Buscar

Inovação e Tecnologia no Turismo - AULA 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/17
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO
TURISMO
AULA 4
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Grazielle Ueno Maccoppi
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/17
CONVERSA INICIAL
Nesta aula, vamos verificar como as tecnologias da informação e comunicação (TICs) estão
presentes na gestão pública do turismo e na promoção de destinos turísticos. O objetivo é
compreendermos o uso das tecnologias pelo setor público na gestão e promoção inovadora e
eficiente dos destinos turísticos por meio das Organizações de Marketing e Gestão de Destinos
(DMO).
Iniciaremos esta aula entendendo melhor o conceito de governo eletrônico, ou seja, de que
forma os governos podem se aliar às tecnologias. Depois, vamos entender como ocorre a gestão
tecnológica de destinos turísticos. Posteriormente, vamos analisar a promoção dos destinos por meio
das mídias sociais, conceito trabalhado anteriormente. Em seguida, vamos verificar como os portais
turísticos podem fornecer não apenas informação, mas também possibilidades de reservas para os
viajantes. Por fim, também estudaremos o conceito de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI).
CONTEXTUALIZANDO
O estabelecimento das TICs ocasionou a desintermediação dos serviços turísticos. Assim, os
consumidores passaram a ter uma infinidade de canais para fazerem suas compras, seja por meio das
tradicionais agências e operadoras, seja pelas OTAs, pelos próprios fornecedores locais e pelas
ferramentas de reservas on-line.
À sua maneira, as tecnologias também impactaram a gestão pública do turismo, que apresenta
objetivos e funções particulares ante as empresas privadas. De acordo com Biz, Nakatani e Pavan
(2013, p. 279), as TICs servem para “aprimorar as práticas organizacionais e contribuir para que tais
organismos cumpram o seu papel perante o Estado”.
No contexto turístico, as organizações públicas têm um caráter mais estratégico do que
operacionalizador, ou seja, elas estabelecem políticas para desenvolver o turismo (Biz; Nakatani;
Pavan, 2013). Nesse sentido, menos operacional, os órgãos públicos ainda encontram alguns desafios
para se adaptar à tecnologia. A implementação de sistemas, por exemplo, ainda é incipiente e,
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/17
diferentemente das empresas, o processo de mudança na esfera pública é mais demorado,
principalmente em decorrência da burocracia que impede uma resposta mais ágil e de melhor
qualidade às demandas da sociedade (Schlensinger et al., 2008).
Apesar dos problemas apresentados pelo poder público, é possível encontrar boas práticas de
inovação na gestão e promoção de destinos realizadas pelas organizações turísticas. Nesta aula,
vamos contextualizar essas organizações, que são mais conhecidas como Organizações Públicas de
Turismo (OPT) na literatura nacional e Destination Management Organizations ou Destination
Marketing Organizations (DMO) em outros países (Thomaz, 2014).
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), as DMOs podem fazer parte de alguma das
seguintes categorias: Autoridades ou Organizações Nacionais do Turismo (por exemplo, Ministério
do Turismo), Organizações Regionais do Turismo (por exemplo, Secretaria de Estado do Turismo) e
organizações locais (por exemplo, Instituto Municipal de Turismo), conforme mostra a Figura 1 (OMT,
2007).
Figura 1 – Modelo de gestão descentralizada do turismo no Brasil
Fonte: elaborado com base em Pinto, 2016.
Independentemente do nível em que estejam, as DMOs são responsáveis por coordenar o
planejamento e o desenvolvimento do turismo, além de estratégias de marketing e gestão da
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/17
informação dos destinos. Ademais, elas desenvolvem legislações e incentivos fiscais, promovem
destinos e produtos turísticos e apoiam a qualificação da área como um todo, seja capacitando
profissionais ou fornecendo diretrizes para ordenar a atividade pelo país (Biz; Nakatani; Pavan, 2013;
Thomaz, 2014). A seguir, vamos verificar alguns temas importantes que se relacionam com a
aplicação das tecnologias pelas DMOs.
TEMA 1 – GOVERNO ELETRÔNICO
De acordo com Stimmel (2016), um dos papéis primordiais do governo é criar regulamentos e
estratégias para a oferta de serviços urbanos. Contudo, a gestão pública não pode ignorar o avanço
tecnológico que nos rodeia. Por isso, o conceito de governo eletrônico surge quando o ambiente
público integra as novas tecnologias em sua administração (Schlensinger et al., 2008).
