Buscar

ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO_PORTUGUÊS_VOLUME 03 (PROFESSOR)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Livro do professor
Língua 
Portuguesa
9o. ano
Volume 3
Livro
didático
7 Jornalismo: uma profissão de informação e 
opinião 2
8 Gosto se discute, sim! 29
9 Entre literatura e 
cinema 57
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/A
le
xl
m
x
2
©
Un
es
co
1. Esse é o logotipo da Unesco para o Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, celebrado em 3 de 
maio. O que se opõe à liberdade de imprensa? 
2. Que elemento dessa imagem representa a imprensa? Como você chegou a essa conclusão? 
3. O que o desenho ao lado do lápis representa? 
4. A Unesco, instituição ligada à ONU, visa promover a educação, a ciência e a cultura em todo o 
mundo. A garantia da liberdade de imprensa deveria preocupar essa organização? Por quê?
7 Jornalismo: uma 
profissão de informação 
e opinião
2 Questões iniciais. 
1 Orientações didáticas.
3
Editorial
 1. No dia 2 de setembro de 2015, duas embarcações com refugiados que saíram da Turquia com destino à 
Grécia naufragaram. Doze pessoas morreram, entre elas Aylan Kurdi, cujo corpo foi encontrado na praia 
de Bodrum, na Turquia. A foto do menino sírio morto gerou muita polêmica. Leia um editorial a respeito 
dessa imagem. 
Por que publicamos a imagem do menino sírio afogado? 
As imagens são chocantes. Na primeira, um policial turco encontra o corpo de um 
menino sírio na costa de Bodrum, balneário popular no verão europeu. De camiseta 
vermelha e bermuda azul, ele está de bruços, com o rosto para baixo, próximo à linha 
da água. Na segunda foto, o policial é visto carregando o corpo da criança para fora 
da praia.
O garoto era uma das 12 pessoas que perderam a vida na travessia marítima em di-
reção à ilha grega de Kos. Entre os mortos havia outras quatro crianças e uma mulher.
A Europa enfrenta uma das mais graves crises migratórias da sua história recente. 
Milhares de sírios trocam a perspectiva de uma morte certa em território controlado 
pelo Estado Islâmico pela possibilidade de sobreviver no continente europeu. Em 
muitos casos, como o de hoje, a esperança termina em tragédia.
A notícia é relevante e merece destaque. Mas a imagem forte deveria estampar a 
primeira página do UOL, acessada por milhões de pessoas todos os dias? Nossos usuá-
rios deveriam, sem qualquer aviso prévio, ser impactados pela foto?
Nós entendemos que sim.
Imagens influenciam o curso da história. Em 1972, a foto de uma menina vietna-
mita correndo nua após o lançamento de bombas incendiárias perto de Trang Bàng 
fortaleceu o movimento antiguerra, que terminou três anos depois.
A decisão de hoje não foi fácil. Além de jornalistas, somos pais, mães, filhos, tios. 
E as fotos nos comovem profundamente. Provavelmente seremos acusados de sensa-
cionalismo e de busca por audiência fácil – quando o cenário mais provável é que a 
imagem espante as pessoas, em vez de atraí-las.
Mas o jornalismo existe para informar. E palavras não descreveriam com a força ne-
cessária a dimensão da tragédia em curso na Europa e Oriente Médio. Não nos compete 
suavizar a realidade, mas sim retratá-la com precisão.
POR QUE publicamos a foto do menino sírio afogado? Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-
noticias/2015/09/02/por-que-publicamos-a-imagem-do-menino-sirio-afogado.htm>. Acesso em: 15 dez. 2018.
• Ler editoriais analisando suas condições de produção e sua organização. 
• Identificar, no editorial, posicionamentos explicitados por meio de modalizadores.
• Conhecer as regras de colocação pronominal.
• Identificar alguns recursos de coesão sequencial e seus efeitos.
• Participar de um debate deliberativo.
• Produzir um manifesto.
