Buscar

REVISAO DE CIAC 1 B2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CIAC 1 
ASSUNTOS: 
- Tratamento ortodôntico preventivo na infância
- Selamento de cicatrículas e fissuras: Proteção do complexo dentino-pulpar; Adesão em dentes decíduos; Reabilitação estético funcional de dentes decíduos
- Tratamento de doenças gengivais em crianças e adolescentes; Controle dos fatores etiológicos da doença periodontal na criança e adolescente; Cuidados periodontais durante o período de erupção dentária 
- Terapêutica medicamentosa em crianças e adolescentes 
- Tratamento das doenças infecciosas bacterianas, virais e fúngicas do paciente infantil 
- Remoção de raízes residuais; Tratamento dos abcessos dento-alveolares
- Sinais vitais no paciente odontopediátrico; Exames laboratorais na criança: valores normais e alterações
 Tratamento ortodôntico preventivo na infância
A ortodontia preventiva é o conjunto de conhecimentos, atitudes e atividades necessários para manter o bom desenvolvimento da oclusão normal ou minimizar, o desenvolvimento num período precoce, dos diversos tipos de desvios da normalidade.
O objetivo durante o tratamento é perceber se há ou não a necessidade de um tratamento precoce, e se este tratamento é possível e viável, estudando caso a caso.
Obviamente o profissional deve, em primeiro lugar, prezar pela saúde de seu paciente, estudando maneiras de melhor atendê­lo, oferecendo benefícios de fato em termos funcionais, estéticos, faciais e psicológicos.
As atividades preventivas englobam o aconselhamento familiar (educação odontológica da população, higiene bucal), remoção do biofilme dental, aplicação tópica de fluor, odontologia conservadora na dentição decídua, correta restauração da distância mésio distal dos dentes deciduos e da sua dimensão vertical, manutenção do espaço correspondente as extrações precoces de dentes decíduos.Já as atividades interceptativas compreendem naeliminação de hábitos de sucção, adotando medidas psicologicamente indicadas, re­eduacação da fala e da deglutição atípica, descruzamentos de dentes posteriores e anteriores, recuperação de espaços, quando a análise indicar esta possibilidade, eliminação de sobremordidas incipientes, frenectomias, quando essencialmente indicadas, remoção de dentes decíduos, prolongadamente retidos, estabelecimento de programas de extrações seriadas, quando indicadas pela análise e sempre que possível, sob a orientação do ortodontista.
Atualmente observa­se um aumento progressivo da incidência de casos de oclusopatias. Para que medidas de promoção da saúde e prevenção possam ser definidas e tomadas, é necessário o conhecimento da prevalência das oclusopatias por meio de levantamentos epidemiológicos básicos, os quais oferecem subsídios importantes e fundamentais para se avaliar a situação atual e as futuras necessidades de cuidados de saúde bucal de uma população
Os primeiros sinais de oclusopatias,tais como, sobremordida e sobressaliência exageradas, podem ser observados durantea erupção dos primeiros molares decíduos, quando ocorre o primeiro levantamento da dimensão vertical. Foi verificado que esses sinais surgem quando a dentição decídua se desenvolve. Dentre as oclusopatias mais observadas na dentição decídua, estão a sobremordida exagerada, a mordida aberta anterior e a mordida cruzada posterior.
As condições que predispõem o desenvolvimento das oclusopatias na dentição permanente, devem ser detectadas o mais cedo possível ainda na dentição decídua, permitindo desta forma que a intervenção ou o monitoramento dos pacientes seja em uma base mais efetiva.
Por volta dos três anos de idade, a dentição decídua está completa e neste momento deve­se realizar a primeira avaliação ortodôntica. Os hábitos bucais, sob o ponto de vista ortodôntico, devem merecer a atenção do profissional sempre que perdurem ou se manifestem em crianças com idade acima de três anos, porque, os efeitos dos hábitos, porventura existentes antes dessa idade, sofrem um processo de correção espontânea na maioria dos casos. Ou seja, ainda que a manifestação da oclusopatia seja proveniente de hábitos em períodos anteriores à idade de três anos, a interrupção dos hábitos bucais a partir dessa idade tem apresentado um prognóstico mais favorável. Os parâmetros ortodônticos considerados ideais na dentição decídua são: plano terminal reto ou mesial, sobremordida e sobressaliência ente 1 a 2mm, ausência de mordida cruzada anterior e posterior e arco tipo Ide Baume.
As oclusopatias vertical e transversal na maior parte dos casos não têm correção espontânea esperada, além disso os autores indicam problemas de alinhamento em potencial na futura dentição permanente, requerendo tratamento ortodôntico interceptor em idade precoce com o objetivo de diminuir a severidade da oclusopatia e necessidade de tratamento.
Uma das alternativas em potencial no tratamento da oclusopatia é a prevenção, uma vez que as mais comuns são condições funcionais adquiridas, atribuídas a dietas pastosas,problemas respiratórios e hábitos bucais deletérios. Observa­-se que as oclusopatias, apesar de estarem relacionadas a fatores inevitáveis como hereditariedade por exemplo, são problemas que podem ser solucionados de forma significativa, através procedimentos não complexos, relacionados a ortodontia interceptativa e preventiva, principalmente quando seu diagnóstico é precoce. Os problemas causados pelas oclusopatias,sejam estes sociais, afetivos ou funcionais, demonstram o impacto negativo que isso pode ter na vida das pessoas, sendo extremamente importante que o tratamento seja iniciado o quanto antes, facilitando e maximizando os resultados positivos e minimizando sua influência negativa no desenvolvimento dos indivíduos.
 A ortodontia interceptativa e preventiva tem como objetivo remover os obstáculos que impedem o desenvolvimento e crescimento normal da face e dos dentes, eliminando­se, conforme supracitado, a necessidade de tratamento ortodôntico corretivo em alguns casos, ou, em outras situações, diminuindo a gravidade do problema para que, por volta dos 12 anos, possa ser feito o tratamento ortodôntico corretivo em menos tempo e, consequentemente, com menor custo, e principalmente com menos recidivas.
O tratamento interceptador para a eliminação dos fatores de desenvolvimento dentário possui extrema relevância, visto que o crescimento mandibular ou maxilar normal interfere no desenvolvimento do arco dentário, promovendo mudanças favoráveis de desenvolvimento, removendo ou suprimindo aqueles que sejam desfavoráveis e que poderiam resultar em distúrbios miofuncionais.