Stimmel (2016), por exemplo, afirma que os governos locais devem acrescentar as TICs em três
aspectos: na sociedade, na regulamentação e na segurança. No primeiro caso, os aspectos sociais
envolvem a utilização de tecnologias – como o Sistema de Informação estudado anteriormente –
para coletar dados dos cidadãos. Assim, o gestor público pode desenvolver projetos e leis para
melhorar a qualidade de vida da população com base em dados e informações concretas.
Por sua vez, os aspectos regulatórios se relacionam à criação de normas que protegem a
privacidade do cidadão, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Brasil, 2018). Finalmente, a
segurança pública se beneficia das TICs para proteger os cidadãos de crimes e terrorismo com a
instalação, por exemplo, de sistemas de monitoramento em vias públicas (Stimmel, 2016).
De acordo com Schlensinger et al. (2008), o governo eletrônico ideal é constituído de três
componentes: os serviços eletrônicos, a democracia eletrônica (e-democracy) e a governança
eletrônica (e-governance). São nos serviços eletrônicos que se concentram os maiores esforços para
oferecer serviços de utilidade pública para os cidadãos. Nesse caso, as TICs podem ser aliadas, por
exemplo, ao fornecimento de sistemas para que o contribuinte possa verificar as suas pendências
com os órgãos governamentais.
A democracia eletrônica envolve a possibilidade de se realizar votações on-line. Já a governança
eletrônica inclui todo o suporte digital para a elaboração de políticas públicas. Além disso, a e-
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/17
governance auxilia na tomada de decisões e no trabalho em grupo entre os vários gestores públicos
de diferentes escalões (Schlensinger et al., 2008).
Outro conceito que se relaciona com o governo eletrônico é a e-Participação. Para Prister (2014),
os cidadãos devem participar ativamente da construção democrática da cidade e nação em que
vivem. Por isso, os governos devem se engajar e consultar a população sobre políticas públicas em
desenvolvimento. Isso ocorre, por exemplo, nas consultas públicas de leis que serão votadas no
Congresso e no Senado.
As TICs são aliadas dessa participação digital porque facilitam e aceleram o acesso da população
ao governo. Atualmente, podemos até encontrar sites especializados em realizar petições on-line, os
quais permitem que a população as assine e essas pautas sejam levadas para os gestores públicos,
como vereadores, deputados e senadores.
Nesse sentido, os governos também precisam ser muito transparentes com a população. De
acordo com Mendes, Bahl e Feger (2017, p. 15), “no que diz respeito aos aspectos culturais do
cidadão brasileiro na busca por informações previstas na legislação, na maioria das vezes, ele se
sente à vontade para buscá-las perante a administração pública”.
Desse modo, o poder público deve sempre praticar a transparência, ou seja, divulgar e tornar
pública as informações referentes à gestão do governo, sejam dados orçamentários, por exemplo,
sejam informações acerca de atividades, planos e relatórios que os gestores estão realizando. Na
gestão pública do turismo brasileiro, Mendes, Bahl e Feger (2017)constataram que o governo estava
cumprindo as determinações necessárias para atender à legislação da Transparência Pública, mas
ainda precisa melhorar a sua forma de divulgação para que atenda aos requisitos constitucionais.
De maneira geral conclui-se que o sistema de transparência pública adotado pelo Ministério do
Turismo estava atendendo parcialmente o que estabelece a Lei da Transparência, pois não
informava, por exemplo, quando havia sido pago a cada fornecedor, ou até mesmo quem estava
recebendo diárias e passagens, quanto foi aplicado em custeio e capital nas atividades
administrativas, havendo uma dificuldade para o público leigo em assuntos da administração
pública entender onde foram utilizados os recursos. (Mendes; Bahl; Feger, 2017, p. 27)
De forma geral, a gestão dos destinos turísticos por meio das DMOs também se beneficia dos
conceitos apresentados neste tema, porque essas organizações precisam consultar sempre a
população e os visitantes, além de divulgar dados e informações do que elas estão planejando e
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/17
realizando em sua localidade. Sendo assim, seguimos para o tema seguinte que abordará a gestão
dos destinos.
