Buscar

ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 102 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO E REPRODUTOR 
TÓPICO 1 
ANATOMIA DO SISTEMA URINÁRIO
sistema urinário é composto:
Dois rins
Dois ureteres
Uma bexiga
Uma uretra
Os Rins
Órgãos pares;
Situados acima da cintura;
Possuem aproximadamente 11cm de comprimento;
Seu peso varia entre 135 a 150g;
O RIM direito encontra-se numa posição mais inferior em relação ao rim esquerdo, em outras palavras, encontra-se mais abaixo que o rim esquerdo 
Região mais externalizada, denominada córtex renal ou cortical;
Região mais internalizada, denominada medula renal ou medular;
Na região medular encontram-se as pirâmides renais, as quais são estruturas em forma de cone e tem por objetivo coletar a urina formada nos néfrons, as menores unidades morfofuncionais dos rins.
Tanto a região cortical, quanto a região medular do rim são compostas pelos néfrons. 
O rim tem aproximadamente um milhão de néfrons, que são responsáveis pelo processo de filtração e formação da urina;
Rim- Néfron
O néfron constitui-se em uma série de estruturas tubulares interligadas.
 Esta estrutura tubular (néfron) é extremamente importante no processo de formação da urina, realizando basicamente as três funções:
Filtração glomerular
Reabsorção tubular passiva
Secreção tubular ativa
URETERES E BEXIGA URINÁRIA
Os ureteres são longos tubos musculares com cerca de 30cm de comprimento que chegam até a bexiga;
A urina é direcionada à bexiga em função de contrações peristálticas dos ureteres; além disso, a própria gravidade também contribui para que a urina tome este caminho;
 Após percorrer os ureteres, a urina chega finalmente à bexiga.
A bexiga, por sua vez, é um órgão muscular oco formado por duas partes:
Fundo 
Colo
A porção denominada fundo, ou corpo da bexiga, é responsável por armazenar a urina;
Enquanto que a porção denominada colo se liga diretamente à uretra e é responsável por escoar a urina;
Por questões anatômicas, a bexiga de homens e mulheres possui pequenas alterações em seu posicionamento; 
A bexiga masculina encontra-se anterior ao reto e a bexiga feminina encontra-se à frente da vagina e logo abaixo do útero;
Sobre a Bexiga
Órgão muscular;
Possui formatos diferentes de acordo com a quantidade de urina que ela retém;
Vazia, a bexiga encontra-se colabada (unida) e a medida que vai se distendendo, pelo acúmulo de urina, torna-se esférica e, posteriormente, piriforme (em forma de pirâmide);
Sua capacidade é de aproximadamente 700 a 800ml de urina;
No assoalho da bexiga, projeta-se a uretra, por onde a urina é drenada;
 A uretra constitui-se em pequeno canal que se estende desde o assoalho da bexiga até o exterior do corpo;
Nas mulheres, a uretra possui um menor comprimento, cerca de 4cm, abrindo-se entre os lábios menores; 
Nos homens, o comprimento da uretra é de cerca de 20cm e a uretra abre-se na extremidade do pênis. A uretra masculina pode ser dividida em 3 partes: a parte prostática da uretra, que atravessa a próstata, a parte membranácea da uretra, que atravessa o períneo e a parte esponjosa da uretra, segmento mais longo, que atravessa o pênis;
ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Os ovários correspondem às gônadas femininas. São glândulas que se assemelham em tamanho e forma a amêndoas sem a casca e localizam-se uma de cada lado do útero. 
As tubas uterinas, também denominadas trompas de Falópio, se localizam lateralmente ao útero, em posição superior aos ovários e possuem um comprimento aproximado de 10cm.
útero e a vagina como componentes do sistema reprodutor feminino
O útero, situa-se entre a bexiga e o reto, possui o tamanho aproximado de 7,5cm de comprimento por 5cm de largura e 2,5cm de espessura, podendo variar.
O útero é revestido por três camadas teciduais:
 O perimétrio (ou camada serosa) é a camada mais externa;
O miométrio, camada intermediária é constituído por fibras musculares; 
Endométrio camada interna, formada por células secretoras e tecido conjuntivo, além de ser altamente vascularizado.
A vagina é constituída de tecido fibromuscular, revestido por mucosa, medindo cerca de 10cm de comprimento, compreendendo o espaço localizado entre o meio externo e o colo do útero. 
