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Bacteriologia básica e médica

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BACTERIOLOGIA BÁSICA
PROF. DR ANDERSON GARCIA
Grupos procarióticos
Na segunda edição do Bergey’s Manual, os procariotos são agrupados em dois domínios, Archaea e Bacteria. Os dois domínios são constituídos por células procarióticas. 
Domínio Bactéria
Principais características das bactérias
Organismos Procariontes;
Unicelulares;
Não possuem envoltório nuclear (membrana nuclear);
Possuem parede celular;
Reproduzem-se por fissão binária;
Podem ser auto ou heterotróficas;
Podem ter várias formas possíveis;
Podem ser distinguidas pela coloração de gram;
Podem medir de 0,2 a 2µm de diâmetro e 8µm de comprimento.
ESTRUTURA CELULAR 
Estruturas externas à parede celular
Glicocálice ou capsula;
Flagelos;
Filamentos axiais;
Fimbrias e pili;
Parede celular (Gram-positivas e gram-negativas)
Estruturas internas à parede celular
Membrana plasmática;
Nucleoide;
Ribossomos;
Inclusões;
Formam endosporos.
Nomenclatura
Gênero + espécie
Staphylococcus aureus
Staphylococcus epidermidis
klebsiella pneumoniae
MORFOLOGIA DAS CÉLULAS PROCARIÓTICAS 
INFECÇÕES BACTERIANAS
Doenças bacterianas do sistema nervoso
Meningite bacteriana
Tétano
Botulismo
Lepra
Meningite bacteriana
Agentes causadores:
Streptococcus pneumoniae 
Neisseria meningitidis
Haemophilus influenzae
Responsáveis por mais de 80% dos casos
A morte por meningite bacteriana muitas vezes ocorre de modo rápido, provavelmente devido ao choque e à inflamação causados pela liberação de endotoxinas dos patógenos gram-negativos ou pela liberação de fragmentos da parede celular (peptideoglicanos e ácido teicoico) das bactérias gram-positivas.
Cerca de 50 outras espécies de bactérias foram registradas como
patógenos oportunistas que às vezes causam meningite. Particularmente
importantes são a Listeria monocytogenes, os estreptococos
do grupo B, os estafilococos e certas bactérias gram-negativas.
Meningite por Haemophilus influenzae
bactéria gram-negativa aeróbica
membro comum da microbiota normal da garganta
Ocasionalmente ela entra na corrente sanguínea causando várias outras doenças invasivas.
A cápsula de carboidrato da bactéria é importante para sua patogenicidade, em particular no caso das bactérias com antígenos capsulares do tipo b. (Cepas que não têm uma cápsula são chamadas de não tipáveis.) Do ponto de vista médico, a
bactéria muitas vezes é referida pelo acrônimo Hib.
Ocorrência
Meningite causada por Hib ocorre principalmente em crianças com menos de quatro anos, em especial por volta dos seis meses.
A meningite por H. influenzae tem sido responsável pela maioria dos casos registrados de meningite bacteriana (45%), com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 6%.
Prevenção
Vacinação contra Hib.
Meningite por Neisseria meningitidis 
(meningite meningocócica)
bactéria gram-negativa aeróbica
Encapsulada (importante para virulência)
muitas vezes está presente no nariz e na garganta dos portadores (sem causar sintomas da doença)
Os sintomas da meningite meningocócica
são causados principalmente por uma endotoxina, produzida de modo muito rápido e capaz de causar a morte dentro de poucas horas.
Ação
Um caso de meningite meningocócica típico inicia com uma infecção de garganta, resultando em bacteremia e, por fim, em meningite.
Ocorrência
Ela geralmente ocorre em crianças com menos de dois anos; a imunidade maternal enfraquece por volta dos seis meses e deixa as crianças suscetíveis.
Prevenção
As vacinas são direcionadas para as cápsulas de polissacarídeos dos sorotipos A, C, Y e W-135. Nenhuma vacina está disponível contra o sorotipo B, que tem uma cápsula que não é imunogênica nos seres humanos.
O meningococo ocorre em cinco sorotipos capsulares:
A, B, C, Y, W-135 
Meningite por Streptococcus pneumoniae (meningite pneumocócica)
Diplococo gram-positivo encapsulado
Também conhecido como pneumococo
Habitante comum da região da nasofaringe
Principal causa da meningite bacteriana
Além dos cerca de 3.000 casos de meningite, a cadaano o S. pneumoniae causa 500.000 casos de pneumonia e milhões de casos de otite média dolorosa (dor de ouvido)
Ocorrência
maioria dos casos de meningite pneumocócica ocorre entre crianças com idades entre um mês e quatro anos. Para uma doença bacteriana, a taxa de mortalidade é muito alta, de cerca de 30% em crianças e 80% em idosos.