A ortodontia preventiva visa a preservação e a integridade da evolução normal da oclusão, evitando­se a instalação de determinadas oclusopatias; e a ortodontia interceptativa implica em interceptar uma situação anormal já existente, de modo a restabelecer a evolução normal da oclusão.
Os procedimentos compreendidos pela ortodontia interceptativa permitem restaurar a função normal, corrigindo determinadasdesarmonias da região orofacial criando, assim, condições para evolução normal da dentição e do crescimento facial.
O tratamento precoce apresenta como vantagem a simplificação e/ou eliminação da necessidade de tratamento corretivo na dentição permanente, pois a essência do tratamento precoce, indiscutivelmente, consiste no aproveitamento do crescimento dos pacientes jovens para favorecer a correção das deformidades dentoesqueléticas.
Enquanto preserva a evolução normal da oclusão, evitando a instalação de determinadas oclusapatias e interceptando em uma situação anormal já existente.
Por outro lado apresentaram como desvantagem do tratamento precoce das oclusopatias a dificuldade em prever o rumo do processo de crescimento e desenvolvimento craniofacial pois o tratamento precoce requer do ortodontista uma previsão da morfologia futura na dentadura permanente, a partir da avaliação da dentadura decídua ou mista.
Selamento de cicatrículas e fissuras: Proteção do complexo dentino-pulpar; Adesão em dentes decíduos; Reabilitação estético funcional de dentes decíduos
x. O tratamento restaurador deveser definido com base em uma adequada anamnese, acompanhada por um criterioso exame clínico e radiográfico, fazendo parte de um plano de tratamento amplo. Este deve levar em consideração:
1. o desenvolvimento da dentição naquele momento;
2. a avaliação da atividade cariosa;
3. a avaliação da higiene bucal e dieta do paciente; 
4. o compromisso dos pais com o tratamento e a disponibilidade de atender as consultas de retorno;
5. a cooperação do paciente com o tratamento.
O plano de tratamento restaurador deve ser elaborado em conjunto com um programa preventivo especialmente delineado para atender as necessidades individuais do paciente.
A restauração de dentes decíduos difere da restauração de dentes permanentes, devido, em parte, a diferenças na morfologia dentária.
A restauração dentária deve incluir a remoção parcial ou total do tecido cariado ou a completa do tecido defeituosamente formado (por exemplo, hipoplasias, amelogênese imperfeita, dentinogênese imperfeita, etc.) compatível com o material restaurador a ser utilizado. O condicionamento do esmalte e da dentina, e posterior adesão a esses substratos devem ser realizados de maneira apropriada à técnica restauradora selecionada. Isolamento absoluto do campo operatório deve ser utilizado sempre que possível durante o preparo cavitário e a aplicação dos materiais restauradores, principalmente as resinas compostas.
x. Adesivos de esmalte/dentina permitem a aderência de compósitos e outros materiais resinosos aos substratos de dentes decíduos e permanentes.
Os sistemas adesivos contemporâneos podem ser divididos como convencionais ou autocondicionantes. Ambos os tipos incluem sistemas simplificados. Sistemas convencionais requerem 3 passos de aplicação e envolvem o uso de um condicionador ácido para preparar o esmalte enquanto removem a smear layer, desmineralizam a dentina e ampliam o diâmetro dos túbulos dentinários. Após a lavagem do ácido, um primer é aplicado com a função de penetrar na dentina previamente umedecida, preparando-a para a aplicação do agente adesivo. O esmalte pode estar seco antes da aplicação do primer, mas a dentina deve permanecer úmida. Em seguida um agente adesivo é aplicado à dentina impregnada pelo primer. Nos sistemas convencionais simplificados, primer e agente adesivo estão combinados em um único frasco. Os sistemas adesivos autocondicionantes inicialmente requerem 2 passos: a aplicação de um primer acidificado e uma resina adesiva. Para essa categoria também estão disponíveis versões simplificadas, onde condicionador ácido, primer e agente adesivo estão juntos.
x. Selantes têm sido descritos como materiais que são aplicados nas fossas e fissuras da superfície oclusal de dentes susceptíveis à doença cárie, formando uma camada micromecanicamente retida, a qual bloqueia o acesso de bactérias cariogênicas às fontes de nutrientes.
Lesões de cárie oclusais representam cerca de 80% de todas as lesões cariosas em pacientes jovens. Selantes reduzem o risco à cárie daquelas fossas e fissuras susceptíveis. O risco à cárie do dente deve ser determinado, e qualquer dente decíduo ou permanente considerado em risco poderá receber o benefício da utilização de selantes. Aqueles indivíduos que apresentam elevado risco de desenvolvimento da doença serão os mais beneficiados com o selamento. 
Uma vez que o risco à cárie pode aumentar devido a mudanças nos hábitos do paciente, microflora bucal, ou condições físicas, um dente não selado pode, subsequentemente,ser beneficiado pela aplicação de um selante.
Com um diagnóstico e monitoramento apropriados, selantes podem ser indicados para dentes que apresentem lesões de cárie incipiente nas fossas e fissuras. Isolamento do campo operatório é um fator fundamental para o sucesso clínico de selantes. Contaminação com saliva pode resultar em redução drástica na resistência da união do selante ao esmalte.
Para serem considerados efetivos, selantes devem se manter retidos ao esmalte e serem monitorados com frequência. Estudos têm demonstrado que selantes ionoméricos apresentam um baixo índice de retenção. Um grande número de trabalhos têm demonstrado os índices de retenção de selantes resinosos, sendo que, naqueles onde acompanhamento e manutenção são realizados, os níveis de sucesso chegam a 80-90% após 10 anos ou mais.
x. Cimentos ionoméricos têm sido utilizados como materiais para restauração, forramento/base e cimentação. Cimentos de ionômero de vidro são resultantes de uma reação ácido-base entre partículas de vidro (pó) e um polímero solúvel em água. Os primeiros cimentos eram difícies de manipular, exibiam baixa resistência ao desgaste, e eram friáveis.
Avanços na formulação resultaram em melhoria dessas propriedades, incluindo o desenvolvimento de cimentos de ionômero de vidro modificados por resina. Esses produtos apresentam superiores características de manipulação, redução do tempo de presa, aumento da resistência à compressão e ao desgaste.
Cimentos ionoméricos apresentam várias propriedades que favorecem seu uso em crianças:
1.união química ao esmalte e dentina
2.expansão términa similar a da estrutura dentária
3.biocompatibilidade
4.recarregamento e liberação de íons flúor
5.menor sensibilidade à umidade quando comparados com compósitos.
