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Aterosclerose Definição A aterosclerose é um quadro clínico no qual depósitos de material gorduroso (ateromas ou placas ateroscleróticas) se desenvolvem nas paredes das artérias de médio e grande porte, levando a um fluxo sanguíneo reduzido ou bloqueado. A aterosclerose é causada por lesão repetida nas paredes das artérias. Muitos fatores contribuem para essa lesão, incluindo hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e níveis de colesterol no sangue. A obstrução dos vasos sanguíneos resultante de aterosclerose é uma causa comum de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Muitas vezes, os primeiros sintomas são dores ou cãibras quando o fluxo sanguíneo não consegue suprir as demandas de oxigênio dos tecidos. Para prevenir a aterosclerose, as pessoas precisam parar de fumar, melhorar sua dieta, praticar exercícios físicos regularmente e manter o controle de sua pressão arterial, nível de colesterol e diabetes. A progressão da aterosclerose para essas complicações de risco à vida, como um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, requer tratamento emergencial. A aterosclerose pode afetar as artérias de médio e grande porte do cérebro, coração, rins, outros órgãos vitais e pernas. Trata-se do tipo mais importante e mais comum de arteriosclerose. Arteriosclerose Arteriosclerose, que significa endurecimento (esclerose) das artérias, é um termo geral para várias doenças em que a parede de uma artéria torna-se mais espessa e menos elástica. Existem três tipos: Aterosclerose Arteriolosclerose Arteriosclerose de Mönckeberg Aterosclerose Tipo mais comum Significa endurecimento relacionado a placas São depósitos de materiais gordurosos Ela afeta as artérias de médio e grande porte Arteriolosclerose Significa endurecimento das arteríolas, que são pequenas artérias Ela afeta principalmente as camadas internas e intermediárias das paredes das arteríolas As paredes engrossam, estreitando as arteríolas Como resultado, os órgãos abastecidos pelas arteríolas afetadas não recebem sangue suficiente Os rins são afetados frequentemente Esse distúrbio ocorre principalmente em pessoas que têm hipertensão arterial ou diabetes Qualquer uma destas doenças pode afetar as paredes de arteríolas, resultando em espessamento Arteriosclerose de Mönckeberg Afeta artérias de pequeno a médio porte. Ocorre o acúmulo de cálcio dentro das paredes das artérias, o que as torna rígidas, mas sem estreitamento. Esse distúrbio essencialmente inofensivo geralmente afeta homens e mulheres com mais de 50 anos. Causas O desenvolvimento da aterosclerose é complicado, mas o evento primário parece estar relacionado a lesões sutis e repetidas no revestimento interno das artérias (endotélio) através de vários mecanismos. Esses mecanismos incluem Tensões físicas decorrentes de fluxo sanguíneo turbulento (como o que ocorre no local em que as artérias se ramificam, principalmente em pessoas que têm hipertensão) Tensões inflamatórias envolvendo o sistema imunológico (como quando as pessoas fumam cigarros) Anormalidades químicas na corrente sanguínea (como colesterol alto ou nível alto de açúcar no sangue como ocorre no diabetes mellitus) Infecções por algumas bactérias ou vírus (como Chlamydia pneumoniae ou citomegalovírus) também podem aumentar a inflamação no revestimento interno da artéria (endotélio) e levar à aterosclerose. Formação de Placas A aterosclerose começa quando a parede da artéria lesionada cria sinais químicos que fazem com que certos tipos de leucócitos (monócitos e células T) se adiram à parede da artéria. Essas células se movem para a parede da artéria. Nessa região, elas são transformadas em células espumosas que coletam colesterol e outros materiais gordurosos e desencadeiam o crescimento de células do músculo liso na parede da artéria. Com o tempo, essas células espumosas carregadas de gordura se acumulam. Elas formam depósitos irregulares (ateromas, também chamados de placas) com uma cobertura fibrosa no revestimento da parede da artéria. Com o passar do tempo, há o acúmulo de cálcio nas placas. As placas podem se espalhar por todas as artérias médias e grandes, mas elas geralmente começam onde