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TECNOLOGIA DOS ALIMENTOS - UNI6

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Tecnologia de Alimentos
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Luciane Gomes Faria
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Embalagem e Rotulagem de Alimentos
• Embalagem;
• Migração de Constituintes das Embalagens para os Alimentos.
• Estudar os conceitos básicos relacionados aos diferentes tipos de embalagens que podem 
ser utilizados em alimentos e suas principais funções.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Embalagem e Rotulagem 
de Alimentos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Embalagem
A embalagem de alimentos vai muito além do design, pois cada tipo de alimento 
tem necessidades específicas no que diz respeito à sua armazenagem, conservação 
e transporte. É fundamental compreender as variáveis para desenvolver o modelo 
ideal de embalagens para alimentos. A escolha do material, a sua destinação, as 
dimensões e as funcionalidades aplicadas são fatores que devem ser levados em 
consideração, além de segurança e tempo de prateleira do produto.
Segundo a ANVISA, “Todo material destinado ao contato direto com alimentos 
e ou bebidas, nacional ou importado, deve atender ao disposto na legislação sani-
tária de materiais em contato com alimentos, uma vez que substâncias presentes 
nestes materiais podem migrar para os alimentos, o que pode representar risco 
à saúde humana. Além das embalagens, incluem-se nos materiais destinados ao 
contato com alimento utensílios de cozinha, embalagens descartáveis, bem como 
partes de equipamentos utilizados na fabricação de alimentos que tenham contato 
direto com estes”.
A legislação sanitária de embalagens está organizada por tipo de material, ou 
seja: plástico, celulósico, metálico, vidro, têxtil e elastomérico. Além disso, algumas 
normas estabelecem princípios gerais referentes a materiais em contatos com ali-
mentos e requisitos específicos que se aplicam a alguns materiais.
Funções das embalagens
Proteção
A embalagem é, antes de mais nada, um recipiente que contém o produto e 
que deve permitir o seu transporte, distribuição e manuseio, protegendo-o contra 
choques, vibrações e compressões que ocorrem em todo o circuito. O sistema de 
embalagem deve também proteger o produto contra adulterações ou perdas de 
integridade, acidentais ou provocadas através de sistemas de evidência de abertura 
(selos, tampas com anel de ruptura, tampas com botão indicador de vácuo etc.).
Conservação
A embalagem deve manter a qualidade e a segurança do produto, prolongando 
sua vida útil e minimizando as perdas do produto por deterioração. Para isso, ela 
deve controlar fatores como a umidade, o oxigênio, a luz e ser uma barreira aos 
micro-organismos presentes na atmosfera envolvente, impedindo o seu desenvol-
vimento no produto. A embalagem deve também ser constituída por materiais e 
substâncias que não migrem para o produto em quantidades que possam por em 
risco a segurança dos consumidores ou alterar as características organolépticas 
do produto. A embalagem faz, muitas vezes, parte integrante do processo de pre-
paração e conservação dos alimentos. Ela é concebida e adaptada a uma certa 
8
9
tecnologia para a qual é completamente indispensável, desempenhando assim um 
papel ativo, como no processamento térmico, no acondicionamento asséptico e na 
atmosfera modificada.
• Processamento térmico: as embalagens devem ser herméticas, resistir a tem-
peratura e permitir as variações no volume do produto durante o processo, 
sem perigo de deformação permanente e sem promover a recontaminação 
pós-processo.
• Acondicionamento asséptico: o produto é esterilizado separadamente e 
 introduzido assepticamente numa embalagem também estéril. A embalagem 
deve ser adequada ao processo de esterilização e permitir o enchimento do 
produto processado e ao fechamento em condições perfeitamente assépticas, 
mantendo a integridade e hermeticidade do material e das soldas.
• Embalagem em atmosfera modificada: consiste no acondicionamento em 
uma atmosfera gasosa, em que se emprega normalmente uma mistura de oxi-
gênio, dióxido de carbono e nitrogênio ou, em alguns casos, apenas nitrogênio 
como gás inerte. Na maioria dos produtos, a conservação é também feita sob 
refrigeração. Esta tecnologia de processamento requer máquinas de acondicio-
namento eficientes e materiais de embalagem com permeabilidade seletiva e 
controlada que permitem manter na atmosfera gasosa da embalagem os seus 
gases em proporções constantes ou dentro de determinados limites, não obs-
tante, o metabolismo ativo dos produtos embalados.
• Classificação das embalagens:
 » Quanto à estrutura dos materiais
As embalagens de produtos alimentícios podem ser de metal, plástico, vidro ou 
papel. Ainda podem ser encontradas embalagens de madeira, têxteis e cortiça. 
As embalagens podem ser classificadas como rígidas, semirrígidas ou flexíveis. 