TEMA 2 – GESTÃO DE DESTINOS TURÍSTICOS
Antes de tratarmos de gestão, vamos lembrar qual é o conceito de destino turístico? Segundo
Petrocchi (2009, p. 2), o destino “é uma área que atrai visitantes, possui limites físicos e políticos e é
percebida pelo mercado”. Levando essa definição em consideração, a área do destino pode
compreender um país, uma região, uma cidade, um grupo de municípios, ilhas e até mesmo centros
independentes, como os parques de diversão.
Além disso, o destino precisa ter atratividade, ou seja, oferta de atrativos culturais, naturais,
gastronômicos, arquitetônicos, entre outros, que sejam cativantes para o visitante. Eles também
devem apresentar a infraestrutura necessária para receber os turistas, como hotéis, restaurantes, vias
de acesso, aeroportos, rodoviárias e estruturas urbanas, por exemplo. Por isso, os destinos envolvem
as empresas privadas – o mercado – que vão oferecer tais serviços e infraestrutura.
Nesse contexto, a gestão pode ser entendida como a coordenação estratégica de todos os
elementos que fazem parte do destino turístico (por exemplo, os atrativos, a infraestrutura, o
mercado, o marketing, entre outros), permitindo que eles se conectem e trabalhem de forma
integrada (OMT, 2007). Assim, as DMOs são responsáveis por algumas atividades essenciais (Pinto,
2016) para garantir que os destinos sejam eficazes:
planejamento turístico: instrumento que traça estratégias, metas e ações de desenvolvimento
para serem implementadas nos destinos;
desenvolvimento sustentável: criação de produtos por meio dos recursos disponíveis no
destino. Os recursos podem ser entendidos como o conjunto de atrativos materiais (por
exemplo, museus) ou imateriais (por exemplo, cultura);
marketing: promoção da imagem e da marca do destino, criando campanhas para atrair
negócios e visitantes;
qualidade: gestão da experiência do visitante ao cuidar dos atrativos e desenvolver pesquisas
de demanda e satisfação.
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/17
Uma gestão bem feita do destino pode trazer inúmeros benefícios para os visitantes e para a
comunidade local, conforme aponta a OMT (2007). Alguns desses benefícios podem ser: a construção
de uma marca vibrante e forte; a melhoria do rendimento de toda a comunidade; a dispersão dos
benefícios do turismo para outras cadeias produtivas; a manutenção da integridade cultural,
patrimonial e ambiental dos recursos do destino; e, por fim, o aumento da competitividade do
destino, fazendo com que ele atinja uma posição de liderança no mercado. Sobre a questão da
vantagem competitiva, Petrocchi (2009) afirma:
O destino precisa conhecer, compreender e atender os desejos do mercado. As tendências atuais
[...] mostram os turistas cada vez mais exigentes. Desejam mais qualidade e pagar menos por ela.
Isso leva o destino – e as empresas que o compõe – a buscar elevados níveis de competitividade,
que, para serem alcançados, exigem a gestão competente, adaptação às pressões do meio,
pesquisas de mercado e atualização no desenvolvimento da oferta turística. (Petrocchi, 2009, p. 3)
De acordo com o autor, a competitividade pode ser entendida no turismo como a capacidade de
um destino apresentar bens e serviços mais qualificados em relação a outras destinações. Um destino
mais competitivo atrai mais visitantes e, consequentemente, gera um nível de renda superior à média,
garantindo que os benefícios se estendam não somente ao mercado, mas também à comunidade
local (Pinto, 2016).
Segundo Pinto (2016, p. 32), “a inovação tecnológica pode ser identificada como um dos
principais pilares da vantagem competitiva para destinos turísticos” porque as TICs resultaram no
aumento da acessibilidade para os turistas e originaram uma demanda crescente por conectividade e
integração.
Dessa maneira, as DMOs devem incentivar o compartilhamento de conteúdo, avaliações e
recomendações dos usuários nas plataformas digitais. O turista conectado vai compartilhar sua
experiência com os outros de maneira on-line, bem como expressar o sentimento de orgulho da
marca, produto, serviço ou destino turístico, enaltecendo assim as vantagens do destino e
favorecendo o seu posicionamento e a sua competitividade em detrimento de outras localidades
(Thomaz, 2014; Pinto, 2016).