Cimentos de ionômero de vidro são hidrófilos e toleram um ambiente úmido, porém não molhado, enquanto compósitos e adesivos são negativamente afetados pela água. Devido a sua habilidade de aderir, selar e proteger, cimentos ionoméricos são frequentemente utilizados como materiais para reposição da dentina. Esses cimentos apresentam um coeficiente de expansão térmica semelhante ao da dentina.
Cimentos de ionômero de vidro modificados por resina têm maior resistência ao desgaste quando comparados com os cimentos ionoméricos convencionais e são materiais restauradores muito apropriados para dentes decíduos.
A técnica do “sanduíche” empregando cimentos ionoméricos e resinas foi desenvolvida considerando-se as melhores propriedades de cada material. Um cimento ionomérico é utilizado para reproduzir a dentina devido a sua habilidade de selamento e adesão, o qual é coberto por resina devido a superior resistência ao desgaste e estética proporcionados por esse material.
Íons flúor são liberados por cimentos ionoméricos e são incorporados ao esmalte e dentina adjacente, resultando em um dente menos suscetível ao desafio ácido.
Outra aplicação dos cimentos ionoméricos, onde a liberação de flúor é importante, é no tratamento restaurador atraumático (ART). No ART convencional são utilizados instrumentos manuais para remoção parcial seletiva do tecido cariado, seguida da aplicação de um cimento ionomérico para restaurar o dente. O ART foi desenvolvido para o tratamento de cárie em crianças onde não existem condições disponíveis para o tratamento tradicional.
O ART pode ser utilizado para restaurar e prevenir a doença cárie em pacientes muito jovens, não cooperativos, com necessidades especiais e em situações onde o preparo cavitário e a restauração tradicionais não são passíveis de execução.
·	Recomendações:
Cimentos ionoméricos podem ser recomendados para:
1. cimentação;
2. base e forramento cavitário;
3. restaurações oclusais e ocluso-proximais em molares decíduos e permanentes (provisórias);
4. restaurações em dentes anteriores (superfícies lisas livres e/ou de contato) em dentes decíduos e permanentes (provisórias);
5. reparo de restaurações adesivas em dentes decíduos e permanentes.
6. tratamento restaurador atraumático (ART).
x. Resinas compostas são materiais restauradores utilizados em dentes posteriores e anteriores. Existe uma grande variedade de resinas compostas no mercado, cada qual apresentando propriedades físicas e mecânicas distintas dependendo da sua composição. 
Resinas microparticuladas contém partículas menores do que 0,1 micra. Partículas de tamanho médio variam de 1 a 10 micras, enquanto que partículas grandes, macropartículas, variam de 10 a 100 micras em tamanho.
Partículas menores permitem um melhor polimento e estética, enquanto omaior conteúdo de partículas melhora a resistência. Resinas híbridas combinam uma mistura de partículas de diferentes tamanhos visando a melhora da resistência com a manutenção da estética.
Recentemente foram introduzidas no mercado resinas nanoparticuladas, as quais combinam as vantagens estéticas das resinas microparticuladas, como polimento e brilho, com as propriedades mecânicas das resinas micro-híbridas. Entretanto, ainda não existem evidências científicas que comprovem a eficiência e superioridade clínica dessas resinas.
·	Indicações:
A literatura respalda o uso de resinas compostas com alto conteúdo de carga para:
1. lesões em superfícies oclusais com extensão em dentina;
2. lesões em superfícies ocluso proximais de dentes decíduos que não se estendam além dos ângulos proximais;
3. lesões em superfícies ocluso proximais de dentes permanentes com istmo não maior do que metade da distância intercuspídea;
4. lesões envolvendo superfícies vestibulares e proximais de dentes decíduos e permanentes, principalmente na região anterior ;
5. reconstrução coronária (strip crowns) de dentes anteriores decíduos e permanentes.
·	Contra-indicações:
A literatura recomenda que resinas compostas não sejam utilizadas nas seguintes situações:
1. quando o dente não pode ser isolado para controle da umidade;
2. em pacientes que necessitem restaurações envolvendo múltiplas faces em dentes decíduos posteriores;
3. em pacientes com atividade de cárie (expressa pela presença de lesões cavitadas ou manchas brancas ativas), com resistência em realizar uma boa higiene, com descontrole nos hábitos dietéticos e não comprometidos com retornos periódicos
Tratamento de doenças gengivais em crianças e adolescentes; Controle dos fatores etiológicos da doença periodontal na criança e adolescente; Cuidados periodontais durante o período de erupção dentária
Existem dois tipos de periodonto: Periodonto de proteção e periodonto de sustentação.
Como periodonto de proteção temos a gengiva, que é formada por epitélio escamoso, estratificado e queratinizado, e se divide em GENGIVA LIVRE, GENGIVA INSERIDA E GENGIVA INTERPAPILAR. 
A gengiva livre estende-se na margem gengival do sulco gengival no sentido apical, tem entre 1,2 a 2,16 mm, compreende as partes vestibular, lingual e interproximal dos dentes e tem como características: cor rósea, superfície lisa/brilhante e consistência macia.
A gengiva inserida estende-se apicalmente da gengiva livre até a junção mucogengival e tem como características: cor rósea pálida, pode ter superfície pontilhada e consistência firma.
A gengiva interpapilar fica entre os dentes e tem forma de cunha.
Na infância, a gengiva é mais fina, menos queratinizada, mais vascularizada e contêm menos fibras de tecido conjuntivo.
Como peridonto de sustentação temos o ligamento periodontal, cemento e osso alveolar. Comparando com o periodonto permanente, o periodonto decíduo possui ligamento periodontal mais largo, menos fibroso e mais vascularizado e o osso alveolar tem corticais mais finas, espaços medulares maiores, mais vascularizado e menos trabéculas.
Para o diagnóstico periodontal é preciso fazer uma anamnese correta (queixa principal, história odontológica e médica), um exame clínico adequado (utilizando espelho, sonda milimetrada pra analisar o estado da gengiva, índice de biofilme, sangramento à sondagem) utilizando o mesmo protocolo que em adultos e exame radiográfico periodontal (para avaliar as cristas ósseas e lâmina dura - faz a radiografia interproximal).
