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Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Agroindústria
Embalagens e Aditivos
para Alimentos
Governador
Vice Governador
Secretário Executivo
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Cid Ferreira Gomes
Francisco José Pinheiro
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Cristiane Carvalho Holanda
Secretária da Educação
Secretário Adjunto
Coordenadora de Desenvolvimento da Escola
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Maurício Holanda Maia
Maria da Conceição Ávila de Misquita Vinãs
Thereza Maria de Castro Paes Barreto
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina 
Embalagens e Aditivos para Alimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Josefranci Moraes de Faria 
 Consultora 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
2
 
ÍNDICE 
 
UNIDADE I 
EMBALAGENS PARA ALIMENTOS 03 
REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA EMBALAGENS DE PRODUTOS 
ALIMENTÍCIOS 
04 
SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA 04 
ALUMÍNIO 05 
VIDRO 05 
PLÁSTICAS 06 
EMBALAGENS SEMI-RÍGIDAS: 06 
EMBALAGEM FLEXÍVEL – FILME BOPP 07 
EMBALAGEM FLEXÍVEL E IMPACTO AMBIENTAL 09 
TETRA BRIK 11 
A ORIGEM DO PAPELÃO ONDULADO 12 
EMBALAGENS PARA ALIMENTOS IRRADIADOS 17 
EMBALAGENS RÍGIDAS 18 
EMBALAGENS FLEXÍVEIS 19 
INFLUÊNCIA DAS EMBALAGENS NA ALIMENTAÇÃO 20 
UNIDADE II 
ADITIVOS EM ALIMENTOS 27 
HISTÓRICO 27 
CONCEITO 27 
VANTAGENS 27 
DESVANTAGENS 27 
REQUISITOS PARA O EMPREGO DE ADITIVOS 28 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
3
UNIDADE I 
EMBALAGENS PARA ALIMENTOS 
 
DEFINIÇÃO 
Invólucro destinado a proteger os produtos alimentícios durante o manuseio e a 
estocagem, preservando os para posterior consumo durante a entressafra, além de protegê-los 
contra danos mecânicos e perda de qualidade. 
 
CATEGORIAS OU CLASSIFICAÇÕES 
Embalagens primárias: são as que entram em contato direto com o alimento. Ex: latas, 
sacos plásticos e garrafas. 
 Embalagens secundárias: são as que protegem as embalagens Primárias. Ex: caixas de 
papelão, "over wrapps" e rótulos. 
Embalagens terciárias ou de transporte: empregadas para acondicionar e proteger as 
embalagens primárias e secundárias durante o transporte, estocagem e distribuição dos 
produtos alimentícios. Ex: engradado, caixas de papelão e contentores. 
 
REQUISITOS DE USO 
Manter condições de segurança contra agentes microbianos e enzimáticos, físicos, 
químicos e ambientais; 
b) Ser isenta de toxicidade; 
c) Não causar incompatibilidade com o produto; 
d) Ser adequada à forma, tamanho e peso do produto; 
e) Por sua aparência e poder visual, propiciar a venda do produto; 
f) Possuir qualidades funcionais: 
- fácil transporte e armazenamento do produto; 
- desembaraço em seus sistemas de fechamento e abertura; 
- dispositivos de observação de seu conteúdo; 
g) Fora dos casos excepcionais, ser de baixo custo; 
h) Educar o consumidor para a compra e uso do produto; 
i) Indicar a origem do produto, fabricante e padrão de qualidade; 
j) Contribuir o menos possível para o problema da poluição. 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
4
 
ORIGEM DAS MATÉRIAS-PRIMAS 
a) Animal: bexiga, cera animal, estômago, pele de porco, tripa. 
b) Vegetal: bambu, borracha, cera vegetal, cipó, fibras prensadas (eucatex), folhas 
verdes, madeira, papel e derivados, palha. 
c) Mineral: barro cozido, certos metais, folha de flandres, folha de alumínio, louça, 
materiais de revestimento, mármore, parafina, plásticos, vidro. 
d) Sintética: plásticos. 
 
REQUISITOS FUNDAMENTAIS PARA EMBALAGENS DE PRODUTOS 
ALIMENTÍCIOS 
a) Conter o produto: 
- A embalagem deve ser facilmente moldada e alimentada na máquina de enchimento; 
- Deve permitir um enchimento adequado, dentro das tolerâncias legais e econômicas; 
- Ser fechada satisfatoriamente; 
- Embalagens de transporte: devem apresentar dimensões exatas depois de cheias e 
seladas para facilidade de encaixotamento; 
- Resistência compatível com as pressões interna e externa, principalmente em 
produtos enlatados submetidos a processamento térmico. 
 b) Proteger o produto: 
 - Altas umidades relativas podem diminuir a resistência das caixas de papelão 
utilizadas para acondicionar frutas in natura; 
- Pressão excessiva no empilhamento; 
- Temperaturas elevadas causam alterações nas propriedades físicas dos materiais, 
provocando deformações, rupturas, etc. 
- Impactos e quedas durante o carregamento e transporte; 
- Falta de cuidado ou proteção adequada nos depósitos; 
- Barreira contra insetos, germes e mofo, e contra a ação da luz, às vezes prejudicial 
para determinados produtos; 
- Antocianinas enfraquecem a estrutura de embalagem pela corrosão. 
 
 
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional 
 
AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
5
SELEÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA 
Condições da matéria prima que influem na seleção da embalagem: 
 a) Estado físico do produto: sólido, líquido, cremoso ou em pó. 
 b) Penetração de umidade, de gases e de luz: a penetração desses agentes poderá 
torná-lo impróprio para o consumo. 
 c) Causas de modificações nutritivas e organoléticas: ex. alimentos ácidos causam 
corrosões nas latas. 
d) Interações entre a embalagem e o produto: por dissolução do estanho (influência da 
embalagem, do produto ou do processamento) por presença de N03 e S02, etc. 
e) O produto a ser vendido deve conter: 
- descrição concisa do produto; 
- valorização da marca, logotipo e nome do fabricante; 
- conteúdo líquido: peso, volume e número de unidades; 
- instruções de uso; 
- ilustração do produto; 
- espaço para o preço. 
 
ALUMÍNIO 
Produto da hidrólise da alumina, a qual se origina da bauxita (constituída por óxido de 
alumínio e ferro). Quanto mais pura, maior a resistência à corrosão. 
Vantagens: 
- É atóxico, tem ação protetora contra o calor, é leve, resistente à corrosão, 
impermeável aos gases e à umidade e tem baixa densidade. 
Desvantagens: 
 - É atacado por alimentos ácidos, ou salinos; 
 - É mais difícil de agrafagem, muito mole; 
 - Não tolera altas pressões em autoclave. 
 
VIDRO 
Composto de areia, calcáreo, carbonato de sódio e feldspatos. 
 Vantagens: 
 - Resistente às temperaturas de esterilização (até 100°C); 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
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 - Perfeita impermeabilidade; 
 - Não transmite odor e sabor; 
 - Prescinde de revestimentos; 
 - Facilmente colorivel; 
 - Reutilizado domesticamente. 
Desvantagens: 
- Pouco resistente às temperaturas de esterilização de mais de 100oC; 
- Dificuldade no fechamento hermético; 
- Dificuldade no manuseio. 
 
