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TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Técnicas de Cozinha e Restaurante - TCR Prof. William Estevão 2020 TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. “Desenvolver-se como profissional da Gastronomia é uma viagem que leva a vida toda, exigindo o aprendizado de muitos detalhes e anos de experiência. É desafiador e absorvente. Técnicas específicas e os conhecimentos adquiridos são ininterruptamente testados e melhorados. O treinamento necessário é intrincado e preciso. Decidir onde começar a estudar é tão importante quanto o processo de aprendizado em si”. (CHEF PROFISSIONAL, INSTITUTO AMERICANO DE CULINÁRIA. 2009). TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. APRESENTAÇÃO DA COZINHA PROFISSIONAL Para uma boa dinâmica na cozinha profissional é muito importante observar o seu porte e respeitar sua hierarquia. A conduta profissional da Brigada de Cozinha1 é primordial para a organização e fluidez do trabalho. Além de observar as normas do estabelecimento em que trabalha, o profissional da cozinha não coleciona apenas técnicas e receitas. O bom cozinheiro utiliza seus cinco sentidos para transformar o ato de cozinhar em arte culinária. O bom profissional sabe que é necessário estar sempre aprendendo, experimentando, corrigindo e principalmente se auto aperfeiçoando. O bom profissional é aquele que promove seu próprio crescimento e o crescimento de toda a equipe em que trabalha. É aquele que trabalha observando a Ética.2 Cada estabelecimento cria e desenvolve suas próprias regras e normas para o bom desenvolvimento da cozinha, porém existe um consenso nos princípios básicos para manter a organização da cozinha, seja em seus aspectos físicos, seja em seus aspectos de organização da brigada de cozinha: ➢ Limpeza – A cozinha deve ser mantida em ordem e limpa, durante toda a sua rotina de trabalho. Cada objeto, utensílio ou gênero deve ser mantido no seu devido lugar e conservados limpos. É importante lembrar que a cozinha representa um trabalho de equipe e que a limpeza do local de trabalho e a higiene pessoal é primordial para a manutenção da saúde daqueles que manipulam e consomem os alimentos produzidos. Neste sentido existem normas legais dos organismos oficiais que regulamentam o funcionamento de uma cozinha profissional. Estas normas serão expostas no capítulo 5. ➢ Planejamento – Todas as atividades a serem desenvolvidas na cozinha devem ser planejadas e distribuídas para toda a equipe. O planejamento da cozinha profissional deve compreender desde a programação de um cardápio, da definição dos cargos e atividades até a organização da limpeza, da manutenção e do abastecimento. Para a produção das receitas, planejamento significa providenciar, com antecedência todos os ingredientes, os utensílios e equipamentos necessários. Se a equipe de trabalho planeja suas atividades, consequentemente, o resultado será harmonia e profissionalismo, isto é, excelência na qualidade das produções culinárias, respeito mútuo e condições de desenvolver um trabalho cada vez melhor. 1 Brigada de cozinha - A Brigada de uma cozinha é formada por um grupo de profissionais, sob comando de um chefe de cozinha, com o objetivo de preparar as iguarias a serem servidas no restaurante, nos banquetes e em outros pontos de venda. 2 Ética - Parte da filosofia que aborda os fundamentos da Moral. Moral é o corpo de preceitos e regras que visa dirigir as ações do homem, segundo a justiça e a equidade natural, princípios da honestidade. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. GASTRONOMIA A palavra gastronomia vem do grego gaster (ventre, estômago) e nomo (lei). Traduzindo, literalmente, “as leis do estômago”. O criador do termo foi o poeta viajante grego Arquestratus, no século IV a.C. Apreciador de boa mesa, ele percorreu vastos territórios, observando e provando as especialidades das cozinhas locais. O resultado de suas experiências foi compilado no Hedypatheia, um tratado dos prazeres da comida, com conselhos de como comer bem e a primeira definição de gastronomia. Muito tempo depois, no final do século XVIII, a palavra voltou à tona e o conceito se expandiu graças a um escritor apaixonado pelos prazeres da mesa, o francês Brillat-Savarin. Em A fisiologia do gosto, ele diz: “... gastronomia é o conhecimento fundamentado de tudo que se refere ao homem na medida em que ele se alimenta. Assim, é ela, a bem dizer, que move os lavradores, os vinhateiros, os pescadores, os caçadores e a numerosa família de cozinheiros, seja qual for o título ou a qualificação sob a qual disfarçam sua tarefa de preparar alimentos ... a gastronomia governa a vida inteira do homem”. (BRILLAT- SAVARIN, 1995, p. 57-58). Hoje a gastronomia continua se expressando por meio dos hábitos alimentares de cada povo, legado que passa de geração em geração desde a pré-história, quando os nossos antepassados partilhavam a comida que preparavam de acordo com os seus recursos alimentares disponíveis nas regiões onde viviam. Cada comunidade foi criando sua cozinha, cuja seleção de alimentos era ditada pela tradição e pela cultura. A gastronomia também está ligada as técnicas de cocção e ao preparo dos alimentos, ao serviço, às maneiras à mesa e ao ritual da refeição. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. O Despertar da Consciência dos Sentidos através da Alimentação “A alimentação consciente nos permite entrar em contato com nossos sentidos e desfrutar plenamente de diversas sensações como gostos e sabores, cores, aromas e perfumes presentes nos alimentos”. PALADAR Como sentimos os gostos? Tendo procurado saber como saboreamos os pratos, os Fisiologistas descobriram primeiramente que a formação do gosto é atribuída ao sistema bucal e das papilas gustativas, isto é, grupos de células sensíveis que, asseguram a detecção das moléculas sápidas. Em todos os mamíferos, o gosto é assegurado por estes receptores, distribuído pela boca, no véu do palato, na epiglote, na faringe e, sobretudo, na língua. Contribuem igualmente para o paladar um conjunto de sensações olfativas, tácteis, visuais, de textura, temperatura, além dos valores históricos, culturais e afetivos. Conhecendo nosso paladar: cada região da nossa língua é mais sensível a um desses gostos e tentar reconhecer em que região da língua os sabores são absorvidos é um bom exercício de apuração do paladar. Alguns cientistas já detectaram o quinto sabor chamado umami – que em japonês significa saboroso – é detectado pelas papilas gustativas por meio do contato com o glutamato, um tipo de aminoácido. Todo o alimento tanto de origem animal quanto vegetal tem glutamato em sua composição, só que em menor ou maior grau. Além de peixes, caldos e algas, outros alimentos bem comuns a nossa mesa, como o queijo parmesão, o tomate maduro, carnes defumadas, sardinha, cogumelos, brócolis, ervilha e frutos do mar também são ricas fontesde glutamato e, portanto de umami. OLFATO A influência do olfato sobre o gosto Grande parte do que chamamos de sabor sensorial, de fato vem do nosso sistema nasal que pode detectar milhões de distintos aromas e sabores carregados através do ar de bebida e comida. Somos orientados pelo nosso nariz do que qualquer outra coisa. Os cheiros carregam imediatamente de um lugar e de tempo para outro. Precisamos da ajuda do olfato para identificar os sabores. Tanto é que, quando estamos muito gripados, não sentimos direito o gosto das coisas. TATO A consistência, textura e formato dos alimentos A aplicação de técnicas de cocção e processos de preparação nos leva a experimentar e perceber os contrastes das diferentes texturas, de variações temperatura e formas num mesmo alimento. Ex: crocante-macio, doce- amargo, quente - frio. A relação tempo e temperatura é aplicada na cozinha, muitas vezes, de forma automática, mas seu domínio TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. se traduz em uma das mais importantes leis da gastronomia. Exemplo: o cozimento do ovo ideal A aplicação de técnicas e “truques” em receitas: Processo de branqueamento: controle de texturas e cores do alimento Reação de Maillard: efeito de caramelização (cor e sabor). Uso de ingredientes ácidos Diferentes aplicações da manteiga em molhos e suas propriedades no controle dos sabores. AUDIÇÃO O ambiente e a música O impulso acústico é importantíssimo para acalmar o sistema nervoso, e, portanto, também do restante dos sentidos que