as artérias se ramificam. Ruptura de Placa As placas podem crescer dentro da abertura (lúmen) da artéria, provocando um estreitamento gradual. Quando a aterosclerose estreita uma artéria, os tecidos supridos pela artéria podem não receber sangue e oxigênio em quantidade suficiente. As placas também podem crescer na parede da artéria, onde não bloqueiam o fluxo de sangue. Ambos os tipos de placas podem se romper, expondo o material na corrente sanguínea. Esse material desencadeia a formação de coágulos de sangue. Esses coágulos de sangue podem bloquear todo o fluxo sanguíneo através de uma artéria repentinamente, evento que é a principal causa de um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. Às vezes, esses coágulos sanguíneos se desprendem, viajam através da corrente sanguínea e bloqueiam uma artéria em outras partes do corpo. Da mesma forma, pedaços da placa podem se desprender, viajar através da corrente sanguínea e bloquear uma artéria em outros lugares. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-relacionados-ao-colesterol/dislipidemia https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-ataque-card%C3%ADaco-infarto-do-mioc%C3%A1rdio-angina-inst%C3%A1vel https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-acidente-vascular-cerebral https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-acidente-vascular-cerebral Fatores de Risco Para Aterosclerose Alguns fatores de risco para a aterosclerose podem ser modificados. Os fatores de risco modificáveis incluem: Tabagismo Níveis altos de colesterol no sangue Hipertensão arterial Diabetes Obesidade Sedentarismo Baixo consumo diário de frutas e legumes Os fatores de risco que não podem ser modificados incluem: Ter histórico familiar de aterosclerose precoce (ter um parente próximo do sexo masculino que desenvolveu a doença antes dos 55 anos ou uma parente próxima que desenvolveu a doenças antes dos 65 anos) Idade avançada Ser do sexo masculino Há muitos fatores de risco que ainda estão sendo estudados, como níveis elevados de proteína C reativa (uma proteína inflamatória) no sangue, níveis de alguns componentes do colesterol, como apolipoproteína B ou lipoproteína (a), e fatores psicossociais (como ansiedade ou baixo nível socioeconômico). O Tabagismo e a Aterosclerose Um dos fatores de risco modificáveis mais importantes é o tabagismo. O risco de um fumante desenvolver algumas formas de aterosclerose, tais como doença arterial coronariana, está diretamente relacionado com a quantidade de tabaco fumada diariamente. O risco de um ataque cardíaco triplica em homens e aumenta seis vezes em mulheres que fumaram 20 ou mais cigarros por dia em comparação com os não fumantes. Em pessoas que já têm um alto risco de doença cardíaca, o uso do tabaco é particularmente perigoso. O uso do tabaco diminui o nível decolesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), o colesterol “bom”, e aumenta o nível de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), o colesterol “ruim”. Fumar aumenta o nível de monóxido de carbono no sangue, o que pode aumentar o risco de lesão no revestimento das paredes das artérias. O uso de tabaco faz com que as artérias já estreitadas pela aterosclerose se contraiam, diminuindo ainda mais a quantidade de sangue que chega aos tecidos. Além disso, o uso do tabaco aumenta a tendência de coagulação do sangue (por tornar as plaquetas mais pegajosas), o que aumenta o risco de doença arterial periférica. As pessoas que param de fumar têm apenas metade do risco das pessoas que continuam fumando, independentemente de quanto tempo elas fumaram antes de pararem de fumar. Níveis de Colesterol Níveis de colesterol LDL elevados representam outro importante fator de risco modificável. Uma dieta rica em gorduras saturadas faz com que os níveis de colesterol LDL aumentem em pessoas suscetíveis. Os níveis de colesterol também aumentam conforme as pessoas envelhecem e são normalmente mais elevados em homens do que em mulheres, embora os níveis de aumentem em mulheres após a menopausa. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-ataque-card%C3%ADaco-infarto-do-mioc%C3%A1rdio-angina-inst%C3%A1vel https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-perif%C3%A9rica/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-doen%C3%A7a-arterial-perif%C3%A9rica Vários distúrbios hereditários resultam em níveis elevados de colesterol ou de outras gorduras. As pessoas com esses distúrbios hereditários podem ter níveis extremamente elevados de colesterol e (se não tratadas) morrer de doença arterial coronariana em uma idade precoce. A redução dos níveis elevados de colesterol LDL pelo uso de medicamentos pode reduzir significativamente o risco de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e morte. Há muitos tipos de medicamentos hipolipemiantes disponíveis. As estatinas são o tipo mais comum. Nem todos os níveis de colesterol alto aumentam o risco de aterosclerose. Um nível elevado de HDL (o colesterol “bom”) diminui o risco de aterosclerose . O nível desejado de colesterol total, que inclui o colesterol LDL, o colesterol HDL e os triglicerídeos, é de 140 a 200 mg/dL (3,6 a 5,2 mmol/L). O risco de um ataque cardíaco mais do que dobra quando o nível de colesterol total se aproxima de 300 mg/dL (7,8 mmol/L). O risco diminui quando o nível de colesterol LDL permanece inferior a 130 mg/dL (3,4 mmol/L) e o nível de colesterol HDL permanece superior a 40 mg/dL (1 mmol/L). Pessoas com risco elevado, como as que têm diabetes ou doença cardíaca aterosclerótica ou que tiverem sofrido um ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou cirurgia de revascularização, se beneficiam de doses altas de estatinas para reduzir o colesterol LDL tanto quanto possível. O colesterol HDL deve representar mais do que 25% do colesterol total. Altos níveis de triglicérides são frequentemente associados com baixos níveis de colesterol HDL. Níveis elevados de triglicérides também podem aumentar discretamente o risco de aterosclerose. Hipertensão Arterial A hipertensão não controlada é um fator de risco para ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, os quais são causados por aterosclerose. O risco de doença cardiovascular começa a aumentar quando os níveis de pressão arterial ficam acima de 110/75 mm Hg. Controlar a hipertensão arterial reduz o risco evidentemente. Os médicos geralmente tentam atingir uma pressão arterial inferior a 140/90 mm Hg e, muitas vezes, inferior a 130/80 mm Hg em pessoas com risco de doença cardiovascular como as que sofrem de diabetes ou doença renal. Diabetes Mellitus Pessoas que têm diabetes mellitus tendem a desenvolver uma doença que afeta as artérias pequenas, como as encontradas nos olhos, nervos e rins, levando à perda de visão, lesão nervosa e doença renal crônica. Pessoas com diabetes também tendem a desenvolver aterosclerose em artérias grandes. A aterosclerose tende a surgir em uma idade mais precoce e mais extensamente do que em pessoas que não têm diabetes. O risco de desenvolvimento de aterosclerose é duas a seis vezes maior em pessoas com diabetes, particularmente mulheres As mulheres que têm diabetes, ao contrário das que não têm, não estão protegidas contra a aterosclerose antes da menopausa. As pessoas que têm diabetes têm o mesmo risco de morte de alguém que teve um ataque cardíaco prévio e os médicos geralmente tentam ajudar essas pessoas a manterem outros fatores de risco sob cuidadoso controle. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-renais-e-urin%C3%A1rios/insufici%C3%AAncia-renal/doen%C3%A7a-renal-cr%C3%B4nica-drc Obesidade A obesidade, principalmente a obesidade abdominal (tronco), aumenta o risco de doença arterial coronariana (aterosclerose das artérias que fornecem sangue ao coração). A obesidade abdominal aumenta o risco de outros fatores de risco para a aterosclerose: hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e níveis elevados de colesterol. Perder peso reduz o risco de todos esses problemas. Sedentarismo O sedentarismo parece aumentar o risco de desenvolvimento de doença arterial coronariana. Muitas evidências sugerem que praticar exercícios regularmente, mesmo em um grau moderado, reduz esse risco e a mortalidade. Os exercícios também podem ajudar a modificar outros fatores de risco relacionados à aterosclerose. Reduzem a pressão arterial e os níveis de colesterol e ajudam na perda de peso e diminuição da