 » Quanto à função ou nível das embalagens 
A embalagem primária, como a lata, a garrafa ou o saco está em contato 
 direto com o produto e é normalmente responsável pela conservação e conten-
ção do produto. As embalagens primárias são agrupadas em cargas unitárias, em 
paletes de madeira ou plásticas, e estabilizadas com filme estirável, termorretrátil 
ou com cintas. A embalagem secundária, como é o caso das caixas de cartão 
ou cartolina que contém uma ou várias embalagens primárias e é normalmen-
te responsável pela proteção físico-mecânica durante a distribuição. A embala-
gem secundária é, muitas vezes, também responsável pela comunicação, sendo 
o suporte da informação, principalmente nos casos em que contém apenas uma 
embalagem primária. A embalagem terciária agrupa diversas embalagens pri-
márias ou secundárias para o transporte, como caixas de papelão ou grades 
plásticas para garrafas de bebidas. A escolha de embalagens deste tipo depende 
da natureza da embalagem individual (rígida, semirrígida ou flexível); do esquema 
de paletização (dimensionamento da embalagem coletiva com vista a maximizar 
o aproveitamento do palete) e dos custos.
9
UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Primária - embalagem que entra 
em contato direto com o 
alimentos/bebida
Secundária - contém a embalagem 
primáriaTerciária ou de transporte - 
Contém embalagem primária e 
secundária e é normalmente 
utilizada para realizar o transporte
Embalagem primária
Embalagem 
secundária
Remetente
Figura 1 – Conceito de Embalagem Primária, Secundária e Terciária
Características dos Materiais de Embalagem
A seleção do sistema de embalagem para um dado produto depende de muitos 
fatores como o tipo de produto, os requisitos de proteção, a vida útil requerida 
para o produto, o mercado a que se destina e o circuito de distribuição e venda 
etc. Todos os materiais apresentam aspectos positivos e negativos e as principais 
características são mencionadas a seguir:
Metal (base de aço)
• Interação química com o produto: corrosão, sulfuração;
• Resistente a baixas e elevadas temperaturas;
• Boa resistência mecânica;
• Possibilidade de decoração;
• Elevada barreira a gases;
• Não transparente;
• Reutilização limitada;
• Reciclável e facilidade de separação dos resíduos.
Metal (base de alumínio) 
• Leve e resistente;
• Elevada barreira;
• Elevada resistência à sulfuração e moderada à corrosão;
• Boa capacidade de formação;
• Flexível ou rígido (depende da espessura);
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11
• Possibilidade de combinação com papel ou plástico (laminados);
• Reciclável;
• Custos elevados de produção.
Plástico
• Leve;
• Inquebrável;
• Resistência mecânica e térmica relativa;
• Barreira e inércia relativa;
• Não reutilizável;
• Reciclável;
• Possibilidade de combinação com papel e alumínio ou outros plásticos.
Vidro
• Inerte;
• Transparente com possibilidade de se tornar colorido;
• Elevada resistência a compressão vertical;
• Elevada barreira;
• Várias formas e tamanhos;
• Quebrável;
• Elevado peso;
• Possibilidade de fechamento entre utilizações;
• Reutilizável e reciclável.
Papel
• Várias espessuras e formatos;
• Combinação com vários materiais para formar produtos laminados ou revestidos;
• Baixa resistência mecânica;
• Baixa barreira;
• Falta de inércia;
• Resistente à baixas temperaturas;
• Boa impressão;
• Baixo peso;
• Reciclável.
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UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Embalagem a vácuo
A remoção do ar ao redor dos produtos inibe o crescimento de bactérias e fungos 
porque estes e outros microrganismos precisam de oxigênio para seu desenvolvi-
mento. Na medida em que a maior parte do ar é retirada e a embalagem é selada, os 
níveis de oxigênio continuam a diminuir, ao passo que os níveis de dióxido de carbono 
passam a crescer. O ambiente rico em dióxido de carbono e pobre em oxigênio reduz 
significativamente o crescimento desses micro-organismos, permitindo uma extensão 
da vida útil dos alimentos, basicamente para estender a vida útil de qualquer produto 
fresco perecível por 3 a 5 vezes ao seu tempo normal de vida quando refrigerado.
Ao embalar os seus produtos a vácuo, irá obter diversas vantagens, tais como:
• evita perda de peso (na carne a perda é de 2% a 30%);
• evita perda de sabor do produto;
• evita perda da qualidade;
• evita perda das proteínas que cada produto oferece;
• evita perda de várias vitaminas;
• proporciona maior durabilidade (até 10 vezes maior, dependendo do produto);
• proporciona maior higiene;
• proporciona maior praticidade, proteção e qualidade do produto.
Regulamento geral sobre embalagens 
e materiais em contato com alimentos
Resolução – RDC nº 91, de 11 de maio de 2001. Aprova o Regulamento 
Técnico “Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipa-
mentos em Contato com Alimentos”.
Adesivos para contato com alimentos
Resolução – RDC nº 91, de 11 de maio de 2001. Aprova o Regulamento 
Técnico “Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipa-
mentos em Contato com Alimentos”.
Ceras e parafinas
Resolução nº 122, de 19 de junho de 2001. Aprova o Regulamento Técnico 
sobre Ceras e Parafinas em Contato com Alimentos.
Embalagens celulósicas
Resolução – RDC nº 88, de 29 de junho de 2016. Aprova o regulamento 
técnico sobre materiais, embalagens e equipamentos celulósicos destinados a 
entrar em contato com alimentos e dá outras providências.
