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Resumão de oclusão

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José - Oclusão 
RESUMÃO DE OCLUSÃO 
 
Conhecimento básico de oclusão e suas alterações são importantes p/ todas áreas 
da odontologia.  
 
O QUE A OCLUSÃO ENVOLVE? 
 
1. Músculos (diretamente e indiretamente relacionados com a mastigação);  
2. Dentes;  
3. Articulações temporomandibulares.  
 
CONCEITO 
 
Relacionamento fisiológico entre os dentes superiores e inferiores, em todas as 
posições e movimentos da mandíbula.  
 
ARCOS DENTAIS PERMANENTES 
 
1. FORMA DOS ARCOS DENTAIS  
 
Forma variável, estando relacionada 
com as disposições que apresentam 
três segmentos - anterior: C a C, e 2 
posteriores: pré-molar a 3º molar 
(bilateralmente).  
 
- Parabólica: curvatura relativa     
do segmento anterior, com discreta         
divergência dos segmentos     
posteriores 
- Triangular ou em "V": bastante         
curva e estreita no segmento anterior,           
com divergência dos segmentos       
posteriores 
- Ovóide: relativa curvatura do segmento anterior, com discreta convergência                 
na porção distal dos segmentos posteriores 
- Quadrada ou em "U": segmento anterior é quase reto, com pequena                     
curvatura na região dos Cs → aspecto reto dos segmentos posteriores 
 
 
 
 
 
 
 
José - Oclusão 
2. TAMANHO DOS ARCOS DENTAIS  
 
Os arcos apresentam duas       
dimensões/diâmetros: 
 
- Diâmetro longitudinal/sagital: medida     
da perpendicular entre a parte mais           
proeminente da face vestibular do incisivo           
central até a tangente que passa pelas faces               
distais dos 3º Ms 
- Diâmetro transversal: medida entre as         
faces vestibulares dos M (local onde ocorre             
maior distanciamento), maxila (1º ou 2º molar)             
e mandíbula (3º molar). 
 
A maior dimensão dos arcos corresponde ao 
sentido transversal, mas fatores extrínsecos 
(respiração bucal) e intrínsecos (perda 
precoce de dentes decíduos) podem interferir 
no tamanho.   
 
 
Arco superior > no diâmetro transversal, por isso que sobrepõe o arco inferior.  
 
Arco inferior > no diâmetro longitudinal. 
 
 
3. EQUILÍBRIO DOS ARCOS DENTAIS 
 
Existe um complexo sistema de forças que             
mantém a forma dos arcos dentais em equilíbrio,               
nos três planos espaciais: 
 
- Equilíbrio vestibulolingual: mantido pela       
contraposição de dois sistemas musculares: 
- Lábios (região anterior) ou       
bochechas (região posterior): empurram os         
dentes p/ lingual;  
- Língua: empurra os dentes p/         
vestibular. 
- Equilíbrio mesiodistal:  
- Há tendência do dente migrar p/           
mesial devido ao componente anterior das forças             
oclusais, que anulam no sentido anterior do arco;   
- Integridade do ponto de contato         
entre as faces proximais dos dentes e as fibras                 
José - Oclusão 
transeptais do ligamento periodontal: opõem-se a tendência da               
migração mesial dos dentes.  
- Equilíbrio oclusocervical:  
- Os dentes apresentam uma força de erupção contínua -> tende a                     
provocar sua extrusão no eixo longitudinal;  
- Importante p/ compensar o desgaste sofrido pelas faces oclusais;  
- Força inversa é fornecida pelo contato oclusal com os dentes                   
antagonistas, que estão contidos nos alvéolos, bloqueando a erupção                 
contínua.  
 
4. RELAÇÕES INTERPROXIMAIS NO ARCO DENTAL  
 
PONTO DE CONTATO (ÁREA DE CONTATO) 
 
Corresponde ao ponto no qual dois dentes vizinhos entram em contato, que é 
localizado nas faces proximais.  
 
À medida que os ocorre o desgaste natural dos dentes, o ponto de contato 
alarga-se e transforma-se em área de contato.  
 
LOCALIZAÇÃO  
 
Depende da forma do dente e das convergências de suas faces, geralmente:  
 
● Sentido vestibulolingual: terço vestibular e o médio da face proximal,                   
tendendo p/ o terço médio nos M;  
● Sentido cérvico-oclusal: terço oclusal e o terço médio, situando-se próximo à                     
crista marginal nos dentes posteriores.  
 
