquerda) Adenite equina: diagnóstico PCR Endoscopia (bolsa gutural) Cultivo (agudamente afetados) Abscessos, secreção, swab nasofaríngeo e lavado da bolsa gutural Aspirado transtraqueal Gram ou cultivo Adenite equina: tratamento Varia com a fase da doença e número de animais expostos ou afetados Isolamento dos afetados, repouso e alimentação adequada Antibiótico (Penicilina) Analgésicos Dipirona 11 a 22 mg/kg IV ou IM BID Fenilbutazona 2,2 a 4,4 mg/kg IV BID diminui febre e aumenta o apetite/melhora deglutição Adenite equina: tratamento Cavalos expostos ao agente Sinais de infecção sem abscessos nos linfonodos Abscessos nos linfonodos Sistematicamente doentes (disfagia, angústia respiratória, pneumonia) American College of Veterinary Internal Medicine ( ACVIM) Adenite eqüina: complicações Complicações: 20% dos casos Formação de abscessos em órgãos internos (mesentério ou orgãos parenquimatosos) (Associação com ATB?) Empiema de bolsa gutural Septicemia (artrite, pneumonia e encefalite) Adenite eqüina: complicações Púrpura hemorrágica (IgA + M like) Reinfecções e vacinação Precipitação de imunocomplexos nos capilares Sinais clínicos: edema de membros, cabeça, petéquias, descamação da pele Morte: pneumonia, arritmias cardíacas, IR, distúrbios gastrointestinais Tratamento: Penicilina, Dexametasona, terapia suporte (7 dias) v 22/53 animais 41,50% Adenite equina: complicações Empiema de bolsa gutural e formação de condroides Septicemia e desenvolvimento de artrite infecciosa e pneumonia Abscedação retrofaringeal (dificuldade respiratória e/ou disfagia, tosse Endoscopia: drenagem de material purulento Adenite equina: complicações Hemiplegia laringeana Compressão traqueal Endocardite/ Miocardite Agalaxia Abscesso no SNC e meningoencefalomielite ( Líquor: nucleadas e PT, cocos gram +) Miopatias Adenite equina: prevenção Medidas de controle durante um surto: Evitar a propagação da infecção para cavalos em outras instalações Identificar portadores sintomáticos e assintomáticos Isolamento de cavalos infectados . Desinfecção de baias, equipamentos e bebedouros diariamente Desaparecimento dos sinais (3 swabs) Fezes e resíduos de alimentação de animais infectados. Descanso de 4 semanas (pasto infectado) Adenite equina: prevenção Vacina: Não permitem controle satisfatório > 50%: não ficam imunes Teoria: Inadequada estimulação antigênica Curta persistência de Ac no soro Proteção não relacionada à Ac séricos Vacina:Ac séricos > Ac secretórios Vacinas contém proteína M Vacinas de aplicação intranasal (resposta sistêmica e local) Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício (HPIE) Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Hemorragia da vasculatura pulmonar Exercíco extenuante Edema, ruptura de capilares, hemorragia intra-alveolar Presença de sangue nas vias aéreas após exercício intenso Epistaxe ocorre em 1 a 10% dos animais com evidencias endoscópicas Patologia reconhecida há mais de 4 séculos Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Queda de rendimento Perdas econômicas Intensidade x duração do exercício Prevalência 43 a 75% PSI, QM, Apaloosa 30% cavalos de sela 11% Animais de polo 0% Cavalos de enduro (Árabes e anglo-árabes) Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Sem variação geográfica, de altitude ou sexo Idade Cronificação das lesões em animais mais velhos Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Patogenia Exercício intenso: pressão capilar pulmonar e pressão alveolar Pressão transmural extrema Hemorragia Ponto crítico: > 75-100 mmHg Ruptura de endotélio capilar e epitélio alveolar Eritrócitos: alvéolo e espaço intersticial pulmonar Eritrócitos, plaquetas e macrófagos Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Patogenia Remodelamento veno-oclusivo Deposição de colágeno, hipertrofia do músculo liso, hiperplasia intimal Aumento da rigidez e diminuição da complacência pulmonar Doença inflamatória das vias aéreas??? Stress failure of the pulmonary capillaries. Left: Red blood cell emerging from a rupture of the blood-gas barrier into the alveolar space of a rabbit lung [7]. Right: Exercise-induced pulmonary hemorrhage in the alveolar space of a pony lung [4]. R, red blood cell; P, proteinaceous material. Bar, 5 microns. Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Sinais Clínicos Exame físico (percussão) FR, dispneia Epistaxe: 5% dos animais O que indica? Endoscopia Morte aguda Longevidade (1-3/4) HPIE severa:longevidade e desempenho Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Sinais Clínicos Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Sinais Clínicos HPIESaudável Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício: Diagnóstico Presença de sangue nas vias aéreas 30-90 min após a prova Lavado broncoalveolar Hemosiderofagos (macrófagos com hemosiderina) nas secreções respiratórias Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício Citologia Ausência da endoscopia Hemosiderofagos Eritrócitos Neutrófilos (degenerados) e eosinófilos Biópsia (avaliação histológica com alteração) Patologia clínica (plaquetas) Radiologia Aumento da densidade das regiões dorsocaudais Estudos 60 minutos antes da prova e 24 horas após sem alterações Hemorragia Pulmonar induzida pelo exercício: Tratamento e prevenção Furosemida (0,5 – 1,0 mg/kg/IV): profilaxia 4 horas antes da prova Redução da pressão arterial pulmomar e pressão atrial esquerda Antiinflamatórios, broncodilatadores, inibidores de fosfodiesterase, pró-coagulantes, tiras dilatadoras nasais Obstrução Recorrente das Vias Aéreas - ORVA (RAO) Introdução Queda no desempenho Tosse crônica Secreção nasal Dificuldade respiratória Intolerância ao exercício Sons pulmonares anormais Percussão pulmonar Sinais clínicos sazonais Introdução Poeira, feno, vapores de amônia, esporos de fungos Idade: > 7 anos Raça e Gênero Componente hereditário Relação com DIVA Exposição a pólen Fisiopatogenia Fisiopatogenia -> restos celulares, diminuição do mov ciliares (aumento da viscosidade do muco) e acúmulo de muco -> remodelação das paredes com ruptura dos alvéolos e enfisema Fisiopatogenia Alterações inflamatórias nas paredes das vias aéreas Agudas -> edema Crônicas -> (remodelação) metaplasia, hipertrofia da musculatura lisa, fibrose peribronquial e inflamação peribronquial Histórico e Sinais Clínicos Animais criados em baias Após mudança de alimento ou ambiente -> sinais em uma a duas semanas Animais mantidos longe de alérgenos por meses -> sinais em semanas após novo contato Sinais variam com a severidade da doença Histórico e Sinais Clínicos Aparecimento repentino ou gradual Crises de agudização Infecção respiratória anterior Melhora quando à pasto ou ambiente controlado RAO leve ou moderada -> tosse crônica Histórico e Sinais Clínicos Com a evolução: Aumento das secreções traqueobronquiais -> aumento de neutrófilos Intolerância ao exercício Secreção viscosa amarelo-esbranquiçada Histórico e Sinais Clínicos Dispnéia expiratória com dilatação nasal Rápida inspiração com expiração forçada, prolongada e bifásica Aumento da FR é pouco freqüente Linha de esforço abdominal (hipertrofia do músculo externo abdominal) Perda de peso Não há presença de febre geralmente !!! Diagnóstico Histórico Exame físico Hemograma e bioquímico Radiografia torácica (pneumonia broncointersticial ou fibrose multinodular) Característica do padrão respiratório Lavado broncoalveolar Diagnóstico AUSCULTAÇÃO E PERCUSSÃO Casos leves -> ruídos normais Aumento dos ruídos normais Estertores secos (chiados no final da expiração) Estertores secos (chiados) na inspiração e expiração Percussão normal Aumento caudoventral do campo pulmonar Diagnóstico ENDOSCOPIA Exsudato amarelo-esbranquiçado na traquéia e faringe Casos moderados -> exsudato só é visível imediatamente após ou durante o exercício Tosse a passagem do endoscópio Diagnóstico RADIOLOGIA Equipamento não acessível Alterações não especificas Lesões pulmonares graves antes das alterações radiográficas Útil no diagnóstico diferencial Diagnóstico TESTE DE FUNÇÃO PULMONAR HEMOGASOMETRIA Animais em recuperação ou enfermidades leves ou médias sem alterações Gravemente afetados hipoxemia (Pao2 < 83 mm Hg) Aumento da pressão