12
13
Resolução – RDC nº 89, de 29 de junho de 2016. Aprova o regulamento técnico 
sobre materiais celulósicos para cocção e filtração a quente e dá outras providências. 
Resolução – RDC nº 90, de 29 de junho de 2016. Aprova o regulamento 
técnico sobre materiais, embalagens e equipamentos celulósicos destinados a 
 entrar em contato com alimentos durante a cocção ou aquecimento em forno e 
dá outras providências.
Portaria nº 177, de 4 de março de 1999. Aprova o Regulamento Técnico 
“Disposições Gerais Para Embalagens e Equipamentos Celulósicos em Contato 
com Alimentos”.
Resolução – RDC nº 130, de 10 de maio de 2002. Altera o subitem 2.10 do 
item 2 da Portaria nº 177/99, de 04 de março de 1999.
Resolução – RDC nº 129, de 10 de maio de 2002. Aprova o Regulamento 
Técnico sobre Material Celulósico Reciclado.
Resolução – RDC nº 217, de 01 de agosto de 2002. Aprova o Regulamento 
Técnico sobre Películas de Celulose Regenerada em Contato com Alimentos.
Resolução – RDC nº 218, de 01 de agosto de 2002. Aprova o Regulamento 
Técnico sobre Tripas Sintéticas de Celulose Regenerada em Contato com Alimentos.
Embalagens elastoméricas
Resolução nº 123, de 19 de junho de 2001. Aprova o Regulamento Técnico 
sobre Embalagens e Equipamentos Elastoméricos em Contato com Alimentos.
Embalagens metálicas
Lei nº 9.832, de 14 de setembro de 1999. Proíbe o uso industrial de embala-
gens metálicas soldadas com liga de chumbo e estanho para acondicionamento de 
gêneros alimentícios, exceto para produtos secos ou desidratados.
Resolução RDC nº 20, de 22 de março de 2007. Aprova o Regulamento 
Técnico sobre Disposições para Embalagens, Revestimentos, Utensílios, Tampas e 
Equipamentos Metálicos em Contato com Alimentos.
Embalagens plásticas
Portaria nº 987, de 8 de dezembro de 1998 (*). Aprova o Regulamento Téc-
nico para embalagens descartáveis de polietileno tereftalato – PET – multicamada 
destinadas ao acondicionamento de bebidas não alcóolicas carbonatadas.
Resolução nº 105, de 19 de maio de 1999. Aprova o Regulamento Técnico 
“Disposições Gerais para Embalagens e Equipamentos Plásticos em contato com 
Alimentos”.
Resolução nº 124, de 19 de junho de 2001. Aprova o Regulamento Técnico 
sobre Preparados Formadores de Películas a base de Polímeros e/ou Resinas desti-
nados ao revestimento de Alimentos.
13
UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Resolução n° 146, de 06 de agosto de 2001. Aprova o processo de depo-
sição de camada interna de carbono amorfo em garrafas de polietileno tereftalato 
(PET) virgem via plasma, destinadas a entrar em contato com alimentos dos tipos 
de I e VI, da temperatura de congelamento à temperatura ambiente por tempo pro-
longado, e temperatura máxima de processamento do alimento de 121°C.
Resolução RDC nº 20, de 26 de março de 2008. Aprova o Regulamento 
Técnico que dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre embalagens de Polietileno 
tereftalato (PET) pós-consumo reciclado grau alimentício (PET-PCR grau alimentí-
cio) destinados a entrar em contato com alimentos.
Resolução RDC nº 51, de 26 de novembro de 2010. Dispõe sobre migração 
em materiais, embalagens e equipamentos plásticos destinados a entrar em contato 
com alimentos.
Resolução RDC nº 52, de 26 de novembro de 2010. Dispõe sobre coran tes em 
embalagens e equipamentos plásticos destinados a estar em contato com alimentos.
Resolução RDC nº 41, de 16 de setembro de 2011. Dispõe sobre a proibição 
de uso de bisfenol A em mamadeiras destinadas a alimentação de lactentes e dá 
outras providências. Revogada pela Resolução RDC n. 56/2012.
Resolução RDC nº 56, de 16 de novembro de 2012. Dispõe sobre a lista 
posi tiva de monômeros, outras substâncias iniciadoras e polímeros autorizados para 
a elaboração de embalagens e equipamentos plásticos em contato com alimentos.
Aditivos para embalagens plásticas
Resolução – RDC nº 17, de 12 de janeiro de 2008. Dispõe sobreRegula-
mento Técnico sobre Lista Positiva de Aditivos para Materiais Plásticos destinados 
à Elaboração de Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos.
Embalagens de vidro e cerâmica
Portaria nº 27, de 13 de março de 1996. Aprova o Regulamento Técnico 
sobre embalagens e equipamentos de vidro e cerâmica em contato com alimentos, 
e não metálicos.
Embalagens para produtos hortícolas in natura
Instrução Normativa Conjunta nº 9, de 12 de novembro de 2002. Dispõe sobre 
as embalagens destinadas ao acondicionamento de produtos hortícolas “in natura”.