MANUTENÇÃO  
 
● Manutenção do ponto de contato: importante p/ o equilíbrio do arco dental                       
no sentido mesiodistal - facilita a transmissão das forças mastigatórias por                     
todo o arco;  
● Manutenção das fibras transeptais: dirigem-se do cemento de um dente ao                     
do vizinho, contribuindo p/ a aproximação recíproca entre eles.  
 
PERDA DO PONTO DE CONTATO  
 
● Alterações no tecido de suporte;  
● Migração e mau posicionamento de dentes no arco.  
 
REGIÃO INTERDENTAL  
 
Aquela que bordeja o ponto de contato entre as faces proximais dos dentes.  
 
José - Oclusão 
Pode ser dividida em:  
 
- Sulco interdental:  
- Localiza-se oclusalmente ao ponto de contato; 
- Possibilita que o excesso do bolo alimentar, durante a mastigação,                   
escape - p/ vestibular e/ou lingual.  
- Espaço interdental:  
- Localiza-se cervicalmente ao ponto de contato; 
- Ocupado pela papila interdental;  
- Manutenção do ponto de contato mostra-se fundamental p/ a                 
preservação da papila interdental, localizada logo abaixo dele. 
- Ameias interdentais:  
- Localizam-se vestibular ou lingualmente ao ponto de contato; 
- Ameia lingual costuma ser > que a vestibular, devido à convergência                     
das faces proximais dos dentes p/ lingual -> ponto de contato                     
localiza-se mais p/ vestibular, possibilitando que o arco dental se                   
curve mais nestas regiões; 
- Onde o arco dental é quase reto (regiões posteriores): ameias têm                     
aproximadamente o mesmo tamanho, e o ponto de contato localiza-se                   
no terço médio do dente. 
 
 
 
5. CURVAS DE COMPENSAÇÃO  
 
Arcos dentais são ligeiramente curvos.  
 
 
 
 
 
 
ARCO SUPERIOR   ARCO INFERIOR  
Convexo  Côncavo 
José - Oclusão 
CURVA DE SPEE / CURVA DE COMPENSAÇÃO SAGITAL (CURVA 
ANTEROPOSTERIOR)  
 
Traçando-se uma linha imaginária, que une o 
vértice da aresta distal da cúspide do C e as 
cúspides vestibulares de PMIs e MIs.  
 
Manutenção é importante nos movimentos 
anteroposteriores da mandíbula → possibilita 
adequado relacionamento entre os arcos.  
 
 
CURVA DE WILSON / CURVA DE COMPENSAÇÃO TRANSVERSAL (CURVA 
TRANSVERSAL) 
 
Resultante da inclinação lingual das coroas 
dos dentes inferiores posteriores.  
 
Estende-se bilateralmente, tocando as 
cúspides vestibulares e linguais. 
 
Manutenção é importante nos movimentos 
de lateralidade da mandíbula → a fim de 
tornar possível um adequado 
relacionamento entre os arcos 
 
ARCOS DENTAIS DECÍDUOS 
 
1. FORMA DOS ARCOS DENTAIS  
 
Disposição dos dentes decíduos na maxila e na mandíbula segue a forma 
aproximada de uma hemicircunferência. 
 
2. TAMANHO DOS ARCOS DENTAIS  
 
- Dimensão transversal é maior do que a longitudinal; 
- Arco decíduo superior > inferior longitudinalmente; já na dentição                 
permanente, ocorre o inverso. O arco superior ainda contém o inferior. 
 
3. RELAÇÕES INTERPROXIMAIS NO ARCO DECÍDUO 
 
Notam-se os diastemas, afastamentos entre os dentes, com ausência de contato 
interproximal entre dentes vizinhos.  
 
 
José - Oclusão 
 
 
DIASTEMAS 
 
- Aparecem devido ao crescimento       
maxilomandibular em torno dos 3 ou 4 anos               
de idade, com a finalidade de obter espaço p/                 
erupção dos dentes permanentes;  
- + visíveis na maxila e + frequente na               
região dos ICs.  
 
 
 
 
 
4. CURVAS DE COMPENSAÇÃO  
 
CURVAS DE SPEE  
 
- Não apresentam devido a inexistência da fossa mandibular e o discreto                     
tubérculo articular do osso temporal, não tornando necessária uma curva                   
de compensação como no arco permanente;  
- Inicia-se por volta dos 9 ou 10 anos de idade, na dentição mista,                         
completando-se aos 12 anos, após a erupção dos 2º MP e com a entradaem                             
função dos 1º MP, por meio do contato com seus antagonistas.  
 