·	Gengivite eruptiva: Apesar de a erupção dentária, tanto dos dentes decíduos como dos permanentes, ser um processo fisiológico, há que se ficar atento às lesões inflamatórias gengivais ocasionais que possam ocorrer nessa fase. A maioria dos autores não considera a gengivite eruptiva um processo patológico importante, preferindo classificá-la como de caráter “transitório”, pois desaparece paulatinamente à medida que o dente completa sua erupção. Pode-se observar, porém, que essa gengivite tende a se transformar de “transitória” para “crônica”, quando concomitantemente houver a presença de placa bacteriana. Na erupção dos dentes decíduos, podem ocorrer inflamação localizada da gengiva, hiperemia da mucosa alveolar, cistos de erupção, dor espontânea e formação de margem gengival espessa com bordas protuberantes. Na fase de erupção dos dentes permanentes, pode-se observar isquemia ou hematoma em consequência da pressão que o dente exerce para tentar romper a gengiva. Erupcionando o dente, notam-se margens gengivais espessas e formação de sulco gengival com profundidade que pode atingir cerca de 7 mm, o qual é considerado fisiológico. É conveniente lembrar que podem permanecer retidos fragmentos radiculares do dente decíduo que, favorecendo o depósito da placa bacteriana, acentuam a gengivite eruptiva. Com todas essas alterações que ocorrem na intimidade do tecido gengival, instala-se a gengivite eruptiva, que deve ser controlada pelo cirurgião-dentista até a erupção dentária completa. O tratamento da gengivite eruptiva deve consistir fundamentalmente na manutenção de uma boa higiene bucal
·	Gengivoestomatite herpética aguda: Esse tipo de gengivite é causado pelo herpes-vírus simples. A infecção primária ocorre, em geral, na faixa etária de 2 a 6 anos e caracteriza-se pela presença de algumas vesículas. Acredita-se que a maioria das infecções primárias seja do tipo subclínico. Há casos, porém, nos quais a infecção manifesta-se por sintomatologia aguda, com a presença de pequenas vesículas que se rompem formando úlceras dolorosas, cobertas por uma membrana de cor acinzentada, apresentando inflamação circunscrita. Essas úlceras podem ser observadas em qualquer parte da mucosa bucal. Os sinais e sintomas da doença aparecem repentinamente e incluem, além de tecido gengival bastante avermelhado, elevação da temperatura corporal, aumento da salivação, mal-estar, anorexia, irritabilidade e dor durante a ingestão de alimentos ou líquidos ácidos. A sua duração é de, aproximadamente, 7 a 10 dias e apresenta regressão. Ao contrário da gengivite ulcerativa necrosante aguda, é contagiosa. A terapêutica sintomática, no entanto, é necessária no sentido de se reduzir a febre, aumentar as resistências local e geral, suprir possíveis deficiências nutritivas e aliviar a dor. Outra preocupação é evitar a instalação de uma infecção secundária, devendo, no caso, ser tratada com antibióticos. Há uma série de tratamentos sintomáticos, como anestésicos tópicos, anti-inflamatórios, analgésicos e altas doses de vitaminas como o complexo B e a vitamina C.
·	Gengivite ulcerativa necrosante aguda (GUNA): A GUNA raramente ocorre em crianças na idade pré-escolar. Sua prevalência aumenta a partir da idade escolar e torna-se significante a partir da adolescência. Os sinais mais característicos da GUNA são: Tecido gengival com uma cor bastante avermelhada; Inversão da topografia da papila; Presença de pseudomembrana sobreposta à gengiva; Áreas de necrose; Sangramento espontâneo; Halitose; Aumento da temperatura corpórea; Enfartamento ganglionar. Além desses sinais, o paciente relata a existência de dor espontânea. O diagnóstico diferencial da GUNA com a gengivoestomatite herpética aguda baseia-se no fato de que ela é rara em crianças, a sua duração é indefinida, é necrosante, mas não contagiosa. Para se eliminar a fase aguda, são empregados bochechos com soluções oxidantes e, eventualmente, antibióticos
·	Hiperplasia gengival dilantínica: A prevalência da gengivite dilantínica é maior em crianças e adolescentes que em adultos. Esse tipo de gengivite ocorre nos casos em que o paciente utiliza medicamentos anticonvulsivantes à base de difenilidantoinato de sódio. A gengivite dilantínica apresenta como característica clínica hiperplasia gengival, que se inicia na região das papilas gengivais e, com o decorrer do tempo, atinge as outras faces dos dentes, podendo atingir as superfícies incisal e oclusal. Nem todos, entre crianças e adolescentes, que utilizam esse medicamentoapresentam esse tipo de gengivite. Acredita-se, portanto, que a gengivite dilantínica se sobreponha a uma gengivite crônica preexistente. Sabe-se, também, que ela não tem predileção por raça ou gênero. Nos casos incipientes da hiperplasia gengival dilantínica, é possível confundi-la com fibrose típica da gengivite da puberdade. A anamnese permitirá o diagnóstico diferencial. O tratamento desse tipo de alteração gengival consiste na instrução da criança em relação à higiene bucal, na raspagem e, se necessária, na remoção cirúrgica periódica do tecido gengival hiperplásico
·	Gengivite associada à respiração bucal: Crianças e adolescentes, respiradores bucais por causa das tonsilas e adenoides aumentadas, maloclusão, lábio superior pequeno ou por hábito, desenvolvem alteração gengival crônica. Essa alteração geralmente se localiza na região anterossuperior e, eventualmente, na anteroinferior, com a gengiva apresentando-se ressecada e fibrótica. Os sinais clínicos da gengivite do respirador bucal são iguais aos da gengivite crônica provocada pela placa bacteriana, pois notam-se alterações de cor, forma, textura e superfície da gengiva. Além desses sinais, em razão do aumento do volume gengival, nota-se a presença de bolsa gengival passível de sangramento, quando se introduz uma sonda milimetrada em seu interior. O respirador bucal é classificado em três tipos: Obstrutivo (quando há obstrução nasal, caracterizando o verdadeiro respirador bucal); Habitual (mesmo eliminada a obstrução nasal, o hábito permanece); Anatômico (representado por problemas ligados ao tônus muscular, impedindo ou dificultando o contado do lábio superior com o inferior). No tipo obstrutivo, além da região vestibular, a língua e o palato apresentam-se ressecados. No tipo anatômico, apenas a região vestibular permanece ressecada. O tratamento efetivo e inicial para o tipo obstrutivo ou “verdadeiro” respirador bucal consiste na remoção cirúrgica da obstrução nasal, quando é solicitado o auxílio do otorrinolaringologista. O controle de placa bacteriana deverá ser instituído, além de outros procedimentos terapêuticos, como raspagem, alisamento e polimento coronário e radicular, e gengivectomia ou gengivoplastia, quando necessária.
