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PAPER GERAL

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1 Leidiane Tavares da Cruz; Maria Estefânia Rodrigues de Sousa; Sabrina Penha Mesquita; Marcela Gomes da Silva;. 
2 Aretta Kelly de Sousa Pereira 
Centro Universitário Leonardo da Vinci- UNIASSELVI. Curso (PED2085). 27/11/2020 
OFICINAS PEDAGÓGICAS DIRECIONADAS AOS 
DISCENTES COM TRANSTORNOS GLOBAIS DO 
DESENVOLVIMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR 
 
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo² 
 
RESUMO 
As oficinas pedagógicas são instrumentos de intervenção educacional aplicadas através da 
ludicidade, a qual promovem atividades diferenciadas, dinâmicas e inovadoras que estimulam a 
interação e autonomia do discente. Pessoas com Transtorno Global de Desenvolvimento tem 
algumas dificuldades, tais como interação social, comunicação e comportamentais, e o Educador 
diante desses desafios, propõem essas atividades lúdicas, que devem ser planejadas desde o primeiro 
instante, através de temas geradores que despertem o interesse dos envolvidos, utilizando 
informações visuais e concretas, com o objetivo de manter o foco de atenção e garantir a interação 
dos mesmos. A diversidade escolar deve ser valorizada, ampliando as possibilidades de interação a 
todo o seu alunado no processo de ensino aprendizagem, independentemente de suas condições 
físicas, mentais, intelectuais ou sociais. A utilização das Oficinas Pedagógicas ampliam os horizontes 
norteadores dessa caminhada, pois estamos certos que toda criança aprende e se apropria do 
conhecimento, mas cada uma tem o seu tempo. O atendimento pedagógico direcionado deve utilizar 
estratégias que funcionem dentro da perspectiva inclusiva facilitando o processo educacional, 
exigindo do profissional aperfeiçoamentos através da formação continuada e juntamente com a 
comunidade escolar viabilizar acessibilidade, eliminar as barreiras existentes e promover a 
autonomia e independência de alunos com TGD. 
 