Este órgão irá receber o pênis durante o ato sexual, além de permitir a passagem do fluxo menstrual e saída do feto no momento do parto. Os demais componentes deste sistema são:
A vulva, o períneo e as mamas, que contém as glândulas mamárias; 
A vulva, também chamada “pudendo feminino”, corresponde aos órgãos genitais externos femininos e tem como componentes: o monte do púbis (ou monte de Vênus), os lábios maiores (ou grandes lábios), os lábios menores (ou pequenos lábios), o clitóris, o vestíbulo, o óstio da vagina e o óstio externo da uretra;
O períneo corresponde a área em formato de losango que compreende as coxas e nádegas, tanto de homens quanto de mulheres. Esta região contém os órgãos genitais externos e o ânus;
A Mama
Localiza-se anteriormente aos músculos peitoral maior e serrátil anterior, possuindo tamanho variável e contendo em seu interior uma glândula mamária que corresponde a uma glândula sudorípara modificada, capaz de produzir leite.
ANATOMIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Os órgãos do sistema reprodutor masculino correspondem aos testículos, ou seja, as gônadas masculinas, além de um sistema de ductos, formado por diferentes estruturas, glândulas sexuais acessórias e estruturas de apoio entre as quais se incluem o pênis e o escroto;
O escroto, ou saco escrotal, corresponde a uma estrutura de sustentação dos testículos. Essa bolsa pende da raiz do pênis e é formada por pele frouxa e por tecido subcutâneo;
Os testículos são glândulas de aspecto oval alojadas dentro do escroto; estas glândulas possuem, aproximadamente, 5cm de comprimento e cerca de 2,5cm de diâmetro;
Nos testículos, temos a presença dos ductos seminíferos contorcidos, onde, de maneira mais específica, acontecerá a produção dos espermatozoides. 
Estes ductos contorcidos convergem para a porção mediana do testículo, onde se juntam aos ductos seminíferos retos, formando uma verdadeira rede de ductos (rede testicular), localizadas na porção mediana deste órgão;
Estes túbulos seminíferos retos desembocam em cerca de 10 a 15 dúctulos eferentes, chegando até a cauda do epidídimo;
O epidídimo é uma estrutura em formato retorcido, com cerca de 4cm de comprimento, localizando-se posteriormente a cada testículo. Sua estrutura é formada pelas porções denominadas cabeça, corpo e cauda do epidídimo; em sua extremidade distal esta estrutura projeta-se com o nome de ducto deferente; 
O ducto deferente, localizado na porção final da cauda do epidídimo, possui como característica macroscópica ser menos contorcido que o epidídimo, além de possuir um diâmetro ligeiramente maior.
 Esta estrutura possui aproximadamente 45cm de comprimento e tem a função de “conduzir os espermatozoides produzidos durante a excitação sexual para a uretra realizando peristaltismo”, pois é revestido por camada muscular. 
Espermatozóides
A produção de espermatozoides e a manutenção destes, até o processo ejaculatório, envolve não somente a participação das estruturas anatômicas citadas, mas também de uma série de glândulas sexuais acessórias;
As glândulas seminais, ou vesículas seminais, localizadas na base da bexiga, são em número par e possuem cerca de 5cm de comprimento, sendo capazes de secretar um líquido viscoso de característica alcalina, rico em diversos componentes, como, por exemplo, a frutose, possuindo o objetivo de manter a viabilidade e motilidade dos espermatozoides;
A próstata
Glândula de formato anelado, “medindo aproximadamente 4cm de largura, 3cm de altura e 2cm de profundidade, localiza-se abaixo da bexiga, circulando a porção denominada prostática da uretra”
Assim como as glândulas seminais, a próstata secretaum líquido de característica leitosa e com pH em torno de 6,5 (característica ácida), possuindo, esse líquido, uma série de substâncias que, também, visam a manutenção da viabilidade e motilidade dos espermatozoides. 
As glândulas bulbouretrais, também denominadas glândulas de Cowper, localizam-se uma em cada lado da uretra e, durante a excitação sexual, possuem a finalidade de secretar uma substância de característica básica que tem por objetivo neutralizar os ácidos presentes na uretra em função da passagem de urina e, desta forma, proteger os espermatozoides. 
