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Avaliação 2 - produção de textos acadêmicos

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Universidade Veiga de Almeida
Curso de Letras - Português e Inglês 
Aluna Jéssica Fioravante
Disciplina: Produção de textos acadêmicos
Avaliação 2 – Trabalho da Disciplina
A fragmentação do sujeito pós-moderno diante das redes sociais
Durante o último século, a humanidade vivenciou o maior desenvolvimento tecnológico da história. Muitas coisas foram criadas para facilitar e deixar a vida cotidiana mais confortável. Carros cada vez mais equipados, eletrodomésticos, computadores, tudo isso foi criado para facilitar bastante o dia a dia dos indivíduos da era pós moderna. Nesse ínterim, também podemos destacar a criação da Internet e das redes sociais. Como resultado do avanço tecnológico e da globalização, não se pode negar que houve uma mudança de pensamento dos indivíduos diante de tantas transformações ocorridas em um espaço de tempo.
O indivíduo, até então, era visto como homogêneo, sólido, conciso. Porém, devido a estudos pós-modernos, houve uma percepção diferenciada da construção do indivíduo e percebeu-se a fragmentação. O sujeito pode-se entender um indivíduo com incoerências, contradições, não sendo tratado como uma coisa unificada como era nos tempos modernos. Maffesoli (2005) identifica que na pós-modernidade os sujeitos se definem através das identificações que possuem com determinados gostos e interesses. Para Maffesoli (2005), a identidade não é mais única e imutável baseando-se em um único posicionamento cultural. 
Isso tudo se deu, em grande parte, devido às redes sociais. O sujeito agora sofre influências, e se transforma, mostrando a fragilidade pela qual sua personalidade é baseada nesses tempos pós-modernos. Pelo advento das redes sociais, o indivíduo troca e se transforma, passeando por diversas personalidades e pontos de vista diferentes. Tudo é mais fluido e não há comprometimento com nenhum tipo de posicionamento. A identidade passa a ser algo em constante construção e transformação.
 Diante das redes sociais, o indivíduo pode escolher a identidade que deseja transparecer. No ambiente online, é livre a maneira como o sujeito se expressar, por isso, é escolhido como ambiente de construção da própria personalidade. Isso pode se tornar superficial e fútil, devido ao fato que, muitas pessoas utilizam as redes apenas como forma de ostentação e para criar uma imagem própria que muitas vezes não condiz com a realidade. Além disso, muitas vezes pode parecer superficial as relações criadas nas redes, já que muitas são criadas e mantidas apenas nesse ambiente e não são trazidas para o “mundo real”.
Mas, não há como negar que a internet e as redes sociais contribuíram para ampliar discussões de temas relevantes e atuais como política, racismo, preconceitos, feminismo, injustiças e a busca por uma sociedade mais igualitária. Foi através das redes que pessoas puderam se posicionar sobre esses temas e, de certa forma, trazer relevância a outros que antes não era possível ou viável. É possível observar esse fenômeno observando a força do movimento Black Lives Matter, em que houve uma mobilização praticamente mundial, para defender um tema tão importante quanto racismo. E também, no movimento criado pela ONU, o ElesPorElas, aonde defende o empoderamento feminino e a igualdade de gênero.
Se por um lado as redes sociais permitiram ampliar a discussão de temas importantes como política racismo e preconceitos em geral, por outro, indivíduos mal intencionados puderam se aproveitar das redes para, através do anonimato, despejar seus pensamentos, na maioria das vezes, cheios de ignorância e ódio. É possível perceber uma crescente tendência ao cyberbullying e a “cultura do cancelamento”, aonde milhares de indivíduos se unem com o objetivo de “cancelar” outro. O resultado desse movimento pode ser desastroso para aquele que está sendo atacado, podendo deixar sequelas psicológicas inimagináveis, medos e gatilhos para o resto da vida. 
Portanto, com a internet e as redes sociais, os indivíduos tem nas mãos uma poderosa arma, aonde é possível ajudar e fazer o bem e também destruir um sujeito. É preciso que o sujeito pós-moderno entenda as consequências de seus atos e perceba que a internet é local aonde outras pessoas também estão. Apesar de não parecer, são pessoas atrás das fotos e avatares. E é preciso entender que toda ação tem uma consequência.

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