RELAÇÕES MAXILOMANDIBULARES ESTÁTICAS 
 
Realiza-se o estudo das relações tanto de maneira estática quanto dinâmica: 
 
- Estudos estáticos contemplam a observação da mandíbula como alavanca,                 
das posturas mandibulares, das dimensões verticais, da sobremordida e da                   
sobressaliência;  
- Estudos dinâmicos, analisam-se os diversos movimentos realizados pela               
mandíbula (com ou sem contato entre os arcos). Podem-se ainda estudar os                       
movimentos limítrofes, bem como as suas relações com os movimentos da                     
articulação temporomandibular (ATM). 
 
MANDÍBULA COMO ALAVANCA  
 
Alavanca é um sistema planejado p/ superar resistência.  
 
Esforço aplicado em um braço é transmitido por meio do eixo de rotação (fulcro - 
ATM) p/ uma força de resistência no braço oposto.  
 
José - Oclusão 
Há 3 classes de alavanca, que variam segundo a disposição do fulcro e das forças 
de resistência e esforço.  
 
- Mandíbula é classificada como classe III, o fulcro está localizado em uma das                         
extremidades (ATM), a força de resistência em outra (dentes – existência de                       
bolo alimentar ou padrão de desoclusão anterior pelos Cs) e a força de                         
esforço entre ambas (músculos – masseter).  
 
POSIÇÕES OU POSTURAS MANDIBULARES  
 
Referências adotadas pelo complexo neuromuscular. 
 
Principais posições mandibulares: relação cêntrica, máxima intercuspidação 
habitual e cêntrica e posição postural ou de repouso. 
 
RELAÇÃO CÊNTRICA (RC) 
 
Posição na qual o conjunto côndilo-disco está na posição mais superior e anterior 
na cavidade articular – centrados e não forçados. 
 
- Posição que independe dos contatos oclusais; 
- Posição + musculoesqueleticamente estável ou fisiológica p/ a ATM;  
- Costuma ser observada na deglutição;  
- Não deve haver compressão das estruturas posteriores da ATM. 
 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA DA RC  
 
- Diagnóstico de problemas oclusais, disfunção da ATM;  
- Planejamento de tratamento de reabilitação oclusal.  
 
MÁXIMA INTERCUSPIDAÇÃO HABITUAL (MIH) / OCLUSÃO HABITUAL  
 
Posição em que há maior contato entre os dentes antagonistas.  
 
- A memória proprioceptiva desta posição de contato forma-se durante a                   
infância, estando permanentemente registrada no sistema nervoso; 
- Pode sofrer alterações provocadas por problemas oclusais, musculares e da                   
ATM, o que impossibilita sua reprodução clínica e inviabiliza sua referência                     
p/ tratamentos extensos de prótese; 
- Os côndilos não devem produzir tensão nas superfícies articulares nessa                   
posição funcional; 
- Situa-se em 0,3 a 1,2 mm anterior à posição de relação cêntrica (geralmente).  
 
MÁXIMA DE INTERCUSPIDAÇÃO CÊNTRICA (MIC) 
 
Em alguns casos, a posição de relação cêntrica pode coincidir com a MIH, sendo 
chamada de máxima intercuspidação cêntrica (MIC). 
José - Oclusão 
POSIÇÃO DE REPOUSO OU POSTURAL/OCLUSÃO FISIOLÓGICA ESTÁTICA (R) 
 
Posição de equilíbrio entre os músculos levantadores e abaixadores da mandíbula, 
capaz de vencer a gravidade e manter a boca fechada com um mínimo grau de 
atividade muscular. 
 
- Posição de relaxamento da mandíbula, na qual os dentes não estão em                       
oclusão, podendo-se observar um espaço entre os arcos, denominado por                   
espaço funcional livre:  
- Pode variar de 1 a 9 mm, apresenta em média em torno de 1 a 4 mm,                                 
com espaço funcional da fala (espaço fonético);  
- Não deve ser alterado em procedimentos de reabilitação.  
 
DIMENSÕES VERTICAIS 
 
Medidas verticais entre dois pontos na face (espinha nasal anterior e o mento), que 
avaliam no sentido vertical o relacionamento da mandíbula com a maxila. 
 