Além de secretar esta substância alcalina, estas glândulas também secretam muco e assim visam a lubrificação da extremidade peniana e da uretra, protegendo e reduzindo o dano ao espermatozoide durante a sua passagem pela uretra.
O Sêmen
A função das estruturas acessórias é manter a viabilidade dos espermatozoides. Para isto, estas células devem estar “mergulhadas” em um líquido viscoso, denominada sêmen;
É composto pelas secreções dos túbulos seminíferos, glândulas seminais, glândulas bulbouretrais e próstata. 
O homem, em cada ejaculação, libera entre 20 e 150 milhões de espermatozoides e um volume de sêmen compreendido entre 2,5 a 5ml.
O pênis
Possui a finalidade de conter a uretra e, assim, permitir a passagem tanto da urina quanto do sêmen.
Esta estrutura possui formato cilíndrico e é formado pelo corpo, raiz ou ramo e glande do pênis.
Durante a estimulação sexual, ocorre a ereção peniana, necessária para a realização do ato sexual;
A ereção peniana envolve uma série complexa de eventos neurovasculares que levam ao aumento do fluxo sanguíneo e ao alargamento dos espaços vasculares, resultando na retenção de sangue dentro deste órgão;
O tecido capaz de receber sangue durante a ereção e esvaziar-se após, é formado por três estruturas, sendo duas localizadas paralelamente e na porção dorsal (acima) do órgão e, a terceira estrutura, localizada na porção ventral (abaixo) do órgão;
Estas estruturas são denominadas corpos cavernosos e corpo esponjoso do pênis, e aparecem destacadas na figura anterior. Por fim, ocorre a ejaculação, que corresponde a intensa liberação de sêmen através de eventos coordenados pelo sistema nervoso autônomo (porção simpática e parassimpática).
FISIOLOGIA DO SISTEMA URINÁRIO 
UNIDADE 2 - TÓPICO 2
FUNÇÃO RENAL E FORMAÇÃO DA URINA 
Nossos rins exercem diversas funções, como, por exemplo, o controle da pressão arterial, secreção hormonal, regulação hídrica, entre outras.
O néfron é a menor unidade funcional do rim e desempenha um papel fundamental nesse sistema.
E está envolvida diretamente no processo de formação de urina.
Formação da urina
A formação da urina, de maneira indireta, participa da regulação do volume de líquido extracelular, o qual pode ser representado pelo plasma e pelo líquido intersticial do nosso corpo;
A urina corresponde a um filtrado modificado plasmático; neste processo de filtração do plasma, e consequente formação de urina, os rins são os atores principais em uma série de “atos”! Alguns deles: 
• Os rins regulam o volume do plasma sanguíneo e, desta forma, participam diretamente do controle da pressão arterial.
• Os rins são capazes de regular a concentração de metabólitos sanguíneos.
• Os rins regulam a concentração de íons (Na+, K+, HCO3 ), entre outros, presentes no plasma. • Os rins participam diretamente da regulação do pH plasmático
Estes processos ocorrem com a participação direta da estrutura microscópica, o néfron.
O néfron é a estrutura responsável por filtrar, reabsorver e secretar substâncias e assim formar a urina.
Onde acontece esses eventos?
Inicia-se pela chegada de sangue no corpúsculo renal pela arteríola aferente e sua saída pela arteríola eferente;
CORPÚSCULO RENAL
O corpúsculo renal corresponde a união da cápsula renal e o glomérulo; o glomérulo corresponde a uma rede de capilares que são capazes de promover a filtração sanguínea e, assim, produzir um ultrafiltrado sanguíneo que desembocará na cápsula renal, também chamada de Cápsula de Bowmann.
O corpúsculo renal localiza-se na porção cortical.
O sangue, ao ser filtrado pelo glomérulo, entra pela arteríola aferente e sai pela eferente, sendo drenado para uma outra rede de capilares, os chamados capilares peritubulares, que possuem esta nomenclatura justamente porque circundam os túbulos renais.
Estes túbulos renais formam a porção tubular do néfron, que além de ser formada pela cápsula glomerular também é constituída pelo túbulo proximal, alça de Henle ascendente e descendente, túbulo distal e túbulo coletor
Ao passar pelo glomérulo o sangue é submetido a um processo de filtração, dando origem ao filtrado glomerular, também chamado de ultrafiltrado glomerular.
Agora, possuímos um filtrado glomerular ou ultrafiltrado glomerular presente na cápsula de Bowman.