Objetivos
Painel de leitura
3 Discussão sobre a foto.
©
Fo
lh
ap
re
ss
9o. ano – Volume 34
 2. A intencionalidade predominante no texto lido é 
( ) informar que a polícia turca encontrou o corpo de um meni-
no sírio na praia.
( X ) posicionar-se a respeito da publicação das imagens de uma 
criança encontrada morta em uma praia europeia.
( ) posicionar-se quanto à crise migratória da Europa e ao trata-
mento dado aos refugiados sírios.
( ) manifestar-se contra os horrores das guerras, como a do Vietnã 
e a da Síria.
 3. Esse texto é um editorial e está escrito na primeira pessoa do plural. 
a) Transcreva um trecho em que o uso da primeira pessoa seja 
perceptível.
Sugestão de resposta: “Nossos usuários deveriam, sem qualquer aviso prévio, ser
impactados pela foto? Nós entendemos que sim” (quarto e quinto parágrafos).
b) O que justifica a escolha pela primeira pessoa do plural?
O editorial está na primeira pessoa do plural por representar um posicionamento 
coletivo das pessoas envolvidas com o portal UOL.
 4. No editorial, defende-se a tese de que imagens chocantes, como a 
do menino sírio, devem ser publicadas. Assinale o argumento his-
tórico utilizado para comprovar essa ideia. 
( ) “A Europa enfrenta uma das mais graves crises migratórias da 
sua história recente. Milhares de sírios trocam a perspectiva de 
uma morte certa em território controlado pelo Estado Islâmico 
pela possibilidade de sobreviver no continente europeu.”
4
Características do 
editorial
É no editorial que o portal de 
notícias, o jornal e a revista mani-
festam claramente sua opinião a 
respeito de determinado fato. Ele 
apresenta tese e argumentação, 
como qualquer outro texto de 
opinião.
O editorial pode ser assinado por 
um editor que escreve em nome 
da publicação. Porém, o mais 
comum é a ausência de assina-
tura, já que se trata de um posi-
cionamento oficial do veículo de 
comunicação.
É importante haver objetividade 
e imparcialidade na apresentação 
dos fatos noticiados. Por isso, o 
editorial costuma ser identificado 
por meio do título da seção ou 
de cores específicas, o que sina-
liza a preocupação em garantir 
que o leitor saiba estar diante de 
um texto propositalmente parcial, 
opinativo.
( ) “Além de jornalistas, somos pais, mães, filhos, tios. E as fotos nos comovem profundamente.”
( X ) “Em 1972, a foto de uma menina vietnamita correndo nua após o lançamento de bombas incendiá-
rias perto de Trang Bàng fortaleceu o movimento antiguerra, que terminou três anos depois.”
( ) “E palavras não descreveriam com a força necessária a dimensão da tragédia em curso na Europa e 
Oriente Médio.”
 5. Releia o último parágrafo do texto. 
Mas o jornalismo existe para informar. [...] Não nos compete suavizar a realidade, mas sim 
retratá-la com precisão.
a) A que ideia mencionada anteriormente esse parágrafo se opõe?
À ideia de que, ao publicar a imagem do menino Aylan, o portal enfrentaria reações negativas.
b) É verdadeira a ideia de que, decidindo estampar a imagem do menino sírio na primeira página, o portal 
UOL esperava apenas informar? Justifique sua resposta.
Não. No próprio editorial, admite-se que as imagens podem influenciar o curso da história e que fotografias já foram capazes de 
acelerar o fim de guerras. Logo, o portal esperava determinar, de alguma maneira, os fatos relacionados aos refugiados.
Texto argumentativo.
 Língua Portuguesa 5
 6. De que maneira um jornal ou um portal de notícias pode determinar o curso dos acontecimentos por 
meio de sua primeira página? 
A primeira página dos jornais é visualizada por milhares de pessoas, e seu conteúdo recebe mais destaque do que o publicado em 
outros lugares. Assim, ao escolher publicar ou não determinado fato na primeira página, um jornal pode inflamar ou suavizar a 
opinião pública.