PLÁSTICAS 
Embalagens semi-rígidas: 
a) Cloreto de Polivinila (PVC) 
- Características: excelente transparência, impermeável a substâncias gordurosas; 
- Utilização: água mineral, vinagre, óleos comestíveis. 
b) Polipropileno 
O polipropilenoé outro tipo de poliolefina termoplástica com estrutura molecular 
um pouco mais complexa do que o polietileno. Os primeiros polipropilenos sintetizados 
apresentavam natureza amorfa (atática). Só então após a descoberta dos catalisadores 
estéreo específicos por Giullio Natta, em 1954, e que se conseguiu produzir as estruturas 
cristalinas tipo isotática e sindiotática. 
Características e Propriedades: 
 é o plásticos mais leve (d=0,9 g/cm ) em relação aos demais; 
 a maioria são do tipo isotático e altamente cristalino, quando na forma de 
filme; 
 as propriedades físicas são semelhantes às do polietileno de alta densidade; 
 quando copolimerizado com polietileno fica menos quebradiço em 
temperaturas de congelação; 
 apresenta-se mais resistente aos agentes químicos do que o polietileno, 
exceto aos solventes clorados; 
 possui melhor barreira aos óleos e gorduras; 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
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 tem melhor permeabilidade ao oxigênio e ao vapor de água em comparação 
com os polietilenos; 
 a biorientação (BOPP) reduz a permeabilidade e aumenta a temperatura. 
Atualmente, o polipropileno vem substituindo os filmes de celofane. Por 
apresentar maior rendimento, e mais barato, possui transparência e brilho semelhantes, 
mas oferece maior resistência à tração. O celofane é mais permeável ao vapor de água 
e não é termossoldável e, geralmente é revestido com nitrocelulose, PVDC ou laminado 
com polietileno (celo/poli). 
 A biorientação do polipropileno traz alguns problemas durante a 
termossoldagem. O calor de fusão fornecido pelas pecas aquecidas faz com que o filme 
perca a orientação, reduzindo assim a resistência do fechamento à quente. O uso de 
soldagem por impulso e mais indicado do que por barra aquecida. Neste caso, a menor área de 
contato diminui o efeito de encolhimento. 
 Existem: 
- Polipropileno (PP) 
- Características: pouco transparente; 
- Utilização: leite em condições assépticas. 
- Polietileno (PE) 
- Características: grande permeabilidade aos gases e afinidade à gordura. 
- Utilização: vinagre, água mineral, refrigerantes e refrescos de frutas. 
c) Poliestireno (PS) 
- Características: permeável ao vapor de água; raramente utilizado para envasar 
alimentos, por transmitir odor a eles. 
- Utilização: produtos de curto consumo: sucos concentrados, bebidas não alcoólicas. 
 
Embalagem flexível – Filme BOPP 
Embalagem flexível é um envoltório maleável de fácil manuseio, no qual podem ser 
acondicionados sólidos ou líquidos, em diversos volumes, formatos e dimensões, através de 
estrutura confeccionada utilizando diversos tipos de materiais, associados entre si ou não. 
Embalagens para o segmento de balas, biscoitos, cereais, frigoríficos, laticínios, 
massas, picolés, sementes, café e ovos de Páscoa. 
Especialistas imputam o advento das embalagens flexíveis com os desenvolvimentos 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
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científicos que viabilizaram as missoes espaciais com a permanência do homem fora da órbita 
terrestre. 
Isso exigiu o desenvolvimento de novos alimentos, como os liofilizados, semi-prontos 
ou prontos para consumo. Tudo isto atrelado à preocupação na redução do peso das 
embalagens, na obtenção de maior resistência e ampliação do shelf-life. Sem dúvida alguma 
que estes acontecimentos mudaram radicalmente os hábitos da sociedade contemporânea. 
As embalagens flexíveis em geral tem um dos mais expressivos crescimentos entre as 
embalagens, de 154% no período de 1990 a 1998. Espera-se que este mercado cresça em 42% 
até 2005. 
Momento atual no setor de embalagens flexíveis 
Ascensão dos stand-up pouches, que ganharão cada vez mais espaço, valendo-se de 
sistemas que facilitem sua abertura/fechamento (easy-open). Uma embalagem stand-up-pouch 
desenvolvida para a indústria de sucos e refrescos, além de trazer as vantagens da embalagem 
flexível, já vem com o canudo dentro o que facilita o consumo do produto. 
Outra novidade é a solução de envase à vácuo de embalagens flexíveis desenvolvida 
para o acondicionamento de alimentos líquidos, densos ou com adicionamento de pedaços 
sólidos. Uma das valiosas vantagens dessa nova tecnologia é a melhora das características 
organoleptícas do produto pela redução do tratamento térmico (40% do tempo). Isso é 
possível, graças ao aumento da penetração de calor na embalagem que ocorre devido à 
espessura reduzida e ao tratamento à vácuo. 
Novos desenvolvimentos são focados para a busca por melhor barreira à umidade, ao 
oxigênio, redução nas temperaturas de iniciação de selagem para embalagens de chocolates, 
balas e biscoito. Já existe filmes que selam a 78 C e outros que oferecem ancoragem 
apropriada para tintas do segmento off-set. 
A aplicação de filmes BOPP é voltada para a indústria de embalagens para biscoitos, 
chocolates, sorvetes, massas e fitas auto-adesivas. Mas é no segmento de rotulagem, 
especialmente de refrigerantes e de águas minerais, que este produto vem ganhando mercado. 
A tendência do uso do filme BOPP, aponta para o aumento das propriedades deste 
substrato como barreira a gases, maior brilho, encolhimento, rigidez e a necessidade de 
oferecer ao mercado embalagens invioláveis. Existem filmes de alto encolhimento, opacos 
metalizados e com rigidez variadas. 
Novos desenvolvimentos são focados para a busca por melhor barreira à umidade, ao 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
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oxigênio, redução nas temperaturas de iniciação de selagem para embalagens de chocolates, 
balas e biscoito. Já existe filmes que selam a 78 C e outros que oferecem ancoragem 
apropriada para tintas do segmento off-set. 
A aplicação de filmes BOPP é voltada para a indústria de embalagens para biscoitos, 
chocolates, sorvetes, massas e fitas auto-adesivas. Mas é no segmento de rotulagem, 
especialmente de refrigerantes e de águas minerais, que este produto vem ganhando mercado. 
A tendência do uso do filme BOPP, aponta para o aumento das propriedades deste 
substrato como barreira a gases, maior brilho, encolhimento, rigidez e a necessidade de 
oferecer ao mercado embalagens invioláveis. Existem filmes de alto encolhimento, opacos 
metalizados e com rigidez variadas. 
Embalagem flexível e impacto ambiental 
Artigo retirado da revista Embalagem&Cia , junho 2000, p.38-39, ano XII, no.147 
Com o crescente uso das embalagens flexíveis, que combinam materiais diversos, 
inclusive os celulósicos e de alumínio, o seu impacto no ambiente de descarte traz 
preocupação e aumenta em importância. 
São diversos os possíveis ambientes de descarte e o comportamento das embalagens 
em cada um será diferente, com alteração nos tipos e intensidades de impacto. 
O descarte pode ser feito (não pode, mas é feito) por simples abandono das 
embalagens nas ruas, beiras de estrada, praias e campos. Uma situação melhor, também das 
mais freqüentes em países como o nosso, é a do “lixão”. Aterros sanitários são uma solução 
mais próxima do ideal, ainda com muitos problemas. A incineração é outra proposta, mas 
também apresenta dificuldades. 
O primeiro ambiente, formando um lixo que não será coletado devido ao alto custo 9º 
que é relativo, pois até no alto do Everest tem sido enviadas expedições de coleta de lixo), 
exige que as embalagenssejam de alguma forma degradáveis, para que seu acúmulo seja 
combatido pelo próprio tempo. 
Isso não é uma solução, é um paliativo, pois a resolução envolve s coleta do lixo. Uma 
embalagem que se degrada m alguns meses, e não há nenhuma mais rápida que isso, pode 
provocar danos à fauna, como observa-se em trabalho realizado em Uganda, onde gorilas e 
outros animais estão morrendo vitimados por sacos plásticos. O IBAMA constata a morte de 
tartarugas pelo mesmo motivo. 
Acelerar esse processo de degradação natural é um desafio aos pesquisadores, ainda 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
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que reconheçam ser um paliativo. 
Diversas pesquisas estão sendo realizadas : Uma delas, apoiada pela Copersucar, visa a 
produção de um poliéster biodegradável, cujo principal interesse não é esse paliativo, mas o 
fato de ser um plástico derivado de recurso natural renovável, a cana-de-açucar. 
A degradação de embalagens de polietileno/cartão/alumínio e polietileno/cartão em 
exposição ao tempo e ao chorume foi recentemente estudada por pesquisadores do IPT 
(Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) em trabalho de mestrado. Os 
acolchoamentos de milho expandido tiveram seu comportamento em choques . 
Tubos flexíveis para pasta de dentes, de alumínio e de materiais poliméricos, tiveram 
sua degradação em chorume comparada. A degradação, seja bio, hidro ou fotodegradação (ou 
uma combinação), ainda é um processo muito lento, para todos os materiais estudados, 
devendo ser mais efetivo um processo de educação e de coleta de lixo que evite ou reduza o 
descarte descontrolado. 
No “lixão” existe, diferentemente do descarte descontrolado, a possibilidade de coleta 
de alguns componentes do lixo, de forma a reduzir seu volume e (este é o problema objetivo) 
resultar em algum ganho para os catadores. 
Como essa atividade, porém, é altamente perigosa para a saúde dos catadores, sempre 
desprovidos de qualquer proteção por roupas, luvas e máscaras adequadas (sem falar das 
proteções sociais), tende a ser proibida nos “lixões” cercados. Assim, o volume e área 
ocupada pelos “lixões” tende a aumentar de forma desenfreada. 
Uma catação controlada, em esteiras de triagem, sob condições sanitárias mais 
apropriadas, permitiria retirar diversas materiais para fins econômicos de reciclagem, 
incineração ou simplesmente para redução do volume do lixo. 
Essa redução não deixa de ter uma motivação econômica, ainda que o aproveitamento 
do material não a tenha, visto que o custo logístico e de espaço na criação de novos 
“lixões”ou aterros, ou na ampliação dos atuais, pode exigir essa redução. 
O material coletado, seja através de algum sistema de coleta seletiva, seja na triagem 
em esteira do serviço de limpeza, será objeto de compostagem, reciclagem ou de incineração. 
No que diz respeito a incineração das embalagens, a poluição atmosférica deve ser 
evitada. A incineração é uma das soluções mais promissoras, inclusive pela recuperação de 
alguma energia, mas é claro que diversos materiais não podem, simplesmente, ser queimados. 
 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
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Alguns tipos são: 
a) Acetato de celulose 
- Características: plástico de origem celulósica, elaborado através do tratamento com 
ácido anidrido acético. 
- Utilização: em forma de chapa. 
b) Cloropolivinila (PVC) 
- Características: mais versátil de todos os plásticos, através de suas propriedades: 
solubilidade, resistência química, fluidez, facilidade de elaboração. 
Vantagens: 6 vezes melhor como barreira ao O2 do que o polietileno e maior rigidez. 
- Desvantagens: 10 vezes menos resistente à água do que o polietileno. 
- Utilização: aplicado em filmes encolhíveis. 
c) Nylon 
- Características: barreira à água e ao oxigênio, suporta calor até 140°C. 
- Desvantagens: dificuldade de fechamento sozinho, e alto custo. 
d) Poliester (tereftalato de poliestireno) 
- Vantagens: 80 vezes superior ao polietileno, como barreira de O2, 4 vezes mais 
resistente que o PE, boa faixa de temperatura de trabalho (até 1500C). 
- Desvantagens: menos resistente à umidade que o PE. 
e) Polietileno 
- Características: versatilidade, compatibilidade com muitos alimentos, transparência, 
resistência, termossoldagem fácil, boa impermeabilidade à água, alta permeabilidade ao O2 e 
CO2. 
f) Polipropileno (PP) 
- Características: transparência e brilho, quando não orientados tornam-se quebradiços, 
no congelador. 
- Utilização: produtos de confeitaria. 
g) Cryovac 
- Características: baixíssima permeabilidade ao O2, reduzida ao vapor de água, ótima 
resistência mecânica, excelente transparência, e brilho, fechamento por grampos ou soda. 
- Utilização: produtos perecíveis, principalmente carnes e seus derivados. 
 