- Dimensão vertical de oclusão (DVO): quando os dentes estão em oclusão,                     
pode ser alterada pela ausência ou desgaste dos dentes posteriores; 
- Dimensão vertical de repouso (DVR): quando a mandíbula está em repouso e                       
não depende da existência dos dentes; 
- Espaço funcional livre: diferença entre as duas dimensões. 
 
Alterações na dimensão vertical podem causar sobrecarga e dificuldade p/ a 
realização de trabalhos de prótese.  
 
Aumento de dimensão vertical de oclusão pode ocorrer por extrusão ou 
sobrerupção de dentes posteriores ou por trabalhos de prótese.  
 
 
 
TRESPASSE VERTICAL (OVERBITE) E TRESPASSE HORIZONTAL (OVERJET) 
 
- Overbite: distância vertical entre as margens           
(bordas) incisais dos IS e II.  
- Overjet: ​distância horizontal entre a margem           
incisão do IS e a face vestibular do II.  
 
 
Em overbite, os dentes superiores encobrem cerca de ⅓ da face vestibular dos 
inferiores, surgindo o termo “sobremordida”.  
 
Em overjet, é visto que os dentes superiores localizam-se mais vestibularmente que 
os inferiores, sobressaindo, portanto, com relação aos inferiores.  
 
José - Oclusão 
RELAÇÕES MAXILOMANDIBULARES DINÂMICAS  
 
MOVIMENTOS MANDIBULARES  
 
- Abertura e fechamento: realizados em sentido superoinferior;  
- Protrusão e retrusão: realizados em sentido anteroposterior;  
- Lateralidade: realizada em sentido laterolateral;  
- Circundação: união dos três anteriores. Possível de realizar pela mandíbula.                   
Leva alguns autores a classificar a ATM como juntura triaxial.  
 
MOVIMENTOS DAS ATMs  
 
- Rotação, translação, transrotação, movimento de trabalho ou de Bennett e                   
movimento de não trabalho ou de balanceio. 
 
CORRELAÇÃO ENTRE OS MOVIMENTOS MANDIBULARES E OS 
MOVIMENTOS DAS ATMs 
 
P/ que a mandíbula realiza os movimentos citados anteriormente, é necessário que 
as ATMs também realizem seus movimentos.  
 
ABERTURA E FECHAMENTO  
 
- Rotação:​ abertura inicial e no fechamento em protrusão;  
- Transrotação: ​quando se realiza o movimento de abertura máxima da boca                     
e nos movimentos de abertura e fechamento a partir do repouso.  
 
PROTRUSÃO E RETRUSÃO  
 
- Translação:​ movimento anteroposterior (exclusivamente).  
 
LATERALIDADE  
 
- Movimento de trabalho (de Bennett): ​realizado pelo côndilo de trabalho; 
- Movimento de não trabalho (balanceio): realizado pelo côndilo de não                   
trabalho ou de balanceio.  
 
CIRCUNDAÇÃO 
 
- Típico durante a mastigação; 
- Ocorre uma mistura dos movimentos supracitados. 
 
MOVIMENTOS CONTACTANTES E NÃO CONTACTANTES 
 
Outra maneira de classificar os movimentos mandibulares.  
José - Oclusão 
 
- Movimentos contactantes: ​realizados com a manutenção de, pelo menos, um                   
contato oclusal entre os arcos superior e inferior, obtidos nos movimentos                     
de lateralidade e protrusão; 
- Movimentos não contactantes: ​não existe contato oclusal, há necessidade de                   
abertura bucal p/ realizar.  
 
O estudos dos movimentos contactantes é importante, pois, pode-se verificar 
características normais de oclusão. 
 
MOVIMENTOS CONTACTANTES DO LADO DE TRABALHO 
 
- Movimentos de lateralidade: ​considera-se o lado de trabalho aquele p/ o                     
qual a mandíbula se desloca na função mastigatória, mantendo contato                   
entre as cúspides dos arcos antagonistas; 
- Movimentos: ​desoclusão (dentes anteriores) e função (dentes posteriores); 
- Principais movimentos: ​desoclusão pelo C função em grupo posterior e                   
desoclusão em grupo pelos Cs e dentes anteriores.  
 
 
 
 
GUIA CANINA OU DESOCLUSÃO PELO CANINO  
 
Cs do lado de trabalho se tocam durante esse movimento 
contactante excêntrico, não ocorrendo toque dos dentes 
posteriores.  
 