 7. Como você já sabe, as partes de um texto estão interligadas. Identifique os termos retomados pelos pro-
nomes oblíquos destacados a seguir. 
a) “[...] o cenário mais provável é que a imagem espante as pessoas, em vez de atraí-las.”
“-las”: as pessoas.
b) “Não nos compete suavizar a realidade, mas sim retratá-la com precisão.”
“nos”: a redação do UOL; “-la”: a realidade.
 8. Você considera que a foto da criança síria realmente deveria ter sido divulgada, ainda que pudesse chocar 
algumas pessoas? Escreva um parágrafo defendendo sua opinião. 
Pessoal. Peça a algunsalunos que leiam seus textos e avalie com a turma se realmente há argumentos que defendam determinada 
opinião.
 9. A fotografia da menina vietnamita citada no texto é de autoria de Nick Ut. Pesquise essa e outras fotos 
jornalísticas icônicas. Escolha uma delas e cole uma cópia no espaço abaixo. Anote, nas linhas, o nome 
do fotógrafo, o contexto em que ela foi feita e sua repercussão. Algumas sugestões de fotógrafos a serem 
pesquisados são: Steve McCurry, Alfred Eisenstaedt e Joe Rosenthal, além do brasileiro Sebastião Salgado. 
Pessoal. 
5 Fotografia jornalística.
9o. ano – Volume 36
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-problema-dos-refugiados,70002466189
10. Os refugiados também são uma questão social importante no Brasil. Leia um editorial do jornal O Estado 
de S. Paulo sobre o tema. 
O PROBLEMA DOS REFUGIADOS
A tensão entre a população de Roraima e refugiados venezuelanos mostra a necessidade de medidas urgentes
O Estado de S. Paulo
21 Agosto 2018 | 03h00
A tensão crescente entre a população das cidades de Roraima e os refugiados venezuelanos – que resultou em graves 
tumultos sábado passado, quando eles foram atacados por uma multidão em Pacaraima, na fronteira com o país 
vizinho, depois que um comerciante brasileiro foi assaltado e espancado por alguns deles – não deixa mais dúvida sobre 
a necessidade de os governos federal e daquele estado se entenderem e tomarem medidas urgentes e mais ousadas 
que as adotadas até agora para dar uma solução ao problema.
Um ato de protesto contra a violência de que foi vítima o comerciante, promovido por cerca de 2 mil pessoas, logo 
se transformou numa revolta contra todos os refugiados, indiscriminadamente. Muitos deles foram agredidos e os 
acampamentos e os abrigos improvisados em que vivem nas ruas foram atacados com bombas caseiras e parcialmente 
destruídos, assim como muitos de seus pertences. Calcula-se que cerca de 1200 refugiados foram expulsos pelos 
manifestantes ou fugiram de volta à Venezuela, com medo da repetição de atos de violência.
As manifestações de hostilidade de parte da população de Roraima contra a presença de refugiados vêm se tornando 
cada vez mais frequentes. Crescem também as queixas do governo do estado de que o governo federal não faz tudo 
o que deveria para resolver o problema. O presidente Michel Temer reagiu prontamente após os tumultos de sábado e 
já no dia seguinte fez uma reunião de emergência, na qual se decidiu o envio a Roraima de mais 120 homens da Força 
Nacional e 36 profissionais da área de saúde para dar assistência aos refugiados. 
Dispôs-se também a decretar o emprego de contingentes das Forças Ar-
madas em ações de segurança pública, se houver solicitação da gover-
nadora de Roraima, Suely Campos. Mas o ministro-chefe do Gabinete de 
Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, foi taxativo: o fecha-
mento da fronteira do estado com a Venezuela é “impensável”, porque 
[é] ilegal. Essa foi justamente a medida solicitada de novo ao Supremo 
Tribunal Federal (STF) pelo governo de Roraima, embora a ministra Rosa 
Weber já a tenha negado em abril passado.
