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O Desenvolvimento Econômico Brasileiro BRUM, Argemiro J

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BRUM, ARGEMIRO J. O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO / 
ARGEMIRO J. BRUM – 20 ED- IJUÍ: ED. UNIJUI, 1999. – 571 P. 2. 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
 FORMAÇÃO ECONÔMICA, POLÍTICA E SOCIAL BRASILEIRA 
 GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
 ALUNA: DÉBORAH GRACE DOS SANTOS SALES 
 
 
2.3 – A EVOLUÇÃO SOCIAL – E SEU CARÁTER INTEGRACIONISTA 
2.3.1 – A MESTIÇAGEM 
2.3.2 – A ESCRAVIDÃO 
- ESCRAVO AFRICANO 
2.4 – A EMANCIPAÇÃO POLÍTICA E A PERMANÊNCIA DA ESTRUTURA 
COLONIAL 
2.4.1 – OPORTUNIDADE PERDIDA 
2.4.2 – UMA ESTRELA NA ESCURIDÃO 
2.5 – OS PRECONCEITOS COLONIAIS 
2.6 – DEPENDÊNCIA ECONÔMICA E DEPENDÊNCIA CULTURAL 
 
1. Qual a pergunta central do texto? 
2. Qual a resposta o autor apresenta? 
3. Quais argumentos o autor utiliza para justificar sua resposta? 
 
 
 Como caracterizou-se a estrutura econômica (e social, por 
conseguinte) brasileira? 
 Segundo o autor, a estrutura econômica brasileira teve cinco pilares 
básicos, os quais a caracterizavam: produção primaria, destinada à exportação, 
realizada no latifúndio, por mão-de-obra escrava ou assalariados mal-pagos (sic), 
e com características de monocultura. 
 Um ponto explorado pelo autor já de início é a “gestação” do Brasil e 
como ela se deu. De acordo com o autor, “O Brasil, na sua gestação como povo 
e como cultura, resulta da confluência, do entrechoque, do caldeamento e da 
aculturação de três matrizes étnico-culturais básicas: o português, o índio e o 
negro” (p 140). O autor também cita a origem de Portugal – assim como Gilberto 
Freyre – como algo que influenciou na gestação do Brasil. No decorrer do capítulo, 
o autor discorre a respeito da mestiçagem – a qual foi influenciada por fatores 
políticos e econômicos, muitas das vezes. Brum fala a respeito dos tipos de 
mestiçagem e de como cada uma era vista. Algo importante de se ressaltar é o 
termo “filhos de ninguém”. Durante o processo de mestiçagem, acontecia o fato 
de muitos pais europeus (destacando portugueses) não reconheciam os filhos que 
tinham com as índias e com negras. Por conta disso, era como se a criança não 
tivesse pai. Outro ponto a ressaltar é o fato de os portugueses se aproveitarem 
das instituições sociais indígenas. Eles casavam-se com índias e assim eram 
como parte da tribo – por conseguinte, conseguiam proteção por parte dessa tribo. 
Ademais, o autor discorre a respeito dos tipos de escravidão - indígena e negra 
africana. Algo de suma importância que é frisado pelo autor é a consequência que 
a escravidão deixa – tanto para o escravizado e para o escravizador. As 
consequências deixadas são percebidas até os dias atuais. Uma das 
consequências é o “atraso” brasileiro. “O atraso do Brasil não advém do 
português, do negro, do índio ou da miscigenação. Resulta, isto sim, da 
escravidão e do papel que o país foi levado a desempenhar no sistema econômico 
internacional.” (p. 151). Além disso, o autor fala da dependência cultural e 
econômica do país. Ele frisa a famigerada “síndrome de vira-lata” que foi 
enraizada no povo. O de fora sendo o melhor, o clima dos outros lugares é melhor, 
a “raça” dos outros é melhor. Tudo que é de fora é bom e o nacional fica como 
algo marginalizado. Tal ponto de vista (triste e autodepreciativo) ainda é visto 
hodiernamente.