Além da vantagem competitiva, a tecnologia também é importante para as outras atividades
essenciais da DMO, como é o caso da gestão da informação dentro do destino, que veremos a
seguir.
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/17
2.1 GESTÃO DA INFORMAÇÃO
De acordo com Biz, Nakatani e Pavan (2013), a informação é o elemento primordial para a
gestão e organização das atividades nas organizações. Os dados organizados e, posteriormente,
processados em informações auxiliam no planejamento da atividade turística no destino, assim como
na criação de novos produtos, no marketing e na qualidade dos serviços presentes na localidade.
Desse modo, para facilitar a implantação de processos de fluxo de informação, as DMOs também
podem realizar a Gestão da Informação por meio dos Sistemas de Informação (SI).
Um exemplo foi apresentado por Biz, Nakatani e Pavan (2013) em relação à Secretaria de Estado
de Turismo do Paraná (Setu/PR). Nesse caso, a Setu/PR implementou um sistema que ordenava
dados e informações dos seus projetos para que o gestor responsável pudesse manter um fluxo
contínuo na tomada de decisões estratégicas.
Além das informações internas da própria organização, a DMO também precisa conhecer seus
visitantes. Assim, ela pode planejar e desenvolver atividades personalizadas para o seu público-alvo.
Nesse sentido, as organizações utilizam diversos instrumentos para coletar dados dos turistas, seja
por meio de pesquisas de demanda ou até mesmo por SI e aplicativos que mapeiam os locais pelos
quais os turistas andaram na cidade, onde se hospedaram, quais suas regiões e atrativos favoritos.
Ainda, as DMOs podem monitorar as redes sociais e outras mídias de compartilhamento de
informação de viagem, por exemplo, o TripAdvisor, para verificar o que os visitantes estão falando e
compartilhando sobre o destino. Com esses dados soltos e interpretados pela DMO, a informação
traz segurança e conhecimento para os gestores tomarem decisões acertadas sobre as estratégias do
destino.
Uma tendência que está se fortalecendo cada vez mais no Brasil são os Observatórios de
Turismo, organizações que podem fazer parte das DMOs ou trabalhar de forma independente, mas
em parceria com os órgãos públicos.
Apesar de cada observatório apresentar estruturas organizacionais e operacionais diferentes, o
objetivode sua existência é mantido a fim de manter  a  competitividade  do  destino,  produzindo 
e  manuseando informações que podem ser úteis para os processos internos da instituição que o
incorpora e também para a comunidade […] sempre se adequando às necessidades e à realidade
de cada território. (Oliveira; Miranda; Amaral, 2016)
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/17
Os observatórios realizam pesquisas sobre o turismo em diversos estados e municípios,
coletando e divulgando dados, informações, estatísticas e conhecimento sobre a realidade turística
das regiões. No Paraná, por exemplo, o Observatório de Turismo (Obstur/PR) é um núcleo de estudos
e pesquisas da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Já em São Paulo, o Observatório de Turismo e
Eventos faz parte da DMO São Paulo Turismo (Oliveira; Miranda; Amaral, 2016).
TEMA 3 – PROMOÇÃO DE DESTINOS TURÍSTICOS
Assim como as empresas turísticas utilizam as mídias sociais para promover e comercializar seus
produtos e serviços, mantendo um relacionamento mais próximo com os clientes, os destinos
turísticos podem se promover nas mídias para atrair mais visitantes.
>Nakatani, Gomes e Nunes (2017) constataram que a comunicação de destinos turísticos serve
para promover a imagem da localidade e os valores sociais que representam o destino. Assim, as
DMOs criam uma imagem mais institucional com o foco na atração dos turistas e propagação de
ideias.
a localidade como um destino turístico apresenta as seguintes características: 1) passível de
promoção, 2) promovida pelas organizações oficiais de turismo, 3) comunicada como uma
ideia/experiência/marca (atribui-se a ideia de valor a experiência e não ao dinheiro), 4) atrelada ao
conceito de propaganda.
Nas diversas redes sociais, como Facebook, Instagram, YouTube, é possível encontrar perfis
oficiais dos destinos turísticos. Neles, as DMOs aproveitam para promover os seus atrativos,
cativando o turista por meio de imagens inspiradoras, vídeos das diversas paisagens e atividades que
são possíveis de se realizar no local, além de campanhas de propaganda para criar um vínculo com o
turista que almeja conhecer aquele destino.