ficam mais sensíveis e prontos para receber novas sensações. VISÃO A forma como você vê é correta? A boa impressão causada por um prato colorido e bem-arrumado estimula o apetite e facilita a digestão. Criar receitas, combinando vários tipos de alimentos desperta a criatividade e garante a presença dos nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo. Através da história, da cultura socioeconômica, dos desenvolvimentos tecnológicos e descoberta de novos ingredientes podemos visualizar a evolução e tendências no design dos pratos no decorrer da história. Haute Cuisine foi criada pelo cozinheiro francês Carême que desenvolveu uma cozinha caracterizada por preparações e apresentações elaboradas e ostensivas. O estilo monumental de suas criações se expressou na arquitetura da época. A seguir, a Nouvelle Cuisine um dos estilos de cozinha que influenciou o mundo todo. Foi desenvolvida na década de 1970 em reação à cozinha tradicional clássica francesa. Teve a através de chefes como Paul Bocuse e Pierre Troisgros. Este estilo novo apresenta - se em porções menores com preparações mais delicadas e criativas priorizando o uso de ingredientes frescos. “Perceber os sentidos é o caminho para que a Gastronomia revele os seus segredos...” http://64.233.179.104/translate_c?hl=pt-BR&u=http://en.wikipedia.org/w/index.php%3Ftitle%3DPierre_Troisgros%26action%3Dedit&prev=/search%3Fq%3Dnouvelle%2Bcuisine%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG http://64.233.179.104/translate_c?hl=pt-BR&u=http://en.wikipedia.org/w/index.php%3Ftitle%3DPierre_Troisgros%26action%3Dedit&prev=/search%3Fq%3Dnouvelle%2Bcuisine%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. TÉCNICAS DE PREPARAÇÃO DE MISE-EM-PLACE Mise-en-place “Expressão francesa muito utilizada na cozinha profissional, que significa ter todos os ingredientes necessários para um preparo de um prato, a disposição e devidamente cortados, limpos e porcionados, apenas a espera da finalização. Está diretamente ligado à organização do cozinheiro no exercício do seu ofício, ou seja, o seu nível de prática, metodologia e organização.” Roberta Sudbrack, Chef de Cozinha É um termo francês que significa, literalmente, "posta no lugar". Consiste em uma etapa inicial para o preparo de um prato, na qual você separa todos os utensílios e ingredientes necessários para executá-lo. Os ingredientes devem ser medidos, e, se necessário, descascados, cortados, etc. É fundamental fazer a mise en place para a boa execução de qualquer receita, assim você não sai correndo atrás dos ingredientes quando as coisas já estão na panela. Um cozinheiro profissional não sobrevive sem a “mise en place”. Este termo também pode ser utilizado para a montagem da mesa, ou seja, colocar os talheres, taças e pratos, etc... Usando o exemplo de um restaurante, o maitre sempre pede aos garçons para alinharem o mise en place, desta forma será verificado se os talheres estão devidamente alinhados com os demais utensílios da mesa. ➢ Na cozinha Consiste em uma etapa inicial para o preparo de qualquer prato, na qual separam-se todos os utensílios e ingredientes necessários para executá-lo. Os ingredientes devem ser então medidos, e, se necessário, as verduras, legumes e carnes descascados e cortados, assim como os utensílios devidamente dispostos para manuseio. É fundamental a execução da mise en place para a boa execução de qualquer receita, para que não se precise buscar ingredientes quando do momento do preparo. Por TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. isso, na culinária profissional essa técnica de disposição do material é um dos passos essenciais para o bom desempenho das funções de um cozinheiro. ➢ À mesa O termo também é utilizado para a montagem da mesa, quando se deve colocar os talheres, taças e pratos, bem como os outros utensílios, que serão utilizados para degustar e saborear os alimentos. A mise en place é sobretudo função do garçom. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E FERRAMENTAS DA COZINHA PROFISSIONAL Instrumentos e utensílios de cozinha A faca do chef é a faca básica. É uma faca multiuso, própria para cortar, fatiar e picar. A lâmina geralmente tem de 20 a 30 cm de comprimento. Além da mão humana, a faca é o principal instrumento de trabalho de um chef de cozinha. Deve-se, portanto, tratá-la com grande respeito e mantê-la bem cuidada e afiada. Para afiar uma faca: ▪ Coloque a pedra de afiar sobre um pano umedecido para que não escorregue; ▪ Molhe a pedra; ▪ Com movimento de baixo para cima, deslize a faca sobre a pedra, mantendo pressão uniforme durante o processo; TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ▪ Vire a faca e repita o movimento; ▪ Para finalizar, acerte a lâmina com a chaira. Bateria de cozinha O preparo de praticamente todas as receitas pede que o cozinheiro use uma faca e uma tábua de corte. Existem vários tipos de facas, o uso de cada uma delas é determinado pelo tipo do corte desejado e pela textura do alimento a ser cortado. Confira os tipos de facas mais usados na hora de cortar os alimentos. Facado Chef - A lâmina desta faca é lisa, larga e longa (20 a 30 cm), e sua ponta é ligeiramente curvada. Esta faca serve para quase todos os tipos de corte e por isso é a mais usada na cozinha. Facas para filetar - são desenhadas especificamente para este fim e, apesar de muito similares em tamanho e formato às facas para desossar, possuem uma lâmina flexível, que permite a separação da carne delicada do peixe de sua espinha quase sem desperdício. Este fato deve ser levado em conta, pois os preços de alguns peixes não permitem desperdício algum. Faca para desossa - Esta faca tem a lâmina bem fina, lisa, longa e pontiaguda. Como seu nome já diz, esta faca é usada para desossar carnes, aves e peixes. Serve também para descascar frutas e vegetais. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Faca para tornear - Esta faca tem a lâmina bem fina, lisa, curta e é curvada. Como seu nome sugere, esta faca é usada para tornear e esculpir frutas e vegetais. Faca para legumes - A lâmina desta faca é curta e levemente serrilhada. Esta faca é usada para cortar todos os tipos de legumes e de frutas. Faca para pão - Esta faca tem a lâmina longa e serrilhada. Isto permite que o corte não machuque o alimento a ser cortado. Mas para isso a lâmina deve se fina e rígida. Esta faca também serve para cortar alimentos duros como chocolate e amêndoas e alimentos macios como bolos e tomate. Faca para fatiar presunto (Fiambre) - A lâmina desta faca é longa, tem a ponta arredondada e, o mais importante, tem pequenas ranhuras que permitem a passagem do ar, facilitando o corte em fatias extremamente finas. É a faca ideal para cortar filetes de salmão, de presunto e de carne. Chaira - É um dos instrumentos usados para afiar as facas. Segure a chaira com a mão esquerda e a faca com a mão direita num ângulo de 20 graus em relação à chaira. Em movimentos rápidos passe todo o comprimento da lâmina da faca pela chaira. Cutelo – Tipo de faca, ideal para cortar ossos e fatiar carnes. Fouet - É um utensílio de cozinha usado para bater/misturar ou agregar ar a uma mistura. É essencial na preparação de chantilly, claras em neve e mousses sem o uso da batedeira. Facilita o serviço de criar misturas homogêneas. Termômetro – Existem três modelos: para gordura, carne e açúcar. São essenciais para medir a temperatura interna correta no caso de aves e asseguram que a gordura e o açúcar atinjam a temperatura exigida. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Tesoura de cozinha – Deve ser confeccionada em aço inoxidável para facilitar a limpeza e evitar corrosão. Tesoura para aves serve para cotar ossos com mais facilidade. Descascador de legumes (économe) – Existem vários modelos, mas as principais funções são agilidade e economia ao descascar. Placa para corte – Confeccionada em polipropileno (as de madeira são proibidas) é indispensável na hora dos cortes. Tenha uma para cada tipo de alimento como, carnes, aves, frutas, verduras etc. Escumadeira – Espécie de colher em forma de círculo grande e achatado, com vários furos pequenos ou malha metálica. Serve para tirar e escorrer alimentos, retirar resíduos e gordura da superfície. Pinça – Com aprox. 