resistência à insulina. Dieta Há evidências substanciais de que o consumo regular de frutas e legumes pode diminuir o risco de doença arterial coronariana. Fitoquímicos chamados flavonoides (encontrados em uvas vermelhas e roxas, vinho tinto, chá preto e cervejas escuras) parecem especialmente protetores. Mas não há estudos que comprovem que a ingestão de alimentos ricos em flavonoides ou o que uso de suplementos desses nutrientes previnam a aterosclerose. O maior teor de fibras em determinados vegetais pode diminuir os níveis sanguíneos de colesterol total, glicose e insulina. A ingestão excessiva de fibra interfere na absorção de determinadas vitaminas e minerais. A gordura é uma parte essencial da dieta. Os principais tipos de gorduras são: Gorduras saturadas e trans Gorduras insaturadas (poli-insaturadas e monoinsaturadas) As gorduras podem ser líquidas ou sólidas em temperatura ambiente. Gorduras líquidas, como óleos e algumas margarinas, tendem a ter mais gorduras poli- insaturadas e monoinsaturadas. Gorduras sólidas, como manteiga e banha, tendem a ter mais gorduras saturadas e trans. As gorduras saturadas e trans são mais propensas a causarem aterosclerose. As pessoas devem limitar a quantidade de gorduras saturadas e trans em sua dieta e escolher alimentos com gorduras monoinsaturadas ou poli-insaturadas, alternativamente. As gorduras saturadas e trans são encontradasem carnes vermelhas, muitos itens de alimentos processados ou tipo “fast food”, laticínios integrais (como queijo, manteiga e creme) e margarinas sólidas (em barra). As gorduras monoinsaturadas são encontradas no óleo de canola e azeite de oliva, margarinas líquidas sem gordura trans, nozes e azeitonas. Dois tipos de gorduras poli-insaturadas — ômega 3 e ômega 6 — são essenciais para uma dieta saudável. Sintomas Os sintomas dependem De onde a artéria afetada está localizada De a artéria afetada ter sido estreitada gradualmente ou bloqueada subitamente https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-nutricionais/obesidade-e-a-s%C3%ADndrome-metab%C3%B3lica/obesidade https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-doen%C3%A7a-arterial-coronariana-dac https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-a-doen%C3%A7a-arterial-coronariana-dac Sintomas de estreitamento gradual Com o estreitamento gradual, a aterosclerose geralmente não causa sintomas até que o interior de uma artéria esteja estreitado em mais de 70%. O primeiro sintoma de uma artéria estreitada pode ser dor ou cãibra nos momentos em que o fluxo de sangue não pode suprir a necessidade de oxigênio dos tecidos. Pode sentir dor ou desconforto no tórax se o suprimento de oxigênio para o coração for insuficiente. Esta dor torácica (angina) desaparece dentro de minutos após a pessoa interromper o esforço. Enquanto caminha, a pessoa pode sentir cãibras nas pernas (claudicação intermitente), pois o fornecimento de oxigênio para os músculos da perna é inadequado. Se as artérias que fornecem sangue a um ou ambos os rins sofrerem estreitamento, podem ocorrer insuficiência renal ou pressão arterial perigosamente elevada. Sintomas de bloqueio arterial súbito Se as artérias que irrigam o coração (artérias coronarianas) forem bloqueadas repentinamente, pode ocorrer um ataque cardíaco. A obstrução das artérias que irrigam o cérebro pode causar um acidente vascular cerebral. A obstrução das artérias das pernas pode causar gangrena de um dedo do pé, do pé ou da perna. Diagnóstico Exames de sangue para pesquisar fatores de risco para aterosclerose Exames de imagem para detectar a presença de placas perigosas A forma como a aterosclerose é diagnosticada depende de a pessoa estar tendo sintomas. Pessoas com sintomas As pessoas que têm sintomas que sugerem uma artéria bloqueada devem realizar testes para identificar a localização e a extensão do bloqueio. São utilizados testes diferentes, dependendo do órgão que parece estar envolvido. As pessoas com artérias ateroscleróticas em um órgão muitas vezes têm aterosclerose em outras artérias. Portanto, quando os médicos descobrem um bloqueio aterosclerótico em uma artéria — por exemplo, na perna — eles costumam fazer testes para procurar bloqueios em outras artérias, como