As mídias sociais permitem que o turista vivencie a experiência do destino antes mesmo de estar
lá, pois as DMOs estimulam o emocional do visitante por meio das inúmeras visualizações em suas
postagens, imagens, áudios e vídeos.
Por sua vez, o uso das mídias sociais é uma via de mão dupla, porque os turistas também
utilizam as redes para compartilhar dados sobre os destinos. Esses dados podem vir em forma de
comentários positivos e negativos sobre os atrativos, a infraestrutura e a qualidade dos serviços no
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/17
local, assim como por meio de fotografias e materiais audiovisuais que, se bem interpretados pela
DMO, representam as experiências e emoções vivenciadas pelo visitante quando ele está no destino.
Figura 2 – Turista compartilhando dados do destino por meio de uma fotografia
Créditos: Bon Appetit/Shutterstock.
O compartilhamento de dados pelo turista pode se tornar algo benéfico para o destino porque
os consumidores confiam cada vez mais nos comentários e opiniões on-line de outras pessoas
(Thomaz, 2014). Dessa maneira, se os comentários forem positivos, mais turistas podem desejar viajar
para aquela localidade.
Por fim, Thomaz (2014) menciona que é fundamental que as DMOs estejam presentes e
participem ativamente nas mídias sociais, porque, além do aumento da sua visibilidade, as mídias
permitem a interatividade entre oferta e demanda, e também a criação de estratégias inovadoras.
TEMA 4 – PORTAIS TURÍSTICOS
Segundo Thomaz (2014, p. 42), as DMOs precisam “satisfazer as necessidades de informação dos
usuários através de portais turísticos, mídias sociais, entre outras tecnologias da informação e
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/17
comunicação”. Por isso, os destinos também utilizam as mídias sociais para fornecerem informações
seguras e de qualidade para os turistas.
Dessa maneira, basta o visitante acessar o website do destino que ele vai visitar para encontrar
desde informações básicas, como o clima, moeda local, telefones de emergência, endereços
importantes, até informações turísticas, como os principais atrativos, como fazer para comprar
ingressos e bilhetes para museus e outros monumentos, as melhores regiões para se hospedar, os
bairros gastronômicos ou famosos pelas compras, entre outras informações pertinentes.
Os portais turísticos das DMOs influenciam durante todo o processo de escolha de um destino
turístico para viajar, bem como dos serviços e produtos a serem adquiridos. Isso ocorre porque esses
portais oferecem segurança e confiabilidade nas informações e conteúdos disponíveis sobre um
determinado destino (Biz, 2009).
Figura 3 – Representação de um portal turístico em diferentes aparelhos eletrônicos
Crédito: McLittle Stock/Shutterstock.
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/17
Atualmente, além de serem meros fornecedores de informação, os portais turísticos dos órgãos
públicos também podem funcionar como canais de comercialização. O website da DMO de
Barcelona, por exemplo, oferece um sistema de reservas que permite ao turista, na busca por
informações no portal, realizar a compra ali mesmo, principalmente de produtos gerenciados pela
DMO, como entradas em monumentos. Contudo, muitas organizações públicas fazem parcerias com
a iniciativa privada para divulgar seus destinos (por exemplo, hotéis, restaurantes, casas de shows), de
modo que essas empresas também utilizam esse canal oferecido pela DMO.
Apesar de os portais serem essenciais no fornecimento de informações e na promoção do
destino, existem dificuldades para a implementação dos portais como modelos de negócios (Biz,
2009). Conforme mencionado anteriormente, os órgãos públicos apresentam maior lentidão para se
adequar às novas tecnologias. No caso dos portais, seu alto custo, a definição do design e a ausência
de conhecimento prévio para implementá-los aparecem como problemas que as DMOs precisam
enfrentar para oferecerem websites dinâmicos, estratégicos e informativos.