8 cm, serve para tirar espinhas de peixe e arrumar guarnições e decorações delicadas. Amassador de batatas – Dois cabos articulados, um tendo uma cesta com uma base com furos que contém o alimento, o outro tem um disco achatado que empurra a batata. Peneiras – De metal, plástico, com malha de diferentes tamanhos. As cônicas (Chinoix) são ideais para coar líquidos quentes. Escorredor – Em forma de bacia, usado para escorrer água das massas e legumes cozidos, ou para lavar frutas, verduras e legumes e ainda lavar cereais. Com vários tamanhos, tendo uma ou duas alças. Equipamentos de preparação São equipamentos manuais ou mecânicos que servem para cortar, bater, ralar etc. alimentos crus ou cozidos. Os mais utilizados na cozinha moderna são: ▪ Processador de alimentos: aparelhos de uso múltiplo, ideal para picar, moer, triturar e cortar uma grande variedade de ingredientes. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ▪ Liquidificador: torna o ingrediente líquido. Ideal para fazer patés, sucos e sopas. Serve também para triturar ingredientes secos. ▪ Fritadeira elétrica: existem modelos com cestas embutidas para fritar que são mais seguras. Algumas têm água sob o óleo para reter as impurezas na hora da fritura. ▪ Moedor: aparelho que serve para moer café, nozes, condimentos e etc. ▪ Moedor de carne: manual ou elétrico, tritura e moe todo tipo de alimento mole tipo carnes, legumes etc. após o uso deve ser lavado imediatamente evitando o ressecamento de resíduos em seu interior. Não introduzir alimentos duros para o corte. ▪ Triturador – Cutter: transforma em pasta todo tipo de alimento cru ou cozido. Usado para patês, mousses de carnes e demais produções pastosas. Deve ser lavado após o uso. Afiar sempre as facas. Nunca introduzir as mãos sob a tampa ao operá-lo. ▪ Cortador de frios: máquina elétrica usada para cortar alimentos semi-duros em fatias uniformes. Funcionam automaticamente ou com a ajuda de um braço movido manualmente. As lâminas devem sempre estar afiadas. Limpar após o uso. ▪ Descascador de batatas: pode também ser usado para outros tubérculos e raízes. Possui um disco revestido por uma lixa. Os produtos são introduzidos com água para o descascamento e lavagem simultâneos. O interior da máquina, após o uso, de ser lavado com escova. ▪ Cortador de legumes: corta os legumes em diferentes formas. Apresentam-se em vários tamanhos e existem alguns tipos elétricos. Deve ser desmontado para a lavagem após o uso. ▪ Batedeira: usada para misturar ou amassar diferentes alimentos: molhos friso, cremes, massas de cozinha, pastas, produtos de confeitaria etc. Possui um braço de 3 tipos: batedor é um conjunto de arames cruzados, misturador tem a forma de pá aberta e amassador, a forma de um gancho. Lavar após o uso com água e detergente. ▪ Serra mecânica: usada para cortar ossos e carnes congeladas, permitindo um corte uniforme e reto (corte americano). Cuidado com as mãos durante o manuseio. Manter sempre limpo após o uso. ▪ Espremedor de frutas: usado para retirar o suco de frutas cítricas. Existem vários tamanhos e podem ser manuais ou elétricos. Desmontar para fazer a limpeza correta. ▪ Balanças: mecânica ou eletrônica de alta precisão. Usadas para o controle de mercadorias e preparação das receitas, devem ser niveladas para o registro exato do peso. Manter sempre limpas. Precauções gerais: o Verificar fios e tomadas elétricas se estão em bom estado para evitar curto e choques; o Montar todas as peças dos equipamentos antes de iniciar o uso; TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. o Nunca introduzir as mãos nas partes móveis durante a operação; o Evitar roupas que possam se prender nas peças móveis das máquinas durante o uso. Equipamentos de Cocção PrincípiosGerais de Funcionamento: são equipamentos em forma de móveis providos de queimadores ou outra fonte de calor, alimentada a gás, eletricidade, carvão, óleo ou lenha e servem para preparar alimentos e mantê-los quente. O calor é transmitido aos alimentos de duas maneiras: ▪ Por contato direto ou irradiação de um condutor metálico instalado sobre a fonte de calor (chapa, grelha etc); ▪ Por um transmissor auxiliar como água, vapor d’água, gordura, ar quente etc. Bloco de Cozinha – Unidade de Cocção É o conjunto de equipamentos unidos em um só bloco. Localiza-se no centro da área de trabalho e composto das seguintes partes: ▪ Fogão Central: é o equipamento mais usado na cozinha. Podem ser elétricos ou a gás. Possuem suporte sobre os queimadores ou resistência para a sua utilização. Existem tipos que funcionam a carvão ou a lenha. Deve ser mantido sempre lavado com água e sabão após cada etapa de trabalho. ▪ Banho – Maria: usado para manter quente os alimentos sob ação do calor transmitido pela água aquecida. Pode ser elétrico ou a gás. ▪ Grelhas e Chapas: possuem unidades de calor instaladas debaixo das chapas ou grelhas de metal que aquecidas assam ou frigem os alimentos. Raspar para a limpeza depois de cada uso. ▪ Fritadeiras: preparam alimentos fritos em banho de óleo. ▪ Forno: usado para assar, estufar, guisar e cozinhar em banho-maria. O calor emitido age sobre os alimentos de maneira uniforme. A temperatura é regulada por termostato. Podem ser a gás, lenha, elétrico. Existem fornos a vapor que permitem a operação com vários tipos de alimentos simultaneamente. Os fornos que não possuem auto- limpante devem ser desmontados e limpos periodicamente. ▪ Caldeirão: usado para preparar alimentos em grande quantidade, em líquido ou vapor. O corpo é revestido de parede de aço por onde circula o vapor. Dispõe de tampa hermética provida de válvulas de segurança. Lavar apenas com água e detergente e não usar objetos que arranhem o seu interior. Deve ser feita a manutenção periódica por pessoal especializado. ▪ Salamandra: usada para gratinar os alimentos através da irradiação de calor de um metal quente sobre os alimentos. Fazer limpeza periódica desmontando as partes móveis. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Precauções: o Há perigo de explosões nos equipamentos a gás. Observar o funcionamento adequado das chaves de controle de gás; o Não avivar fogos de carvão ou lenha derramando combustíveis líquidos sobre eles; o Equipamentos elétricos podem causar curtos ou choques. Pedir manutenção periódica e observar fios condutores e interruptores de energia elétrica; o Equipamentos a vapor podem explodir. Certifique-se do bom estado para o funcionamento e limpeza das válvulas de segurança. Equipamentos de refrigeração São móveis ou conjuntos de câmaras ligadas a um sistema de refrigeração e servem para conservar os alimentos sob a ação do frio. Existem dois tipos principais: geladeiras (de 0 a 12°C) e freezers (abaixo de -18°C). Composto de 3 partes principais: • O compressor ligado a um eletromotor • O condensador • As serpentinas O compressor e o condensador são sempre instaladas fora dos recintos onde se guardam os alimentos refrigerados e têm a função de manter a refrigeração no ambiente interno. A manutenção destes equipamentos deve ser feita por técnicos especializados. Cuidado ao limpar para não ferir as serpentinas. Observar a temperatura interna dos equipamentos para a sua utilização adequada. Manter as serpentinas sempre livre de gelo. Abrir somente quando necessário e o menor tempo possível. Os mais usados são: ▪ Câmaras Frias: servem para armazenar alimentos em baixas temperaturas. Possuem câmaras refrigeradoras e congeladas. Para evitar que o ar externo penetre na câmara é comum instalar uma antecâmara. Recomenda-se dividi-las em secções isoladas com sua própria finte de resfriamento. Devem ser localizados o mais longe possível de qualquer fonte de calor. A limpeza deve ser feita periodicamente com água e sabão após o desligamento completo do equipamento. Todo o gelo deve ser removido das paredes e serpentinas. ▪ Geladeiras: possuem características idênticas às câmaras, porém de tamanho menor e podem se apresentar como refrigeradores ou congeladores. Devem estar localizadas na área de conservação dos alimentos e a limpeza deve ser feita se necessário. ▪ Refrigeradores – Balcão: são dotados de vidros para a exposição de mercadorias com portas escorregadias para facilitar o serviço. ▪ Refrigeradores – Mesa: têm a altura de uma mesa, portas na frente e compartimentos internos para a colocação de recipientes. Devem ser mantidos limpos. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Móveis de Cozinha São equipamentos sem funcionamento próprio usado para guardar as mercadorias e possibilitar a preparação dos alimentos sobre eles. São feitos de diversos materiais e podem ter prateleiras e gavetas. Os móveis de maior uso são: ▪ Mesas de trabalho: tem uma superfície lisa e horizontal montada sobre uma estrutura de base. Podem ser de aço inoxidável, mármore, madeira e outros materiais. Algumas possuem gavetas para ferramentas e condimentos. Servem também para a instalação de equipamentos. ▪ Prateleiras: podem estar adaptadas às mesas ou paredes. Estrutura metálica, alvenaria ou madeira. São muito úteis na cozinha para a colocação de utensílios, gêneros alimentícios etc. ▪ Balcões: parecidos com mesas de trabalho, porém possuem equipamentos de conservação tipo estufa para a utilização em copas e área de garçons. ▪ Carros-Estantes: são mesas de trabalho e prateleiras providos de rodas para transportar materiais de cozinha e diversas mercadorias. Todos os móveis acima mencionados requerem limpeza contínua para o uso apropriado. A moderna concepção higiênica desaconselha o uso de móveis de madeira. Recipientes de Cozinha para Cocção São utensílios que servem para receber os alimentos utilizados na cozinha. Servem para preparar, esquentar e conservar os alimentos. Podem ser feitos de vários materiais. Os mais usados são: ▪ Caçarolas: usados para a cocção dos alimentos e podem ser de diversos materiais. Variam de tamanho e formato e podem conter de 2 a 30 litros. Podem ter duas asas ou cônicas com cabo. ▪ Caldeirões: tem forma cilíndrica, duas asas e de maior tamanho que as caçarolas, permitem preparações de maior quantidade de alimentos, 0 a 100 litros de capacidade. ▪ Frigideiras: de aço, alumínio ou cobre, base redonda com bordas baixas e servem para a preparação de diversos alimentos, revestidos ou não de material antiaderente e devem ser cuidadosamente lavadas. ▪ Assadeiras: peças de metal, de base retangular ou ovalar e servem para a utilização em fornos. Podem servir de banho-maria para pequenas preparações. Recipientes de Cozinha para Conservação ▪ Travessas de plástico /Travessas de inox: têm a forma de bandejas e são usadas para conservar alimentos sob refrigeração. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ▪ Cestas: de metal ou material plástico servem para armazenar alimentos sob refrigeração que requerem maior circulação de ar. Recipientes para Apresentação dos Alimentos São peças em que se apresentam comestíveispreparados: pratos, taças, tigelas, travessas, sopeiras, legumeiras, molheiras, panelas de barro, saladeira. Podem ser de material refratário de vidro ou loca para alimentos quentes e cristais para bebidas e coquetéis. São eles: ▪ Pratos o Rasos: em cerâmica ou porcelana para servir iguarias prontas. o Sobremesa: de tamanho menor que os rasos, servem para sobremesas. o Fundos: usados para servir sopas e similares, côncavo com capacidade de ¼ de litro. o Saladas: possuem formatos e tamanhos diversos e usados de acordo com a salada a ser servida. ▪ Taças: em louça, com duas asas, servem alimentos líquidos, quentes ou frios, sobre um pires. ▪ Sopeiras: servem para apresentar as sopas antes de servir no prato. ▪ Travessas: servem para servir os alimentos à mesa, podem ser de diversos materiais. ▪ Panelas de Barro: usadas para preparar e servir pratos típicos regionais. ▪ Molheiras: pequeno utensílio onde se apresentam os molhos frios ou quentes. ▪ Recipientes Refratários: de várias formas ou tamanhos, em vidro ou louça refratária ao calor, usado para preparar e servir pratos gratinados, tortas, souflés. ▪ Taças para Coquetéis: serve alimentos líquidos tipo coquetel, sobre gelo em recipiente acoplado. Ferramentas de Cozinha Servem para manipular alimentos. Recebem, transportam, medem, coam, cortam, trituram, armam, picam e afilam os alimentos para a sua preparação. Podem ser de diversos materiais tais como: metais, fibras, telas, madeiras e outros. Os principais tipos são: ▪ Garfo de cozinha: possuem duas pontas finas, retas e paralelas. Servem para virar carnes durante a cocção e segurar alimentos para serem trinchados. ▪ Espátula: é um tipo de faca sem fio e servem para panquecas, fritadas e assados na chapa. ▪ Escumadeira: serve para retirar espumas e resíduos de cocção. ▪ Colher de arame: tem a forma da escumadeira, mas são feitas de arame trançado e servem para retirar comestíveis de líquidos e frituras. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ▪ Coador – Caçarola: serve para separar produtos fervidos de caldos e água. Serve também para escorrer alimentos preparados e lavagem de outros crus. ▪ Coador Chinois: serve para passar sopas, cremes e molhos. ▪ Concha: usada para tirar porções de caldos, molhos, sopas, fundos, guisados e outros alimentos envolvidos em líquidos. ▪ Batedor de arame: feito de arame flexível entrecruzados e serve para bater ovos, cremes e molhos. ▪ Batedor de bife: serve para achatar carnes cruas. ▪ Passador de purê: serve para tornar em pasta os legumes cozidos e macios. ▪ Socador: é uma peça de madeira abaulada com cabo e serve para amassar temperos. ▪ Peneira: serve para passar farinhas, legumes e carnes cozidas ou para fazer purês e pastas. ▪ Mandolim: retangular, tem lâminas afixadas no centro por onde passam os alimentos para serem cortados, fileteados etc. ▪ Cortador de batatas e legumes: cortar uniformemente legumes e batatas em palito ou quadrado. ▪ Meia-lua: tipo de faca com lâmina em meia-lua com dois pegadores laterais para picar legumes e condimentos. ▪ Cortador de Ovos: serve para cortar ovos cozidos e descascados. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ORGANIZAÇÃO OPERACIONAL E HIERARQUIA DA COZINHA, SISTEMA DE BRIGADA A Hierarquia da Cozinha Profissional Para uma melhor compreensão da hierarquia, serão apresentadas as funções de cada cargo de uma cozinha profissional. Excluindo a função do Chef de Cozinha e Sub-Chef de Cozinha, todos os demais chefes são chamados de Chefes de Partida3. “Chef” de Cozinha O “chef” de Cozinha, além de planejar e supervisionar os trabalhos, exerce a atividade de um cozinheiro. É um cozinheiro que conhece todas as produções clássicas da cozinha internacional e todas as funções de toda a hierarquia da cozinha. A presença de um “Chef” de Cozinha ocorre em restaurantes e hotéis que apresentam cardápios com maior elaboração. Funções principais de um “Chef” de Cozinha: ▪ Planejar, dirigir, supervisionar o trabalho e treinar a brigada de cozinha. ▪ Planejar menus e cardápios, criar e elaborar receitas e fichas técnicas.4 ▪ Preparar planos de trabalho, escalas de revezamento da brigada de cozinha. ▪ Assegurar a qualidade na execução dos pratos, como também, supervisionar a qualidade da apresentação dos mesmos. ▪ Avaliar as atividades planejadas e executadas em relatórios diários. ▪ Supervisionar os produtos estocados na cozinha, observando a qualidade de conservação e necessidades de compra. ▪ Organizar e “cantar” os pedidos para as diversas praças5 da cozinha. ▪ Organizar inventários e controles. 1º Cozinheiro e/ou Sub-chef É o cozinheiro que conhece todas as funções de toda a hierarquia da cozinha. Pode ser o único responsável em pequenas cozinhas e no caso de cozinhas de maior porte e sofisticação, o 1° cozinheiro, neste caso sub-chefe, assiste diretamente o “Chef” de Cozinha. No caso de ser o único responsável na cozinha, absorve as funções de um “Chef” de Cozinha. Funções principais de Sub-chefe: 3 Chefe de partida – É o responsável pela manutenção, organização e produção da área da cozinha, na qual é especializado. 4 Ficha técnica – é uma ficha onde se encontram todas as informações para produção da receita, como também o seu custo, valores calóricos, tipo de receita e demais informações, conforme a finalidade profissional da cozinha. 5 Praças – Divisões físicas e de recursos humanos da brigada da cozinha. Ex.: confeitaria, copa, cozinha central, etc. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ▪ Substituir o “chef”, na sua ausência. ▪ Dar assistência ao “chef” de cozinha. ▪ Receber e controlar as mercadorias solicitadas. ▪ Supervisionar a higiene pessoal da equipe e dos locais de trabalho. ▪ Supervisionar a qualidade da alimentação dos empregados. ▪ Preparar a cozinha para o início e encerramento das atividades. ▪ Responsável pelo controle das produções das praças. Chef Garde-Manger É o cozinheiro especializado em pratos frios: carnes, charcutarias, saladas, mousses, molhos frios e reaproveitamento dos alimentos cozidos. Responsável pela preparação inicial dos alimentos, mise-en-place 6 e pela conservação dos alimentos que necessitem de refrigeração e dos cozidos. Funções principais de um Chefe Gard-Manger ▪ Supervisiona e treina sua equipe. ▪ Prepara a lista de compras para o setor. ▪ Estocar e conservar os produtos de seu setor. ▪ Preparar o setor para o início e fim dos serviços. ▪ Escalfar7 pescados que necessitem para o seu processo de conservação. ▪ Preparar marinados8, salmouras e molhos emulsionados. ▪ Preparar ingredientes para recheios. ▪ Montar saladas, sanduíches, canapés e similares. ▪ Abrilhantar9 e apresentar pratos frios. ▪ Montar e decorar mesas de buffet com arranjos de flores, de frutas, etc. Chef Rotisseur É o cozinheiro responsável pela preparação de todos os pratos assados no forno, na grelha ou na chapa e responsável também pelas frituras. Funções principais de um Chefe Rotisseur: ▪ Supervisiona e treina sua equipe. ▪ Prepara a lista de compras para o setor. ▪ Estocar e conservar os produtos do seu setor. ▪ Preparar o setor para o início e fim dos serviços.6 Mise-in-place – pré-preparo de utensílios e ingredientes para produção dos alimentos e apresentação dos pratos. 7 Escalfar – termo técnico de método de cocção 8 Marinada – Mistura de temperos e ervas, vinhos, vinagres e azeites para temperar e aromatizar carnes em geral. 9 Abrilhantar – Técnica de “embelezar” pratos. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ▪ Cortar e tornear legumes para fritar ou assar, no caso da ausência do Chefe Legumier. Assar carnes no forno, na chapa ou na grelha. ▪ Assar massas no forno. ▪ Guisar e brasear10 alimentos. ▪ Montar e apresentar pratos quentes Chef Entremetier Especializado em legumes e guarnições11 quentes como arroz, cereais, sopas e ovos e suas derivações, inclusive agridoces. Funções principais de um Chefe Entremetier ▪ Supervisiona e treina sua equipe. ▪ Prepara a lista de compras para o setor. ▪ Estocar e conservar os produtos do seu setor. ▪ Preparar o setor para o início e fim dos serviços. ▪ Cortar e tornear legumes e verduras, no caso da ausência do Chefe Legumier. ▪ Preparar purês de legumes. ▪ Cozinhar ovos e suas produções básicas. ▪ Preparar sopas e guarnições para pratos quentes. Chef Saucier Especializado em molhos quentes, caldos básicos e pratos com carnes, aves ou peixes, guisados ou braseados, cozidos em molhos. Funções principais de um Chefe Saucier: ▪ Supervisiona e treina sua equipe. ▪ Preparar a lista de compras para o setor. ▪ Estocar e conservar os produtos de seu setor. ▪ Preparar o setor para o início e fim dos serviços. ▪ Guisar e brasear alimentos. ▪ Preparar fundos e caldos12. ▪ Cozinhar molhos básicos e derivados ▪ Preparar molhos emulsionados ▪ Montar e apresentar pratos quentes 10 Guisar e brasear – termos técnicos de métodos de cocção – ver definição em Parte II 11 Guarnição – Alimentos preparados com o objetivo de complementar e adornar o ingrediente principal do prato. 12 Fundos e caldos – termo técnico de bases para molhos TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Chef Patissier É o chef especializado em produtos de confeitaria. Seu local de trabalho, ou melhor, sua cozinha é independente das demais praças. Ao chefe Patissier subordina-se o confeiteiro. Funções principais de um Chefe Patissier ▪ Supervisionar e treinar sua equipe. ▪ Preparar a lista de compras para o setor. ▪ Estocar e conservar os produtos da confeitaria. ▪ Preparar o setor para o início e fim dos serviços. ▪ Preparar as massas doces e salgadas para as diversas produções na cozinha e na confeitaria. ▪ Modelar, montar e rechear massas. ▪ Assar massas. ▪ Preparar recheios, cremes e coberturas de confeitaria. ▪ Abrilhantar e decorar massas de confeitaria. ▪ Preparar doces. ▪ Preparar massa de sorvetes. ▪ Montar mesa de buffet de sobremesas ▪ Flambar, fritar e gratinar sobremesas. ▪ Elaborar e criar receitas doces Padeiro – Masseiro É um técnico especializado em massas e produtos de padaria. Sua função existe em grandes cozinhas e é subordinado ao Chefe Patissier. Principais funções de um Padeiro: ▪ Determinar a lista de compras e estocar e conservar os produtos. ▪ Preparar massas em geral para a cozinha e confeitaria. ▪ Produzir e rechear massas italianas, pães e pizzas. ▪ Assar as produções de massas. Açougueiro – Boucher É o técnico especializado nas preparações de carnes para o cozimento. Sua função é subordinada ao Chefe Garde-Manger e ao Chefe Rotisseur. Principais funções do Boucher: ▪ Controlar e conservar todas as carnes. ▪ Limpar, cortar e porcionar as carnes, miúdos, ossos, peixes, moluscos, crustáceos e aves. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Ajudante de Cozinha Sua função é acompanhar e dar assistência ao chefe e aos cozinheiros de seu setor. Desempenha as tarefas mais simples na preparação dos alimentos. Trabalha com supervisão de seus chefes. Limpa móveis, equipamentos e utensílios e a cozinha. Aboyeur Sua função é receber as comandas e “cantar” os pedidos para as diversas praças da cozinha. A saída dos pedidos também se encontra sob seu controle. O aboyeur é encontrado em cozinhas de grande porte. Para médio e pequeno porte, esta função é absorvida pelo 1º Cozinheiro ou Chefe de Cozinha. Tournant Sua função é de substituir chefes de partida, durante o período de férias, folgas semanais e doenças. Copeiro – Lancheiro É o cozinheiro da copa central de um hotel. Principais funções do Copeiro: ▪ Preparar a lista de compras para o setor. ▪ Estocar e conservar os produtos da copa. ▪ Preparar o setor para o início e fim dos serviços. ▪ Cortar frios e charcutarias. ▪ Preparar conservas de legumes e carnes. ▪ Preparar sucos e vitaminas, mingaus e mamadeiras. ▪ Fritar alimentos. ▪ Preparar sanduíches e aperitivos. ▪ Preparar molhos emulsionados. ▪ Cozinhar ovos e derivados. ▪ Montar pequenas saladas e sobremesas. ▪ Preparar café, chás e leites, inclusive café da manhã em hotéis. Peão de Cozinha – Steward O Stuart desempenha exclusivamente as atividades de limpeza e lavagem na cozinha. Lava móveis, equipamentos, utensílios internos de uso da cozinha, copos e utensílios de apresentação dos pratos. Sua função também inclui a manutenção da limpeza de pisos, janelas e bancadas. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Classificação e Organização da Cozinha Profissional A classificação e a organização da cozinha profissional depende de vários fatores, como o tamanho do estabelecimento, a categoria e objetivo do restaurante. Esses fatores irão influenciar na concepção da cozinha e de suas instalações necessárias, tipo de organização da cozinha convencional13 ou moderna14, porte da brigada de cozinha, número de chefes de partida. A classificação que se segue foi concebida pelo ponto de vista de porte, tamanho da cozinha profissional. É importante observar que grande porte, não implica melhor qualidade. A qualidade está nos objetivos e manutenção dos mesmos por parte do estabelecimento e na escolha de seus profissionais. A apresentação da classificação e organização da cozinha profissional será através de organogramas. Cozinha de Pequeno Porte 13 Convencional - Hierarquia e organização clássica francesa. 14 Moderna – Hierarquia e organização simplificada. Chef de Cozinha 1º Cozinheiro Stuart 1º Cozinheiro Garde Manger Cozinheiro Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Cozinheiro Stuart TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Cozinha de Médio Porte Chef de Cozinha 1º Cozinheiro Garde Manger Cozinheiro Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante ConfeiteiroRotisseur Entremetier Saucier Patissier Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Steward Steward TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Cozinha de Grande Porte Chef de Cozinha Garde Manger Cozinheiro Ajudante Ajudante Confeiteiro Rotisseur Entremetier Saucier Patissier Cozinheiro Boucher Ajudante Padeiro Legumier Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Ajudante Tournant Aboyeur Sub-chefe 1º Cozinheiro 1º Cozinheiro ou ou Ajudante TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. TÉCNICAS DE CORTES Cortes para Vegetais Julienne: Tirinhas de 4 a 5 cm de comprimento por 2 a 3 mm de largura. Usada para sopas do mesmo nome com cebola, cenoura, nabo, repolho, aipo e batata. Brunoise: Cubos de 2 a 3 mm quadrados. Para guarnição ou sopa de hortaliças. Paysanée: Corte em forma de ¼ de medalhão, que são feitos com vegetais compactos, seccionando-os em sentido perpendicular, depois horizontal, e em seguida tirando fatias de 2 a 3 mm de largura. Noisette: Corte em forma de bolinha do tamanho de uma avelã, para o que se usa um cortador especial. Empregado em batatas para fritura, guarnição de vegetais compactos (cenoura, nabo, abóbora, chuchu) e para acompanhar sopas e cremes. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Parisienne: corte em forma de bolinha, um pouco maior que o noisette. Allumettes: (fósforo): usado para batatas que se cortam em 1 ½ a 2 mm de largura e 5 a 6 de comprimento. Paille: (palha): corte em tirinhas como Juliana. Empregado em batatas para fritura. Chip: Usado para batatas grandes, cortadas em lâminas muito finas para frituras, servidas como aperitivos. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Jardineira: Preparo de legumes variados usado para guarnições simples e mistas de vegetais compactos. Chiffonade: Verdura finamente cortada, geralmente alface, couve ou espinafre, usado como uma base ou enfeite ou nas sopas. Château: Batatas pequenas torneadas em formato oval e com sete faces. Nature: Batatas médias torneadas em formato oval e com sete faces. Fondante: Batatas grandes torneadas em formato oval e com sete faces. Boulanger: Rodelas de aprox. 4 mm. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Gaufrettes: Corte feito à máquina dando um formato de tela. ANOTAÇÕES TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Tipos de cortes de legumes TIPO DE CORTE NOME MEDIDAS Cubo Bretone 2 cm Cubo Parmentier 1,2 cm Cubo Macedoine 1 cm Cubo Printanier 8 mm Cubo Parisiènne 5 mm Cubo Brunoise 3 mm Bastões Pont-neuf 1,5 cm x 7 cm Bastões Fritas 1 cm x 5 cm TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Bastões Bâtonnet 8 mm x 3 cm Bastões Mignonnete 6 mm x 4 cm Bastões Jardinière 3 mm x 2 cm Bastões Alumette 3 mm x 5 cm Bastões Julienne 3 mm x 3 cm Bastões Paille Mais fino que julienne Boleadas Parisienne 1,5 cm Boleadas Printanière 8 mm Boleadas Royalle 6 mm Fatiados Chips Ø do legume x 2 mm Fatiados Soufflé ou Vichy Ø do legume x 3 mm TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Torneados Château 6 cm de altura Torneados Fondant 5 cm de altura Torneados Cocotte 4 cm de altura Torneados Olivette 2 cm de altura Espiral Chatouillard Corte livre Corte Irregular Paysanne Corte livre Corte Irregular Concassé Corte livre Corte talhado Francesa Corte livre, de acordo com o tamanho do legume Corte quadriculado laminado Gaufrettes Largura ou diâmetro do legume TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. BASES DE COZINHA Bases da cozinha são preparações compostas por diferentes ingredientes, utilizadas para facilitar a confecção de determinadas produções culinárias; sevem também para modificar ou melhorar o sabor, a textura, a cor e o aroma dos alimentos. ➢ Fundos – são preparações líquidas, aromáticas, ligeiramente concentrada que se obtém fervendo em água dois tipos básicos de ingredientes: ▪ Ingredientes que darão a característica básica ao fundo – ave, peixe, vitela, etc. ▪ Ingredientes que compõe a guarnição aromática – mirepoix, bouquet garni, cebola, louro, alho, etc. ➢ Ligações – são ligas que proporcionam o adensamento de líquidos como fundos, molhos, cremes, etc. Exemplo: cereais e derivados tubérculos e derivados, legumes e frutas ricas em amido. ➢ Aromáticos – ingredientes com propriedade de realçar o sabor e aroma de alimentos, geralmente legumes, ervas e especiarias. E importante observar sempre as proporções de ingredientes aromáticos já que cada proporção irá conferir uma característica. ➢ Embelezadores e Melhoradores – ingredientes que ao serem adicionados aos fundos, sopas, molhos, etc., proporcionam melhor aparência (cor, por exemplo) e sabor. Diagrama de Bases de Cozinha e suas ramificações ➢ FUNDOS: CALDOS E MOLHOS Caldo é uma preparação líquida proveniente do cozimento lento de ossos, legumes, ervas e temperos, muito utilizado no realce de sabor. É base para diversos pratos e sopas. Molho é uma preparação, quente ou fria, que dá sabor e melhora aparência dos alimentos. Demi-glacé, velouté, bechamel, tomate e holandês são conhecidos como molhos clássicos, ou “grandsauces”. A partir dessas bases, uma infinidade de molhos pode ser produzida, a depender da criatividade e do gosto de cada chef. Os molhos também podem ser frios, como maioneses, vinagretes e condimentos do tipo mostarda, catchup e molho de pimenta ou soja. FUNDOS LIGAÇÕES AROMÁTICOS EMBELEZADORES MELHORADORES BASES DE COZINHA TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Materialdidático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Os molhos são frequentemente considerados uma das melhores provas de talento de um profissional. Molhos não são uma solução de última hora e desempenham uma função especial na composição de um prato. A percepção de nuances nas combinações de um molho com determinado tipo de alimento é algo que um profissional desenvolve no decorrer da carreira. História Molho é um meio líquido utilizado para adicionar sabor, umidade, aparência e ajustar o sabor e a textura de preparações culinárias. Pode ser quente, frio, doce, salgado, liso ou com pedaços. A palavra molho, que deriva do latim salsus (salgado), nasceu da necessidade de salgar, temperar por igual um alimento. Depois o molho passou apenas a umedecer e complementar as preparações, chegando até a ser mais importante que o próprio alimento. Deve-se observar os seguintes aspectos em um bom molho: Sabor; Umidade; Riqueza (proteína, sais, etc.); Apelo visual atraente. Com raras exceções, o preparo dos molhos se baseia em alguns preceitos importantes: 1. Uso de equipamentos adequados, como panelas de fundo grosso para garantir a distribuição uniforme de calor e evitar que o molho queime ou talhe; 2. Uso de fundos de boa qualidade; 3. Uso dos agentes espessantes apropriados para se obter boa textura, sabor e aparência; 4. Temperar corretamente, buscando um sabor adequado. Além disso, os molhos devem ser compatíveis com o prato, com o estilo de serviço, com o método de cocção e com o sabor final da preparação. Classificação dos molhos O francês Antoine Carême foi o responsável pela criação da metodologia de classificação dos molhos. Os molhos mãe e os molhos compostos são as principais categorias. Há também os molhos contemporâneos, que incluem uma série de molhos variados, como os relishes, as salsas, as compotas, etc. Molhos Mãe Um molho é considerado molho mãe quando puder ser preparado em grandes quantidades, e depois aromatizado, finalizado e guarnecido de inúmeras maneiras, produzindo os famosos TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. molhos compostos. Tem sabor básico, possibilitando adição de outros ingredientes e possui durabilidade. Os 5 molhos mãe são: ➢ Béchamel (leite + roux branco + cebola piquée); ➢ Velouté (fundo claro + roux amarelo); ➢ Espanhol (fundo escuro + roux escuro + mirepoix); ➢ Tomate (tomate + roux/opcional) ➢ Holândes (manteiga + gemas). Béchamel Com textura cremosa e sabor suave, é base para diversas preparações na cozinha, como recheios e molhos. É um molho de grande importância devido a seu caráter neutro. Se preparado corretamente, o resultado do béchamel deve ter um sabor suave e uma coloração clara, que reflita seu ingrediente principal, o leite. Deve ser cozido durante o temponecessário, em fogo brando, para não ficar com gosto de farinha ou grumos. Embora se trate de um molho opaco, o béchamel deverá ter uma coloração final brilhante e ligeiramente marfim. Molhos derivados do béchamel Para cada litro de béchamel, adicione: ▪ Molho Creme – 250 a 360 ml de creme de leite + gotas de limão; ▪ Molho Mornay – 120 gr de gruyère ralado + 30 gr de parmesão ralado + 60 gr de manteiga; ▪ Molho Nantua – 120 ml de creme de leite + 180 gr de manteiga de lagostim; ▪ Molho Soubise – 500 gr de cebola picada suada em 30 gr de manteiga; ▪ Molho Mostarda – 80 gr de mostarda de dijon ou mostarda escura inglesa; ▪ Molho Aurora – 60 gr de purê de tomate ou purê de tomate seco + 60 gr de manteiga na hora de servir. Velouté O nome deste molho, que é a base para inúmeros molhos, é traduzido do francês como “aveludado, suave e macio ao paladar”. O velouté é feito à base de fundo claro, roux amarelo e ingredientes aromáticos, e deve seguir alguns padrões de qualidade: Seu sabor deve refletir o sabor do fundo utilizado, ou seja, quase neutro; Deve ter coloração pálida em tons marfim, nunca acinzentada; Sua aparência deve ser translúcida e brilhante; A textura deve ser aveludada, sem grumos ou traços de farinha de trigo; O molho deve ser encorpado, ter