 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
12
TETRA BRIK 
Características: 
- Polietileno: função estética; 
- Papel cartão: estrutura ao laminado, resistência à tração e fácil impressão; 
- Polietileno: adesivo entre o papel e o alumínio 
- Alumínio: impermeável ao O2, umidade e luz. 
 
Para curiosidade!!!! 
A ORIGEM DO PAPELÃO ONDULADO 
A história de datas do Papelão Ondulado já passa de um século. O papelão ondulado 
nasceu do uso de papel e da necessidade crescente para empacotar e proteger. Apesar de 
consideráveis mudanças, as embalagens modernas não são tão diferentes que as de nossos 
avôs. 0 segmento é e permanecerá lucrativo,moderno e inovador. 
Algumas datas importantes 
1856 Dois ingleses, Healey e Allen obtiveram uma patente para o primeiro uso 
conhecido de papelão ondulado. O papel foi alimentado um a um em uma máquina de mão 
simples feita de 2 rolos corrugados. O resultado foi um papel corrugado e agradável. Foi 
aplicado no forro de chapéus. 
1871 O primeiro uso de papelão ondulado para empacotar foi por um homem 
americano, Albert L. Jones que obteve uma patente para o uso do papelão ondulado para 
embrulhar artigos frágeis como garrafas. 
1874 Novamente nos Estados Unidos, Olivier Long patenteou o conceito de unir uma 
folha lisa a um papel corrugado, para fortalecer isto. 
1881 Alguns fabricantes dos EUA acreditavam que o papelão ondulado fosse um novo 
conceito para embalar. Eles concentraram esforços para desenvolver um novo maquinário. 0 
Thompson com a companhia de Norris criaram a primeira máquina para a fabricação do 
papelão FACE-SIMPLES e apresentaram para os Europeus. 
Papelão ondulado na Europa 
1895 Os Europeus produziram suas máquinas de produção de papelão ondulado a 
nível de empresa, A primeira onduladeira foi desenvolvida por Jefferson T. Ferres da Sefton 
CIA. Industrial. 
 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
13
Um século de inovações. 
A produção de embalagens de papelão tem mostrado enorme crescimento. 
Acompanhou a revolução industrial e vem atendendo à demanda fixa por mais embalagens de 
transporte, fazendo a produção de papelão ondulado seguir a atividade econômica de perto. 
Hoje, se adapta à evolução constante do comércio de varejo e suas constantes exigências de 
logísticas variáveis. Como no fim do Século 19, aconteceram muitas mudanças e um 
progresso notável na melhoria de matérias-primas, nos equipamentos, nos processos de 
produção, e as técnicasdas impressão nas embalagens de papelão. 
Alguns exemplos são listados abaixo: 
- 0 número de QUALIDADES de papel para a produção de papelão ondulado está 
aumentando continuamente. 
- A velocidade de produção aumentou significativamente com a melhoria de 
equipamento. Isto também é verdade no lado do usuário, que vem usando cada vez mais a 
embalagem de papelão. 
- O uso do computador revolucionou a indústria conseguindo produções continuas e 
permitindo se evitar paradas de máquina, pois as paradas tinham um impacto considerável em 
relação à produtividade. Os progressos não irão parar, a era da tecnologia de informação 
começou a pouco tempo. 
- Na última década, as novas técnicas de impressão provavelmente trouxeram maiores 
mudanças. A embalagem de papelão ondulado tem varias funções como de logística e 
comercialização. 
O uso de códigos de barra para identificação do produto requereu melhorias na 
qualidade gráfica das embalagens de papelão com ondas pequenas e papel de qualidade 
conseguimos boas impressões as quais vem sendo utilizadas para causar impacto junto ao 
consumidor final. 
Impulsores da mudança 
Muitas forças motrizes influenciam o desenvolvimento futuro da INDÚSTRIA DE 
PAPELÃO ONDULADO. Alguns deles são inerentes ao segmento, e outros são o resultados 
de mudanças significantes do comércio de varejo e da globalização. 
Os consumidores de embalagens de papelão ondulado na Europa estão cada vez mais 
exigentes. Alguns segmentos de mercado fazem estudos (desenvolvimentos internos). Antes 
de lançarem o produto no mercado. A embalagem de papelão ondulado hoje possuí um papel 
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AGROINDÚSTRIA - Embalagens e Aditivos para alimentos 
 