A dificuldade de entendimento entre os dois níveis de governo fica outra 
vez evidente. O governo federal alega que já gastou mais de R$ 200 milhões 
com a aplicação de medidas que tomou para ajudar a minorar a crise 
humanitária provocada pela chegada dos refugiados venezuelanos, cujo 
número é estimado em mais de 120 mil. Sem falar no envio de homens da 
Força Nacional.
O próprio agravamento da situação, porém, demonstra que é preciso mais do 
que isso. Não é realista esperar muito de Roraima, sabidamente com recursos 
limitados para enfrentar uma crise como a criada pela presença de número 
tão elevado de refugiados. A União concorda com a posição do governo 
de Roraima de que é preciso distribuir os refugiados por outros estados, de 
A Força Nacional foi criada em 2004 e 
é formada por policiais e bombeiros re-
crutados de grupos de elite dos estados, 
funciona de maneira semelhante às For-
ças de Paz da ONU. Atua em situações 
de emergência e calamidades, apoiando 
as polícias Militar e Civil, o Corpo de 
Bombeiros ou as Forças Armadas. Sua 
atuação deve ser solicitada pelo gover-
nador do estado e autorizada pelo mi-
nistro da Justiça. Todos os integrantes 
recebem treinamento rigoroso também 
em direitos humanos.
As Forças Armadas, instrumento mi-
litar responsável pela defesa do país, 
abrangem a Marinha do Brasil, o Exército 
Brasileiro e a Força Aérea Brasileira. De-
vem atuar na garantia da lei e da ordem 
em espaço e tempo delimitados. 
 minorar: reduzir, diminuir.
 Língua Portuguesa 7
América do Sul
https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-problema-dos-refugiados,70002466189
preferência os que contam com maiores recursos. Mas o que o governo federal tem feito até agora fica muito aquém 
da necessidade.
Esse é um ponto da maior importância, e não apenas porque Roraima não tem condições de prestar assistência médica 
e alimentar a muitos refugiados nem de lhes oferecer empregos e oportunidades de negócios capazes de torná-los 
independentes num prazo razoável. Nessas condições, a presença dos venezuelanos tende a criar – como já está se 
vendo – um clima de animosidade crescente com a população local, que também enfrenta dificuldades e por isso tem 
muito pouco a partilhar com eles.
Investir mais do que tem feito, e sem demora, na distribuição dos refugiados é, portanto, a melhor maneira – além de 
prestar assistência humanitária – de o governo federal ajudar e assumir as responsabilidades que tem nessa questão.
Apoio para a manutenção da ordem, com a Força Nacional e eventualmente com contingentes das Forças Armadas, é 
indispensável para proteger os refugiados da violência, mas não vai ao cerne da questão.
 cerne: centro, parte fundamental.
O PROBLEMA dos refugiados. Disponível em: <https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-problema-dos-refugiados,70002466189>. Acesso em: 
14 fev. 2018. 
11. Resuma o acontecimento que serve como gancho para esse editorial. 
Sugestão de resposta: Tumulto entre a população brasileira e refugiados venezuelanos 
em razão de um assalto praticado por um grupo de venezuelanos contra um 
comerciante brasileiro.
12. Identifique, no mapa, a Venezuela e o estado de Roraima, regiões 
geográficas citadas no texto, e crie uma legenda. 
Os temas abordados nos editoriais 
costumam ser recentes e relevan-
tes, seja por sua abrangência, seja 
pela capacidade de interferir na 
vida pública.
Muitas vezes, esses fatos são no-
ticiados em outras seções do pró-
prio jornal. Assim, é comum serem 
retomados brevemente como 
introdução do editorial e, em se-
guida, debatidos. Essa retomada 
chama-se gancho.
M
ar
ilu
 d
e 
So
uz
a
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2016. p. 41. Adaptação.