·	Periodontite: Quando o processo inflamatório atinge, além da gengiva, as estruturas do periodonto de sustentação, instala-se uma doença periodontal crônica denominada periodontite. Em última análise, a periodontite é uma consequência da gengivite crônica. Estudos epidemiológicos evidenciam que a doença periodontal mais prevalente na infância é a gengivite. Sabe-se, também, que se essa gengivite não for eliminada, a criança, ao atingir a adolescência, poderá ser portadora de uma lesão mais grave, a periodontite. Os dados epidemiológicos demonstram, claramente, que a periodontite em adolescentes é um fato comum. Os dados clínicos da periodontite são iguais aos da gengivite, acrescidos dos sinais de uma lesão grave e profunda. Por sua vez, o dado radiográfico mais significativo é representado pela imagem de reabsorção óssea alveolar. Portanto, além das características clínicas de uma gengivite crônica, como alterações de cor, forma, posição e consistência da gengiva, a periodontite pode ser diagnosticada por meio dos dados apresentados a seguir: Presença de bolsa periodontal. Formada em consequência da perda óssea e migração do epitélio juncional para apical. Durante a sondagem dentro da bolsa, é comum notar sangramento e exsudato. O sangramento pode ser observado, também, durante os procedimentos de higienização bucal. Reabsorção óssea alveolar. Como o sinal radiográfico mais importante da periodontite é a reabsorção óssea alveolar, o seu exame é fundamental para o diagnóstico. O processo crônico provoca duas formas de destruição óssea: a reabsorção óssea horizontal e a vertical. Na periodontite, podem ocorrer ambos os tipos de perda óssea, juntos ou separados, em qualquer dente. Mobilidade dentária. É comum observar mobilidade dentária nos casos de periodontite, em consequência da perda da estrutura de suporte. Um movimento de amplitude maior que 0,5 mm, em sentido vestibulolingual, é considerado patológico. Migração patológica dos dentes. A migração patológica dos dentes, que ocasiona diastemas, é comum em casos de periodontite avançada. Essa característica é mais observada em incisivos superiores em face da força imposta pela língua durante a deglutição. As radiografias são elementos importantes para o diagnóstico diferencial entre a periodontite e a gengivite, pois nesta não se observa perda óssea. Além desses dados de diagnóstico, o paciente, às vezes, relata a presença de dor provocada durante os recursos de higienização bucal ou a mastigação de alimentos fibrosos. Pelo fato de haver maior quantidade de irritantes locais, como placa bacteriana, cálculo dentário e restos de alimentos, retidos por maior tempo na bolsa periodontal, a halitose é mais comumente observada na periodontite do que na gengivite.
·	A terapêutica periodontal está, atualmente, calcada no controle do fator determinante, na eliminação ou atenuação dos fatores predisponentes e modificadores locais e, se possível, no reequilíbrio dos fatores sistêmicos identificados. Dentro dos limites da influência das respostas teciduais características do indivíduo, é possível obter o desaparecimento total dos sinais e sintomas da doença periodontal inflamatória, apenas com o tratamento local. Portanto, o tratamento periodontal consiste, basicamente, de procedimentos clínicos locais. Quando há suspeita da ação de um fator sistêmico, este deve ser detectado por meio de anamnese e exames complementares, e uma terapêutica específica completará o tratamento local. Não há terapêutica sistêmica capaz de, isoladamente, eliminar total e efetivamente a doença periodontal. O tratamento local deve eliminar a inflamação pela remoção da placa bacteriana e do cálculo, e de todas as condições que favoreçam o seu acúmulo, como fatores predisponentes e iatrogênicos (ver etiologia da doença periodontal). Além disso, a eliminação de forças traumatogênicas permite relações oclusais mais favoráveis ao periodonto de sustentação (osso, ligamento periodontal e cemento). A terapêutica periodontal fundamenta-se, basicamente, nos passos descritos a seguir: • Higiene bucal e motivação do paciente • Raspagem, alisamento e polimento coronário e radicular • Pequenos movimentos ortodônticos • Desgaste seletivo prévio • Placa de mordida • Integração clínica com dentística, endodontia e cirurgia. Já a terapêutica complementar fundamenta-se em: • Técnicas cirúrgicas • Desgaste seletivo propriamente dito.
Terapêutica medicamentosa em crianças e adolescentes 
x. Antibióticos: antibioticoterapia deve ser coadjuvante em determinados processos, quando as medidas locais não foram suficientes, ou nos casos de comprometimento sistêmico. Outra indicação do uso de antibióticos é preventivamente, nos casos de profilaxia. No entanto, a prescrição de antibióticos na odontopediatria deve ser feita de forma cautelosa para minimizar os riscos ao desenvolvimento de cepas resistentes. Os antibióticos podem ser classificados pela ação biológica: bactericidas, causam a morte dos MO (microrganismos), ou bacteriostáticos, inibem o crescimento e multiplicação dos MO. 
A escolha dos antibióticos deve ser pautada no espectro de ação e indicação. Para a odontologia, atualmente o antibiótico de escolha é a amoxicilina, pela eficiência contra as bactérias bucais, podendo ser associada com metronidazol ou clavulanato de potássio (para casos resistentes, identificados através de cultura).
O metronidazol isolado é bem indicado para uso na periodontia, os casos de gengivite ulcerativa necrosante, doença periodontal aguda e crônica. A azitromicina é um antibiótico alternativo para pacientes alérgicos a amoxicilina, eles mantêm bons níveis teciduais, conferindo praticidade nas tomadas e uma ação por tempo prolongado. A clindamicina é indicado para as infecções graves e deve ser utilizada com critério, em ambientehospitalar (injetável), tem boa distribuição tecidual e pode ser uma alternativa clínica quando a terapêutica convencional não estiver sendo efetiva.
·	Amoxicilina: Sua posologia é 30 a 50 mg/kg/dia – divididos em 3 doses (8 em 8 horas) por 3 a 10 dias; Via oral; Forma farmaceutica = Suspenção oral 125, 250, 500/5 ml ou cápsulas ou comprimidos 500 mg ou 875 mg (2 doses diárias).
·	Azitromicina: Sua posologia é 12 mg/kg/dia em dose única por 3 a 5 dias; via oral; Forma farmaceutica = Suspenção oral 200 mg/5 ml (600 mg/15 ml ou 900 mg/22,5 ml ou comprimidos de 500 mg.
·	Metronidazol: Sua posologia é 7,5 mg/kg/dose – 8 em 8 horas por 7 dias; via oral; Forma farmaceutica = Suspenção oral 40 mg/1 ml (4%) ou comprimidos de 250 mg e 400 mg.