 
 
 
 
DESOCLUSÃO EM GRUPO  
 
Os Cs se tocam junto com outros dentes anteriores (IL e/ou IC).  
 
FUNÇÃO EM GRUPO 
 
- Funçãoem grupo parcial: contato entre           
as vertentes de cúspides dos Cs e PMs no lado                   
de trabalho;  
- Função em grupo completa ou total:           
contato entre as vertentes de cúspides dos Cs               
e todos os dentes posteriores no lado de trabalho;  
- Contato entre as vertentes de cúspides de todos os dentes posteriores no                       
lado de trabalho, sem a participação dos Cs.  
José - Oclusão 
 
Todas as funções ocorrem em movimento excêntrico contactante.  
 
Ocorre desoclusão no lado contralateral ou de não trabalho.  
 
LATEROPROTUSÃO  
 
Movimento realizado no lado de trabalho por meio do deslize anterolateral da 
mandíbula.  
 
MOVIMENTOS (NÃO CONTACTANTES) DO LADO DE NÃO TRABALHO 
 
Não deve haver contato oclusal, o movimento de não trabalho deve ser não 
contactante.  
 
- Interferências oclusais: contatos no lado de balanceio que impedem um                   
movimento suave da mandíbula p/ o lado de trabalho, principalmente                   
quando chegam ao ponto de impedir o contato no lado de trabalho. 
 
Contatos em movimento de balanceiro apresentam possibilidade de causar maior 
mobilidade dental. 
 
MOVIMENTOS CONTACTANTES EM PROTRUSÃO 
 
 
 
GUIA ANTERIOR OU GUIA PROTRUSIVA  
 
Deslize dos dentes ânteroinferiores pela concavidade palatina dos 
supêroanteriores.  
 
Leva à desoclusão progressiva dos dentes posteriores. 
 
 
 
 
TOPO A TOPO  
 
No final do movimento da guia anterior, pode 
estabelecer uma relação de topo a topo.  
 
Margens incisais dos incisivos superiores contactam as 
dos inferiores.  
 
Descoclusão dos dentes posteriores.   
José - Oclusão 
 
Algumas pessoas têm o hábito funcional de deslocar a mandíbula p/ essa posição, 
a fim de cortar o alimento. 
 
PROTRUSÃO MÁXIMA (PM) 
 
Movimento contactante de protrusão ultrapassa a posição de topo a topo, indo 
até a protrusão máxima, ocorre trespasse dos incisivos inferiores com relação aos 
superiores.  
 
Avaliar sintomas de ATM, mas não adotado em função mastigatória normal  
 
MOVIMENTOS BORDEJANTES E 
INTRABORDEJANTES 
 
- Movimentos 
bordejantes/movimentos limite: a     
mandíbula alcança suas posições limite         
em qualquer direção, o que exige o             
máximo da ação muscular, ligamentar e           
articular;  
- Movimentos intrabordejantes:   
executados dentro dos limites dos         
movimentos bordejantes da mandíbula,       
ou seja, são os realizados         
rotineiramente, que não exigem ação         
máxima dos componentes do sistema mastigatório. 
 
ENVELOPE DE POSSELT  
 
Representação gráfica dos movimentos bordejantes e intrabordejantes da               
mandíbula nos três planos espaciais.  
 
1. Imagine que um lápis foi colocado entre os ICIs de um paciente;  
2. Peça que ele execute os movimentos mandibulares possíveis, partindo da                   
posição de repouso e terminando em fechamento em MIH;  
3. Os traçados realizados por esse lápis nos planos sagital, frontal e                     
transversal são registrados;  
4. Os pontos mais externos marcados são unidos, constituindo, então, os                   
movimentos limite (bordejantes), naquele plano.  
 
Os movimentos mais frequentemente realizados, sobretudo durante a 
mastigação, localizam-se no interior deste envelope, sendo chamados de 
movimentos intrabordejantes.  
 
 
José - Oclusão 
 
CONTATOS OCLUSAIS 
 
 
CÚSPIDES DE SUPORTE OU DE CONTENÇÃO CÊNTRICA  
 
Aquelas que ocluem com as cristas marginais e 
vertentes (planos inclinados) e as fossas centrais ou 
principais das faces oclusais opostas. 
 
São as cúspides palatinas dos MSs e PMSs e cúspides 
vestibulares dos MIs e PMIs.  
 