Este ultrafiltrado entra na cápsula glomerular devido à pressão hidrostática exercida pelo sangue. Como estes capilares glomerulares possuem uma grande permeabilidade e uma área de filtração relativamente extensa, esta pressão hidrostática é capaz de produzir um volume razoavelmente grande de filtrado.
A taxa de filtração produzida, por minuto, por ambos os rins, é chamada de taxa de filtração glomerular (TFG), sendo esta taxa em mulheres de, aproximadamente, 115ml por minuto e nos homens um pouco maior, cerca de 125 mg/ml.
Se analisarmos a TFG por hora chegamos a um número de 7,5L/hora ou, aproximadamente 180L por dia.
Se imaginarmos que possuímos aproximadamente 5,5L de sangue circulante em nossas veias e artérias, podemos inferir que a cada 40 minutos todo o nosso sangue é filtrado nos túbulos renais.
Isso quer dizer que urinamos 180L por dia?
 Claro que não! 
Como a maior parte deste filtrado glomerular é formado por água e grande parte desta água é reabsorvida, produziremos cerca de 1 a 2L de urina por dia.
Determinadas substâncias serão quase totalmente reabsorvidas, como, por exemplo, a glicose e aminoácidos; alguns íons, como sódio, bicarbonato e cloreto, também possuem taxa alta de reabsorção, entretanto serão mais ou menos absorvidos de acordo com a sua necessidade no nosso meio interno. 
Entretanto, produtos metabólicos tóxicos, como a ureia e a creatinina, são muito pouco reabsorvidos e possuem uma taxa de excreção bastante elevada.
Ao chegar no túbulo proximal o ultrafiltrado deve atravessar a membrana deste túbulo, chegar ao líquido intersticial (interstício) renal e somente após retornar ao sangue pelos capilares peritubulares;
Para que isso ocorra é necessário a reabsorção de substâncias através da realização de transporte ativo.
No túbulo proximal, a água difunde-se livremente por osmose do túbulo para os capilares peritubulares, dessa forma, ocorre a reabsorção de Cloreto de Sódio (NaCl) e água nesta porção dos túbulos renais;
Outra substância que será amplamente absorvida nesta porção dos túbulos renais é a glicose. Entretanto, a glicose será absorvida de uma maneira um pouco diferente, não necessitando de gasto energético;
A reabsorção de glicose acontece de uma forma denominada transporte ativo secundário ou cotransporte;
Assim, aproximadamente 85% do ultrafiltrado glomerular, no que se refere a água e sal, é reabsorvido nas duas primeiras porções dos túbulos renais, ou seja, túbulo proximal e alça de Henle descendente. 
Apenas 15% do ultrafiltrado inicial que passou pelo processo de filtração glomerular, segue seu caminho em direção a alça de Henle descendente, túbulo distal e ducto coletor.
 Parece pouco, mas isto corresponde a aproximadamente 27L por dia.
A urina segue seu caminho pelo néfron, chegando ao túbulo distal. Podemos dividir este túbulo em porções: primeiramente, uma porção que chamamos de mácula densa, esta estrutura corresponde a um grupo de células epiteliais que se encontram agrupadas.
Este grupo de células faz parte do complexo justaglomerulare é capaz de promover controle da filtração glomerular e o fluxo sanguíneo no próprio néfron.
a secreção de alguns hormônios é capaz de influenciar a função de reabsorção de água e solutos e, consequentemente, a formação de urina!
O hormônio ADH ou vasopressina, apesar de possuir ação local, é secretado em nível de sistema nervoso central (SNC), mais especificamente no hipotálamo;
Quando a concentração do hormônio ADH aumenta na circulação sanguínea, a sua sinalização, junto aos ductos coletores, faz com que estes tornam se mais permeáveis à água;
Como a liberação de ADH é regulada por diversos fatores, como temperatura e ingestão hídrica do indivíduo, a sua redução na circulação sanguínea faz com que ocorra o processo inverso, ou seja, a endocitose destas aquaporinas, fazendo com que estes canais sejam removidos da membrana do túbulo distal e ele torne-se novamente impermeável à água.
A regulação da concentração de íons sódio e potássio na urina do indivíduo, sofre grande participação de um hormônio mineral o corticoide secretado pelo córtex da glândula supra renal: a aldosterona;
A liberação da aldosterona implica na reabsorção de grandes quantidades de sódio no túbulo distal.