14
muito importante na estratégia de venda. 
A embalagem de papelão em nossos tempos 
O papelão ondulado presta antes de mais nada um serviço à sociedade direcionado a 
conscientização e esclarecimento ao usuário da embalagem a qual é reciclável, procurando 
mostrar a importância que elas possuem diante da realidade ambiental a qual vivemos . 
Esclarecimentos estes que tem reflexos imediatos na degradação ambiental e na economia do 
País, com menores perdas de produtos, no transporte ou na estocagem e maior 
competitividade dos produtos. A embalagem de papelão ondulado é "o elemento que protege o 
produto durante a movimentação, transporte, armazenagem e possibilita a exposição em sua 
própria embalagem de transporte "As embalagens de papelão ondulado evoluíram bastante, se 
tornaram parte integrante do produto e não mais como pensavam que ela eram um mal 
necessário 
 
A primeira coisa que uma empresa faz, quando lhe é solicitada a fabricação de uma 
determinada embalagem, é aplicar a mesma um chek-list no seu futuro usuário, o chek-list é 
um amplo questionário em que o cliente fornece uma série de informações que serão 
fundamentais para elaboração de uma embalagem, ou seja, o mais eficiente possível, pelo 
menor custo. 
Custo palavra chave para o crescimento o qual tem tido o mercado de papelão 
ondulado, que se aprimora incessantemente. Naturalmente ele vem tomando o mercado das 
embalagens em OFF-SET (displays, embalagens de eletro-eletrônicos, etc.) CARTÃO 
(embalagens de produtos alimentícios de impacto no consumidor final, etc.) , MICRO-
ONDULADO(display, capas de álbum, embalagens p/ frutas, etc.). 
A tendência a tomar estes mercados é que nos obriga a sermos cada vez mais 
observadores e criteriosos no processo de produção, obrigando o setor investir maciçamente 
em treinamento, tecnologia e qualidade de produtos e serviços. 
Projeto Lixo Seletivo - Papel Ondulado 
O papel ondulado, também conhecido como corrugado, é usado basicamente em 
caixas para transporte de produtos para fábricas, depósitos, escritórios e residências. 
Normalmente chamado de papelão, embora o termo não seja tecnicamente correto, este 
material tem uma camada intermediária de papel entre suas partes exteriores, disposta em 
ondulações, na forma de uma sanfona. 
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O Brasil tem reciclado 720 mil toneladas de papel ondulado por ano representando 
48,9% do total de aparas encaminhadas para reciclagem. A produção nacional é de 1,2 
milhões de toneladas por ano. 
No Rio de Janeiro, o papelão - incluindo o papel ondulado - corresponde a 4,1% do 
lixo. Nos EUA, em 1990, o papel ondulado constituiu 12,2% do peso dos resíduos urbanos 
antes da reciclagem, totalizando 23,9 milhões de toneladas. 
Encaminhado pelos aparistas às indústrias papeleiras, o material é desagregado no 
"hidropulper", uma espécie de liquidificador gigante que separam as fibras, transformando-as 
em uma mistura homogênea. Em seguida por meio de peneiras retira-se as impurezas, como 
fitas adesivas e metais. 
No caso do papel ondulado, ao contrário, do papel de escritório não é preciso aplicar 
técnicas de limpeza fina retirada de tintas, branqueamento do material de lavagens especiais. 
Com as fibras de melhor qualidade faz-se a capa de papel que é colocada na superfície externa 
da caixa de papelão as de qualidade inferior s]ao usadas na fabricação do forro, que reveste a 
parte interior. E as de pior qualidade servem para produzir o miolo ondulado, por meio de 
uma máquina que se chama "corrugadeira" 
As caixas feitas em papel ondulado são facilmente recicláveis, consumidas 
principalmente pelas indústrias de embalagens, responsável pela utilização de 80% das aparas 
recicladas no Brasil. Somente 18% das aparas são consumidas para fabricação de papéis 
sanitários e 8% para aquelas destinadas à impressão e escrita. 
O papel ondulado é o material que atualmente mais usa material reciclado no país. São 
Paulo (43,7%), Paraná (12,7%) e Rio de Janeiro (11,8%), são os maiores consumidores de 
aparas para fabricação de todos os tipos de papel. São também os maiores consumidores de 
aparas para fabricação de todos os tipos de papel. No mundo, os Estados Unidos são os que 
mais consomem aparas, somando 21,3 milhões de toneladas. O Brasil participa com 1,7% do 
mercado mundial de aparas. O papel ondulado é classificado em três categorias, conforme sua 
resistência e teor de mistura com outros tipos de papel. 
Sessenta por cento (60%) do volume total de papel ondulado consumido no Brasil é 
reciclado. Nos EUA, a taxa é de 55%, abaixo apenas do alumínio. No mercado americano, as 
caixas onduladas têm 21% de sua composição proveniente de papel reciclado. Muitas caixas 
têm coloração marrom em suas camadas. Algumas, contudo, usam uma camada branca 
conhecida como mottled white, composta por papel branco de escritório reciclado. 
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O valor do papel ondulado varia muito conforme a região e o preparo do material após 
a separação do lixo. Muitos países estimulam a reciclagem do papel, incentivando a instalação 
de usinas depuradoras capazes de iniciar o processamento e fornecer fardos de celulose 
secundária para serem usados em qualquer fábrica de papel, sem que estas necessitem de 
equipamentos para preparação da polpa de aparas. No Brasil, não há iniciativas deste tipo. O 
material é de fácil coleta em grandes volumes comerciais, sendo facilmente identificadas 
quando misturadas com outros tipos de papel, por isso seu susto de processamento é 
relativamente baixo. 
A reciclagem de fibras secundárias é tão antiga quanto a própria descoberta do papel, 
no ano 105 D.C.. Desdeaquela época, papéis usados podem ser reconvertidos em polpa para 
gerar produtos de qualidade menos refinada, como os miolos das caixas de papelão, cartões de 
papéis de embalagens. 
Há muito tempo as caixas onduladas são recicladas pelos grandes produtores de 
embalagens. Essa demanda produziu volume suficiente de papel para justificar o investimento 
em equipamentos para preparar o material a ser negociado com sucateiros. Na medida em que 
o interesse pela reciclagem aumentou, cresceu também a quantidade de caixas feitas com 
material reciclado - uma tonelada de aparas pode evitar o corte de 10 a 12 árvores 
provenientes de plantações comerciais reflorestadas. E a fabricação de papel com uso de 
aparas gasta 10 a 50 vezes menos água que no processo tradicional que usa celulose virgem, 
além de reduzir o consumo de energia pela metade. 
Os produtos que contaminam o papel ondulado são cera, plástico, manchas de óleo, 
terra, pedaços de madeira, barbante, cordas, metais, vidro, entre outros. Fator igualmente 
limitante é a mistura com a chamada caixa ondulada amarela, composta por fibras recicladas 
que perderam a resistência original. 
Materiais contaminantes não podem ser exceder a 1% do volume e a perda total no 
reprocessamento não deve passar de 5%. A umidade em excesso altera as condições de papel, 
dificultando sua reciclagem. 
As tintas usadas na fabricação do papelão podem inviabilizar tecnicamente sua 
reciclagem. O mesmo ocorre se o papel ondulado tiver recebido tratamento anti-umidificação 
com resinas insolúveis em água, o rendimento do processo de reciclagem depende do pré-
processamento do material seleção, limpeza, prensagem - realizado pelo aparista. 
 