Importante!
Você sabia que a embalagem que tem contato direto com o alimento é chamada de 
 embalagem primária?
Você Sabia?
14
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Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), (BRASIL, 2001, 
p. 2), define-se a embalagem para alimentos como um “invólucro, recipiente ou 
qualquer forma de acondicionamento, removível ou não, destinada a cobrir, em-
pacotar, envasar, proteger ou manter, especificamente ou não”, matérias-primas, 
produtos semielaborados ou produtos acabados.
O acondicionamento bem estudado gera uma embalagem que aumenta a du-
rabilidade, impedindo que haja danos durante o transporte. Além de criarem 
uma barreira física para a contaminação de alimentos, ajudam a manter as ca-
racterísticas deles. Cada material apresentará um tipo de barreira que ajudará na 
conservação dos alimentos. A embalagem apresenta papel fundamental na con-
servação de alimentos. Sem ela, os demais métodos de conservação perderiam 
sua funcionalidade
Funções da embalagem:
• proteger o alimento/bebida contra a contaminação ou perda; 
• facilitar e assegurar o transporte; 
• facilitar a distribuição do alimento/bebida; 
• identificar o fabricante e o padrão de qualidade de cada produto; 
• atrair a atenção do consumidor e instruir o consumidor no uso do produto.
Novas funções da embalagem
O design de embalagens é a peça chave para o desenvolvimento inovador da 
praticidade para que atendam as expectativas dos consumidores, pois sabe-se que 
a percepção humana é amplamente dominada pela visão.
Figura 2
Fonte: Divulgação
O ritmo de vida dos consumidores vem sofrendo grandes transformações. As pes-
soas necessitam de produtos que apresentem conveniência e praticidade para acom-
panhar sua rotina diária e combinar conveniência e praticidade com um aspecto 
visual atraente e integrado ao cenário do ponto de venda.
15
UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Figura 3
Fonte: packagingdesignarchive.org
No cenário atual de mudança e transformação, é fundamental estar constan-
temente atualizado sobre as tendências do mercado de alimentos, é devido essa 
importância estratégica que se faz necessário ficar atualizado em relação às suas 
macrotendências. De acordo com o Brasil Pack Trends, pesquisa realizada pelo 
ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos) que analisa as principais tendências das 
embalagens até 2020, as 5 macrotendências são:
• Estética e identidade
Com o aumento da renda dos consumidores brasileiros e ascensão da classe mé-
dia, esse tipo de consumidor leva em consideração a estética como um dos principais 
parâmetros na hora de escolher qual tipo de alimento levar na gôndola do super-
mercado. São as famosas pessoas que compram mais pelo design da embalagem do 
que pelo produto em si. Elas possuem um estilo de vida sofisticado e demanda por 
produtos com alto valor agregado, como símbolo de status. Tomando como base tal 
comportamento, que surgem as linhas premium por exemplo, visam dar um status 
às pessoas que compram e é direcionada para um público com elevado poder aqui-
sitivo. Outro fator que é muito típico desse tipo de tendência são as linhas retrô, ou 
a “volta no passado”. A ideia é estimular a venda por meio de edições limitadas que 
remetem aos tempos antigos, já que tornam as embalagens como algo colecionável.
• Conveniência e praticidade
Esse tipo de tendência visa principalmente facilitar a vida dos consumidores e 
otimizar o tempo que eles gastam com atividades referentes à alimentação. Assim, 
surgem os conceitos como “on the go”, no qual é permitido comer a qualquer lugar 
e qualquer hora. É notável também embalagens que:
 » podem ser reutilizadas;
 » permitem uma facilidade de preparação;
 » possuem porções individuais.
16
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• Qualidade e novas tecnologias
Essa tendência visa usar da tecnologia para auxiliar o consumidor na detecção 
do prazo de validade por exemplo. Dessa forma, as embalagens inteligentes indi-
cam a qualidade e o frescor do alimento dando maior segurança alimentar.
• Segurança
Esse aspecto é relativo à segurança do alimento em si. Isto é, ela tem a finalidade 
de mostrar ao consumidor a confiabilidade de uma certa marca assegurando que 
o alimento é de qualidade e que o consumo não irá causar nenhum dano à saúde.
• Sustentabilidade e ética
 Por fim, temos a pauta da sustentabilidade. Com o prejuízo que o planeta está 
vivendo, devido a anos de intensa exploração de recursos, as empresas estão cada 
vez mais adequando suas linhas de produção para evitar desperdícios, otimizar e 
reutilizar os processos. É a famosa representação da frase “Doing more using less”.
Exemplos palpáveis dessas práticas são as embalagens:
 » reutilizáveis;
 » com redução de material.