·	Cefalexina: Sua posologia é 30-50 mg/kg/dia – divididos em 4 doses (6 em 6 horas) por 3 a 10 dias; via oral; Forma farmaceutica = Suspenção oral 250/5 ml ou drágeas 500 mg.
Os antibióticos podem ser utilizados de forma profilática, em medidas de prevenção da infecção, feita através do uso de antibióticos anteriormente à execução de alguns procedimentos, em grupos específicos de pacientes. A profilaxia antibiótica se faz necessária para procedimentos invasivos, que ocorra sangramento, como: profilaxia, anestesia, endodontia, cirurgia geral, isolamento absoluto, entre outros. No grupo de pacientes que necessitam desta intervenção medicamentosa, estão os pacientes com cardiopatias específicas, que correm risco de desenvolver endocardite bacteriana; pacientes com próteses ortopédicas imunocomprometidos, hemofílicos, subnutridos, com história prévia de infecção, ou mesmo nos 2 primeiros anos de colocação da prótese ortopédica total; pacientes com problema renal crônico; diabetes; imunocomprometidos.
·	Amoxicilina: 50 mg/kg por via oral, 1 hora antes do procedimento.
·	Cefalexia: 50 mg/kg por via oral, 1 hora antes do procedimento. (ATENÇÃO – Pacientes alérgicos a amoxicilina, as cefalosporinas podem fazer reação alérgica cruzada).
·	Claritromicina ou Azitromicina: 15 mg/kg via oral, uma hora antes do procedimento. (Pacientes alérgicos a amoxicilina)
x. Analgésicos e anti-inflamatórios: O controle da dor é de grande importância na odontopediatria, para tanto, o uso de analgésicos e anti-inflamatórios se faz necessário, à medida que se tenha uma dor instalada por um agravo, como abcesso ou traumatismo dental, ou mesmo após intervenção, como no caso de exodontia, por exemplo. Os fármacos mais utilizados na clínica odontopediátrica para controle da dor são: dipirona sódica, paracetamol (considerados analgésicos puros, e ambos são considerados seguros) e ibuprofeno, que além de controlar a dor, atua como um antiinflamatório, quando em doses maiores, e é um anti-inflamatório não esteroidal, considerado seguro para o uso em crianças.
·	A dipirona sódica em solução (50 mg/ml) deve ser usada em dose de 15 mg/kg (ou meia gota por quilo de peso), de 4 em 4 horas, não excedendo 4 tomadas ao dia, e no máximo 20 gotas.
·	O paracetamol em solução deve ser usado em dose de 10 a 15 mg/kg (ou uma gota por quilo de peso), de 6 em 6 horas ou 8 em 8 horas, não excedendo 5 tomadas ao dia, e no máximo 35 gotas. As versões do paracetamol para bebê (100 mg/ml) ou criança (32 mg/ml) apresentam tabela específica que considera peso e idade e seringa ou copo dosador para facilitar a ingestão.
·	O ibuprofeno em solução (50 mg/ml) deve ser usado em dose de uma gota por quilo de peso, de 6 em 6 horas ou de 8 em 8 horas, não excedendo a dose máxima de 40 gotas.
Na odontopediatria, o anti-inflamatório esteroidal indicado é a betametasona (0,5 mg/ml – posologia: 1 a 2 gotas/kg). Estes são considerados seguros, quando utilizados por pouco tempo, como no caso de cirurgias invasivas (ex. supranumerários), em dose única pré-cirúrgica. No entanto, cuidados devem ser tomados, é necessário que o profissional se atente para as contraindicações.
x. Ansiolíticos: O controle da ansiedade é fator chave no atendimento de crianças e adolescentes. O manejo em odontopediatria dispõe de técnicas que preparam a criança para o atendimento odontológico, o qual, na grande maioria dos casos, é responsável pelo sucesso no atendimento, sem a necessidade de intervenção farmacológica. Algumas vezes, aliado ao manejo, opta-se pelas técnicas de sedação mínima, que consistem basicamente pela sedação oral com benzodiazepínicos ou pela inalação da mistura do oxido nitroso mais oxigênio. 
x. Benzodiazepínicos: São indicados para paciente pouco colaboradores, com ansiedade ou medo, ou mesmo para procedimentos longos e mais complexos. Esses fármacos têm a característica de gerar uma amnésia retrógrada, o que faz com que o paciente não se lembre do procedimento, atuando de forma positiva no comportamento. Mesmo sendo depressores do sistema nervoso central (SNC), são considerados medicamentos seguros, pois a dose normalmente utilizada para reduzir a ansiedade é muito menor que a dose considerada tóxica para o paciente, inclusive o paciente pediátrico. Para uso em odontopediatria é recomendado o diazepam e o midazolam. O diazepam é administrado em doses de 0,2-0,5 mg/ kg, 45 a 60 minutos antes do procedimento e tem efeito até por 8 horas, o que pode atuar como uma desvantagem. O midazolam tem melhor efeito, com absorção rápida, cerca de 30 minutos após administrada, com dose de 0,25-0,5 mg/kg, sendo que a duração do efeito é de 2-4 horas.
x. Óxido nitroso: A analgesia com oxido nitroso é uma técnica segura e eficaz para controle da ansiedade. O óxido nitroso atua no sistema nervoso central, com efeitos mínimos sobre o sistema respiratório. Ele tem absorção e excreção rápida via alvéolo pulmonar, mantém a pressão arterial, e tem efeito mínimo sobre o estado de consciência, permitindo o contato verbal durante todo o procedimento. O óxido nitroso é indicado para eliminar ou reduzir a ansiedade, aumentar o limiar de dor, redução das reações negativas ao tratamento, tolerância ao tempo do tratamento, redução do reflexo. A contraindicação consiste em pacientes com distúrbios emocionais ou dependentes de drogas, doença crônica pulmonar obstrutiva, primeiro trimestre de gestação, tratamento com sulfato de bleomicina, deficiência da metilenotetra-hidrofolato redutase.