Na ausência deste hormônio, a reabsorção de sódio é reduzida, isso faz com que a urina formada possua grande parte deste íon.
Entretanto, quando acontece a liberação máxima de aldosterona, o sódio é completamente reabsorvido no túbulo distal e a urina praticamente não contém sódio.
Na presença da aldosterona, verifica-se o estimulo da secreção de K+ para o interior do ducto coletor. A secreção de aldosterona é a única forma capaz de eliminar o K+ na urina. 
De forma resumida, podemos dizer que o hormônio aldosterona promove a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ do sangue para a urina e, assim, contribui diretamente para o controle do volume sanguíneo circulante e para o controle da pressão arterial.
A secreção hormonal interfere diretamente no controle do volume, concentração urinária e, consequentemente, da pressão arterial. 
O controle da pressão arterial, denominado de controle a longo prazo da pressão arterial, passa necessariamente pela síntese e regulação dos hormônios. Esse controle a longo prazo da pressão arterial é denominado: 
SISTEMA RENINA - ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA.
SISTEMA RENINA – ANGIOTENSINA – ALDOSTERONA
FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO E MASCULINO
UNIDADE 2 - TÓPICO 3
EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
“Depois que cumprimos nossa função, somos descartados. Mas os genes são para sempre” (Richard Dawkins).
A frase é do cientista Richard Dawkins, autor do livro O Gene Egoísta, segundo o qual, nossa função, assim como de diferentes espécies, é transmitir genes. Mesmo que discordemos de Dawkins na sua essência, uma das funções pelas quais os seres humanos permanecem no planeta Terra até os dias atuais é, justamente, a capacidade de gerar descendentes e, consequentemente, transmitir genes.
A reprodução sexuada permite que genes de indivíduos diferentes sejam “misturados” de maneira aleatória, gerando um novo indivíduo com características diferentes das de seus ancestrais. Essa “mistura” de genes permite a inserção de uma enorme variabilidade genética dentro de uma população.
Na reprodução sexuada, a presença de células germinativas ou gametas (óvulo e espermatozoide) têm sua origem nas gônadas sexuais, ou seja, os ovários no sexo feminino e nos testículos no sexo masculino. As células germinativas maduras possuem a metade do número total de cromossomos da espécie, ou seja, são células haploides (n) que, ao se unirem, formam uma célula com um conjunto diploide de cromossomos (2n). Uma célula n carrega 23 cromossomos, logo, uma célula 2n possui o número total de 46 cromossomos;
O processo de geração de uma célula 2n é chamado de fertilização, formando a célula ovo ou zigoto. O crescimento do zigoto até a formação do feto e seu nascimento, dá-se por sucessivas divisões mitóticas.
A figura do genoma humano de um indivíduo do sexo masculino (a) e do sexo feminino (b); estes indivíduos possuem 22 pares de cromossomos autossômicos e um par de cromossomos sexuais, que os permite diferenciar em indivíduos do sexo masculino ou feminino.
Indivíduos do sexo feminino possuem os cromossomos sexuais XX, enquanto indivíduos do sexo masculino possuem os cromossomos sexuais XY
Processo de formação...
Após a fertilização, tanto as gônadas masculinas quanto as gônadas femininas apresentam-se de maneira semelhante até, aproximadamente, os 40 primeiros dias do desenvolvimento. Até este período, as estruturas que irão dar origem às gônadas sexuais possuem capacidade de se diferenciarem tanto em testículos quanto ovários;
O fator determinante para que ocorra a conversão destas estruturas primárias em testículos é denominado fator determinador de testículos (FDT). 
A formação da genitália externa e dos órgãos sexuais secundários dá-se a partir de ductos embrionários presentes durante o desenvolvimento do embrião. 
Os ductos mesonéfricos (de Wolff ) darão origem aos órgãos sexuais secundários masculinos.
Já os ductos paramesonéfricos (de Müller) darão origem aos órgãos sexuais secundários femininos.
 A genitália externa de ambos os sexos é idêntica durante as seis primeiras semanas de desenvolvimento fetal.
Processo de reprodução...
A resposta sexual humana fundamental para o processo reprodutivo ocorre em ambos os sexos de maneira semelhante e pode ser dividida em 4 fases: 
Fase de excitação
Fase de platô
Orgasmo 
Fase de resolução
Nos homens podemos encontrar uma quinta fase, denominada de período refratário, na qual o homem pode ter a presença de ereção, entretanto, não é capaz de ejacular.