intrapleural e outras alterações Diagnóstico CITOLOGIA DAS VIAS AÉREAS Lavado broncoalveolar -> neutrófilos em 5 horas Ausência de bactérias Eosinófilos e mastócitos Pólen, fungos, espiral de Curschmann’s Tratamento Controle ambiental Redução da inflamação Alivio respiratório Tratamento Controle ambiental Importância para o proprietário/responsável Animais em piquetes Alimentação com ração peletizada e verde Baias com ventilação adequada e sem poeira Cama seca, limpa e com pouco pó (maravalha ou papel) Umedecer feno Tratamento Controle ambiental – EVITAR!!!!!!!!! Armazenamento de feno sobre as baias Feno indevidamente seco ou armazenado em local umido Fornecer feno velho, mofado ou seco Fornecer alimentos em pó Tratamento Redução da inflamação AINES Sem efeito Contraindicado Inibe PGE2 -> inibidor da inflamação e broncodilatador Tratamento Redução da inflamação Corticosteroides Tratamento de escolha Bloqueia transcrição de genes inibindo a síntese citocinas pró-inflamatórias Reduz produção de eicosanoides Evita “down-regulation” de receptores beta-2 Administração sistêmica ou por inalação Tratamento Corticosteróides sistêmicos Prednisolona Dexametasona 0,05 –0,1 mg/Kg IV Diminuir doses Melhora da função pulmonar em três dias Em uma semana função pulmonar boa Utilizar por duas semanas para controle Tratamento Corticosteróides inaláveis Pode não fornecer um alívio imediato (24-72 horas) Grande número de receptores de glucocorticóides no epitélio bronquial e células endoteliais Permite concentrações máximas das drogas no sítio efetor sem efeitos colaterais Tratamento Corticosteróides inaláveis Dipripionato de beclometasona 3,75 g BID Aerosol pressurizado Melhora parâmetros respiratórios em 3-4 dias Efeito máximo na primeira semana de tratamento Pequeno efeito residual Tratamento Β-adrenérgicos, metilxantinas e anticolinérgicos Clembuterol Músculo liso Estabilizar mastócitos Aumentar a depuração mucociliar Melhora as secreções das vias aéreas Diminuir a produção de citocinas inflamatórias Efeitos colaterais – taquicardia e sudorese Atropina Duração do efeito: curta Efeitos colaterais!!! Tratamento Expectorantes, mucoliticos e agentes mucocinéticos Bromexina (bisolvon®) 30 mg/kg IM, IV Dembroxol (sputolisin ®) 0,3-0,5 mg/kg PO, IV Iodetos Sem evidência de benefício no tratamento da RAO Fluidoterapia ATB (cultura positiva no lavado) Tratamento Outros tratamentos “Estabilizadores de membrana de mastócitos” Cromoglicato dissódico (Intal ®) 80 – 200 mg inalação Prevenção dos sinais por mais de 3 semanas Inibe resposta inflamatória imediata e tardia Nebulização Aerossol entre 0,5 -2 micrometros (nebulizadores ultrassônicos) Antimicrobianos Broncodilatadores Mucolíticos Doença inflamatória das vias aéreas (DIVA) ORVA x DIVA Acúmulo de muco nas vias aéreas Inflamação crônica das vias aéreas “Asma equino” Características DIVA ORVA Idade (início) Jovem-meia idade > 7 anos Apresentação clínica Sinais clínico Curso clínico História Tosse ocasional, desempenho pobre, não apresenta aumento dos esforço respiratório em repouso Sinais são crônicos (4 semanas de duração) Melhora espontaneamente ou com o tratamento. Risco de recorrência baixo Exposição ao estábulo. Suscetibilidade genética não investigada Tosse frequente ou irregular, intolerância ao exercício, aumento dos esforço respiratório em repouso Sinais de gravidade podem variar ao longo do tempo Duram semanas a meses. Melhoram com controle ambiental e tratamento. Não apresenta cura Exposição à poeira e alérgeno no estábulo ou no pasto. Alguns animais podem ter história familiar. Sinais clínicos podem ser sazonais Características DIVA ORVA Confirmação diagnóstica Endoscopia das vias aéreas (Repouso e dinâmica) Excesso de muco traqueobrônquico Exclua outros diferenciais Excesso de muco traqueobrônquico Exclua outros diferenciais Citologia das vias aéreas Aumento moderado de neutrófilos, eosinófilos no LBA Moderado a severo aumento de neutrófilos Doença inflamatória das vias aéreas (DIVA) Tratamento Doença inflamatória das vias aéreas (DIVA) Tratamento Pneumonias bacterianas Introdução