x. Os agentes quimioprofiláticos, como o próprio nome diz, são agentes químicos utilizados para prevenção de doenças, eles atuam na redução, eliminação ou alteração dos patógenos, e/ou na resposta do hospedeiro, de forma local ou sistêmica. As substâncias químicas podem atuar como agentes antiadesivos, antimicrobianos, removedores de placa ou antipatogênicos. Os agentes antiadesivos são aqueles que impedem a adesão de bactérias na película adquirida, impedindo a formação de placa; por serem tóxicos, não são muito utilizados, mas são objeto de constante pesquisa. Os agentes antimicrobianos são mais comuns, eles impedem a proliferação ou destroem os microrganismos. Os agentes removedores de placa vieram com o conceito da atuação mecânica, mas de forma química, e devido ao alto grau de toxicidade, não são utilizados e os agentes antipatogênicos atuariam na patogenicidade, sem destruir as bactérias, mas ainda está presente somente no campo científico 
Tratamento das doenças infecciosas bacterianas, virais e fúngicas do paciente infantil 
Doenças infecciosas: 
- Bacterianas
·	Periostite proliferativa (osteomielite de Garré): Essa reação incomum do periósteo ocorre, na maioria das vezes, a partir de um dente desvitalizado, em geral o primeiro molar inferior permanente, amplamente destruído por um processo de cárie. Sob o ponto de vista clínico, a maioria dos pacientes é formada por crianças ao redor dos 12 anos, que chegam para a consulta com queixa de aumento de volume, endurecido na região inferior e posterior da mandíbula que perdura por mais de 2 semanas. A história de dor de dente ou desconforto na região é comum e precede o aumento de volume. Ao exame físico, nota-se aumento de volume extraoral na região afetada, unifocal, assintomático, duro à palpação, sem a presençade fístula cutânea ou mucosa. Ao exame radiográfico periapical, verificam-se rompimento da lâmina dura e discreta área radiolúcida, envolvendo a região periapical, no entanto, pela técnica oclusal, visualizam-se os sinais sugestivos dessa alteração com formações ósseas radiopacas dispostas em forma de lâminas, paralelas entre si, formando várias camadas ósseas sobrepostas, em forma de lamelas concêntricas, espessando a cortical, lembrando uma “casca de cebola”. O tratamento consiste na exodontia do dente envolvido ou, quando possível, na realização de tratamento endodôntico.
- Virais:
·	Gengivoestomatite herpética aguda: Também conhecida como gengivoestomatite herpética primária, trata-se de uma das formas de resposta do hospedeiro diante da primoinfecção causada pelo herpesvírus hominis. A infecção primária geralmente acontece na primeira infância, ao redor dos 2 ou 3 anos, eventualmente no adolescente ou adulto jovem, pela ingestão de gotículas de saliva contaminada ou pelo eventual contato com as secreções das lesões de pessoas que apresentam clinicamente a doença. Após o contágio, ocorre a ativação do sistema imune do paciente e, dependendo dessa competência, haverá ou não a expressão clínica da doença. O quadro local tem início por inflamação gengival, com edema, eritema e dor que precede a formação de vesículas, inicialmente na própria gengiva e, depois, estendendo-se para língua, palato, mucosa jugal, orofaringe e região peribucal. As vesículas aparecem até o 6o dia e rompem-se rapidamente, deixando, no local, úlceras rasas, com halo eritematoso e fundo amarelo acinzentado. Por vezes, outras mucosas, como a nasal e a conjuntival, também estão comprometidas. A sialorreia e a dor intensa completam o quadro clínico. Há casos em que as lesões infectam-se secundariamente, agravando o estado geral do paciente. Em um período de 7 a 14 dias, não havendo complicações, as lesões regridem sem deixar sequelas, desaparecendo juntamente com os sintomas sistêmicos e a linfadenopatia. O tratamento para a gengivoestomatite herpética primária é sintomático e de suporte. A terapêutica medicamentosa envolve a administração de analgésicos, anti-inflamatórios e, em casos de infecção secundária, antibióticos e antifúngicos. Há recomendação especial para a dieta, que deve ser líquida e proteica, e o repouso. Tratamentos locais incluem o uso de antissépticos suaves e anestésicos tópicos.
·	AIDS: Sua transmissão ocorre durante a gestação, pela transmissão vertical, em geral em mulheres que não realizaram de forma adequada os exames de pré-natal. Quando a gestante sabe ser portadora do HIV e é medicada com o coquetel antiviral, as chances de seu bebê nascer portador do vírus são bastante reduzidas. A princípio, a criança portadora do vírus HIV deve receber tratamento odontológico semelhante ao das outras crianças, diferindo apenas pelo fato de que estas são mais suscetíveis ao desenvolvimento de infecções secundárias. Sempre que houver a necessidade de um procedimento cruento, essas crianças devem receber, de forma profilática, antibióticos. É importante salientar que os métodos de biossegurança preconizados para o atendimento de pacientes HIV positivos, não podem e não devem diferir em absolutamente nada dos utilizados para o atendimento de qualquer paciente.
·	Herpangina: Trata-se de uma infecção viral aguda provocada pelo vírus Coxsackie em seus tipos A e B. A patologia em questão é prevalente nas faixas etárias de crianças e adolescentes, e sua a frequência aumenta durante o verão e o outono. A herpangina se caracteriza por numerosas lesões vesiculares e ulcerativas disseminadas por palato mole, úvula, tonsilas e, eventualmente, pela base da língua, com evolução de aproximadamente 10 dias. Clinicamente, o paciente apresenta dor de garganta, febre, mal-estar, cefaleia e disfagia. Os pacientes queixam-se de dificuldade de deglutição, dor de garganta e febre. O tratamento deve ser apenas sintomático e de suporte.
·	Doença das "mãos, pés e boca": Essa enfermidade pode surgir em qualquer idade, mas a maioria dos casos ocorre em bebês ou crianças. O quadro clínico é estabelecido pela presença de lesões na pele e na mucosa oral, estando as lesões orais e das mãos quase sempre presentes, e o comprometimento oral precede o aparecimento das lesões cutâneas. Essas alterações orais e cutâneas estão associadas a outros sinais e sintomas, como presença de febre leve, dor de garganta e disfagia. O número de lesões na pele é variável, infectando principalmente as bordas das palmas das mãos e das plantas dos pés, superfícies ventrais e laterais dos dedos das mãos e dos pés, porém, raramente, afetam nádegas, genitália externa e pernas, manifestando-se primeiro com o aparecimento de máculas eritematosas e posteriormente surgindo as vesículas centrais, que se romperão e cicatrizarão sem que haja a formação de crosta. Na boca, as lesões se manifestam com a presença de 1 a 30 máculas eritematosas, de onde desenvolvem o aparecimento das vesículas que vão sofrer ruptura e resultar no aparecimento de verdadeiras úlceras, de tamanhos variáveis e que se cicatrizam em um prazo de 1 semana. Os locais de maior predileção para o aparecimento dessas vesículas são mucosa jugal, mucosa labial e língua, embora qualquer área da cavidade bucal possa ser acometida. A cultura das lesões cutâneas é o melhor método de diagnóstico da doença das “mãos, pés e boca” e o tratamento é apenas sintomático.