Palavras-chave: Oficinas Pedagógicas; Inclusão; TGD; 
1. INTRODUÇÃO 
O contexto escolar é desafiador, buscam continuamente intervenções estratégicas para 
aperfeiçoar as didáticas que promovem a construção do conhecimento, para um público bastante 
diversificado. Entre eles, encontramos Discentes com Transtornos Globais do Desenvolvimento-
TGD, que apresentam algumas dificuldades, tais como: interação social, concentração, variações na 
coordenação motora, aversão ao toque e aos sons, entre outros. A diversidade na sala de aula, 
necessita de abordagens que proporcione a participação de todos independente do nível de 
aprendizagem. 
Nas oficinas pedagógicas, a sala de aula se torna dinâmica e permite o sujeito a vivenciar e 
compartilhar experiências que embasarão os degraus do seu conhecimento, participando de forma 
ativa neste processo. Essa metodologia diferencia-se dos modelos convencionais e exige do 
profissional da educação uma formação continuada. 
Analisando o exposto acima, observamos a necessidade do Docente em elaborar atividades 
dinâmicas e inovadoras que facilitem o processo educacional dos Educandos com TGD e que as 
Oficinas Pedagógicas podem ser aliadas poderosas na missão de educar. Mas, qual a sua função no 
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desenvolvimento dos Discentes com TGD? Como elaborar um planejamento eficaz? Como devem 
ser as intervenções estratégicas do Docente? E quais são as perspectivas de inclusão através das 
Oficinas Pedagógicas? 
A presente pesquisa destacará os benefícios das Oficinas Pedagógicas para discentes com 
TGD e norteará a sua construção, desde do planejamento até a sua execução. Enfatizando que toda 
criança aprende e se apropria do conhecimento, pois se “não conseguem aprender do jeito que 
ensinamos, então ensinaremos do jeito que aprendem” (Ivar Lovaas) 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 A FUNÇÃO DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS NO DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS 
COM TGD 
A inclusão dos discentes com Transtorno Global do Desenvolvimento é um processo que 
necessita das observações das características e habilidades. Pois, na sala de aula regular, ele apresenta 
suas funções semelhantes, porém, com diagnósticos diferenciados. Observa-se que a maioria dos 
professores necessita de uma formação continuada para o devido ensino com qualidade dos 
educandos especiais na escola regular. E assim, estimule o papel democrático da escola para alcançar 
a todos os públicos que nela interagem. 
É importante, ressaltar a parceria da educação com área da saúde, para que os discentes com 
TGD possam receber os devidos cuidados na escola com reconhecimento das suas habilidades. 
Assim, chegando as Adaptações de Pequeno Porte para a total inclusão dos alunos com deficiência 
no espaço educacional. O trabalho tem como resultado levantar o papel do profissional da educação 
para a inclusão dos alunos com Transtorno Global do desenvolvimento que sofrem um processo lento 
de aprendizagem, pois a escola regular não disponibiliza de uma estrutura digna para o atendimento 
especializado de acordo com a necessidade de cada educando que é inserido no ambiente educacional 
público, por muitas vezes, essas crianças e jovens fazem apenas parte de uma estrutura que 
aparentemente é inclusiva. Pois, as atividades em sala de aula são desenvolvidas sem quaisquer 
adaptações necessárias para a participação e fomentação do aprendizado e crescimento do aluno com 
deficiência. 
 Segundo a Declaração de Salamanca de 1994: 
Princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender 
juntas, sempre que possível, independentemente de quaisquer dificuldades ou 
diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder às 
necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de 
aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos através de um 
currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e 
parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma continuidade de 
serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades especiais encontradas 
dentro da escola (UNESCO, 1994, p.5). 
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O conceito de escola inclusiva refere-se ao direito de todos à educação, independentemente 
de suas condições físicas, psíquicas, financeiras, de raça e gênero. Dessa forma, também podemos 
afirmar que a inclusão vai muito além de incluir somente pessoas com deficiência, pois buscamos 
incluir a todos e todas com diferenças. 
 A sala de aula inclusiva propõe um novo arranjo pedagógico: diferentes dinâmicas e 
estratégias de ensino para todos, e complementação, adaptação e suplementação curricular quando 
necessários. A escola, a sala de aula e as estratégias de ensino é que devem ser modificadas para que 
o aluno possa se desenvolver e aprender. Deparamo-nos então com alguns desafios, como 
desenvolver práticas pedagógicas voltadas aos alunos com necessidades especiais. Muitos 
sentimentos nos invadem, como as dúvidas, ansiedade, insegurança, enfim, impotência diante da nova 
situação que nos leva a seguinte indagação: Como fazer para que aquele aluno aprenda? É aí que 
entram as oficinas pedagógicas com diversas atividades como por exemplo pareamento de letras, 
conceito matemático, linguagem, motricidade com quebra cabeças etc... Para favorecer a efetiva 
participação e integração de aprendizes com necessidades educativas especiais é necessária a seleção, 
adaptação e utilização de recursos materiais tanto para desenvolver suas habilidades perceptivas – 
seja tátil, auditivos ou visuais – como para construir estratégias de conhecimento a fim de desenvolver 
o processo cognitivo desses sujeitos. Nessa perspectiva, Sartoretto afirma que: 
Uma nova escola é perfeitamente possível, porque muitos são os professores que, apoiados 
pelas famílias e assessorados por seus diretores e supervisores, estão acreditando em outros 
modos de pensar a educação e de fazê-la acontecer na sala de aula, em que cada um tem a 
sua identidade respeitada e velhas práticas possamser transformadas em novas oportunidades 
de aprendizagem, para todos os alunos, mais ou menos deficientes. (2006, p.81) 
 Todavia Educação inclusiva, é necessário refletir sobre as questões de uma escola de qualidade 
para todos, incluindo alunos e professores, através da visão ideológica de realidade construída por 
aqueles que são responsáveis pela educação. 
 