Início do processo de Fecundação 
Após a maturação sexual da mulher, que acontece durante a puberdade, ocorrerá a liberação de um gameta feminino em cada período de 28 dias, para possível fecundação;
 Diferentemente da produção de espermatozoides no homem, a qual acontece de maneira contínua;
A liberação do óvulo (gameta) pelo ovário acontece de maneira cíclica;
A mulher possui em seus ovários um total aproximado de 2 a 4 milhões de ovócitos secundários;
Porém, apenas alguns destes ovócitos sofrerão processo de ovulação, o que resulta em um número aproximado de 400 óvulos, durante a vida reprodutiva da mulher.
 Todos os demais óvulos passarão por um processo de degeneração, o que ocorre com a idade de, aproximadamente, 50 anos, quando a mulher inicia o processo de menopausa;
 ciclo ovariano:
Durante o período embrionário (em torno do quinto mês gestacional), as células germinativas, que migram em direção aos ovários, multiplicam-se e dão origem às ovogônias, as quais são células germinativas primitivas (2n). Grande parte destas células sofre morte celular programada (apoptose) durante o período pré-natal. A produção de novas ovogônias se mantém restrita a essa fase da vida.
Estas células denominadas ovogônias irão se desenvolver em ovócitos primários; estas iniciam um processo de divisão meiótica, mas o interrompem em algum momento, ficando em um estado denominado parada meiótica.
Estas células possuem 46 cromossomos (2n).
 A parada meiótica será mantida até a entrada da menina na puberdade. Nesta fase da vida sexual no sexo feminino, os ovócitos primários retomam o seu processo de divisão celular.
Nos ovários, os ovócitos primários encontram-se em estruturas conhecidas como folículos primários. Esta estrutura folicular é formada por um ovócito primário circundado por um conjunto de células dispostas em uma única camada. Essas células recebem o nome de células granulomatosas.
ESTRUTURA DE UM FOLÍCULO PRIMÁRIO
Alguns destes folículos primários, em resposta ao hormônio folículo estimulante (FSH) produzido pela hipófise, são estimulados a crescer ainda mais, desenvolvendo algumas cavidades denominadasde vesículas. A partir daí estes folículos são denominados folículos secundários
Os folículos secundários, ou folículo de Graaf, continuam a crescer fundindo as suas vesículas e formando uma única cavidade ocupada por líquido; esta cavidade é denominada antro e é característica do folículo terciário (FOX, 2007). A imagem a seguir ilustra a região do antro:
MICROFOTOGRAFIA OVARIANA
O folículo de Graaf segue seu processo de desenvolvimento e o ovócito primário que está contido nele termina a sua primeira divisão mitótica que estava estacionada desde a vida intrauterina.
As duas células provenientes desta divisão meiótica são chamadas de ovócito secundário e corpúsculo polar. Porém, nesta divisão, o ovócito secundário recebe praticamente todo o citoplasma oriundo do ovócito primário e o corpúsculo polar resulta em uma célula pequena e não funcional. O recebimento do citoplasma pelo ovócito secundário é importante, pois ele é rico em nutrientes.
Esta divisão aparentemente desigual é fundamental caso ocorra o processo de fertilização, pois, ao receber quase todo o conteúdo citoplasmático, o óvulo se torna apto a tornar-se um embrião viável devido ao conteúdo nutricional contido nele. 
O ovócito secundário segue seu processo de divisão, porém, ela também é interrompida e só será completada por um ovócito que tenha sido fecundado. Este ovócito fica contido em um folículo de Graaf. As células que constituem a camada granulosa deste folículo formam um anel ao redor do ovócito denominado coroa radiada. Entre a coroa radiada e o ovócito secundário, podemos observar uma camada formada por proteínas e polissacarídeos chamada de zona pelúcida. Esta estrutura é extremamente importante, pois ela forma uma barreira para a fertilização do ovócito pelo espermatozoide pois é ela que impede, como uma barreira, o espermatozoide de fertilizar o ovócito.
Ciclo Menstrual
Aproximadamente 14 dias após a menstruação apenas um folículo primário continua o seu desenvolvimento visando se tornar um folículo de Graaf maturado. Os demais folículos sofrem um processo de regressão e degeneram.