X
X
9o. ano – Volume 38
14. Releia o primeiro parágrafo do editorial e sublinhe o trecho que corresponde à tese defendida pelo jornal.
A tensão crescente entre a população das cidades de Roraima e os refugiados venezuelanos – que resultou em graves 
tumultos sábado passado, quando eles foram atacados por uma multidão em Pacaraima, na fronteira com o país 
vizinho, depois que um comerciante brasileiro foi assaltado e espancado por alguns deles – não deixa mais dúvida 
sobre a necessidade de os governos federal e daquele estado se entenderem e tomarem medidas urgentes e mais 
ousadas que as adotadas até agora para dar uma solução ao problema.
15. Quais são os dois níveis de governo mencionados no seguinte trecho: “A dificuldade de entendimento 
entre os dois níveis de governo fica outra vez evidente”? 
O governo federal e o do estado de Roraima.
16. Conforme o editorial do jornal, há evidências do desentendimento entre os governantes. Escreva E para 
as decisões do estado de Roraima e U para as decisões da União (governo federal). 
( U ) No dia seguinte aos protestos, enviou a Força Nacional e os profissionais da saúde como ajudahumanitária aos refugiados.
( U ) Disponibilizou as Forças Armadas para garantir a segurança pública no estado.
( E ) Solicitou o fechamento das fronteiras.
( U ) Na ocasião dos protestos, negou o fechamento das fronteiras.
( E/U) Defende a distribuição de refugiados por outros estados do país.
17. Analise o tratamento dispensado às queixas dos roraimenses no editorial do Estadão. 
Nessas condições, a presença dos venezuelanos tende a criar – como já está se vendo – um clima de animosidade 
crescente com a população local, que também enfrenta dificuldades e por isso tem muito pouco a partilhar com eles.
A conjunção destacada
( ) poderia ser substituída por porém, sem alteração de sentido. 
( X ) faz parecer uma conclusão lógica a rejeição dos refugiados por 
parte dos roraimenses, ante a situação em que estes vivem. 
( X ) poderia ser substituída por portanto, sem alteração de sentido.
( ) visa apresentar a consequência de os roraimenses viverem em 
situação precária.
13. Localize, no texto, os dados numéricos solicitados e registre-os nos espaços a seguir. 
a) Número de pessoas que protestaram contra o assalto ao comerciante brasileiro: 2 mil 
b) Número aproximado de refugiados que fugiram ou foram expulsos pelos manifestantes: 1,2 mil 
c) Número estimado de refugiados venezuelanos vivendo em Roraima: 120 mil 
d) Número aproximado de homens da Força Nacional enviados a Roraima após os protestos: 120 
e) Número de profissionais da área de saúde enviados ao estado após os protestos: 36 
f) Valor que o governo federal diz ter investido para enfrentar a crise humanitária: 200 milhões 
• O que esses números revelam sobre o episódio? 
Sugestão de resposta: Revelam a gravidade do episódio, pois é muito grande o número de pessoas envolvidas, assim como 
o de recursos governamentais investidos.
As conjunções estabelecem re-
lações de sentido (de explicação, 
causa, consequência, etc.) entre as 
ideias presentes no texto.
 Língua Portuguesa 9
18. Ao debater possíveis soluções para o problema dos refugiados, o jor-
nal O Estado de S. Paulo sinaliza aquelas em que acredita, buscando 
convencer o leitor. Nos trechos a seguir, circule as expressões que 
evidenciam o ponto de vista assumido pelo jornal. 
Ao expressarem sua tese no 
editorial, os jornais e as revistas 
costumam defender soluções, 
mobilizando a população em prol 
de um conjunto de ideias. Antes 
de se deixar convencer, porém, 
o leitor deve lembrar que as me-
didas defendidas nos editoriais es-
tão de acordo com o conjunto de 
valores daquele veículo midiático 
específico. Portanto, é necessário 
buscar outros pontos de vista para 
uma percepção mais completa do 
problema.
Expressões modalizadoras, ou 
modalizadores, são marcas ar-
gumentativas que explicitam a 
intencionalidade do falante ou 
do escritor. Há diferentes recur-
sos linguísticos que expõem essa 
intencionalidade, como adjetivos 
e advérbios. 