Tabela 1
Fatores da infl uência do mercado Macro tendências Tendências em destaque
Fatores demográficos
Crescimento da população
Mudanças na estrutura etária
Bônus demográfico
Mudanças na estrutura familiar
Urbanização
Conveniência e 
Simplicidade
Facilidade de abertura
Refechamento
Simplicidade de uso
Preservação de componentes e princípios ativos
Facilidade de descarte
Visibilidade
Preparo de micro-ondas
Consumo on-the-go e portabilidade
Interatividade
Simplicidade e facilidade de informação
Porcionamento
Fatores econômicos e políticos
Crescimento da economia brasileira
Políticas de desenvolvimento econômico
Políticas de Inclusão social
Estética e Identidade
Premiumização
Packaging renovation
Pleasure experience
Life-style packaging
Identificação pessoal
Renda e Consumo
Crescimento do mercado de luxo
Ascensão social e consolidação da nova classe média
Potencial do segmento Bottom of the Pyramid
Qualidade e Novas 
Tecnologias
Embalagens ativas
Embalagens inteligentes
Nanotecnologia
Biopolímeros
Fatores educacionais e culturais
Nível Educacional
Crescimento dos consumidores LOHAS – Lifestyles 
of Health and Sustainability
Crescimento dos e-cosumidores
Mudanças de comportamento das novas gerações
Sustentabilidade 
e Ética
Otimização do sistema de produto/embalagem
Doing More with Less
Reúso & Reciclagem
Gerenciamento de Resíduos & Logística Reserva
Credibilidade e Ética
Fatores relacionados ao meio ambiente
Diretrizes e acordos internacionais
Mudanças climáticas 
Legislação sobre resíduos sólidos
Segurança e 
Assuntos Relatórios
Confiabilidade e Segurança
Legislação e Conformidade
Certificação e Sistemas de gerenciamento de 
segurança de processo
Fonte: https://bit.ly/2Uv1DtX
17
UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Importante!
Você sabe o que é migração de contaminantes das embalagens para o alimento?
Migração é a transferência de moléculas originalmente presentes no material de embalagem 
para o alimento ou ambiente. Leia mais sobre no link disponível: https://bit.ly/2G3Gwac.
Você Sabia?
Migração de Constituintes das 
Embalagens para os Alimentos
O termo migração geralmente é descrito como um processo de difusão, que 
pode ser fortemente influenciado pelas interações entre componentes do alimento 
e o material de embalagem. Estas interações podem afetar não somente as pro-
priedades sensoriais dos alimentos acondicionados, como também podem alterar 
substancialmente as propriedades físicas, químicas e mecânicas dos alimentos e do 
material de embalagem. Os fatores que afetam a migração de contaminantes de 
embalagem incluem a difusão da substância na matriz polimérica, sua solvatação 
na interface polímero-alimento, sua dispersão na matriz alimentícia, tempo e tem-
peraturade contato. Por outro lado, componentes dos alimentos, particularmente 
gorduras, podem ser transferidos aos plásticos, tais como PE (polietileno) ou PP 
(polipropileno), aumentando consideravelmente a mobilidade dos componentes dis-
persos na matriz polimérica, portanto, acentuando a migração de agentes químicos 
ao alimento contido na embalagem.
Rotulagem
A rotulagem dos alimentos embalados é obrigatória e está regulamentada pela 
legislação brasileira através de órgãos como o Ministério da Saúde por meio da 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Ministério da Agricultura e o Instituto 
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
 A rotulagem se aplica a todo alimento embalado, na ausência do cliente, pronto 
para ser oferecido aos consumidores, destinado ao comércio nacional ou interna-
cional, qualquer que seja sua origem. Portanto, as normas de rotulagem do país 
de consumo devem ser observadas quando se intenciona exportar ou importar ali-
mentos que estejam contidos em uma embalagem pronta para ser oferecida a uma 
pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza alimentos.
18
19
A rotulagem dos produtos seguem as regras para rotulagem obrigatória dos 
alimentos embalados na ausência do cliente. Como regra geral, nas embalagens 
dos alimentos deve existir: Rotulagem Geral; Rotulagem Nutricional; Alegações 
(“ Claims”): Informações nutricionais complementares.
Informações que devem constar obrigatoriamente nos rótulos
No Brasil, a rotulagem deve apresentar, obrigatoriamente, as seguintes informações:
• Denominação de venda do alimento;
• Lista de ingredientes (Ingr.: composto, água, misturas, aditivos);
• Conteúdos líquidos;
• Identificação da origem;
• Identificação do lote;
• Prazo de validade;
• Instruções para a principal utilização e preparo pelo consumidor.
No painel principal deve constar, a denominação de venda do alimento, sua 
qualidade, pureza ou mistura, quando regulamentada, a quantidade nominal do 
conteúdo do produto, em sua forma mais relevante em conjunto com o desenho, se 
houver, e em contraste de cores que assegure sua correta visibilidade. O tamanho 
das letras e números da rotulagem obrigatória, exceto a indicação dos conteúdos 
líquidos, não pode ser inferior a 1 mm.
Como princípio geral, os rótulos dos alimentos não devem apresentar:
• Informação falsa;
• Que atribua efeitos ou propriedades que não possuam;
• Destaque a presença ou ausência de componentes que sejam intrínsecos ou 
próprios de alimentos de igual natureza, exceto nos casos previstos em Regu-
lamentos Técnicos específicos;
• Ressalte a presença de componentes que sejam adicionados como ingredientes 
em todos os alimentos com tecnologia de fabricação semelhante;
• Ressalte qualidades terapêuticas sob forma farmacêutica;
• Indique que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas;
• Aconselhe seu consumo como estimulante, para melhorar a saúde, para pre-
venir doenças ou com ação curativa.