Os contatos com as superfícies oclusais devem ser 
estáveis e são responsáveis pela manutenção da 
DVO. 
 
 
 
TIPOS DE CONTATOS OCLUSAIS 
 
RELAÇÕES CÚSPIDE/FOSSA OU DENTE/DENTE  
 
Contato entre a cúspide de suporte e uma fossa no dente oposto - modo de 
contato oclusal bastante frequente e estável.  
 
- Ideal que tal contato se estabeleça em três pontos, nos planos inclinados                       
das vertentes internas e externas das cúspides, ​quando ocorre o chamado                     
tripoidismo (cúspide fica bastante estável na fossa).  
 
 
RELAÇÕES CÚSPIDE/CRISTA MARGINAL OU DENTE/DOIS DENTES  
 
Contato entre uma cúspide e as cristas marginais mesial e distal de dois dentes 
adjacentes - forma de contato oclusal, sobretudo em posteriores.  
 
José - Oclusão 
FACETAS DE DESGASTE FISIOLÓGICAS  
 
Desgaste observados na superfície esmalte dos dente (resultados de uso funcional) 
- evidência do contato dentário durante a mastigação.  
 
- Observadas nas vertentes de trabalho indicam certa harmonia na                 
orientação espacial  
 
VARIAÇÕES DE CONTATOS OCLUSAIS 
 
 
 
CÚSPIDE PENETRANTE 
 
Cúspide toca no sulco 
interdentário dos dentes 
antagonistas, levando ao efeito 
de cunha e abrindo o contato 
entre os dentes antagonistas 
nas faces interproximais.  
 
 
 
RELAÇÃO PONTA DE CÚSPIDE À VERTENTE OPOSTA  
 
Quando não ocorre tripodismo, uma cúspide pode 
contactar lateralmente uma vertente oposta, 
resultando em distribuição de forças com vetores 
horizontais, que são deletérios.  
 
- Tentar restabelecer o tripodismo, a fim de evitar 
as forças horizontais.  
 
 
 
 
 
RELAÇÃO VERTENTE-VERTENTE  
 
Às vezes, grande parte da vertente contacta grande 
parte da oposta, estabelecendo-se áreas de contato 
oclusal, em vez de pontos.  
 
- Ocorrem interferências laterais e tensão, 
José - Oclusão 
devendo ser corrigidos.  
 
 
RELAÇÃO TOPO A TOPO  
 
Cúspides de mesmo nome de contactam por meio de seus 
ápices (vestibulares com vestibulares).  
 
- Variação de contato oclusal, que precisa ser corrigida               
ortodonticamente, geralmente.  
 
 
 
FACETA DE DESGASTE PARAFUNCIONAIS  
 
- Hábitos parafuncionais (bruxismo excêntrico) produzem facetas de desgaste 
atípicas;  
- Pontas de cúspides dos CSs são mais comumente afetadas;  
- Casos mais avançados: observa-se desgastes + graves nos dentes. 
 
OCLUSÃO IDEAL 
 
Aquela que está presentes todos os dentes permanentes ocluindo de maneira 
saudável, estável e agradável, com variações na posição dentro dos limites 
normais.  
 
Não é exatamente uma oclusão perfeita, mas deve existir:  
 
- Oclusão cúspide-fossa ideal;  
- Contatos proximais adequados;  
- Saúde periodontal;  
- Integridade da ATM. 
 
CHAVES DE OCLUSÃO DE ANDREWS (1972) 
 
Regras de oclusão ideal. Tornou-se referências p/ finalização de tratamentos 
ortodônticos.  
 
CHAVE I | RELAÇÕES INTERARCOS  
 
- A cúspide MV do 1º MSP oclui no sulco MV do 1º MIP;  
- A crista marginal distal do 1º MSP oclui com a crista marginal mesial do 2 º                               
MIP;  
- A cúspide ML do 1º MSP oclui na fossa central do 1º MIP; 
José - Oclusão 
- A cúspide vestibular dos PMSs mantém uma relação cúspide-ameia com os                     
PMIs; 
- As cúspides linguais dos PMSs buscam uma relação cúspide-fossa com os                     
PMIs;  
- O CS tem uma relação cúspide-ameia com o CI e o 1º PMI. A ponta de sua                                 
cúspide apresenta-se ligeiramente mesial à ameia; 
- Os ISs sobrepõem-se aos IIs com as linhas médias das arcadas coincidentes. 
 