 
 
 
2.2 PLANEJAMENTO, UM ALIADO INDISPENSÁVEL PARA EFICÁCIA DAS OFICINAS 
PEDAGÓGICAS 
É papel da escola junto à orientação familiar, estabelecer condições que propiciem aos alunos 
com necessidades especiais a efetivação da sua aprendizagem e sua inclusão na sociedade. 
Considerando esta questão, ao fazer a modelagem de um ambiente com fins educacionais deve-se 
primeiramente procurar conhecer as especificidades das turmas, para descobrir qual mecanismo será 
apropriado para cada aluno, para então projetar atividades que contemplem estas necessidades. 
Um ponto a ser destacado em relação ao comportamento dos TGDs, é a questão da tolerância 
frente às atividades a serem executadas e o tempo necessário para desenvolvê-las. Eles apresentam 
também uma insistência em repetir as tarefas, o que leva a uma resistência em relação a mudanças de 
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rotina, e contribuir para a inserção social desses alunos, uma vez que os conhecimentos elaborados 
na escola são ferramentas necessárias ao desenvolvimento do sujeito. 
No papel de educador, o professor deve assumir a condição de pesquisador, não como um 
profissional da pesquisa, mas um profissional da educação que esteja atento às necessidades dos 
alunos, às tecnologias disponibilizadas, aos recursos pedagógicos, às inovações e reformas 
educacionais, às legislações, aos movimentos científicos da área, aos problemas sociais. É necessário 
pensar numa escola que seja centro irradiador de conhecimento, de professores-educadores, 
investigadores, comunicadores, articuladores, mediadores; alunos pesquisadores, produtores de 
conhecimento e conhecedores de seu papel social; a educação deve ter como objetivo o 
desenvolvimento do potencial criativo e preparar os indivíduos para a convivência harmônica em 
sociedade. 
Conhecer e compreender a importância do planejamento de atividades para os alunos de TGD 
é essencial e considerável que usem bastante a forma de jogos. Trata-se de um conceito muito rico e 
amplo, o que torna difícil sua categorização, mas se reconhece o seu valor funcional e, 
consequentemente, sua importância para o desenvolvimento e crescimento do sujeito, pois 
o jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e 
determinados limites de tempo e de espaço, segundo regras livremente consentidas, 
mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um 
sentido de tensão e de alegria e de uma consciência de ser diferente da “vida cotidiana” 
(HUIZINGA, 2000, p. 33). 
É importante ressaltar que grande parte dos recursos utilizados nas oficinas, é fundamental, 
pois o mesmo possibilita a relação entre a teoria e a prática na formação do professor, a fim de 
aproximá-lo do contexto escolar e assim entender não só o lado teórico, mas principalmente a prática, 
uma vez que a mesma é de extrema importância na vida profissional do futuro professor. Durante as 
oficinas devem ser utilizados diversos recursos como jogos e instrumentos mediadores. 
Algumas atividades propostas: realização de pinturas e desenhos utilizando tinta guache, 
lápis de cor e pincel; colagem com papel crepom; musicoterapia, utilizando músicas infantis; 
utilização de brinquedos educativos como quebra cabeça, lego e jogo da memória para estimular o 
raciocínio; uso da bola de borracha para estimular a confiança e o equilíbrio; utilização da árvore 
sensorial com diversas texturas; uso da estratégia do “faz de conta”, para estimular a imaginação da 
criança autista, pois esta percebe com mais facilidade o concreto. 
 