as do coração. Os médicos também testam certos fatores de risco em pessoas que têm uma obstrução aterosclerótica. Como algumas placas nas artérias são mais propensas a se desprenderem e desencadearem a formação de um coágulo do que outras, os médicos às vezes fazem testes para procurar essas placas perigosas. Nenhum teste é definitivo, mas os médicos estão usando angiografia por tomografia computadorizada (TC), ultrassonografia intravascular (que usa uma sonda de ultrassom instalada na ponta de um cateter inserido dentro de uma artéria) durante os procedimentos de cateterismo cardíaco e angiografia coronariana, bem como uma série de outros exames por imagem e exames de sangue. Pessoas sem sintomas (triagem) Os médicos costumam realizar exames de sangue para medir os níveis de glicose, colesterol e triglicérides no sangue. Alguns médicos recomendam exames de imagem para procurar obstrução aterosclerótica em pessoas que apresentam fatores de risco, mas não apresentam sintomas, como parte de uma estratégia de prevenção. Esses testes incluem uma TC de feixe de elétrons do coração e ultrassonografia das artérias no pescoço (carótidas). https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/angina https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-perif%C3%A9rica/doen%C3%A7a-arterial-perif%C3%A9rica-oclusiva#v37991599_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/doen%C3%A7a-arterial-coronariana/s%C3%ADndromes-coronarianas-agudas-ataque-card%C3%ADaco-infarto-do-mioc%C3%A1rdio-angina-inst%C3%A1vel https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-acidente-vascular-cerebral https://www.msdmanuals.com/pt/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-bacterianas-bact%C3%A9rias-anaer%C3%B3bias/gangrena-gasosa A TC também pode ser usada para detectar placas endurecidas (calcificadas) nas artérias coronarianas. O resultado desse exame é, às vezes, chamado de pontuação de cálcio. Uma ultrassonografia das artérias carótidas pode detectar espessamento da parede arterial, o que sugere aterosclerose. Prevenção e Tratamento Alterações no estilo de vida reduzem o risco de complicações Às vezes medicamentos Para ajudar a prevenir a aterosclerose, as pessoas precisam: Seguir uma dieta saudável Exercício Perder peso Para de fumar Reduzir os níveis de colesterol LDL Reduzir a pressão arterial Reduzir os níveis de glicose no sangue Às vezes, tomar medicamentos, tais como uma estatina Manter uma dieta saudável pode ajudar a diminuir o risco de aterosclerose. Uma dieta pobre em gorduras saturadas, carboidratos refinados e álcool e rica em frutas, legumes, verduras e fibras diminui o risco de doença cardiovascular. Dieta saudável e exercícios podem promover a perda de peso se uma pessoa estiver com sobrepeso ou obesa. As pessoas que fumam devem parar. As pessoas que têm hipertensão arterial devem reduzir sua pressão arterial recorrendo a mudanças no estilo de vida e medicamentos. As pessoas que têm diabetes devem manter um controle rigoroso de seu açúcar (glicose) no sangue. As pessoas que têm alto risco de desenvolverem aterosclerose também podem se beneficiar de certos medicamentos. Entre os medicamentos úteis estão as estatinas, que diminuem o colesterol (mesmo se os níveis de colesterol estiverem normais ou apenas discretamente elevados) e, em alguns casos, aspirina ou outros medicamentos antiplaquetários (medicamentos que impedem que as plaquetas se agrupem e formem bloqueios nos vasos sanguíneos). A aspirina e outros medicamentos antiplaquetários podem causar sangramento. Esses medicamentos devem ser tomados apenas se os pacientes estiverem em alto risco de aterosclerose. Alguns medicamentos usados para tratar a hipertensão arterial e alguns usados para tratar diabetes também ajudam a reduzir o risco de aterosclerose. Tratamento das Complicações da Aterosclerose Quando a aterosclerose se torna grave o suficiente para causar complicações, as próprias complicações devem ser tratadas. As complicações incluem: Angina Ataque cardíaco Arritmias cardíacas Insuficiência cardíaca Doença renal crônica Acidente vascular cerebral Cãibras nas pernas (claudicação intermitente) Gangrena
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