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A identificação da maioria das endocrinopatias se dá pela observação de lesões simétricas bilaterais, normalmente alopécicas, com espessamento da pele, de maneira similar ao que ocorre em doenças alérgicas (Malassezia pachidermatis), hiperpigmentação com liquenificação. A histopatologia é um exame complementar muito importante no diagnóstico de dermatopatias. O que comumente se observa é: ✓ hiperqueratose ✓ dilatação ✓ queratose ✓ atrofia folicular ✓ telogenização dos folículos capilares (o pelo “morre”) ✓ melanose epidérmica ✓ atrofia de glândulas sebáceas HIPOTIREOIDISMO Em cães e gatos a anatomia da tireoide difere pela ausência do istmo. Todo o iodo ingerido pela alimentação passa pela tireoide e será empregado na síntese da iodotirosina e, posteriormente, dos hormônios T3 e T4. Esses hormônios ativam o metabolismo celular e aumentam o consumo de lipídeos (lipólise). É a doença endócrina mais comum e pode ser natural ou iatrogênica. É rara nos gatos (hipertireoidismo é mais frequente em felinos). A fisiopatogenia do hipotireoidismo está associada a uma tireoidite linfocítica imunomediada ou a uma necrose e inflamação idiopática da glândula. ▪ O cão hipotireoideo tem o costume de buscar calor, pela falha termogênese de seu organismo → “heat sicker” Fêmeas são mais predispostos em relação a machos, bem como animais submetidos a orquiectomia ou OSH. Isso está associado à ação lipolítica dos hormônios sexuais. A incidência é maior em cães de meia-idade, entre 4 e 6 anos, de raças grandes ou gigantes (Golden retriever, labrador, Old English Sheep Dog, Pastor Alemão). • Desaceleração da taxa metabólica basal e acúmulo de gordura Suas manifestações são variáveis, mas há um conjunto de sinais clínicos clássicos no hipotireoidismo. Sinais clínicos: letargia, depressão, intolerância ao exercício, intolerância ao frio, olhos secos, expressão trágica na face, ganho de peso, infertilidade, diminuição da libido e anestro, galactorreia (pseudociese), alteração dos hormônios sexuais. Anemia e distúrbios de coagulação, depósito de lipídeos na córnea e ceratoconjuntivite seca. Manifestações cutâneas: quadro alopécico simétrico (com aspecto de cauda de rato), que tende a ser no tronco, poupando extremidades, seborreia, pele seca, pelos secos e quebradiços, piodermites e otites secundárias (22% dos casos), demodicose. Diagnóstico: solicitar a mensuração de T3 e T4 séricos (baixos níveis indicam hipotireoidismo), além da medição de TSH (deve estar aumentado), hipercolesterolemia, aumento de CK, hemograma com anemia normocítica e normocrômica não-regenerativa, mensuração de anticorpos contra a tireoglobulina T3 e T4, biópsia da tireoide e cutânea.
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