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É importante saber que... 
- As caixas de papel ondulado normalmente têm pouco peso. Nos últimos anos, 
obteve-se redução de peso entre 10 e 15%. A necessidade de testes de compressão, 
empilhamento e ruptura para garantir a resistência do material, limita sua capacidade de 
redução do peso. O uso de fibras recicladas em maior quantidade pode aumentar o peso da 
caixa de papel ondulado, tornando-o mais resistente. 
- O papel ondulado, se cortado de forma correta, é decomposto com facilidade. 
Misturado a outros resíduos torna-se fonte de nitrogênio aos microorganismo. 
- O material é facilmente combustível, com poder calorífico de 7.047 BTUs por quilo, 
comparado com os 4.500 BTUs do lixo urbano como um todo. 
- O material degrada-se muito lentamente em aterro. 
 
EMBALAGENS PARA ALIMENTOS IRRADIADOS 
FDA (Food and Drugs Administration): 
 O material usado nas embalagens não deve interferir nas qualidades dos alimentos, 
assim como, não impor nenhum dano toxicológico ou indesejável, em decorrência da 
irradiação no mesmo. 
 O uso comercial de alimentos irradiados requer essencialmente uma embalagem 
ideal para esse tipo de produto. 
 
Principais classes de materiais usados em alimentos irradiados 
A) Celulose 
- Polímero de alto peso molecular; 
- Embalagens compostas de celulose: papel, cartolina, papelão, madeira; 
- Derivados químicos da celulose: celofane, rayon e o acetato de celulose; 
- A radiação gama e os elétrons acelerados causam alterações físicas e químicas 
significativas na celulose; 
- As propriedades (perfuração, rompimento, rasgadura e tensão) decrescem com o 
aumento da dose de radiação (10, 30 e 60 kGy) e com as baixíssimas temperaturas durante o 
processo (-80, -30°C). 
B) Vidro 
- Os elétrons livres presentes nos vidros como resultado da irradiação, podem ser 
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capturados e formarem centenas de cores; 
- Altas doses de radiação, causam um escurecimento, com a coloração marrom no 
vidro; 
- Esse escurecimento é quase permanente, embora, com o aquecimento do vidro, isto 
tende a desaparecer; 
- A adição de cério ao vidro previne o escurecimento induzido pela irradiação. 
C) Metais 
- A irradiação aumenta a mobilidade dos elétrons dos metais. Esta energia degrada em 
calor, usualmente de negligível quantidade; 
- Não há outros efeitos da irradiação nos metais. 
D) Polímeros Orgânicos 
- Os radicais livres podem ser formados nos polímeros e resultar em alterações 
químicas incluindo a quebra de cadeia e "cross-linking". Essa quebra, a qual encurta o 
comprimento da cadeia, pode resultar em um decréscimo na tensão e resistência de flexão; 
- “Cross-linking" pode ter um efeito reversivo, mas pode afetar no tamanho da cadeia, 
cristalinidade e solubilidade do polímero; 
- Os polímeros usados nas embalagens dos alimentos, geralmente são componentes de 
lâminas múltiplas. Os efeitos da irradiação em tais lâminas dependem da natureza dos 
componentes individuais e dos adesivos usados nas ligações das várias camadas; 
- Estando os polímeros em contato direto com os alimentos, devem-se considerar os 
efeitos da irradiação sobre as alterações nos polímeros e como podem afetar as características 
sensoriais e salubridade dos alimentos irradiados. 
E) Materiais Coloridos 
- As tintas e materiais coloridos, aplicados na superfície dos filmes, papéis, ou outros 
materiais, podem estar sujeitas a alterações pela irradiação; 
- Desses materiais, os corantes orgânicos são os mais sensíveis à irradiação. 
F) Ceras E Adesivos 
 - Devem ser de alto peso molecular; 
 - Devem ser resistentes à despolimerização pela irradiação; 
 - Ex: poliéster epóxi modificado e ácido etileno acrílico, ambos usados em 
embalagens de radapertização. 
 
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EMBALAGENS RÍGIDAS 
 
FOLHA DE FLANDRES 
- A folha de flandres, comumente usada para o processamento térmico dos alimentos, 
pode também ser usada para alimentos radapertizados. 
Aspectos de embalagem que requerem algumas considerações no processo de 
irradiação: 
- Composição do verniz interior, composição do selante final e a integridade da 
embalagem ao todo em relação à irradiação e ao congelamento; 
- No uso de metais para os alimentos radapertizados, deve-se ter a precaução de deixar 
espaço para os gases formados durante o processo de irradiação; 
- Nas embalagens à vácuo, um vácuo de no mínimo 63 cm deve ser assegurado. Com 
esse vácuo, um valor final de aproximadamente 38 cm é obtido após a irradiação. 
LATAS DE ALUMÍNIO 
 - O alumínio tem menor densidade, em comparação com o aço da folha de flandres; 
- Menor alteração devido à absorção da irradiação. 
 
EMBALAGENS FLEXÍVEIS 
- São compostas de materiais em múltiplas camadas; 
- Nenhum material flexível sozinho tem todas as propriedades químicas, físicas e 
características protetoras necessárias para atingir os requerimentos necessários para a 
embalagem de alimentos irradiados. 
Requerimentos necessários para as embalagens flexíveis: 
1. Devem ser seladas à quente; 
2. Devem resistir à irradiação em temperaturas abaixo de 40°C sem romper, dilatar ou 
perder a resistência; 
3. Devem resistir ao transporte; 
4. Devem proteger o alimento de contaminações microbiológicas e outras; 
5. Devem impedir a entrada de oxigênio e umidade. 
6. Devem ser inertes ao conteúdo. 
Tipos de embalagens flexíveis para filés haddock irradiados: 
- Nylon – 11; 
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- Cryovac; 
- Polietileno revestido de poliéster; 
- Papel laminado/alumínio polietileno. 
Para peixe fresco radurizado, os seguintes filmes permeáveis ao oxigênio são 
recomendáveis: 
- Cloropolivinila – PVC; 
- Celofane; 
- Polietileno. 
Entre os filmes permeáveis ao oxigênio para carnes radurizadas, incluem os seguintes: 
- Cryovac; 
Cloreto de polivinilideno/poliéster/polietileno. 
Para carnes radapertizadas: 
- Laminado de nylon-6 (externo)/alumínio (meio)/poliéster-polietileno (interno). 
 