TEMA 5 – DESTINOS TURÍSTICOS INTELIGENTES
O conceito de Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) ainda é muito novo, mas a ideia de destino
inteligente nasceu da noção de cidade inteligente, ou seja, das cidades que se desenvolvem
aplicando as TICs em diversas áreas do funcionamento urbano, como na economia, no meio
ambiente, na mobilidade e na governança. Uma definição mais clara do que é o DTI foi escrita por
Pinto (2016):
O destino turístico inteligente é o destino turístico maduro que integra as tecnologias da inovação
e comunicação (TICs) no desenvolvimento de ações e projetos para o turismo, criando um
ambiente turístico inovador, sustentável e acessível para o visitante e o cidadão. O destino turístico
inteligente nasce de uma cidade inteligente, porque ele também se beneficia do aperfeiçoamento
na mobilidade urbana, no trânsito, nas vias públicas, na administração de recursos ambientais, na
gestão de dados coletados, entre outros, que a smart city viabiliza. Contudo, uma cidade inteligente
não é, necessariamente, um destino turístico inteligente. Para a cidade ser considerada um destino
inteligente ela precisa ter, primeiramente, um fluxo turístico relevante que a caracterize como um
destino. Ainda, ela deve desenvolver ações tecnológicas exclusivamente para o turismo. (Pinto,
2016, p. 131)
Desse modo, podemos afirmar que o Destino Turístico Inteligente é como se fosse um selo de
qualidade para a localidade, pois a partir do momento que o destino maduro se torna inteligente
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/13/17
significa que ele está aplicando a tecnologia em sua gestão organizacional, em seu planejamento, na
gestão da informação, nas estratégias de promoção pelas mídias sociais, nos portais turísticos, entre
outros.
Ao mesmo tempo que o DTI fornece ao turista informações e serviços convenientes, melhorando
a qualidade da sua estadia e, consequentemente, da sua experiência, o destino inteligente também
coleta informações e dados para o gestor que facilitam a tomada de decisão, já que ele acaba por
conhecer um pouco melhor o comportamento do turista durante a viagem, visto que as informações
podem ser monitorizadas em tempo real (Pinto, 2016).
Figura 4 – Representação de um DTI
Crédito: Vasin Lee/Shutterstock.
Alguns exemplos da aplicação da tecnologia em DTI podem ser: nos roteiros (pontos de
informação sem fio em locais-chave ao longo da rota; nos museus (guias audiovisuais nos celulares);
na educação da comunidade local para o turismo (livros eletrônicos e acesso a conteúdo por meio da
internet); shopping centers (utilização dos celulares para informar sobre os centros comerciais e lojas
do destino); grandes eventos (saber o que está acontecendo a cada momento e onde); e o marketing
pelas mídias sociais (Pinto, 2016).
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/17
Por fim, os destinos consolidados devem se tornar inteligentes porque a principal intenção dessa
conversão é revalorizar o destino, permitindo a melhoria de competitividade, o aproveitamento
correto dos recursos turísticos, o aumento da eficiência dos processos de produção e a
comercialização e o uso de fontes de energia renováveis que impulsionem o desenvolvimento
sustentável (Pinto, 2016).
TROCANDO IDEIAS
Nesta aula, entendemos como as tecnologias da informação e comunicação estão presentes na
gestão pública do turismo e na promoção de destinos turísticos. Tendo como referência os conceitos
aprendidos, busque exemplos de Destinos Turísticos Inteligentes ao redor do mundo e poste no
fórum um dos destinos encontrados, bem como o motivo pelo qual ele pode ser considerado um
DTI.
NA PRÁTICA
Tendo como referência os estudos desenvolvidos nesta aula, de que maneira a Gestão da
Informação impacta na gestão pública do turismo? Ainda, como as DMOs devem aplicar as TICs para
promover seus destinos de maneira mais assertiva? Busque exemplos dentro de destinos turísticos e
enriqueça o seu olhar sobre essa temática do turismo.
FINALIZANDO
Conseguimos compreender melhor, nesta aula, o uso das tecnologias pelo setor público na
gestão e promoção inovadora e eficiente dos destinos turísticos, por meio das DMOs. Em um
primeiro momento, entendemos o conceito de governo eletrônico, ou seja, de que maneira a
tecnologia é utilizada pelo poder público.
Em seguida, adentramos o tema gestão de destinos turísticos, visualizando o papel das DMOs na
coordenação das atividades dentro das localidades. Os órgãos públicos de turismo possuem diversas
funções e é recomendável que todas elas estejam embasadas na Gestão da Informação.