19
UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Figura 4
Fonte: stinpan.org.br
Alimento
Marca, nome fantasia,
denominação Identi�cação
de origem
Denominação
de venda
Tabela
nutricional
Painel
Principal
Lista de 
ingredientes
Instruções
de uso 
Modo de 
preparar
Indústria Brasileira
Conteúdo Líquido XXg
Figura 5 – ilustração esquemática de rotulagem de alimentos
Fonte: visa.bofete.sp.gov.br
Denominação de venda do alimento
No rótulo de um produto deverá ser utilizada a designação aprovada em seu es-
tudo técnico pela legislação brasileira, acompanhada da marca Fantasia e ou nome 
da firma processadora. Por exemplo, para Hambúrgueres, a designação “carne 
moída, temperada e congelada” deve ser utilizada no rótulo, por ser encontrada 
no regulamento técnico. No regulamento técnico do leite consta leite e não leite 
de vaca (ou bovino), no de açúcar, açúcar e não açúcar de cana e assim sucessiva-
mente. Da mesma forma, denominações de qualidade, por exemplo, o azeite de 
Oliva possui tipos tais com o virgem, o extra virgem que estão relacionados em seu 
regulamento. Outros óleos não podem utilizar as mesmas denominações. Podem 
constar informações como, por exemplo: tipo de cobertura, forma de apresenta-
ção, condição ou tipo de tratamento a que tenha sido submetido.
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Lista de ingredientes
Ingredientes são as substâncias que entram na composição do alimento com 
a função de nutrir. Devem ser descritos na lista após a denominação “Ingredien-
tes:” ou “ingr.:”, em ordem decrescente, da respectiva proporção. Como exceções 
estão os alimentos com um único ingrediente, tais como, açúcar, farinha, erva-
-mate, vinho etc. Caso ocorram ingredientes compostos no produto, estes devem 
constar na lista, entre parênteses, estando seus ingredientes em ordem decres-
cente de proporção.
A água deve ser declarada na lista de Ingredientes, exceto a água e outros com-
ponentes voláteis que se evaporem durante a fabricação. Salmouras, xaropes, cal-
das, molhos ou outros similares devem ser declarados como tais, não sendo neces-
sário declarar a água utilizada na sua formulação.
Alimentos desidratados, concentrados, condensados ou evaporados
Os ingredientes devem ser enumerados na ordem decrescente de sua proporção 
em peso no alimento reconstituído, acompanhada da expressão: “Ingredientes do 
produto preparado segundo as indicações do rótulo”; No caso de misturas de fru-
tas, de hortaliças, de especiarias ou de plantas aromáticas sem predominância (em 
peso), são enumeradas seguindo uma ordem que não a de peso, acompanhada da 
expressão: “em proporção variável”. Pode ser empregado o nome genérico para os 
ingredientes que pertencem à classe correspondente, exemplos: “Amido”; “Amido 
modificado”; “Pescado”; “Carne de ave”; “Queijo”; “Açúcar”.
Declaração de aditivos alimentares
Aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos ali-
mentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características 
físicas, químicas, biológicas ou sensoriais. Muitas são as funções de aditivos ali-
mentares, relacionamos algumas mais conhecidas: antioxidante; corante; conserva-
dor; edulcorante; aromatizante; acidulante entre outras (AGÊNCIA NACIONAL DE 
 VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº 259, de 20 de setembro de 2002).
Devem, portanto, estar declarados na lista de ingredientes no rótulo dos alimen-
tos. Os aditivos devem ser declarados na lista de ingredientes imediatamente ao 
final, depois dos ingredientes, de modo a fazer parte dela. Aromas e aromatizantes 
devem ter declarada a função e, optativamente, sua classificação. A classificação é 
dada pela legislação brasileira, de acordo com as suas múltiplas funções das quais 
relacionamos algumas mais conhecidas: antioxidante; corante; conservador; edul-
corante; aromatizante; acidulante, entre outras.
Prazo de validade 
O prazo de validade deve ser declarado por meio de uma das seguintes expressões:
• “consumir antes de...”;
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UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
• “válido até...”, “validade...” ou “val:...”; 
• “vence...”, “vencimento...”, “vto:...” ou “venc:....”;
• “consumir preferencialmente antes de...”. O prazo de validade deve constar de 
pelo menos;
• o dia e o mês para prazo não superior a três meses; 
• o mês e o ano para prazo superior a três meses; 
• Se o mês de vencimento for dezembro, basta indicar o ano, com a expressão 
“fim de...... (ano)”.
O prazo de validade deve ser expresso, em ordem numérica não codificada. 