 
2.3 INTERVENÇÕES ESTRATÉGICAS DO DOCENTE 
Diante da respectiva, a escola deve se adequar com recursos pedagógicos e serviços de apoio 
especializados que facilitem a aprendizagem de todos em classes regulares. 
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Partindo deste fato, busca-se traçar estratégicas de ensino com o aluno apresentando TGD-
Transtorno Global do Desenvolvimento que abrange um comprometimento leve e global do 
desenvolvimento caracterizados por dificuldades de interação social recíproca, oralidade e atividades 
que não sejam satisfatórias aos critérios a um TGD específico D`Antino(2008). 
Foi usado como metodologia a abordagem sócio interacionista de Vygotsky, propondo 
possibilidades de aprendizagem que alcançaram os objetivos propostos e favorecem resultados 
significativos no processo de interação e aprendizagem através da Ludicidade, como exercer 
atividades de hábitos de vida diária com autonomia e estabelecer contatos sociais, bem como 
expressar através de movimentos gestuais e corporais. 
Conhecer e desenvolver os hábitos de vida diária dos educandos, interagindo com colegas e 
professores a partir de brincadeiras lúdicas, assim desenvolvendo a autonomia na rotina escolar e 
expressando sentimentos e emoções através dos movimentos corporais e cantigas com gestos. 
No entanto, por se tratar da interação de alunos com TGD, alguns cuidados específicos são 
necessários para que possam acontecer de fato e a excelência do trabalho possa contribuir de forma 
significativa para o desenvolvimento dos alunos com TGD. 
As estratégias pedagógicas correspondem aos diversos procedimentos planejados e 
implementados por educadores com a finalidade de atingir seus objetivos de ensino. Elas envolvem 
métodos, técnicas e práticas explorados como meios para acessar, produzir e expressar o 
conhecimento. 
O ponto de partida deve ser o próprio estudante. É preciso empenhar-se em conhecê-lo bem. 
Partir do seu repertório e dos seus eixos de interesse torna o processo de ensino-aprendizagem muito 
mais espontâneo, prazeroso e significativo. Uma dica é se perguntar com frequência: o que cada um 
deles sabe sobre o conceito a ser trabalhado? Como seus interesses podem ser explorados como 
facilitadores do ensino de cada conteúdo? 
Vale ressaltar a importância de se observar as barreiras existentes e investir na diversificação 
de estratégias pedagógicas. O profissional de atendimento educacional especializado (AEE) tem o 
papel de colaborar com esse processo. Professores criativos ou que já tenham experiência com 
inclusão de estudantes com deficiência também podem ser bons parceiros. 
Durante muito tempo, acreditou-se ser possível generalizar as características das pessoas e, 
assim, padronizar estratégias pedagógicas a partir de um mesmo quadro diagnóstico. Atualmente, 
sabemos que essa noção é, no mínimo, simplista. Ainda que apresentem pareceres diagnósticos 
absolutamente iguais, duas pessoas podem reagir às mesmas estratégias de maneiras totalmente 
distintas. Não há, portanto, “receitas prontas” ou manuais de atividades ideais, indicando exatamente 
como ou o que trabalhar com um aluno com esse ou aquele diagnóstico. E isso não se aplica somente 
a pessoas com alguma deficiência. 
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3.MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Para realizarmos esta pesquisa fizemos consultas bibliográficas, analisamos o vídeo Trabalho 
remoto com alunos com TGD?TEA, exploramos diversos artigos científicos, Blogs, e encontramos 
o site Diversas, riquíssimo em estratégias inclusivas que nos norteou na construção deste artigo. Esses 
materiais fomentaram nossa fundamentação teórica, que se constitui através de observações e 
comparações desses materiais. De acordo com Gil (2002,p.44) “a pesquisa bibliográfica é 
desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos 
científicos. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. 
Nosso objetivo foi de se apropriar de embasamentos teóricos que justificassema análise 
realizada, resultante desse trabalho, o qual utilizamos o método descritivo. 
O processo descritivo visa à identificação, registro e análise das características, fatores ou 
variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo. Esse tipo de pesquisa pode ser 
entendida como um estudo de caso onde, após a coleta de dados, é realizada uma análise das 
relações entre as variáveis para uma posterior determinação do efeitos resultantes em uma 
empresa, sistema de produção ou produto (Perovano, 2014). 
 As oficinas pedagógicas para discentes com Transtornos Globais do Desenvolvimento, 
devem ser planejadas de forma flexiva, sendo adaptadas e se necessário mudada para alcançar os 
objetivos traçados. Utilizar temas geradores de acordo com o interesse do aluno para manter o foco 
da atenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imagem retirada da internet, disponível em http://www.educacao.am.gov.br/escola-estadual-manoel-marcal-atende-alunos-com-
deficiencia-e-transtornos-globais-do-desenvolvimento-de-maneira-diferenciada/ 
Figura 1: Metodologia diferenciada para alunos com transtornos globais do desenvolvimento de 
maneira diferenciada 
 
