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Feudalismo O Feudalismo, originalmente não se baseava em um aspecto econômico, mas havia um objetivo fundamental de garantir rendimentos por parte do senhor feudal por meio da tributação sobre a produção agrícola, realizadas pelos vassalos do senhor que possuíam uma relação de dependência e ideia que um homem pertencia a outro. Esse sistema, até então não econômico, nasceu do colapso de dois modos de produção da antiguidade, o modo de produção escravista e o modo de produção primitivo, que vieram como herança do império germânico e greco-romano. Esses dois impérios possuíam como base da sociedade a exploração do campo, com um latifúndio escravo de larga escala, porem essa mão de obra fazia com que sua produção não fosse autossuficiente pois eram conquistas de guerra. Sendo assim com o fim da expansão do império romano não houve mais cativos de guerra parando o modo de produção escravista e levando o mesmo ao declínio. Com poucos escravos, os proprietários optaram pela servidão de dependência do solo e o ‘custeio’ de rendeiros livres que aceitavam as condições com o intuito de não serem recrutados pelo Estado e não sofrerem com arrecadações fiscais. Surgiu então o colonato, sistema em que o camponês ficava preso a um senhor devendo-lhe obrigações em troca de proteção. Com o aumento das dificuldades econômicas e conflitos sócias, tornou-se difícil sustentar a máquina estatal, e assim, o império passou a cobrar taxas da população urbana o que levou a queda do comércio e do artesanato. As invasões germânicas do século V potencializaram a crise que havia acontecendo desde o sec. III. Primeira fase de invasões não foi duradoura, porem houve um denso processo de povoamento. Já a segunda invasão obteve mais sucesso e realizou conquistas mais duradouras, confiscando grandes propriedades e distribuindo-as aos nobres. A sociedade germânica sofreu muitas modificações ao entrar em contato com o império romano, como quando passou a ter conhecimento do comercio de luxo e passa ter o objetivo de conseguir cada vez mais recursos para comprarem esses artigos, ou, quando se deu fim aos modos de produção comunitários e estabeleceu-se um processo de estratificação social. Assim, a tendência do império germânico foi o aumento da dependência rural quando conquistou as terras romanas, gerando um povoamento do interior com pequenas comunidades de pequenos proprietários. Então, o feudo pode ser resumido em uma junção das últimas ideias e práticas do império romano com as distribuições de terras que o império germânico realizou. O que definiu as imensas propriedades autossuficientes que estavam em liderança de proprietários chamados senhores feudais. A igreja foi a única instituição do império romano que não declinou junto a queda do mesmo. Essa por sua vez se fortaleceu quando deu apoio intenso ao ressurgimento do império carolíngio. A expansão carolíngia trouxe consigo a padronização do sistema de moedas, o patrocínio das artes, literatura, da filosofia e da educação. Sua administração era feita por condes que foram nomeados com poderes militares e judiciais, além de poderem escolher vassalos e lhe darem concessões de terras, passando a serem arrendatários. Quando os bárbaros começaram a margear a Europa Ocidental, entrou em uso por toda a França fortificações privadas nos castelos que tinham o intuito de deixar os invasores longe e consolidar seu poder local. Logo a norma lógica feudal fez com os reis passassem a ser apenas personagens nesse novo sistema. A relação vassalagem e senhoril formava um círculo confiável tanto da parte do senhor quanto do servo, que por sua vez deveria prestar serviços como contingente militar, além de entregar ao seu senhor uma parte da produção agrícola e pagar pelos instrumentos usados. Já o senhor feudal via-se obrigado a ser fiel e a proteger seu vassalo sempre evitando o mal e presando pelo seu bem. O sistema feudal foi marcado pela fragmentação de terras e modo de produção gerada toda da terra, com apogeu entre os sécs. XI e XIII, mas seu declínio veio com o tempo acontecendo com pequenas transformações em sua sociedade, como o aumento das trocas, a volta do comércio artesanal e das cidades. Esse modo de produção baseado na relação servo e senhor feudal teve êxito no começo, mas com o tempo o descontentamento foi visível. Na França, no final do século XIV, aconteceu a revolta dos camponeses, com brutalidade das duas partes, em que esses lutaram pela melhora das condições do trabalho e parte maior do produto produzido, já que por canta da Guerra dos Cem Anos e da Peste Negra a população campesinato foi em boa parte dizimada e havendo falta de alimento, assim os senhores feudais aumentaram as taxas da produção agrícola e as horas de trabalho. Logo a relação de confiança entre vassalo e senhor, que possuía caráter exploratório, foi deixando de ser aceitável e passou a ser questionada. O capitalismo, não apareceu do nada, ele teve seu início com o surgimento de pequenas características dentro do feudo, como a apropriação do excedente da produção pelos senhores feudais, que quando não consumido era vendido. Os camponeses também perceberam que podiam fazer isso e passaram a trocar o excedente por moedas e obter outros produtos. Foi assim que se tornou possível a acumulação de capital e umas das primeiras distinções de classes, além de se ver a volta do comercio. Com isso as cidades começaram a se desenvolver, e muitos camponeses fugitivos se refugiaram nelas, vendendo sua mão-de-obra como trabalho assalariado. Em segundo plano das revoltas temos a retomada da monarquia, uma centralização do poder político. Apesar de ainda existir um rei durante o feudalismo, seu poder era simbólico e o viam apenas como um personagem. Cada nobre dentro dos seus feudos tinha o poder todo em suas mãos. A chegada do novo Estado aconteceu principalmente pela falta de padronização das moedas, o que naquele avanço de comercio causava problemas. Os reis obtiveram uma ajuda da burguesia que também possuía interesse no poder centralizado. Então essa classe, que agora detinha a maior parte da riqueza, patrocinou os reis em troca de reformas que favorecem o comércio. Pois assim, o modo de produção do sistema feudal teve seu início com a junção de dois sistemas, sendo eles o de exploração e de fragmentação de terras. Com o apogeu na relação senhor e servo, foi mantido por muitos anos. Mas fatores como revoltas, guerras e o surgimento do comércio, levou esse sistema abaixo. Então no século XVI com a consolidação da monarquia e o adquirimento do caráter absolutista junto com o mercantilismo, tomou espaço como novo sistema econômico.
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