O mês pode ser indicado por meio das três primeiras letras. Não é exigida a indi-
cação do prazo de validade para:
• Frutas e hortaliças frescas, incluídas as batatas não descascadas, cortadas ou 
tratadas de outra forma análoga;
• Vinhos, vinhos licorosos, vinhos espumantes, vinhos aromatizados, vinhos de 
frutas e vinhos espumantes de frutas; 
• Bebidas alcoólicas que contenham 10% (v/v) ou mais de álcool;
• Produtos de panificação e confeitaria que, pela natureza de conteúdo, sejam 
em geral consumidos dentro de 24 horas seguintes à suafabricação;
• Vinagre;
• Açúcar sólido;
• Produtos de confeitaria à base de açúcar, aromatizados e ou coloridos, tais 
como: balas, caramelos, confeitos, pastilhas e similares;
• Goma de mascar;
• Sal de qualidade alimentar. Sal utilizado como alimento, sal de cozinha (não se 
aplica para sal enriquecido);
• Outros alimentos que estejam isentos por Regulamentos Técnicos específicos.
Para os alimentos armazenados sob condições especiais para sua conservação, 
(alimentos congelados), quando da declaração do prazo de validade, podem ser 
utilizadas as seguintes expressões:
• “validade a – 18º C (freezer): ...”;
• “validade a – 4º C (congelador): ...”;
• “validade a 4º C (refrigerador): ...”.
Conteúdo líquido
• Deverá ser expresso por massa, por uma das seguintes expressões: “Conteúdo 
Líquido”, “Cont. Líquido” ou “Peso Líquido”.
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Identificação da origem
Itens necessários para compor a identificação de origem de um alimento no rótulo:
• Nome (razão social) do fabricante ou produtor ou fracionador ou titular (pro-
prietário) da marca; do importador, no caso de alimentos importados; 
• Endereço completo;
• País de origem e município;
• Número de registro ou código de identificação do estabelecimento fabricante 
junto ao órgão competente;
• Para expressar declarar o país de origem podem ser utilizadas as expressões: 
“fabricado em...”, “produto ...” ou “indústria ...”.
Identificação do lote
A declaração da identificação do lote no rótulo é obrigatória e possibilita a ras-
treabilidade da fabricação do produto. Para a sua declaração são apresentadas as 
seguintes alternativas: pode-se utilizar um código chave que deve estar à disposição 
da autoridade competente e constar da documentação comercial quando ocorrer 
o intercâmbio entre os países; ou a data de fabricação, embalagem ou de prazo de 
validade, dia e o mês, ou o mês e o ano, nesta ordem.
O lote deve ser apresentado impresso, gravado ou marcado, e sua indicação em 
código ou linguagem clara, visível, legível e indelével.
Instruções sobre o preparo e uso do alimento
Quando necessário, o rótulo deve conter as instruções sobre o modo apropriado 
de uso, incluídos a reconstituição, o descongelamento ou o tratamento que deve 
ser dado pelo consumidor para o uso correto do produto. Essas instruções devem 
garantir a utilização correta do alimento.
Rotulagem facultativa
Parte da rotulagem é facultativa, podendo constar informações desde que não 
contrariem ao disposto na rotulagem obrigatória. Pode constar qualquer informa-
ção ou representação gráfica, sempre que não estejam em contradição com os 
requisitos obrigatórios. Denominação de Qualidade é somente utilizada quando de 
um regulamento técnico específico, devendo ser facilmente compreensíveis e de 
forma alguma levar o consumidor a equívocos ou enganos.
Declaração de glúten
Os produtos contendo ou não alimentos como o trigo, aveia, centeio, malte, 
cevada e seus derivados deverá constar no rótulo as inscrições “contém Glúten” ou 
“não contém Glúten”, conforme o caso, em caracteres com destaque, nítidos e de 
fácil leitura, conforme a Lei 10.064, de 16 de maio de 2003.
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UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Rotulagem Nutricional Obrigatória de Alimentos e bebidas embalados
• Rotulagem Nutricional: é toda descrição destinada a informar ao consumidor 
sobre as propriedades nutricionais de um alimento;
• Informação nutricional (declaração do conteúdo do valor calórico, de fibras 
alimentares e de nutrientes no rótulo).
A informação nutricional desse produto deverá estar de acordo com o Regu-
lamento de Rotulagem Nutricional contido na a RDC 359 de 23 de dezembro de 
2003 (AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, 2003). Devem ser 
declarados em caráter obrigatório a quantidade do valor energético e dos seguintes 
nutrientes: carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras 
trans, fibra alimentar e o sódio.
Para saber mais, assista ao vídeo disponível em: https://youtu.be/LiNqYZzBFrk.
Ex
pl
or
Proposta de alteração de rotulagem de alimentos
Propostas de alteração na rotulagem de alimentos, que visam facilitar o enten-
dimento do consumidor brasileiro, passaram por consulta pública e estão sendo 
estudadas até 2019 e serão implantadas.