https://amzn.to/2IjJJl8
http://app.na.readspeaker.com/cgi-bin/rsent?customerid=19&lang=pt_br&readid=noticia_speaker&url=http%3A%2F%2Fwww.educacao.am.gov.br%2Findex.php%3Fp%3D10721
http://app.na.readspeaker.com/cgi-bin/rsent?customerid=19&lang=pt_br&readid=noticia_speaker&url=http%3A%2F%2Fwww.educacao.am.gov.br%2Findex.php%3Fp%3D10721
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Na figura acima o Educador trabalha dentro das limitações de cada sujeito, observando a 
necessidade específica de cada um. Explora a temática com informações visuais e concretas, 
utilizando a ludicidade como estratégia de intervenção. 
 
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Cabe ressaltar que o objetivo geral que norteou a pesquisa foi discutir e analisar as concepções 
e o processo de inclusão de discentes com TGD nas oficinas pedagógicas, e quais seriam as 
intervenções estratégicas para promover essa interação. 
 As partir dos resultados obtidos, podemos observar que há ainda muito por se discutir, 
analisar e pesquisar sobre TGD, nossa preocupação em analisar esse processo é aperfeiçoar as 
didáticas para que cada discente, independentemente de suas dificuldades se aproprie do 
conhecimento através de experiências coletivas, num ambiente aberto e dinâmico. 
 Julgamos que o trabalho foi concluído politicamente, destacando o grande desenvolvimento 
e aprendizado para a equipe, enfatizando que o sujeito com Transtornos Globais do Desenvolvimento 
são capazes de exercer sua autonomia, assim como qualquer outra pessoa. 
 