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/17
As mídias sociais devem ser aliadas da promoção de destinos turísticos, por meio da construção
de sua imagem. Nesse sentido, postagens turísticas organizadas e de fácil acesso também são
importantes para fornecer informações confiáveis aos visitantes.
Por fim, compreendemos melhor a definição de Destino Turístico Inteligente, conceito que pode
ser utilizado para resumir bem todos os conteúdos desta aula, visto que, para se tornar inteligente, o
destino deve incluir a tecnologia em todos os seus aspectos.
REFERÊNCIAS
BIZ, A. A. Avaliação dos portais turísticos governamentais quanto ao suporte à gestão do
conhecimento. 242 f. Tese (Doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) – Universidade
Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009. Disponível em: <http://btd.egc.ufsc.br/?p=29>. Acesso
em: 23 set. 2020.
BIZ, A. A.; NAKATANI, M. S. M.; PAVAN, C. de S. Análise da Gestão da Informação na Secretaria de
Estado do Turismo do Paraná – SETU – PR. Turismo em Análise, v. 24, n. 2, p. 278-297, 2013.
Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rta/article/view/64183/66869>. Acesso em: 23 set. 2020.
BRASIL. Lei n. 13.709, de 14 de agosto de 2018. Institui a Lei Geral de Proteção de Dados
Pessoais (LGPD). Diário Oficial da União, Brasília, DF, n. 157, 15 ago. 2018. Seção 1, p. 59.
MENDES, S. M.; BAHL, M.; FEGER, J. E. Transparência na gestão pública do turismo no Brasil: um
discurso ou uma prática de governança?. Revista Turismo: Estudos & Práticas, v. 6, n. 2, p. 10-31,
2017. Disponível em: <http://periodicos. 
uern.br/index.php/turismo/article/view/2736/1498>. Acesso em: 23 set. 2020.
NAKATANI, M. S. M.; GOMES, E. L.; NUNES, M. P. Diferentes olhares da comunicação no Turismo:
entendendo três localidades paranaenses como destino e produto turístico. Revista Turismo em
Análise, v. 28, n. 3, p. 474-491, 2017. Disponível em:
<http://www.revistas.usp.br/rta/article/view/123822>. Acesso em: 23 set. 2020.
OLIVEIRA, R. A.; MIRANDA, I. P. de.; AMARAL, J. P. S. Gestão da Informação: o papel dos
observatórios de turismo brasileiros para a tomada de decisão do setor público. Marketing &
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/17
Tourism Review, v. 1, n. 2, p. 1-31, 2016. Disponível em:
<https://revistas.face.ufmg.br/index.php/mtr/article/view/3837/pdf>. Acesso em: 23 set. 2020.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO TURISMO. A Practical Guide to Tourism Destination
Management. Madrid: OMT, 2007. Disponível em: <https://www.e-
unwto.org/doi/pdf/10.18111/9789284412433>. Acesso em: 23 set. 2020.
PETROCCHI, M. Turismo: planejamento e gestão. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
PINTO, M. J. A. Destinos turísticos inteligentes: uma proposta de transformação para Curitiba –
PR. 143 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Turismo) – Setor de Ciências Humanas,
Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2016. Disponível em: <https://acervodigital.ufpr.br/handle/ 
1884/62924>. Acesso em: 23 set. 2020.
PRISTER, G. The FUPOL Project: an integrated approach to e-Governance, e-Participation and
Policy Modeling. In: SHARK, A. R.; TOPORKOFF, S.; LÉVY, S. (Org.). Smarter Cities for a bright
sustainable future: a global perspective. Alexandria: Public Technology Institute, 2014. p. 241-259.
SCHLESINGER, C. C. B. et al. Gestão do conhecimento na administração pública. Curitiba:
Instituto Municipal de Administração Pública – IMAP, 2008.
STIMMEL, C. L. Building Smart Cities: Analytics, ICT, and Design Thinking. Boca Raton: CRC
Press, 2016.
THOMAZ, G. M. Processo de mineração de conteúdo em mídias sociais para auxílio na
gestão de destinos turísticos. 223 f. Dissertação (Mestrado em Turismo) – Setor de Ciências
Humanas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014. Disponível em:
<https://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/37396>. Acesso em: 23 set. 2020.
10/12/2020 UNINTER - INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NO TURISMO
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/17

Mais conteúdos dessa disciplina