Pequeno número de bactérias (unidades formadoras de colônias) Mecanismos de defesa suprimidos: bactérias aspiradas da orofaringe Pneumonias bacterianas Gram + Gram - Streptococcus equi (sub. Zooepidemicus) Staphylococcus aureus Streptococcus pneumoniae Pasteurella Actinobacillus spp Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Bordetella bronchiseptica Pseudomonas: Raro!!! Infecções polimicrobianas: sinergismo (aeróbicas/anaeróbicas facultativas e anaeróbicas ) Etiologia Bactérias anaeróbicas: Bacteroides fragilis Peptostreptococcus anaerobius Fusobacterium spp Pneumonias bacterianas Patogenia Infecções virais: 1. Danos em células epiteliais: colonização bacteriana 2. Diminuição da clearence mucociliar 3. Destruição das células alveolares tipo II Exsudato alveolar: meio para multiplicação bacteriana Pneumonias bacterianas Patogenia Exercício: aspiração de debris ou secreções da orofaringe / HPIE Meio ideal para crescimento bacteriano Transporte: Mais comum causa de pleuropneumonias e pneumonias em equinos Posição da cabeça Desidratação Pneumonias bacterianas Anestesia geral: sonda endotraqueal leva contaminação para o trato respiratório inferior Anestesia: Compromete a clearence mucociliar Atelectasia e congestão vascular (isquemia regional e necrose de áreas pulmonares Condições para a proliferação bacteriana!!! Pneumonias bacterianas Sinais clínicos Casos iniciais: Sinais não são óbvios Alteração dos ruídos traqueais Febre Depressão Casos tardios: Febre intermitente Dispneia Taquipneia Pneumonias bacterianas Descarga nasal (mucopurulenta) Pneumonias bacterianas Tosse Inapetência Intolerância ao exercício Perda de peso Auscutação pulmonar: Ruídos respiratórios ásperos ( estertor úmido) dorsalmente Sibilos (ventralmente) Manipulação de laringe e traquéia: tosse Linfoadenopatia Pneumonias bacterianas Diagnóstico Sinais clínicos e histórico Patologia clínica> Leucocitose por neutrofilia Com ou sem desvio à esquerda Neutropenia: pode ocorrer em infecções por bactérias gram – Casos crônicos: Fibrinogênio; globulinas; albumina; anemia Pneumonias bacterianas Endoscopia Presença de exsudato mucopurulento com ou sem a presença de sangue (trato respiratório inferior) Radiografias torácicas Radiopacidade na região anteroventral do tórax Ultrassom Consolidação de lobos ventrais do pulmão e extensão da pneumonia para as superfícies pleurais Pneumonias bacterianas Aspirado traqueobrônquico: Neutrófilos degenerados Danos à células epiteliais Presença de microorganismos Células epiteliais escamosas: pneumonia aspirativa Culturas microbiológicas Pneumonias bacterianas Tratamento Baseado na cultura microbiológica (Ideal) Antibióticos de amplo espectro Penicilinas ou cefalosporinas de 3ª geração Associação com aminoglicosídeos (Efeitos colaterais) Pneumonias bacterianas Aminoglicosídeos Bactérias gram – aeróbicas Bactérias aneróbicas Metronidazol Pneumonias bacterianas Pneumonias bacterianas Controle da endotoxemia: Flunixin meglumine (0,25 mg/kg/3x ao dia) Mucolíticos Broncodilatadores Expectorantes Tratamento suporte: diminuir o estresse e manter a hidratação Tratamento adequado: melhora do quadro em 48-72 horas Inalação Pneumonias bacterianas Prognóstico: depende da terapia instituída Tratamento: 2-3 semanas Prevenção Imunização dos animais (Influenza) Diminuição do estresse (transporte) Alojamento dos animais ( gazes nocivos etc) Menor exposição à fatores climáticos Nutrição adequada EXAME COMPLEMENTAR: ASPIRADO TRASTRAQUEAL Técnica invasiva Vantagens amostra asséptica sem possibilidade de contaminação por flora normal das vias aéreas superiores Desvantagens Celulites Condromas e estenose quebra do cateter EXAME COMPLEMENTAR: ASPIRADO TRASTRAQUEAL Técnica Tranquilização/cachimbo Tricotomia terço distal da traquéia Antissepsia/luvas Perfuração entre anéis Passagem do cateter Coleta Quantidade de solução utilizada Cultivo Citologia EXAME COMPLEMENTAR: ASPIRADO BRONCOALVEOLAR Técnica não invasiva endoscopia / cateter BAL Vantagens escolha do local de coleta sem complicações secundárias Desvantagens contaminação custo
Compartilhar