O folículo que sofre maturação cresce e se torna protuberante, depositando-se na superfície do ovário. Quando este folículo sofre estimulação hormonal de maneira adequada, ele se rompe, promovendo a expulsão do ovócito para dentro da tuba uterina, o que caracteriza a ovulação.
Se o espermatozoide for capaz de atravessar a barreira formada pela coroa radiada e pela zona pelúcida, ele consegue penetrar na região citoplasmática deste ovócito secundário, fazendo com que este ovócito inicie o processo de complementação de sua divisão meiótica, a qual estava estagnada. Novamente, o citoplasma, neste processo, não sofre divisão igualitária, pois, quase a totalidade do citoplasma fica com o zigoto (óvulo fecundado); a outra porção remanescente da divisão denomina-se corpo polar e se degenera.
Mesmo após a ovulação uma série de alterações estruturais e de ordem bioquímica continuam a acontecer no ovário. O restante do folículo forma o corpo lúteo. Após a fecundação esta estrutura é fundamental para a manutenção do embrião, pois ela secreta dois hormônios esteroides importantes no processo da gravidez: estrogênio e progesterona, sendo a progesterona em maior quantidade. Contudo, caso não ocorra a fertilização, o corpo lúteo regride e se torna não funcional.
O que acontece se não ocorrer a fecundação? Desta forma, temos o processo da menstruação, que corresponde ao desprendimento do endométrio da parede uterina, acompanhado por sangramento.
Esse desprendimento do endométrio, ou seja, a menstruação, ocorre em ciclos e por isso é denominado ciclo menstrual e acontece, nos humanos, em períodos aproximados de 28 dias.
Fases do ciclo menstrual na mulher
Fase folicular
Esta fase ocorre logo após a menstruação (que dura em média de 4 a 5 dias), estende-se por aproximadamente 13 dias e, logo, corresponde aos primeiros 13 dias desse ciclo. Este período é variável, visto que algumas mulheres podem apresentar variabilidade em seu ciclo menstrual.
Nesta fase, alguns dos folículos primários crescem e tornam-se folículos secundários; próximo ao final desta fase, um folículo de um ovário torna-se maduro se diferenciando em folículo de Graaf, conforme discutido anteriormente.
Durante o crescimento deste folículo maduro, as células da camada granulosa secretam quantidades cada vez maiores de estradiol (um hormônio estrogênico), fazendo com que este hormônio atinja sua concentração máxima sanguínea por volta do 12º dia do ciclo, ou seja, aproximadamente 2 dias antes da ovulação.
Tanto o crescimento dos folículos quanto a secreção de estradiol são estimulados pela liberação do hormônio FSH pela hipófise anterior. Este aumento da produção de FSH e do estradiol, produzido pelas células da camada granulosa folicular, promovem o aumento da produção de receptores de hormônio luteinizantes (LH), também pela hipófise anterior. Este evento é muito importante para a preparação do folículo de Graaf para os próximos eventos do ciclo menstrual
Este aumento de hormônio LH, produzido pela hipófise, promove o que chamamos de “onda de LH” que acontece nas 24 horas anteriores à ovulação e possui seu pico máximo em aproximadamente 16 horas antes da ovulação. É justamente este aumento súbito de LH que desencadeia a ovulação
Fase ovulatória
O folículo de Graaf maduro, recebendo a estimulação do FSH, aumenta significativamente o seu tamanho, implantando-se na superfície do ovário. Este crescimento é estimulado também pela produção local de estradiol (pelas células granulosas foliculares), contribui para a “onda de LH” por volta do 13º dia do ciclo menstrual, rompendo as paredes do folículo por volta do 14º dia.
O ovócito secundário é liberado pelo ovário e levado por ação dos cílios (fímbrias) para dentro da tuba uterina; este ovócito ainda se encontra protegido pela coroa radiada e pela zona pelúcida. Fluindo pela tuba uterina o ovócito secundário chega ao útero.
Assim, podemos dizer que a ovulação ocorre em função de flutuações hormonais dos hormônios FSH e LH que agem sobre o folículo de Graaf, sendo que estas flutuações hormonais ficam bastante evidentes ao observarmos a figura referente ao ciclo menstrual da mulher.