 
 
CHAVE II | ANGULAÇÃO DA COROA  
 
Todas as coroas apresentam uma angulação positivia (p/ mesial).  
 
- Angulação dos 2º MSs torna-se positiva após a sua irrupção completa;  
- 3º M não foram avaliados, por nem sempre estarem presentes.  
 
José - Oclusão 
 
CHAVE III | INCLINAÇÃO DA COROA  
 
- A maior parte dos ISs apresenta uma inclinação p/ vestibular. As inclinações                       
das coroas dos ICSs são mais acentuadas que as dos ILSs. Os IIs têm uma                             
inclinação ligeiramente lingual; 
- Os Cs e os PMs têm inclinações p/ lingual e muito semelhantes. As                         
inclinaçõesdos 1º e 2º MS também são p/ lingual e semelhantes, sendo                         
ligeiramente mais inclinadas do que as dos Cs e os PMs; 
- As inclinações das coroas dos dentes inferiores são progressivamente mais                   
p/ lingual desde os incisivos até os 2º MSs..  
 
José - Oclusão 
 
 
CLASSE IV | ROTAÇÕES 
 
O arco dental não deve apresentar dentes girados, com rotações. 
 
CHAVE V | CONTATOS JUSTOS  
 
Os pontos de contatos devem ser justos, exceto se houver discrepância no 
diâmetro mesiodistal da coroa. 
 
CHAVE VI | CURVA DE SPEE  
 
A curva de Spee apresenta profundidade que varia de um plano raso até uma 
superfície ligeiramente côncava. 
OCLUSÃO FUNCIONAL IDEAL 
 
Deve-se avaliar a oclusão de acordo com sua estética e funcionalidade. Uma                       
oclusão funcional ideal irá oferecer condições + favoráveis e > estabilidade do                       
sistema estomatognático p/ grande parte dos pacientes, apresentando as                 
características:  
 
- Côndilos centrados na cavidade articular  
- Contatos homogêneos e simultâneos de todos os dentes posteriores, com                   
contatos mais leves nos dentes anteriores; 
- Guia canina ou em grupo; 
José - Oclusão 
- Guia anterior; 
- Todos os contatos dentários exercem carga axial a partir das cargas                     
oclusais; 
- Ausência de contatos prematuros e interferências oclusais. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS MALOCLUSÕES - ANGLE, 1899 
 
Estudo nas baseado relações anteroposteriores entre a maxila e a mandíbula. que 
implica na existência de alguma maloclusão.  
 
- Não considera as discrepâncias nos planos vertical ou lateral, deixando de                     
informar problemas como sobremordida e atresia dos arcos;  
- Relações anteroposteriores entre a maxila e a mandíbula.  
 
CLASSE I (NEUTROCLUSÃO)  
 
Cúspide mesiovestibular do primeiro molar permanente superior oclui no sulco 
mesiovestibular do primeiro molar permanente inferior.  
 
- Lembrar que outras alterações de posicionamentos dentários podem estar                 
presentes, mantendo-se tal relacionamento de M;  
- Os pacientes apresentam perfil facial harmonioso, geralmente.  
  
CLASSE II (DISTOCLUSÃO)  
 
Sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior está distalizado com relação à 
cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior. 
 
- Relação distal do arco inferior com relação ao superior;  
- Os pacientes apresentam perfil convexo com bases ósseas normais ou                   
alteradas por protrusão maxilar e/ou retrusão mandibular, geralmente.  
 
 
 
 
DIVISÃO 1   DIVISÃO 2  
Incisivos superiores estão inclinados p/         
vestibular.  
ICSs estão verticalizados ou       
lingualizados, e os ILSs se inclinam p/             
vestibular.  
Clinicamente, os pacientes apresentam:  
 
- Maior trespasse horizontal;  
- Curva de Spee acentuada;  
Clinicamente, os pacientes apresentam       
maior trespasse vertical.  
José - Oclusão 
 
Quando a classe II ocorre unilateralmente, é considerada uma subdivisão, 
esquerda ou direita, dependendo do lado acometido. 
 
 
 
 
 
Classe II, divisão 1: os incisivos estão em labioversão                 
extrema ( ​A e ​B ​); classe II, divisão 2: os incisivos centrais                     
superiores estão em linguoversão e os laterais             
inclinam-se p/ vestibular ou p/ mesial (​C ​ e ​D ​). 
 