- Fúngicas:
·	A candidíase pseudomembranosa: popularmente conhecida como “sapinho”, é uma infecção fúngica bastante comum da cavidade oral. Das doenças causadas por fungos, a candidíase é a forma mais comum em crianças. Seu agente etiológico é um fungo oportunista da espécie Candida albicans. Esse fungo habita a cavidade oral de uma parcela variável da população permanecendo em um estado de equilíbrio com o restante da flora e com o sistema imunológico do hospedeiro. Clinicamente, caracteriza-se pelo aparecimento de placas brancas fáceis de serem removidas por raspagem, semelhantes a “leite coalhado”, podendo estar presentes em qualquer região da cavidade oral, em especial, no palato e na língua. Quando removidas, deixam uma superfície eritematosa e, às vezes, sangrante com leve sintomatologia dolorosa. Apesar de não ser curativa, essa manobra é importante para o diagnóstico diferencial da doença. Seu tratamento consiste no uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos, dependendo da extensão e da condição sistêmica do paciente, não se esquecendo de pesquisar a causa dessa proliferação desordenada da Candida. O antifúngico tópico de eleição é a nistatina e os sistêmicos podem ser o fluconazol ou, mais recentemente, o itraconazol.
Remoção de raízes residuais; Tratamento dos abcessos dento-alveolares
As reabsorções causadas pelos mediadores químicos e pelas substâncias provenientes do metabolismo bacterianos causam ao dente decíduo um efeito devastador, quando estes não recebem tratamento adequado. A conseqüência é a rápida destruição do próprio dente na região compreendida entre a junção amelocementária e a furca
Tal repercussão, quase que imediata, está relacionada diretamente à maior fragilidade na formação das estruturas que compõem o dente decíduo, concordante com a temporalidade desse grupo de dentes na cavidade bucal e com a odontogênese, na qual o período de formação e mineralização dos dentes decíduos varia de 4 a 6 meses, enquanto nos dentes permanentes a variação é de 3 a 4 anos.
A zona crítica do dente decíduo é representada pela junção amelocementária que pode apresentar os seguintes problemas: dentina exposta, quando o cemento não cobre o esmalte, ou projeções de esmalte para a região de furca, fragilizando a região por diminuir a presença do selamento biológico efetuado pelas fibras periodontais.
Além disso, as distâncias ínfimas entre a junção amelocementária e a furca e a presença de canais intercavo-radiculares e de foraminas no assoalho da câmara pulpar colocam de forma quase direta o conteúdo infectado da câmara pulpar emcontato com os tecidos perirradiculares, facilitando a reabsorção da estrutura dental neste local e provocando a perda da coroa dental.
As conseqüências da infecção no dente decíduo, a médio e a longo prazo, podem se refletir sobre a dentição permanente sob a forma de hipoplasia de esmalte, de interrupção parcial ou total na formação do elemento sucessor e até mesmo na desarmonia oclusal localizada ou generalizada na dentadura permanente quando interferem na reabsorção fisiológica dos dentes decíduos, geralmente acelerando-a, levam à perda precoce dos mesmos. Por outro lado, problemas de ordem geral, tais como: bacteriemias, septicemias, endocardite, pneumonia e abscessos cerebrais podem ser decorrentes de infecções dentárias não debeladas.
 
PROTOCOLO PARA REMOÇÃO DE RAIZ RESIDUAL
1) Tentativa de remoção por irrigação e aspiração. Se falhar, passar ao passo 2:
2) Movimentar o ápice fratura para fora do alvéolo com alavanca apical (não aplicar forçalateral ou apical excessiva); A mão do cirurgião deve estar apoiada em dente adjacente ou em proeminência óssea
x. O abscesso dentoalveolar é uma consequência muito comum da cárie. Ele é caracterizado pelo acúmulo de células inflamatórias agudas na ponta da raiz do dente (conhecido como ápice do dente) que teve sua polpa necrosada (morta) pelo avanço da cárie.
O primeiro passo a caminho do abscesso é a cárie, que é uma doença causada por bactérias que estão normalmente presentes na boca de todas as pessoas, porém em quantidades diferentes. Essas bactérias tendem a proliferar de acordo com o favorecimento do ambiente em que elas se encontram e tendem a destruir os tecidos dentários. Nos casos em que não há o controle dessas bactérias, os tecidos dentários vão sendo degradados até que as bactérias cheguem na polpa do dente. Nessa região são encontrados vasos sanguíneos e nervos e é a porção que mantém o dente vital (vivo) e nutrido. Quando as bactérias atingem essa importante porção do dente, além da sensação de dor, o dente torna-se necrosado (desvitalizado), causando a necrose pulpar.
Essa necrose pulpar, causada pelas bactérias da cárie, gera uma reação inflamatória intensa, e geralmente aguda nas crianças, que extravasa para os tecidos em volta do dente, comprometendo principalmente o osso e a gengiva. Com o tempo, o acúmulo de células e mediadores químicos responsáveis pela inflamação geram dor e formação de pus, que normalmente é eliminado através de um trajeto chamado fístula, podendo ser intraoral (na gengiva) ou extraoral (na pele). É muito comum as crianças relatarem que estavam com uma “bolinha na gengiva” que estourou e saiu um líquido com gosto ruim.
Em alguns casos, o abscesso encontra uma área de disseminação mais fácil no osso e no sentido dos tecidos mais profundos. Quando isso acontece, outras regiões, principalmente músculos do pescoço, podem ser afetadas por esse material purulento, gerando outra condição chamada de celulite. A celulite é uma condição considerada mais grave que o abscesso e necessita de intervenção imediata, com antibióticos e internação hospitalar, pois pode agravar até levar o paciente a óbito.
O tratamento do abscesso dentário é realizado através de sua drenagem e principalmente pela eliminação da causa da infecção. Muitas vezes, é realizada apenas a drenagem do abscesso, que pode ser espontânea ou de forma cirúrgica, mas apenas essa manobra não é suficiente para eliminar o problema.
Para que o abscesso não retorne mais é necessário tratar o dente cariado que está causando o problema e isso inclui a eliminação da cárie, tratamento do canal do dente (tratamento endodôntico) ou, em determinadas situações mais avançadas, a extração do dente envolvido. Alguns casos podem exigir ainda o tratamento com antibióticos para auxiliar na contenção da infecção disseminada.

Continue navegando