Fase lútea
Uma vez que ocorra a ovulação, o folículo vazio sofre estimulação pelo LH a tornar-se corpo lúteo. Como já citado, esta estrutura secreta estradiol e, em maior quantidade, progesterona, o qual possui níveis mínimos antes da ovulação, elevando-se rapidamente durante a fase lútea (o que acontece uma semana após a ocorrência da ovulação).
A combinação de níveis aumentados de ambos os hormônios, progesterona e estradiol durante esta fase, parece exercer um controle inibidor (retroalimentação negativa) a nível de hipófise, inibindo a liberação de FSH e LH. Durante este período, e devido a este controle, não ocorre o desenvolvimento e maturação de outros folículos.
Entretanto, próximo ao 22º dia do ciclo menstrual, quando caem os níveis de estradiol e progesterona, uma vez que o corpo lúteo regride, novos folículos passam a se desenvolver, preparando o organismo para um novo ciclo.
Por volta do 28º dia do ciclo menstrual, os níveis de estradiol e progesterona estão baixos, uma vez que o corpo lúteo já não se encontra funcional e inicia-se a menstruação.
O período menstrual dura em torno de 4 a 5 dias e os hormônios esteroides ovarianos (estradiol e progesterona) estão em seus níveis mais baixos.
As fases do ciclo menstrual que foram analisadas sob o ponto de vista das alterações hormonais, também podem ser avaliadas pelas alterações do endométrio.
Fase proliferativa
Ocorre durante a fase folicular e é caracterizada pelo aumento da secreção de estradiol, o qual promove o crescimento endometrial, e pelo desenvolvimento de vasos sanguíneos.
Fase secretora
Ocorre durantea fase lútea. O aumento da produção de progesterona pelo corpo lúteo promove o desenvolvimento de glândulas uterinas. Nesta fase também ocorre o crescimento endometrial em espessura, o qual torna-se ricamente vascularizado.
Fase menstrual
Ocorre durante a queda da secreção dos hormônios estradiol e progesterona, com o declínio da função do corpo lúteo. Verifica-se a necrose (morte celular) e o descolamento do endométrio da parede uterina.
Então, onde ocorre a fertilização? Ou seja, a união do óvulo com o espermatozoide? A fertilização ocorre normalmente na tuba uterina, até 24 horas após a ovulação. Após a fertilização o zigoto é implantado no útero e ali irá se desenvolver.
O útero também é parte do trajeto dos espermatozoides que são liberados na vagina durante o ato sexual e irão se deslocar até as tubas uterinas. 
EMBRIOGÊNESE E FISIOLOGIA DO SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Diferentemente do sistema reprodutor feminino, que possui um número determinado de óvulos que sofrerão maturação durante a vida reprodutiva da mulher, o sexo masculino gera gametas continuamente, capazes de fecundar o óvulo.
Pequenas alterações na produção e liberação de hormônios sexuais masculinos (androgênios), entre os quais a testosterona é verificada em homens após os 50 anos de idade, entretanto, essas pequenas flutuações, que ocorrem em graus variados são insuficientes para impedir, normalmente, o homem de continuar fértil.
Inicialmente, as células germinativas que migram desde o saco vitelino até os testículos, durante o desenvolvimento do embrião, tornam-se células denominadas espermatogônias, as quais localizam-se na região mais externa dos túbulos seminíferos.
As células são 2n, ou seja, possuem o número total de cromossomos da espécie (46 cromossomos). Estas células sofrerão divisões meióticas (primeira e segunda divisão meiótica) que darão origem às células n, denominadas espermátides, 
O processo final de formação dos espermatozoides ocorre na camada mais profunda dos túbulos seminíferos, onde as espermátides sofrem processo de maturação dando origem aos espermatozoides (FOX, 2007). Este processo envolve a participação de células específicas denominadas células de Sertoli e será discutido posteriormente.
Na espermatogênese é que as espermatogônias que migram do saco vitelino para os testículos possuem características de células tronco, ou seja, são capazes de sofrer divisão mitótica dando origem a células idênticas! Assim, somente cerca de 1.000 a 2.000 espermatogônias migram para os testículos e esse número é suficiente para produzir milhões de espermatozoides pelo homem, durante toda a vida.
As células de Sertoli são capazes de formar uma barreira hemato-testicular, ou seja, estas células unidas por junções íntimas constituem uma camada única e contínua em volta de cada túbulo seminífero, onde ocorre a produção de espermatozoides.

Outros materiais