consistência de nappé leve. Derivados do Velouté TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Para cada litro de velouté, adicione: ▪ Molho Bercy – 60 gr de échalotes salteadas na manteiga + 250 ml de vinho branco + 250 gr de fundo de peixe; ▪ Molho Cardinal – 250 ml de fundo de peixe + 1 lt de velouté de peixe reduzido a metade + 500 gr de creme de leite + Q.b de pimenta caiena (leve para ferver) + 45 gr de manteiga de lagostim; ▪ Molho Normandy – 120 gr de cogumelos + 120 ml de fundo de peixe + 1 lt de velouté de peixe (reduzir) + gema de ovos e liason. Molho Espanhol É o molho base para o preparo de todos os molhos escuros clássicos. Não costuma ser servido em seu formato original, mas sim empregado como base para molhos derivados. É usado para preparar demi-glace e tem como característica um sabor encorpado e intenso devido à caramelização do mirepoix e ao pinçage com o purê de tomate. Derivados do Espanhol O demi-glace e o jus lie são dois molhos derivados do espanhol que produzem muitos outros molhos. Para cada litro de espanhol, adicione: ▪ Molho Bordelaise: 250 ml de vinho tinto seco + 60 gr de échalotes picadas + 1 folha de louro + Q.b de pimenta preta + 60 gr de manteiga derretida; ▪ Molho Chateaubriand: 500 ml de vinho branco + 60 gr de échalotes picadas + gotas de limão + pimenta caiena + 120 gr de manteiga + estragão picado; ▪ Molho Madeira: ferver demi-glace (reduzir) + 120 ml de vinho madeira. ▪ Demi-glace: Molho feito com partes iguais de molho espanhol e fundo escuro, reduzido à metade. O mais utilizados dos derivados do espanhol. Um bom demi-glace deve ter um sabor rico, aroma de “assado”, coloração escura, aparência translúcida e brilhante e consistência nappé. Molho de Tomate (Débora ou italiano) De todos os molhos mãe, é o único que não obedece a “fórmulas” e quantidades pré- estabelecidas, existindo assim, várias formas de produzi-lo. Em algumas versões, utiliza-se o azeite de oliva como gordura (cozinha italiana do Sul), em outras, banha de porco (cozinha clássica francesa). Sua textura é menos aveludada e mais rústica do que os outros molhos mãe e quando cozido apropriadamente apresenta coloração vermelha intensa e um leve brilho. Apresenta sabor forte de tomate, sem acidez excessiva e pode ser acrescido de outros ingredientes para que haja uma complementação de sabor, dando sempre ênfase ao tomate. Derivados do Tomate TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Para cada litro de tomate, adicione: ▪ Molho Creole: 170 gr de cebola em cubos pequenos + 120 gr de salsão fatiado + 5 gr de alho + 30 ml de óleo + molho de tomate + louro + cravo + 120 gr de primenta verde picada + molho picante de pimenta; ▪ Molho Milanaise: 140 gr de cogumelos fatiados + 15 gr de manteiga + molho de tomate + 140 gr de presunto cozido cortado em julienne + 140 gr de língua cortada em julienne. Molho Holandês Molho clássico Francês elaborado com manteiga clarificada, gemas,ácido, sal e pimenta. Este molho transformou os pratos cozidos à base de ingredientes como vegetais e peixes em algo especial. O molho holandês pertence ao grupo de molhos emulsionados (emulsão é a mistura mecânica de dois líquidos que não se misturam naturalmente, como por exemplo água e óleo), e é um molho bastante frágil por não se tratar de uma verdadeira mistura, podendo separar-se facilmente. O molho deve ter uma mistura aveludada e macia, coloração ligeiramente amarelada e sabor marcante de manteiga, levemente ácido. Derivados do Holandês Para cada litro de holandês, adicione: ▪ Molho Béarnaise: 60 gr de échalotes picadas + 75 gr de estragão picado + 5 gr de pimenta branca + 250 ml de vinagre de vinho branco + gemas (processo do molho holandês) + coe e termine temperando com sal e pimenta caiena; ▪ Molho Grimrod: molho holandês + açafrão; ▪ Molho Mousseline: 250 ml de creme de leite batido em chantilly (junte ao holândes na hora do serviço). Molhos Contemporâneos Estes molhos não pertencem nem à categoria de molhos mãe, nem a categoria de molhos compostos, e costumam ser preparações que exibem uma variedade muito grande de ingredientes, possibilitando uma série de novas criações. A função dos molhos contemporâneos, entretanto, é a mesma dos molhos mãe e seus compostos – dar sabor, textura, umidade e cor às preparações. Distinguem-se dos molhos mãe nos seguintes aspectos: Demoram menos tempo para serem preparados; São específicos para algumas preparações e/ou técnicas específicas; Podem ser engrossados e finalizados mediante o uso de emulsões, amidos ou reduções; Não permitem derivações. Os molhos comtemporâneos incluem: TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ▪ Jus lié; ▪ Beurre blanc; ▪ Manteiga composta; ▪ Coulis: purê de legumes de frutas, aquecido em banho-maria ou cozido em fogo lento, que, no final, pode ou não receber manteiga ou creme de leite. ▪ Compota: preparação à base de legumes ou frutas inteiras, geralmente banhados em uma calda, azeite ou vinagre, com ervas e/ou especiarias. ▪ Relish: preparação de origem indiana que se assemelha ao chutney, mas é mais condimentada. Trata-se de um purê agridoce feito de frutas e vegetais ao qual se adicionam condimentos e especiarias. ▪ Vinagrete: emulsão temporária de ácido e óleo, originalmente preparada com vinagre, azeite, sal e pimenta. Pode-se produzir inúmeras variedades de vinagrete, dependendo do tipo de ingrediente adicionado à composição inicial. ▪ Infusão de óleos: óleos aromatizados com ervas, especiarias, etc. A maioria dos molhos, tanto mãe quanto seus derivados e os contemporâneos, podem ser preparados com antecedência, resfriados e armazenados adequadamente. Na hora de servir, basta apenas esquentá-los sob fogo direto. Entretanto, alguns molhos mais delicados, como os à base de creme de leite devem ser aquecidos em banho-maria. Por mais simples que pareça a preparação de um molho, o chef que os prepara deve ser extremamente habilidoso e seguir os princípios básicos de preparo e de armazenamento, o que resultará em molho perfeito. Fundos Fundo é também uma preparação líquida feita com ossos, legumes, ervas e temperos, porém com extração de sabor e redução de líquido, para ressaltar ainda mais os sabores e aromas. Os fundos podem ser claros feitos a partir de legumes, aves, peixes ou vitela – ou escuros, feitos com carne e ossos tostados. Fundos são base para a preparação de molhos. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Fundo Claro de Carne – aparas e ossos de carne, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d’épices e água. Fundo Claro de Aves – aparas e ossos de aves, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d’épices e água. Fundo Claro de Peixe - aparas e ossos de peixes, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d’épices e água. Fumet - aparas e ossos de peixes, vinho branco, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d’épices e água. Court – Bouillon – vegetais e ervas aromáticas, especiarias e um ácido (vinho, vinagre, suco de frutas ácidas, etc.). Fundo claro de vegetais – vegetais, alho, mirepoix, bouquet garni ou sachet d’épices e água. Passos importantes para o preparo do fundo 1. Começar sempre com o líquido frio, para possibilitar a liberação de sucos e nutrientes no fundo produzido; 2. Cozinhar adequadamente em fogo lento, sem ferver, para não turvar, o líquido e não reduzí- lo antes de todos os ingredientes serem extraídos dos componentes; 3. Cozinhar durante o tempo adequado, para que o sabor e os nutriente sejam liberados; 4. Retirar as impurezas sempre que necessário, escumando; 5. Não adicionar sal, pois se trata de uma base; 6. Não tampar; 7. Coar, resfriar, etiquetar e armazenar adequadamente. Claros Vegetais Gordurosos Escuros Fundos Fundo Claro de Carne Fundo Claro de Aves Fumet Court - Bouillon Fundo Claro de Peixes Fundo Claro de Vegetais Fundo Claro TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Critérios de avaliação dos fundos 1. Condimentos bem balanceados; 2. Aroma agradável; 3. Cor apropriada. ➢ LIGAÇÕES Féculas – liga protéica de origem vegetal – para engrossar caldos e molhos. Roux – liga cozida de farinha de trigo ou amido e gordura. Pode ser Branco, amarelo, escuro e negro dependendo da permanência do amido no calor. A proporção para confecção do roux e 50% gordura + 50% amido ▪ Roux branco - consistência aveludado e homogêneo, tempo de permanência em fogo brando 3 minutos, poder de espessamento 100%. ▪ Roux Amarelo consistência aveludada