 
INFLUÊNCIA DAS EMBALAGENS NA ALIMENTAÇÃO 
Autores: Lira, Marília; Carvalho, Helaine Solano Lima de. 
Atualmente os mercados passam por transformações rápidas e bruscas, através da 
globalização, da alta competição e na velocidade das comunicações. É preciso saber que o 
consumidor está cada vez mais exigente com os produtos, e espera deles qualidade, preço 
satisfatório e atendimento. Uma embalagem comunica o significado da marca através de seus 
diversos componentes simbólicos: cor, modelo, forma, tamanho, materiais físicos e rótulo de 
informações (SHIMP, 2002). 
Na área alimentícia o marketing nutricional engloba a diferenciação física do produto, 
abordagem nutricional e serviços complementares ao consumidor. Pois uma embalagem bem 
elaborada pode criar valores de conveniência e promocional (KOTLER, 2000). 
A embalagem tinha como funções iniciais proteger, conter e viabilizar o transporte dos 
produtos. Com o desenvolvimento da humanidade e da economia, a embalagem teve também 
denotações para conservar, expor e vender os produtos, e tornando-se assim uma importante 
ferramenta do marketing para atrair o consumidor por meio do seu visual atraente e 
comunicativo (MESTRINER, 2002). 
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Consumidor designa, no atual estudo, todo e qualquer ser humano, pois qualquer um 
tem a possibilidade de consumir algo (GIACOMINI FILHO, 1991). 
A embalagem tornou-se parte fundamental de um produto, pois pode torná-lo mais 
versátil, seguro e além de proteger o produto deve colaborar para o fortalecimento da imagem 
assim portanto tendo o poder de influenciar o consumidor, interferindo-o na decisão da 
compra (CEZAR, 2000). 
A embalagem caracteriza-se pelo conjunto de atividades de projetos e produção do 
recipiente ou envoltório de um produto (KOTLER, 2000; DIAS, 1996). A embalagem passou 
a ser uma poderosa ferramenta de marketing, pois embalagens bem desenhadas podem criar 
valores de conveniência e promocionais (KOTLER, 2000). 
Historicamente a embalagem representou uma importante ferramenta para o 
desenvolvimento do comércio e para o crescimento das cidades. Proteger, conter e viabilizar o 
transporte dos produtos eram as funções iniciais das embalagens. Com o desenvolvimento da 
humanidade e de suas atividades econômicas, a embalagem foi incorporando novas funções e 
passou a conservar, expor, vender os produtos e por fim conquistar o consumidor por meio de 
seu visual atraente e comunicativo (MESTRINER, 2002). 
Uma embalagem pode se tornar parte fundamental de um produto, tornando-o mais 
versátil, seguro e fácil de usar. A embalagem pode influenciar nas atitudes dos consumidores 
para com o produto e, desse modo, afetar suas decisões de compra (PRIDE e FERRELL, 
2001). Segundo Dias (1996), uma embalagem além de proteger o produto, deve colaborar 
para o fortalecimento da imagem da marca, informando, atraindo e despertando o desejo de 
compra (DIAS, 1996). É a ilustração que freqüentemente compõe um anúncio, pois é ela que 
dá vida ao anúncio, chama a atenção do consumidor e desperta o desejo de compra do produto 
(GONZALES, 2003). 
Nos produtos de consumo, a embalagem é item obrigatório. Explorar ao máximo seu 
potencial é o melhor negócio que uma empresa pode fazer hoje em dia, principalmente porque 
para o consumidor a embalagem é o produto. Na verdade a embalagem é o veículo que 
permite ao produto chegar ao consumidor (MESTRINER, 2002). 
As embalagens têm por objetivo valorizar o produto e dar maior credibilidade à marca, 
despertando a vontade do consumidor a adquirir o determinado produto. Em qualquer lugar 
do mundo, as indústrias entendem que a embalagem é parte fundamental na sobrevivência de 
seus produtos. Não basta apenas qualidade e preço (CEZAR, 2000). 
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Em alguns casos chega-se a dizer que a embalagem é o vendedor silencioso de uma 
empresa. O consumidor poderá encontrar nos dias de hoje uma ampla variedade de diferentes 
marcas nas gôndolas dos supermercados, nesses casos a escolha será em grande parte 
influenciada pela embalagem (LAS CASAS, 1997). 
Deste modo nota-se que, quando um produto é embalado, sua forma e seu visual estão 
diretamente relacionados com o consumidor dentro de sua classe social e sua faixa etária, ou 
seja, a embalagem é desenvolvida para impressionar o consumidor e vender mais, embora sua 
função básica é simplesmente proteger o produto e identificá-lo (PEREIRA, 1998). 
As embalagens de alimentos exploram cada vez mais e de forma mais sofisticada a 
imagem do produto servido, pronto para ser saboreado (MESTRINER, 2002). 
A finalidade das embalagens dos produtos alimentícios é visada nesse caso a estimular 
o paladar, e a cor, nesse caso, deve ser empregada com o objetivo de expressão (FARINA, 
1990). 
Segundo Maistro (2001), um produto adequado é aquele que atende as exigências do 
consumidor, apresentando-se em conformidade com suas características originais, 
preservando sua coloração, sabor, aroma e textura. 
Ao se desenvolver uma embalagem, deve-se levar em consideração os seguintes 
aspectos: a embalagem deve induzir o consumidor à compra; a embalagem deve ser 
desenvolvida para ser usada depois de vazia, quando possível; ser de fácil reconhecimento 
pelo consumidor; considerar as embalagens de produtos similares, além de ter formas e cores 
adequadas (LAS CASAS, 1997). 
Segundo Azeredo et.al. (2000), as embalagens tradicionalmente têm sido planejadas 
para proteger o produto e um de seus principais requisitos é a não interação com o alimento 
acondicionado. 
Nos dias de hoje a embalagem desempenha um papel essencial, segundo uma pesquisa 
realizada, os consumidores gastam um tempo estimado entre 10 – 12 segundos, olhando as 
marcas e embalagens antes de selecionar o devido produtos (SHIMP, 2002). 
O comportamento do consumidor é um tema que permite compreender a vida diária 
das pessoas, seu cotidiano e a maneira como se relacionam com o produto, serviços e com 
outras pessoas (SERRALVO e IGNÁCIO, 2004). Todo o ser humano possui uma 
personalidade distinta, que de algum modo irá influenciar em seu comportamento de compra 
(MEDEIROS e CRUZ, 2006) 
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Com toda a modernidade e recursos de aperfeiçoamento que encontramos nos dias de 
hoje, os projetos de embalagens estão cada vez mais sofisticados. São lançadas nos mercados 
anualmente várias inovações e aprimoramentos (STRUNCK, 2003). 
A embalagem não é apenas um meio de preservação do produto, é também importante 
fator de identificação. Dá individualidade ao produto, distingue-o dos demais e, em muitos 
casos, é um eficiente fator de vendas. [...] (SANT’ANNA; ARMANDO, 2002, pág. 129). 
No consumo são vários os aspectos envolvidos e cada vez mais importantes,até 
mesmo para o conhecimento das empresas. Em cada um de nós existe um consumidor e assim 
o ato de consumir, ou seja, fatores relacionados ao comportamento e a necessidade individual 
de cada pessoa adquirir seus produtos (RODRIGUES e JUPI, 2004) 
Rótulo 
O rótulo faz parte da embalagem, é o componente em que traz as informações do 
produto. Normalmente um rótulo deve conter a marca nominal ou símbolo, nome e endereço 
dos distribuidores, tamanho e usos recomendados e informação nutricional (MESTRINER, 
2002; LAS CASAS, 1997). Em alguns casos os rótulos das embalagens podem incluir 
endereços para atendimento dos consumidores caso quiserem saber qualquer informação a 
respeito do produto. As informações dos rótulos inclusas através de seus fabricantes são de 
extrema importância, pois além do respeito ao consumidor, há também a exigência legal do 
Código de Defesa do Consumidor, sendo assim um direito do consumidor estar à parte dessas 
informações (LAS CASAS, 1997). 
De acordo com a Resolução RDC nº 40 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária e Alimentar), de 21 de março de 2001, todos os alimentos devem trazer informações 