 
 
 
CLASSE III (MESIOCLUSÃO)  
 
Sulco mesiovestibular do primeiro molar inferior permanente está mesializado com 
relação à cúspide mesiovestibular do primeiro molar permanente superior. 
 
Os pacientes costumam apresentar:  
 
- Perfil côncavo;  
- Bases ósseas normais ou alteradas;  
- Retrusão da maxila e/ou protrusão da mandíbula.  
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DENTES PELO MAU POSICIONAMENTO 
INDIVIDUAL - LINSCHER, 1912 
 
Sufixo versão: direção de posicionamento do dente.  
- Arco superior transversalmente     
atrésico;  
- Desequilíbrio da musculatura.  
José - Oclusão 
 
 
 
PERDA OU AUSÊNCIA DE DENTES 
 
Pode interferir na harmonia oclusal. o que acarretar efeitos indesejáveis, como:  
 
 
- Migração dentária dos dentes       
vizinhos;  
- Extrusão do antagonista;  
- Abertura de contato interproximal;  
- Problemas periodontais;  
- Mobilidade dentária.  
 
 
INTERFERÊNCIAS OCLUSAIS/CONTATOS INCONSCIENTES 
 
Ocorrem quando há um contato que desloca a mandíbula de RC p/ MIH. Podendo 
existir outros contatos em lateralidade ou protrusão.  
 
Não importa a localização, as prováveis consequências são:  
 
DISTOVERSÃO  Distalmente em relação à posição 
normal 
MESIOVERSÃO   Mesialmente em relação à posição         
normal 
LINGUOVERSÃO  Girado lingualmente em relação à 
posição normal 
LABIOVERSÃO/BUCOVERSÃO  Direcionado p/ o lábio ou a bochecha 
INFRAVERSÃO  Acima da linha oclusal na maxila e 
abaixo na mandíbula 
SUPRAVERSÃO  Acima da linha oclusal na mandíbula e 
abaixo na maxila 
AXIVERSÃO  Inclinação axial incorreta 
GIROVERSÃO  Girado em torno de seu eixo 
TRANSVERSÃO  Ordem trocada no arco (transposição) 
José - Oclusão 
- Aumento no tônus muscular;  
- Incidência das forças mastigatórias em desarmonia com as superfícies                 
oclusais 
 
SOBREMORDIDA OU SOBRESSALIÊNCIA 
 
- Diretamente relacionadas com o desenvolvimento da oclusão e da função;  
- O grau de sobremordida ou overbite está relacionado com a extrusão ou                       
não dos incisivos, as alterações de padrão de crescimento, os movimentos                     
funcionais da mandíbula e outros fatores; 
- Sobremordida profunda:  
- Ocorre quando há sobreposição vertical excessiva dos incisivos;  
- Causas: 
- Resultado de sequência de erupção alterada;  
- Dimensão vertical posterior alterada;  
- Extrusão dos incisivos superiores e inferiores; 
- Padrões horizontais de crescimento.  
 
MORDIDA ABERTA  
 
Quando não ocorre contato dentário         
entre os dentes superiores e inferiores           
em determinada área.  
 
- Pode apresentar componentes     
dentários e/ou esquelético;  
- Mordida aberta anterior:     
alterações dentárias causadas por hábitos nocivos, como a sucção não                   
nutritiva (chupeta e dedos);  
- Mordida aberta posterior: frequência bem < anterior, estando, normalmente,                 
relacionada com hábitos nocivos (uso de cachimbo);  
- Mordidas abertas esqueléticas são causadas por padrões de crescimento                 
verticais, associadas a dimensões verticais aumentadas.  
 
MORDIDA CRUZADA 
 
Ocorre quando a relação normal vestibulolingual, ou transversal, entre os arcos 
superior e inferior sofre alteração. Pode ser anterior ou posterior (uni ou bilateral).  
 
- Mordida cruzadas posterior unilateral pode ser esquelética ou funcional                 
(adaptação funcional com desvio da mandíbula p/ um dos lados, de modo a                         
aumentar o conforto oclusal); 
- Causas: 
- Alteração na erupção dentária e sem discrepância óssea (mordida                 
cruzada dental);  
José - Oclusão 
- Hipodesenvolvimento/atresia da maxila ou mandíbula (discrepâncias           
no crescimento ósseo) → mordida cruzada esquelética - geralmente                 
associada.

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