Ex.: O fechamento da fronteira do 
estado com a Venezuela é inadmis-
sível, porque é ilegal.
No exemplo, o adjetivo “inadmissí-
vel” revela o grau de discordância 
do falante com relação ao fecha-
mento da fronteira.
Os modalizadores podem de-
monstrar certeza, dúvida, obriga-
toriedade e outros sentimentos. 
Você vai estudar mais sobre isso na 
seção Práticas de reflexão sobre 
a língua.
A União concorda com a posição do governo de Roraima 
de que é preciso distribuir os refugiados por outros estados, 
de preferência os que contam com maiores recursos. Esse 
é um ponto da maior importância, e não apenas porque 
Roraima não tem condições de prestar assistência médica e 
alimentar a muitos refugiados [...]
Apoio para a manutenção da ordem, com a Força Nacio-
nal e eventualmente com contingentes das Forças Armadas, 
é indispensável para proteger os refugiados da violência, mas 
não vai ao cerne da questão.
Investir mais do que tem feito, e sem demora, na distri-
buição dos refugiados é, portanto, a melhor maneira – além 
de prestar assistência humanitária – de o governo federal 
ajudar [...]
19. Releia o trecho a seguir, extraído do quarto parágrafo do texto.
Mas o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general 
Sérgio Etchegoyen, foi taxativo: o fechamento da fronteira do estado com 
a Venezuela é “impensável”, porque [é] ilegal. Esta foi justamente a medida 
solicitada de novo ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo governo de 
Roraima [...]
a) Um dos sentidos da palavra “taxativo” é “aquilo que não dá mar-
gem para objeção ou resposta. Por que o jornal O Estado de 
S. Paulo afirma que o ministro Sérgio Etchegoyen foi taxativo? 
Porque o ministro utilizou a palavra “impensável” para se referir à ideia de 
fechar a fronteira com a Venezuela.
b) Complete a frase com uma expressão menos taxativa do que a do general.
 O fechamento da fronteira com a Venezuela é Sugestões de resposta: difícil, complicado, inviável, etc. .
20. Líderes políticos do mundo todo vêm sendo criticados pelos meios de comunicação em virtude do 
modo como estão conduzindo a crise migratória. Nesse sentido, qual é a postura defendida pelo jornal 
O Estado de S. Paulo? Você concorda com ela? Justifique seu posicionamento. 
Esperamos que os alunos percebam que o editorial cobra ações efetivas do governo federal para resolver a questão dos refugiados. 
Verifique se os alunos têm uma opinião formada a respeito dessa questão humanitária. 
Modalizadores6
9o. ano – Volume 310
Modalizadores argumentativos 
 1. Observe como dois jornais diferentes abordam as ações do governo federal para atender os venezuelanos 
que buscam refúgio em Roraima.
Práticas de reflexão sobre a língua
O Estado de S. Paulo
O PROBLEMA dos refugiados. Disponível em: <https://opiniao.estadao.
com.br/noticias/geral,o-problema-dos-refugiados,70002466189>. 
Acesso em: 15 dez. 2018.
Folha de S. Paulo
VENEZUELANOS sobrecarregam serviços públicos em RR, que vive crise 
fiscal. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/08/
venezuelanos-sobrecarregam-servicos-publicos-em-rr-que-vive-crise-
fiscal.shtml>. Acesso em: 20 dez. 2018.
 2. No trecho a seguir, há modalizadores que sugerem dúvida. 
O governo alega que não há vagas nos abrigos em outros 
estados e promete que levará outros 1 000 até o início de se-
tembro.
Certamente, você já ouviu falar na 
necessidade de ler as entrelinhas, 
o que significa ser capaz de perce-
ber, inclusive, as intenções menos 
evidentes.
Essa competência está relaciona-
da também à capacidade de re-
conhecer os sinais indicados pelos 
modalizadores.
A seleção vocabular e a opção por 
incluir determinados adjetivos e 
advérbios podem explicitar o pon-
to de vista do falante ou projetar 
sentimentos, como incerteza, cer-
teza, julgamento e confirmação.