Muito atenta às necessidades do consumidor brasileiro – que segundo pesquisas 
tem dificuldade de entender os rótulos dos alimentos – a ANVISA, em parceria com 
o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), lançou 
uma pesquisa de “Preferência, entendimento e uso de diferentes modelos de 
rotulagem nutricional frontal pelos consumidores brasileiros”, que se iniciou 
em 2017 e tem previsão para terminar em 2019, tendo como objetivo investigar 
como a população brasileira avalia e entende diferentes modelos de alerta nos ró-
tulos de alimentos. A ANVISA procura envolver os principais setores da sociedade 
que têm relação com o tema, desde o início do processo, por meio do Grupo de 
Trabalho sobre Rotulagem Nutricional.
Atualmente, os rótulos apresentam-se da seguinte maneira:
Figura 6
Fonte: cfn.org.br
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No entanto, em 21/05/2018, a Diretoria Colegiada da ANVISA aprovou um 
mecanismo de consulta para coleta de dados e informações, Tomada Pública de 
Subsídios (TPS) , aberto ao público, sobre o Relatório Preliminar de Análise de 
Impacto Regulatório (AIR), que contêm propostas para as novas rotulagens dos ali-
mentos – feitas pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), CAISAN 
(Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional), setor produtivo de 
alimentos, ANVISA e FUNED (Fundação Ezequiel Dias).
Para o Conselho Federal de Nutrição, existe a necessidade de adoção de adver-
tências para nutrientes críticos na embalagem de produtos alimentícios, que execu-
ta esse papel de forma satisfatória, com melhor resultado ao mostrar quais alimen-
tos possuem altos teores de sal, gorduras e açúcares, principalmente. O conselho 
ressalta que a efetividade desse modelo já foi evidenciada com o cumprimento de 
objetivos e metas estabelecidas por políticas públicas em países da América Latina 
e se apresenta como a proposta mais viável a ser adotada no Brasil, conforme re-
presentam as imagens que por enquanto são apenas propostas que foram avaliadas 
até o dia 24/07/2018 e continuarão sendo avaliadas nas pesquisas da ANVISA em 
parceria com o CNPq até 2019.
Figura 7
Fonte: cfn.org.br
Figura 8
Fonte: Divulgação
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UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Figura 9
Fonte: abir.org.br
Propostas de mudanças:
• Mudanças na tabela nutricional: fixar em 100 g ou 100 mL, para as infor-
mações da tabela para produtos do mesmo tipo, facilitando ao consumidor 
compará-las. Além disso, também haverá a exclusão da quantidade de gordu-
ras trans, inclusão da quantidade de açúcares adicionados e utilização de notas 
de rodapé que informem quais VD% são considerados altos ou baixos.
• Mudanças na rotulagem frontal: se tornaria obrigatória a utilização de rotula-
gem frontal, complementando a tabela nutricional. Existem 5 modelos propos-
tos, entre eles o uso de sinais, como o semáforo, para produtos de alto, médio e 
baixo risco. Também o uso de triângulos ou octógonos pretos para ingredientes 
nocivos à saúde. Além disso, também um informativo de alto teor de açúcares 
adicionados, gorduras saturadas e sódio de forma simples e bem explícita.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Leitura
Rotulagem nutricional: TPS aponta necessidade de mudança
Discussão pelo conselho federal de nutrição, sobre a rotulagem nutricional e suas 
mudanças.
https://bit.ly/2FTqJcv
Anvisa aprova relatório inicial que propõe mudanças na rotulagem de alimentos
https://bit.ly/2Knrwbp
As embalagens dos alimentos são seguras para a saúde?
Impacto da embalagem nos alimentos.
https://bit.ly/2IeYvf4
Contaminantes Voláteis Provenientes de Embalagens Plásticas: Desenvolvimento e Validação de Métodos Analíticos
Artigoque aborda sobre a importância sobre os contaminantes em embalagens plásticas.
https://bit.ly/2OR7uEC
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UNIDADE Embalagem e Rotulagem de Alimentos
Referências
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA, Resolução 
n. 17, de 17 de março de 2008. Dispõe sobre regulamento técnico sobre lista 
posi tiva de aditivos para materiais plásticos destinados à elaboração de embalagens 
e equipamentos em contato com alimentos, Diário Oficial União, Brasília, 2008.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA, Resolução 
n. 41, de 16 de setembro de 2011. Dispõe sobre a proibição de uso de bisfe-
nol A em mamadeiras destinadas a alimentação de lactentes, Diário Oficial União, 
Brasília, 2011.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA, Resolução 
n. 51, de 26 de novembro de 2010. Dispõe sobre migração em materiais, embala-
gens e equipamentos plásticos destinados a entrar em contato com alimentos, Diário 
Oficial União, Brasília, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EMBALAGENS PLÁSTICAS 
FLEXÍVEIS. PE metaloceno melhora produtividade dos filmes shrink: facili-
dade de uso. São Paulo, 2008.
AZEREDO, H. M. C.; FARIA, J. A. F.; BRITO, E. S. Embalagens e estabilidade 
de alimentos. In: AZEREDO, H. M. C. Fundamentos de Estabilidade de alimentos. 
Fortaleza, Embrapa Agroindústria Tropical, 2004. 195 p.
JORGE, Neuza. Embalagens para alimentos/Neuza Jorge. – São Paulo: Cultura 
Acadêmica. Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação, 2013. 194 p.
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Outros materiais