Buscar

QUESTÕES PROCESSO PENAL 1

Prévia do material em texto

QUESTÕES PROCESSO PENAL 1
1) O garantismo, enquanto modelo de sistema da persecução penal, coloca o indivíduo na condição de sujeito de direitos e não como objeto desta atividade estatal. Neste contexto, disserte acerca dos princípios processuais penais concernentes ao indivíduo, a saber: estado/presunção de inocência, ampla defesa e contraditório.
A presunção de inocência estabelece que ninguém será considerado culpado até que se prove o contrário, com trânsito em julgado do respectivo caso (art. 5, LVII, CF). Dessa forma, garante-se que o ônus da prova cabe à acusação – na tentativa de conseguir a condenação do indiciado – além de aplicar o “in dubio pro reo”, de forma que, quando há dúvida, não existe motivo para incriminar o indivíduo por algo que ele TALVEZ tenha cometido, pois, caso não tenha, seria uma imensurável injustiça. Por fim, a presunção de inocência estabelece um paradigma de tratamento ao réu, em que a prisão processual só se dará em último caso, sendo ela uma exceção.
Com relação a ampla defesa, é um princípio constitucional (art. 5, LV, CF) com a finalidade de assegurar ao litigante sua defesa contra às acusações feitas contra ele. Sendo assim, busca-se a pertinência da pretensão do réu – que deve ser possibilitada por todos os meios admissíveis, ou seja, o enfoque do princípio é a garantia de meios que possam auxiliar o réu a exercer o direito de mostrar sua versão dos fatos ocorridos.
Tratando-se do princípio do contraditório, este garante que o réu possui o direito de defesa (art. 5, LV, CF), sendo assim, após a exposição da acusação, o litigante poderá reunir e produzir provas contrárias, reagindo à imputação feita.
2) Relacione o princípio acusatório com a previsão de iniciativa instrutória do juiz no art. 156 do CPP.
O art. 156 opõe-se ao princípio acusatório do Processo Penal Brasileiro, por possibilitar ao juiz que ordene, de ofício, a produção de provas antes mesmo do início da ação penal, dando um caráter inquisitivo ao referido artigo. Seguindo esse raciocínio, cabe ao juiz julgar a lide e não se tornar parcial dentro da mesma, o que muitos doutrinadores dizem acontecer no que tange ao art. 156, que é considerado inconstitucional por muitos.

Continue navegando