Buscar

Interações medicamentosas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Interações Medicamentosas
Um dos fatores que pode alterar a resposta aos fármacos é a administração concomitante de dois ou mais fármacos. Vários mecanismos explicam como esta interação pode ocorrer:
Farmacocinéticos = um afeta a absorção/distribuição/concentração plásmatica do outro.
Farmacodinâmicos = um interfere no outro no local de ação/molécula alvo.
Ou interações combinadas.
Idosos = polifarmácia – uso concomitante de 5 ou mais fármacos
	Fármaco A
	+
	Fármaco B
	=
	Resultado
	Interação
	2
	+
	3
	=
	5
	Aditivo
	2
	+
	3
	=
	20
	Sinérgico
	0
	+
	3
	=
	15
	Potencialização – A aumenta o B
	2
	+
	3
	=
	1
	Antagonismo
	2
	+
	(-2)
	=
	0
	Antagonismo
Efeito aditivo: soma dos dois fármacos é igual a soma dos seus efeitos isolados.
Potencialização: fármacos com diferentes efeitos, sendo que um potencializa o outro.
Sinergismo: efeito resultante é maior do que os efeitos isolados.
Veja estas interações:
O propranolol (beta bloqueador) inibe a CYP1A2, enzima que é responsável pelo metabolismo da agomelatina (antidepressivo), ocorrendo o aumento do efeito da agomelatina. Esta interação é um ótimo exemplo de potencialização.
Tanto a carbamazepina como o alprazolam são depressores do SNC, mas a primeira diminui a concentração plasmática do segundo, este é um exemplo de antagonismo farmacocinético. 
A lisdexanfetamina se torna ativa apenas após a reação de metabolismo (na qual é convertida em D-anfetamina). A interação entre a lisdexanfetamina com uma substância que acelere o seu metabolismo é um bom exemplo de potencialização. A interação entre a lisdexanfetamina e uma substância que iniba o seu metabolismo, é classificada como antagonismo.
O álcool e o paracetamol são hepatotóxicos. No alcoolismo ocorre aumento do efeito hepatotóxico do paracetamol. Esta interação você pode classificar como sinergismo.
A ciclosporina é usada como inibidor da resposta imune em transplantados. A carbamazepina é um fármaco anticonvulsivante que também tem emprego na terapia do transtorno de humor bipolar. A ciclorporina reduz o metabolismo da carbamazepina, esta interação você a classifica como potencialização (pq aumenta o efeito da carbamazepina, reduzindo o metabolismo). A carbamazepina aumenta o metabolismo da ciclosporina, tem-se a interação antagonismo farmacocinético (fazendo com que diminua o efeito da ciclosporina).
A administração de cloreto de amônio ou de fosfato de sódio por via endovenosa é capaz de acidificar a urina. A lisdexanfetamina, fármaco estimulante do SNC é excretado mais rapidamente quando a urina está mais ácida. A interação entre as lisdexanfetamina e os sais é um ótimo exemplo de antagonismo farmacocinético (pq acelera a excreção). 
A levomepromazina é um fármaco antipsicótico típico. A metoclopramida é usado na terapia de náuseas e enjoos (Plasil®). Tanto a levomepromazina como a metoclopramida são capazes de provocar síndrome extrapiramidal. Esta interação deve ser evitada, pois aumenta o risco de síndrome extrapiramidal. Esta interação é um ótimo exemplo de sinergismo.
A lamotrigina é um fármaco anticonvulsivante e a quetiapina é um antipsicótico atípico. A lamotrigina é capaz de diminuir a concentração plasmática da quetiapina. Esta interação é classificada como antagonismo farmacocinético.
A fluvoxamina é um fármaco antidepressivo, dentre os seus efeitos colaterais menos frequentes está a hemorragia gástrica. O AAS (ácido acetil salicílico) é um fármaco anti-inflamatório inibidor da síntese de mediadores de inflamação, esta inibição ocorre pela inibição das ciclo-oxigenases (1 e 2), esta ação pode provocar um de seus efeitos colaterais: hemorragia gástrica. Esta interação deve ser usada com cautela porque pode haver hemorragia gástrica. Esta interação você a classificaria como aditivo.
Tipos de antagonismo: uma substância que afeta o efeito da outra. Agonista e antagonista:
1. Antagonismo químico: A + B reagem e geram um derivado C inativo. 
2. Antagonismo farmacocinético: antagonista diminui o efeito farmacocinético do agonista.
3. Antagonista fisiológico: A e B agem em receptores ou moléculas alvo diferentes, produzindo efeitos contrários.
4. Antagonismo farmacológico: A e B agem ou competem pelo mesmo receptor.

Outros materiais