nutricionais em seus rótulos. As informações nutricionais obrigatórias são: valor energético 
(carboidratos, proteína, gorduras totais, gorduras trans, gorduras saturadas, fibra alimentar e 
sódio) (ANVISA, 2005). 
Em relação aos rótulos eles podem ser pequenos, grandes e ter quantidades de 
informações variadas. O rótulo pode ser parte da própria embalagem ou algo separado juntado 
à embalagem que possa ser removido (MESTRINER, 2002). 
Segundo Sá (2004), a rotulagem dos alimentos possibilita uma melhor capacidade de 
julgamento do consumidor acerca das propriedades nutritivas do produto, pode-se inclusive 
considerar, desta forma, que o marketing nutricional pode contribuir para o melhor status 
educacional da população (SÁ, 2004). 
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Cores 
Atualmente a grande influência da cor sobre o homem, tanto sob o ponto de vista 
fisiológico quanto psicológico é fator decisivo (CEZAR, 2000; FARINA, 1990). Devido à sua 
propriedade essencial, a cor tem a capacidade de rapidamente captar um domínio emotivo a 
atenção do comprador. Uma embalagem pode ter mudança estética com uso certo de cores 
mais adequadas e motivadoras, que a destaquem entre os demais produtos concorrentes 
(FARINA, 1990). 
Segundo Sant’anna (2002), são inúmeras as finalidades da cor na publicidade. As mais 
comuns são: chamar a atenção; dar estímulo; realismo aos objetos e cenas; embelezar a peça e 
torná-la mais atrativa e formar uma atmosfera adequada. 
As cores exercem importante papel no psicológico, sendo assim é usada para 
estimular, acalmar, afirmar, negar, decidir, curar e, no caso da propaganda vender. Exemplo: 
chocolate e café normalmente têm suas embalagens nas cores vermelha ou marrom (CEZAR, 
2000). 
Além de todo o impacto emocional que as cores trazem a uma embalagem, pode-se 
acrescer a elegância e prestígio aos produtos com o uso de superfícies polidas e esquema de 
cores que usem preto e branco ou dourado e prateado (SHIMP, 2002). 
Deve-se levar em consideração a cultura de cada país, observando assim os 
significados das cores (SHIMP, 2002). 
Segundo Farina (1990), o desígnio de complementar com mais informações o item 
referido ao significado das cores, estabelece tendências em relação às cores aplicadas 
existentes nas seguintes associações relacionadas aos produtos alimentícios. 
Na tabela a seguir algumas associações de cores com produtos alimentícios: 
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As cores têm grande capacidade de informar muitas coisas aos possíveis consumidores 
como sabor, qualidade e a capacidade do produto de satisfazer várias necessidades 
psicológicas. Pesquisas comprovaram e documentaram o importante papel que a cor 
desempenha ao afetar nossos sentidos (SHIMP, 2002). 
Formas e Design 
A primeira missão do design é chamar a atenção para existência da embalagem, pois é 
esse primeiro momento que o produto deve ser notado (MESTRINER, 2002). Um design de 
embalagem eficaz é aquele que permite uma boa absorção de olhar e dá ao consumidor um 
alvo de foco (SHIMP, 2002). 
Para Shimp (2002), as formas têm uma certa facilidade de despertar certas emoções. 
As diferentes formas das embalagens também afetam seu volume aparente, no geral, se duas 
embalagens têm o mesmo volume visível, mas com formatos diferentes, a embalagem mais 
alta das duas parecerá conter uma maior quantidade de produto. 
A embalagem pode ter inúmeras possibilidades de formas. Pode ser redonda, 
quadrada, oval, retangular, triangular. O principal, porém, é não esquecer que a forma precisa 
estar ligada com a funcionalidade. A criação da embalagem é diferente de outras peças de 
comunicação e muito mais complexa, pois o designer ou o criador precisa pensar e ter em 
mente qual público pretende atingir. As formas são de extrema importância, pois, foram feitas 
para proteger, garantir higiene, preservação e entre outras coisas, vender. Para isso, tem que 
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chamar a atenção, pois as formas nas embalagens é uma peça de comunicação (CEZAR, 
2000). 
Marketing Nutricional 
O marketing nutricional engloba: a diferenciação física do produto, a abordagem 
nutricional na divulgação, e a diferenciação do produto por meio do fornecimento de serviços 
complementares ao consumidor (FISBERG e CARSAVA, 2004). No entanto, o profissional 
de nutrição também pode auxiliar no desenvolvimento, implantação e avaliação de resultados 
das pesquisas de marketing, no lançamento ou análise de produto existente no mercado. O 
comportamento de consumo alimentar nos permite o conhecimento dos diversos grupos 
populacionais e a análise do mercado atual e futuro. 
Segundo Ishimoto & Nacif (2001), os alimentos representam um imenso potencial de 
mercado consumidor, isso leva os setores de produção, desenvolvimento e industrialização de 
produtos alimentícios a investir cada vez mais em publicidade para despertar e influenciar o 
consumidor na hora da aquisição dos produtos. 
A diversificação dos produtos no mercado consumidor vem ao encontro da finalidade 
das atividades de marketing, pois a indústria diferencia seus produtos e serviços para que o 
consumidor tenha maiores preferências de compra de gêneros da sua empresa. 
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UNIDADE II 
ADITIVOS EM ALIMENTOS 
HISTÓRICO 
O emprego de substâncias químicas em alimentos é uma prática bastante antiga. Como 
exemplos temos o uso do sal, da defumação, condimentos e corantes naturais, etc. 
Seu uso é bastante discutido e seus efeitos sobre a saúde sendo bastante estudos, 
principalmente sobre o ponto de vista toxicológico. 
CONCEITO 
É uma substância não nutritiva adicionada geralmente em pequenas quantidades para 
melhorar a aparência, sabor, textura e propriedades de armazenamento.(FDA). “Só considera 
as substâncias adicionadas intencionalmente” 
Qualquer substância presente por adição intencional ou não, a um alimento, com 
finalidades tecnológicas quais sejam conservação contra deteriorações microbianas, proteção 
contra alterações oxidativas, fornecimentode características organolépticas como cor, aroma e 
textura (BARUFFALDI, 1998). 
Podem ser: 
Obrigatórios – quando modificam ou alteram a estrutura do alimento. Ex. espessantes, 
umectantes, estabilizantes. 
Não obrigatórios: Não modificam estrutura do alimento. Ex. corantes, edulcorantes 
ORGÃOS 
Internacional: OMS e FAO 
Brasil: Secretária Nacional de Vigilância Sanitária/ Divisão Nacional de Alimentos – 
Ministério da Saúde 
VANTAGENS 
a) aumentar o valor nutritivo do alimento 
b) aumentar a sua conservação ou a estabilidade, com resultante redução nas perdas de 
alimentos; 
c) tornar o alimento mais atrativo ao consumidor 
d) fornecer condições essenciais ao processamento do alimento 
DESVANTAGENS 
a) quando houver evidência ou suspeita de que o mesmo possui toxicidade real ou 
potencial 
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b) quando interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento 
c) quando servir para encobrir falhas no processamento e nas técnicas de manipulação 
do alimento 
d) quando encobrir alteração na matéria-prima do produto já elaborado 
e) quando induzir o consumidor a erro, engano ou confusão 
f) quando não satisfizer a legislação de aditivos em alimentos 
REQUISITOS PARA O EMPREGO DE ADITIVOS 
De ordem Regular: respeitar o limite máximo estabelecido para a sua utilização 
De ordem Química ou Institucional: apresentar inteira inocuidade, preservar o mais 
possível, os caracteres sensoriais dos produtos, não produzir redução considerável do valor 
nutritivo dos alimentos, não ocultar alterações ou adulterações da matéria-prima ou do 
produto elaborado, atender os hábitos alimentares implantados na região 
De ordem Higiênica e Econômica: Conservar o produto, conferindo-lhe mais tempo de 
vida, contribuir para a produção mais econômica e de maior quantidade de alimentos, com a 
composição estável e qualidade estável, em relação ao tempo. 