Prevenção
Uma vacina conjugada, modelada após a vacina Hib, foi introduzida. Ela é recomendada para lactentes com menos de dois meses
Porém, 
O grande número de sorotipos do pneumococo tornará difícil desenvolver vacinas contra todos eles.
Um sério problema com a meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo é o aparecimento crescente de cepas resistentes aos antibióticos.
Tétano
Agente causador
Clostridium tetani
Bacilo gram-positivo, anaeróbico obrigatório e formador de endosporos.
Os sintomas do tétano são causados por uma neurotoxina extremamente potente, a tetanospasmina, que é liberada após a morte e a lise das bactérias em crescimento.
Ela penetra o SNC via nervos periféricos ou sangue.
Prevenção
Vacina antitetânica (um toxoide, uma toxina inativada que estimula a formação de anticorpos que neutralizam a toxina produzida pela bactéria). 
Botulismo
Agente causador
Clostridium botulinum
. "Clostridium botulinum". This picture shows the rod-shaped bacteria, Clostridium botulinim, under a scanning electron microscope. 
bacilo gram-positivo;
anaeróbico obrigatório e formador de endosporos;
encontrado no solo e em muitos sedimentos aquáticos
A ingestão de endosporos geralmente não causa problemas. Em ambientes anaeróbicos, como os enlatados, o micro-organismo produz uma exotoxina, que é altamente específica para a terminação sináptica do nervo,
onde ela bloqueia a liberação da acetilcolina, um químico necessário para a transmissão dos impulsos nervosos através das sinapses.
Lepra ou Hanseníase
Agente causador
Mycobacterium leprae
Bacilo ácido-resistente;
Tem uma temperatura ótima de crescimento a 30°C e mostra uma preferência por partes frias, mais externas do corpo humano
Ele sobrevive à ingestão por macrófagos e finalmente invade as células da bainha de mielina do SNP, no qual sua presença causa dano ao nervo a partir de uma resposta imune celular.
 Computer-generated image of a cluster of rod-shaped drug-resistant Mycobacterium tuberculosis. Image based on scanning electron microscopy
Contágio
A maioria das pessoas adquire a infecção quando as secreções contendo o patógeno entram em contato com suas mucosas nasais. Entretanto, a lepra não é muito contagiosa, sendo muitas vezes transmitida somente entre pessoas com contato prolongado ou íntimo.
Diagnóstico
O teste diagnóstico padrão para a lepra é uma amostra de biópsia da pele obtida da margem de uma lesão ativa. A interpretação dessa amostra com segurança, a localização do dano ao tecido característico e a identificação do bacilo ácido-resistente dentro dos nervos requerem um patologista experiente.
Tratamento
A dapsona (uma sulfona), a rifampina e a clofazimina, um corante solúvel em gordura, são as principais drogas utilizadas para o tratamento, em geral em combinação. Uma vacina tornou-se comercialmente disponível na Índia em 1998. Ela é usada como suplemento à quimioterapia. Outras vacinas que poderiam ser úteis na prevenção estão sendo testadas. Uma descoberta encorajadora é que a vacina Bacillus Calmete-Guérin (BCG) para a tuberculose (também causada por uma espécie de Mycobacterium) é um pouco protetora contra a lepra.
Doenças bacterianas dos Sistemas Cardiovascular e Linfático
Septicemia
Agente causador
Bactérias gram-negativas e positivas
Doença aguda que está associada com a presença e a persistência de micro-organismos patogênicos ou suas toxinas.
Contágio
Doença adquirida em hospitais através de procedimentos invasivos, como a inserção de cateteres e tubos de alimentação intravenosa.
Sepse
Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS, de systemic inflammatory response syndrome) causadapor um foco de infecção que libera mediadores da inflamação dentro da corrente sanguínea. 
A sepse e a septicemia geralmente são acompanhadas pelo aparecimento de linfangite, vasos linfáticos inflamados visíveis como estrias vermelhas sob a pele, correndo ao longo do braço ou da perna a partir do local da infecção. 
Se as defesas do corpo não controlarem rapidamente a infecção e a SIRS resultante, os resultados são progressivos e muitas vezes fatais. O primeiro estágio dessa progressão é a sepse.
Os sinais e os sintomas mais óbvios são:
Febre;
Calafrios;
Batimentos cardíacos acelerados;
Respiração acelerada.
Quando a sepse causa uma queda na pressão sanguínea (choque) e disfunção de pelo menos um órgão, ela é considerada sepse severa. Uma vez que os órgãos comecem a falhar, a taxa de mortalidade se torna alta. Um estágio final, quando a baixa pressão sanguínea não pode mais ser controlada pela adição de fluidos, é o choque séptico.