5. CONCLUSÕES 
 Pensar em Transtorno Globais do Desenvolvimento e no modo de como eles constroem seu 
conhecimento, nos revela várias questões que perpassam o meio social e a forma como 
compreendemos o mundo. A sociedade estabelece um padrão de indivíduo e tenta enquadrá-los nesse 
padrão. Cada pessoa é um ser único dotado de singularidades e potencialidades a serem descobertas. 
Assim, a aprendizagem deve ser também diferenciada, configurada em um ambiente estimulador, de 
interação com outros colegas, tornando-os todos participativos. 
 A oficina pedagógica consegue favorecer essa interação, no qual o aluno é um ser que descobre 
e constrói seus conhecimentos. Porém, após a realização da pesquisa foi possível verificar que ainda 
há falhas a respeito da inclusão. É necessário aprimoramento nos sistemas educacionais, ações 
coletivas junto a frentes políticas e capacitação profissional. Além disso, a educação inclusiva deve 
ser vista como uma tarefa comum, na qual diferentes participantes têm um papel e responsabilidades 
que cumpre. A ideia de que os professores têm que cumprir seu papel inclui o acesso a uma 
organização que facilite a comunicação e o trabalho em equipe entre os diferentes profissionais e 
ofereça oportunidades de desenvolvimento profissional permanentes. 
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 Para atender a criança com TGD, são necessários métodos e técnicas adaptadas para que a 
inclusão aconteça. Um planejamento sistematizado em que as brincadeiras e jogos sejam aplicados 
constantemente ajudando os alunos a reconhecerem o mundo ao seu redor que favoreça a interação 
entre os pares. 
 A pesquisa confirmou a necessidade de um ambiente lúdico não só para atender aos alunos 
com necessidades educativas especiais, mas a todos os alunos, independentemente da realidade 
econômico, social ou racial, ou maturacional. Ainda há um longo caminho a percorrer para garantir 
que cada criança com desenvolvimento atípico seja vista em sua singularidade e adquira autonomia. 
 A escola é uma instituição formal que deve promover orientações para as famílias a fim de 
garantir seus direitos e promover a independência dos indivíduos com necessidades educativas 
especiais. Daí a importância do professor ressignificar a sua prática docente, revisar suas concepções, 
pois está sempre a influenciar os alunos, uma prática pedagógica reflexiva com vistas as 
especificidades do aluno. Elaborar aulas dinâmicas tendo o aluno como foco norteador de suas ações. 
 Enfim, um planejamento didático voltado para a motivação constante e só pode acontecer se 
as atividades lúdicas estiverem presentes no dia-a-dia do professor. Alguns fatores devem ser 
considerados na elaboração do planejamento pedagógico: organizar o tempo, propor atividades que 
estejam de acordo com a faixa etária dos alunos, definir as áreas a serem trabalhadas e demais 
atividades de rotina. Assim, é possível ter um novo olhar na aprendizagem das crianças TGDs, com 
a utilização adequada dos jogos, desenvolvendo atividades lúdicas prazerosas que motivem e ativem 
a aprendizagem. 
 Considera-se, então, que é, de fato, importante levar em conta as especificidades e 
particularidades dos sujeitos, pois são essas diferenças que devem instigar a reflexão. É preciso 
esforços para romper as barreiras, eliminar preconceitos e garantir o direito à educação de qualidade 
e reconhecimento das diferenças. Ao finalizar esta investigação sobre a importância da ludicidade 
no desenvolvimento de crianças com transtornos Globais, o objetivo geral foi cumprido. Mesmo 
existindo grande quantidade de documentos com atividades recomendadas e materiais diferentes e 
inovadores, se faz necessário considerar as especificidades do aluno. Espero que este projeto consiga 
motivar mais professores a utilizar as oficinas pedagógicas como ferramenta de trabalho, 
beneficiando o desenvolvimento da criança, reduzindo as dificuldades nas diferentes áreas e 
desenvolvendo habilidades necessárias de modo atrativo, obtendo como resultado mais 
aprendizagens significativas, melhorando sua qualidade de vida. 
 
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REFERÊNCIAS 
ASSUMPÇÃO, F. B. Psicose: crítica dos conceitos. Revista de Neuropsiquiatria da Infância e 
Adolescência, v.1, n. 2, p.13-18, 1993. 
DIVERSAS. Estratégias Pedagógicas Disponível em: https://diversa.org.br/educacao-
inclusiva/como-transformar-escola-redes-ensino/estrategias-pedagogicas. Acessado dia 04/12/2020 
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 
2000. 
JORNADA INCLUSIVA. Trabalho remoto com alunos com TGD?TEA Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=RJ63_PFstFo Acessado dia 26/11/2020 
SARTORETTO, Mara Lúcia Madrid. Inclusão: Teoria e prática. III Seminário Nacional de 
Formação de Gestores e Educadores: Ensaios pedagógicos - Educação inclusiva: direito a 
diversidade. Ministério da Educação. Secretaria de educação Especial. Brasília. 2006. 
TEIXEIRA, G. Manual do Autismo. Rio de Janeiro: Best Seller, 2016. 
TENGAN, S. K.; MAIA, A. K. Psicoses funcionais na infância e adolescência. Jornal de 
Pediatria, v. 80, n. 2, 2004. 
 
https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/como-transformar-escola-redes-ensino/estrategias-pedagogicas.%20Acessado%20dia%2004/12/2020https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/como-transformar-escola-redes-ensino/estrategias-pedagogicas.%20Acessado%20dia%2004/12/2020
https://www.youtube.com/watch?v=RJ63_PFstFo

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