Os Aditivos poder ser classificados quanto a origem em: 
a) Naturais: Obtidos por extração: resina de alecrim, óleo de cravo-da-índia, 
cochonilha, entre outros. 
b) Artificiais: Obtidos pelo processo de síntese: oxitetraciclina (antibiótico), usado no 
congelamento de frangos (7 ppm). 
c) Orgânicos: Ácidos orgânicos e seus sais, podendo ser produzidos pelo próprio 
alimentos (fermentações): Ácidos láctico, benzóico, cítrico, propiônico, acético, fórmico, 
sórbico, etc. 
d) Inorgânicos: Ácidos inorgânicos e seus sais, álcoois, peróxidos e alguns metais: 
NaCl, hipocloritos, sulfitos, nitritos, nitratos, ácido bórico, ácido fosfórico, etc. 
Quanto ao tipo de ação, podemos classificar os aditivos em: 
a) Acidulantes: comunicam gosto ácido aos alimentos, reduzindo o pH, muitas vezes 
por fermentações no próprio alimento. Os fatores que pesam na escolha do acidulante são: 
• Efeito sobre o sabor e aromas do produto; 
• Solubilidade e higroscopicidade do ácido. 
Ácido cítrico (INS 330): é o acidulante mais usado, correspondendo a 60% do total. É 
barato, é um ácido forte, é inócuo, faz parte naturalmente da maioria dos alimentos, porém é 
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bastante higroscópico (por isso não é usado em alimentos em pó). É produzido por 
fermentação do melaço-de-cana pelo Aspergillus niger 
Ácido fosfórico (INS 338): Corresponde a 25% do total dos acidulantes utilizados, 
sendo o único ácido inorgânico usado na indústria de alimentos, principalmente em bebidas 
carbonatadas a base de cola. 
Ácidos láctico (INS 270), málico (INS 296), tartárico (INS 334), fumárico (INS 297), 
adípico (INS 355), glicônico (INS 574), acético (INS 260). 
b) Umectantes: evitam a perda de umidade dos alimentos: 
- Polióis: glicerol (INS 422); Dioctil sulfossuccinato de sódio (INS 480); Propileno 
glicol (INS 1520); Sorbitol (INS 420); Lactato de sódio (INS 325) 
c) Antiumectantes: Diminuem as características higroscópicas: 
Carbonato de Ca (INS 170i), carbonato de Mg (INS 504i), fosfato tricálcio (INS 
341iii), citrato de ferro amoniacal (INS 381), silicato de Ca (INS ), ferrocianeto de Na (INS 
535), alumínio silicato de Na (INS 554) e dióxido de silício/sílica (INS 551). 
d) Espessantes: elevam a viscosidade de soluções, emulsões e suspensões: Agar-agar 
(INS 406), alginato de cálcio (INS 404), carboximeltilcelulose sódica (INS 466), Goma 
adragante (INS 413), Goma arábica (INS 414), Goma caraia (INS 416), goma guar (INS 412), 
Goma jataí (INS 410), mono e diglicerídios (INS ), musgo irlandês ou caragena (INS 407), 
celulose microcristalina (INS 460i), goma xantana (INS 415). 
e) Estabilizantes: Favorecem e mantém as características físicas de emulsão e 
suspensão (não separam em fases): lecitina (INS 322), goma arábica (INS 414), polifosfato de 
Na e Ca (INS 452iii), citrato de sódio (INS 331iii), lactato de sódio (INS 325), e outros 
f) Aromatizantes/flavorizantes: conferem e intensificam o sabor e aroma dos 
alimentos, bastante usados melhorando a aceitação dos produtos, de acordo com CNNPA, 
temos: 
Aroma natural: na elaboração foi usado exclusivamente matérias-primas aromatizantes 
naturais e/ou produto aromatizante natural. 
Aroma natural reforçado: na elaboração entre matéria-prima aromatizante, produto 
aromatizante natural, adicionado de substâncias aromatizante natural ou substância 
aromatizante idêntica à natural, existente no produto cujo aroma se quer reforçar. 
Aroma reconstituído: é aquele em cuja elaboração entre produto aromatizante natural, 
substância aromatizante natural ou substância aromatizante idêntica a natural, de modo que 
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sua composição reconstitua o aroma natural correspondente. 
Aroma imitação: é aquele em cuja composição foi feito uso de: substância 
aromatizante natural e/ou substância aromatizante idêntica à natural, presente no produto 
aromatizante natural, cujo aroma e/ou sabor pretende imitar, adicionada ou não de produto 
aromatizante natural correspondente ou, também, matéria-prima aromatizante natural 
originária do produto cujo aroma ou sabor pretende imitar, adicionada de produto 
aromatizante natural, substância aromatizante natural ou substância aromatizante idêntica à 
natural. 
Aroma artificial: é aquele cuja elaboração foi utilizada: Substância aromatizante 
artificial, adicionada ou não d matéria-prima aromatizante natural, produto aromatizante 
natural, substância aromatizante natural ou de substância aromatizante idêntica à natural; 
Substância aromatizante natural ou substância aromatizante idêntica à natural, não ocorrente 
no aroma que lhe empresta o nome, adicionada ou não de matéria-prima aromatizante natural 
g) Corantes: Confere a intensificação da cor do produto. A CNNPA classifica os 
corantes em: 
Corantes orgânicos: obtido a partir e vegetal ou, eventualmente de animais, cujo 
princípio corante tenha sido isolado com emprego de processo tecnológico adequado, sem 
limite de quantidade. A legislação permite o uso de cacau, carotenóides, beterraba (betanina 
INS 162), antocianinas (INS 163i), urucum (INS 160b), cochonilhas (INS120) e outros. 
Corante orgânico sintético: é aquele obtido por síntese orgânica mediante o emprego 
de processo tecnológico adequado, podendo ser corante artificial e corante orgânico sintético 
idêntico ao natural. 
Os carotenos comerciais (INS 160a(ii)) estão aqui incluídos e possuem uma coloraçãoque vai do amarelo ao alaranjado, sendo usado em massas, bolos, margarinas, Corantes 
inorgânicos são permitidos em certos produtos, dentro de certos teores, sendo que o teor 
máximo é 0,01%. Exemplos destes corantes são: amarelo crepúsculo (INS 110), tartrazina, 
indigotina (INS 132), eritrosina (INS 127), Ponceau 4R (INS 124), azul brilhante FCF (INS 
133), etc. 
Caramelo é o corante natural obtido pelo aquecimento de açúcares a temperaturas 
superiores ao ponto de fusão (125 ºC). Caramelo I (INS 150a) 
h) Edulcorantes: São substâncias não glicídicas, sintéticas, utilizadas para conferir o 
gosto doce, especialmente em produtos dietéticos. Alguns edulcorantes permitidos são: 
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esteviosídio (INS 960), sorbitol (INS 420), xilitol (INS 967), sacarina (INS 954) e aspartame 
(INS 951). 
i) Antioxidantes: sua função é retardar ou impedir a deterioração dos alimentos, 
notadamente óleos e gorduras, evitando formação de ranço, por processo de oxidação. Os 
principais antioxidantes permitindo pela legislação brasileira são: acido ascórbico (INS 300), 
ácido cítrico (INS 330), ácido fosfórico (INS 338), BHA (INS 320), BHT (INS 321), lecitina 
(INS 322), galato de propila (INS 320), tocoferóis (INS 307). 
j) Conservantes: Evitam ou retardam a deterioração microbiana e/ou enzimática dos 
alimentos. 
Os conservadores permitidos são: ácidos benzóico (INS 210), sorbato de potássio (INS 
202), dióxido de enxofre (INS 220), nitrato de sódio (INS 251), nitrato de potássio (INS 252), 
nitrito de potássio (INS 249), nitrito de sódio (INS 250), propionato de potássio (INS 283), 
propionato de sódio (INS 282), ácido deidroacético (INS 260). 
 
SISTEMA INTERNACIONAL DE NUMERAÇÃO DE ADITIVOS ALIMENTARES 
O Sistema Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares foi elaborado pelo 
Comitê do Codex sobre Aditivos Alimentares e Contaminantes de Alimentos para estabelecer 
um sistema numérico internacional de identificação dos aditivos alimentares nas listas de 
ingredientes como alternativa à declaração do nome específico do aditivo. 
O INS não supõe uma aprovação toxicológica da substância pelo Codex. 
A relação abaixo serve como orientação aos usuários, não se tratando de publicação 
oficial, estando sujeita a alterações como exclusões e inclusões de aditivos. 
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Hino do Estado do Ceará
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Hino Nacional
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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