Septicemia
Sepse
Sepse severa
Choque séptico
Sepse gram-negativa
Agente causador
Bactérias gram-negativas.
O choque séptico é mais provavelmente causado por bactérias gram-negativas.
As paredes celulares de muitas bactérias gram-negativas (Lipopolissacarídeos) contêm endotoxinas que são liberadas após a lise da célula. Essas endotoxinas podem causar uma queda brusca na pressão sanguínea com seus sinais e sintomas associados.
O choque séptico geralmente é chamado pelos nomes alternativos sepse gram-negativa ou choque endotóxico.
Tratamento
Antibióticos, e tentativas de neutralizar os componentes do Lipopolissacarídeo e as citocinas que causam a inflamação
Sepse gram-positiva
Agente causador
Estafilococos;
Estreptococos;
Spretocococos agalactiae (causa mais comum da sepse neonatal com risco à vida)
Enterococcus faecium;
Enterococcus faecalis.
As bactérias gram-positivas atualmente são a causa mais comum de sepse.
Produzem exotoxinas potentes que causam a síndrome do choque tóxico, uma toxemia.
Os componentes bacterianos que levam ao choque séptico na sepse gram positiva não são conhecidos com certeza. Possíveis fontes são os vários fragmentos da parede celular de bactérias gram-positivas ou até mesmo o DNA bacteriano.
têm resistência natural à penicilina e têm adquirido rapidamente resistência a outros antibióticos
Sepse puerperal
A sepse puerperal, também chamada de febre puerperal e febre do parto, é uma infecção nosocomial. Ela começa como uma infecção do útero resultante de parto ou aborto.
Agente causador
Streptococcus pyogenes (causador mais comum);
Vário outros organismos (menos frequente).
A sepse puerperal progride de uma infecção do útero para uma infecção da cavidade abdominal (peritonite) e, em muitos casos, para sepse.
Contágio
pelas mãos e pelos instrumentos das parteiras ou dos médicos
Tratamento e prevenção
antibióticos, em particular a penicilina, e as práticas modernas de higiene.
Endocardite bacteriana subaguda
Inflamação do endocárdio causada por bactérias
Agente causador
Estreptococos α−hemolíticos (mais comum);
Enterococos;
Estafilococos.
Contágio
Os micro-organismos são liberados por extrações de dente ou tonsilectomias, entram na corrente sanguínea e encontram o seu caminho para o coração. Uma fonte mais exótica de infecções que tem levado a casos de endocardite tem sido o piercing, em particular no nariz, na língua e até mesmo nos mamilos.
Ação
em pessoas cujas válvulas do coração são anormais, tanto por causa de defeitos cardíacos congênitos quanto por doenças como febre reumática e sífilis, as bactérias se alojam nas lesões preexistentes. Dentro das lesões, as bactérias se multiplicam e ficam retidas nos coágulos sanguíneos que as protegem da fagocitose e dos anticorpos. Quando a multiplicação progride e o coágulo se torna maior, fragmentos do coágulo se rompem e podem bloquear os vasos sanguíneos ou se alojar nos rins.
Tratamento
Antibióticos apropriados
Um tipo progressivo mais rápido de endocardite bacteriana é a endocardite bacteriana aguda, que geralmente é causada pelo Staphylococcus aureus. Os organismos encontram o seu caminho do local inicial da infecção para as válvulas normais ou anormais; a destruição rápida das válvulas do coração muitas vezes é fatal dentro de alguns dias ou semanas, se não tratada
Doenças Microbianas do Sistema Respiratório
Doenças bacterianas do trato respiratório superior
Faringite estreptocócica
Agente causador
estreptococos do grupo A (GAS);
Streptococcus pyogenes.
A patogenicidade dos GAS é acentuada por sua resistência à fagocitose. Eles também são capazes de produzir enzimas especiais, chamadas de estreptoquinases, que lisam coágulos de fibrina, e estreptolisinas, que são citotóxicas para as células dos tecidos, hemácias e leucócitos.
Ação
A faringite é caracterizada por inflamação local e febre. Com frequência ocorre tonsilite, e os linfonodos do pescoço tornam-se inchados e sensíveis. Outra complicação frequente é a otite média
Contágio / transmissão
a faringite é mais comumente transmitida pelas secreções respiratórias, mas epidemias de faringite estreptocócica disseminadas por leite não pasteurizado já foram frequentes no passado
Tratamento
Antibióticos
Difteria
Agente causador
Corynebacterium diphtheriae
bastonete gram-positivo não formador de esporos;
Sua morfologia é pleomórfica, frequentemente claviforme, e que não se cora homogeneamente

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