e coloração amarelo brilhante, permanência em fogo 3 a 5 minutos em fogo brando, poder de espessamento 80%. ▪ Roux escuro consistência levemente aveludada com coloração marrom, tempo de permanência 5 a 8 minutos em fogo brando, poder de espessamento 50%, o roux nesta coloração confere não somente o espessamento, mas coloração ao molho, caldo, sopa e etc... ▪ Roux negro consistência flocada com coloração de torrado, permanência acima de 8 minutos em fogo brando, poder de espessamento 20 a 30%, o roux nesta coloração confere não somente o espessamento, mas coloração ao molho, caldo, sopa e etc... Beurre Manié – liga crua de farinha de trigo e manteiga – Para engrossar caldos e molhos ferventes. Proporção igual a do Roux 50%¨de gordura + 50% de amido (farinha de trigo). Claro Escuro Roux Beurre Manié Féculas Ovos Gelatina Sangue Ligações TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Utilizado em preparações que estão prontas e precisam de espessamento imediato, adicionado ao liquido quente e batido com o auxilio de um fouet, ate atingir a consistência desejada. Ovos – liga protéica de origem animal – ovos inteiros para dar firmeza em produções da confeitaria; gemas emulsionam à parte de lquido com a gordura das preparações quentes ou frias (maionese molho frio e holandês molho quente). Gelatina – liga e estabilizante de origem animal, colágeno extraído de tecidos conjuntivos e ossos. Utilizada paradar consistência a líquidos e preparações que serão servidas frias, dependendo da quantidade de açúcar ou teor ácido a quantidade de gelatina aumenta. Agar-Agar – liga e estabilizante de origem vegetal extraída de algas marinhas. Sangue – liga de origem animal – quando adicionado a líquidos ácidos e aquecido, proporciona adensamento dos mesmos. Utilizado em molhos e embutidos. Slurry - liga homogênea de liquido com amido, geralmente água e amido de milho mas pode ser caldo ou leite e farinha de trigo, araruta ou féculas. Mistura feita com o farináceo adicionando o liquido até que torne homogêneo e depois acrescenta a mistura à preparação que deve ser espessada. Proporção 1 parte de amido para 2 partes de água. Exemplo: 10 g de amido para 20 ml de água. Liason - liga protéica de origem animal com baixo poder de espessamento, utilizado para agregar sabor e espessamento. O creme de leite confere textura a molhos e caldos deixando com consistência aveludada e brilhante a gema por sua vez ajuda no espessamento e coloração de molhos. Proporção 25% de gemas + 75% de creme de leite. Manteiga - ingrediente usado para finalização em molhos, usado em líquidos quentes para emulsionar e dar brilho ao molho, neste caso a manteiga tem que ser gelada para garantir uma emulsão uniforme e não separe o molho (talhar), não a necessidade de fervura. Creme de leite – ingrediente que atua como espessante assim que colocado em redução. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ➢ AROMÁTICOS Os aromáticos são ervas condimentos e combinados de legumes que dão aroma e sabor aos fundos, caldos e outros pratos. São composições à base de legumes, ervas e especiarias que são adicionados a fundos, sopas, molhos com a finalidade de realçar e acentuar o sabor. Salmoura – o sal pode ser aplicado de diversas formas seja para marinar o alimento ou temperá-lo na hora do cozimento – polvilhado (sal fino e grosso), esfregado (sal grosso). Vinha d’alhos – marinada com elemento diluente de vinho ou vinagre, acrescido de salmoura e aromatizado com alho, cebola, pimenta em grãos, etc. Vegetais – são utilizados vegetais aromáticos que proporcionam sabor, cor e melhor apresentação nas produções culinárias. Purês – vegetais e legumes aromáticos e coloridos reduzidos a purês e agregados nos alimentos para realçar e melhorar aspecto e sabor. Mirepoix - vegetais aromáticos cortados em cubos pequenos usados para realçar o sabor de fundos, sopas, molhos: Composto de 50% de cebola, 25% de cenoura e 25% de salsão. Termo francês que designa a mistura de legumes (cenoura, cebola, salsão) picados e rapidamente refogados na manteiga. O mirepoix é acrescentado durante o cozimento de caldos, molhos e assados, agregando-lhes o sabor. Salmora Vinha D'Alhos Purês Mirepoix Vegetais Aromáticos TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Variações do Mirepoix Mirepoix Branco ✓ 2 partes de cebola ✓ 1 parte de salsão ✓ 1 alho-poró Mirepoix Dourado ✓ 2 partes de cebola ✓ 1 parte de salsão ✓ 1 parte de cenoura ✓ 1 parte de alho-poró Matignon - É o mirepoix com gordura, adicionando-se bacon ou presunto. Bouquet Garni - Composto basicamente de salsão, cenoura, salsinha, tomilho, louro e funcho (erva doce) amarrados. Retira-se após fornecer ao fundo, molho ou sopa, o sabor desejado. Os ingredientes do bouquet podem variar de acordo com a região. Sachet d’épices - Dente de alho (opcional), folha de louro, pimenta em grão, cravo da Índia (opcional), ramo de tomilho e talo de salsinha envoltos em pano fino ou étamine. Igualmente ao bouquet, é retirado após a utilização. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. Cebola Brulée - Cebola cortada ao meio e tostada na chapa ou frigideira. Além de aromatizar, acentua a cor de fundos e molhos escuros. Cebola Piquée - Cebolas descascadas e cortadas ao meio. Leva uma folha de louro espetada em um pequeno corte lateral e dois cravos da Índia, um de cada lado do corte. Duxelles - mistura de cogumelos bem picados e salteados em manteiga, cebola, alho poró, vinho branco, utilizado para conferir sabor e textura em molhos e preparações diversas. Pinçage Processo longo de através da redução de produtos de tomate (cascas, extrato, polpa), transformar a cor vermelha do tomate em uma cor de ferrugem, caramelizando e desidratando seus açúcares. Este processo requer alto controle da temperatura da frigideira onde se realiza a pinçage. Além de adicionar água aos poucos, deve-se tentar manter a chama do fogo no centro do fundo da frigideira e não a deixar subir às laterais para não queimar o tomate. TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. ➢ EMBELEZADORES E MELHORADORES Ligas finas – Ingredientes que têm a capacidade de adensar suavemente os preparados. Gemas, féculas, etc. Gorduras – Ingredientes que pelo seu teor de gordura, suavizam ou espessam os alimentos em que serão adicionados. Manteiga, iogurte, requeijão, etc. Corantes – Ingredientes cujo colorido irão proporcionar mais vida às produções culinárias. Podem ser igualmente aromatizantes. Páprica, mostarda, açafrão, etc. Ligas finas Gorduras Corantes Embelezadores Melhoradores TÉCNICAS DE COZINHA E RESTAURANTE Material didático elaborado, compilado e produzido pelo Prof. WILLIAM ESTEVÃO (william.silva336@etec.sp.gov.br) Sua utilização é exclusiva sendo proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização. 2020. TEMPEROS E ERVAS Ervas e especiarias para produções culinárias salgadas As ervas, em primeiro lugar, devem ser escolhidas de acordo com o ingrediente principal do prato e seu sabor. Por último devemos observar seu efeito visual. Devemos nos aliar às ervas e aos condimentos, utilizados na receita, para decorar o prato e realçar o sabor. A salsinha, em especial a salsinha japonesa, é um coringa para enfeites de pratos salgados. Mas devemos usá-la com muita criatividade para não se obter uma decoração comum. Sugestões do uso de temperos, ervas e especiarias para pratos salgados encontram-se no quadro abaixo. Nome da erva ou especiaria Características Sugestão de uso Açafrão Ramas(pistilo da flor) ou em pó de cor laranja Para a elaboração de peixes, frango e arroz Aipo Fresco ou na forma de Sal de Aipo (sementes secas e moídas com sal) Fresco - para elaboração de saladas e guarnições cozidas para carnes peixes e aves. Para elaboração de caldos de galinha e carne. Sal de Aipo - para elaboração de molhos para saladas e pratos quentes, para realçar o sabor de sopas. Alecrim Fresco ou seco Para elaboração de carnes, aves e peixes. Molho para saladas cruas ou cozidas. Coentro Folhas frescas ou grãos moídos Folhas frescas - Para elaboração de pratos à base de peixes e crustáceos. Grãos moídos - Para elaboração de pães de especiarias, biscoitos. Cominho Grãos secos ou moídos Grãos secos – Para elaboração de pães de especiarias (polvilhado por cima do pão), saladas de batatas e legumes Grãos moídos - Para elaboração de carnes e sopas. Manjerona Erva fresca ou seca Para elaboração de aves,
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