Afirmação sem modalizador:
Os dez abrigos têm 4 700 vagas.
Afirmação com modalizador:
Os dez abrigos só têm 4 700 vagas. 
a) Transcreva as palavras que evidenciam esse sentimento de 
incerteza do jornalista. 
“alega” e “promete”.
b) Reescreva o trecho de modo mais favorável ao governo, subs-
tituindo esses modalizadores por expressões que transmitam 
maior confiança. 
Sugestão de resposta: O governo afirma/comunica que não há vagas nos abri-
gos em outros estados e declara/informa que levará outros 1 000 até o início de 
setembro.
O presidente Michel Temer reagiu pronta-
mente após os tumultos de sábado e já no dia 
seguinte fez uma reunião de emergência, na qual 
se decidiu o envio a Roraima de mais de 120 
homens da Força Nacional e 36 profissionais da 
área de saúde para dar assistência aos refugiados.
Dispôs-se também a decretar o emprego de 
contingentes das Forças Armadas em ações 
de segurança pública, se houver solicitação da 
governadora de Roraima, Suely Campos. 
Roraima é o estado menos populoso do Brasil, 
com 520 mil habitantes, e também um dos mais 
remotos – só é possível sair de lá de avião (uma 
passagem para São Paulo não custa menos que 
R$ 800) ou de ônibus, passando por Manaus 
(quatro dias até São Paulo).
O processode interiorização, pelo qual o go-
verno federal leva venezuelanos de avião para ou-
tros estados com melhor infraestrutura, só levou 
820 migrantes em seis meses.
O governo alega que não há vagas nos abrigos 
em outros estados e promete que levará outros 
1 000 até o início de setembro.
Atualmente, grande parte dos migrantes de 
Roraima vai parar nas ruas, porque os dez abri-
gos existentes só têm 4 700 vagas e estão lotados.
 Língua Portuguesa 11
Pessoal. Esperamos que os alunos empreguem 
modalizadores como: é de maior importância,
 é fundamental, é imprescindível, é absolutamente 
importante, é urgente e é necessário.
 3. Tanto no editorial de O Estado de S. Paulo quanto na reportagem da Folha de S. Paulo, há advérbios e 
expressões adverbais que explicitam aprovação e desaprovação. Explique a intencionalidade sugerida 
pelos termos destacados. 
a) “O presidente Michel Temer reagiu prontamente após os tumultos de sábado e já no dia seguinte 
fez uma reunião de emergência [...]”
O advérbio de modo “prontamente” e as expressões adverbais de tempo “já” e “no dia seguinte” sugerem agilidade e presteza 
por parte do governo.
b) “O processo de interiorização, pelo qual o governo federal leva venezuelanos de avião para outros 
estados com melhor infraestrutura, só levou 820 migrantes em seis meses.”
O advérbio de intensidade ou quantidade “só” reduz a efetividade da ação governamental, sugerindo que ela foi insuficiente.
 4. Com o professor e os colegas, reescreva o trecho a seguir, o qual diz respeito à situação da mulher no 
Brasil. Insira modalizadores para reforçar o ponto de vista explícito na primeira frase do texto. 
Em pleno século XXI, a condição feminina ainda precisa evoluir muito. No Brasil, por semana, 
as mulheres trabalham 7,5 horas a mais que os homens. Isso se deve ao tempo gasto com tarefas 
domésticas, o qual não é remunerado. O tempo gasto pelas mulheres com essas tarefas caiu de 31 
horas semanais para 24. Em 2001, os homens dedicavam dez horas ao lar, e a situação continua a 
mesma para eles.
Sugestão de resposta: Em pleno século XXI, a condição feminina ainda precisa evo-
luir muito. No Brasil, por semana, as mulheres ainda trabalham 7,5 horas a mais que 
os homens. Absurdamente, isso se deve ao tempo gasto com tarefas domésticas, o qual 
não é remunerado. O tempo gasto pelas mulheres com essas tarefas caiu de 31 horas 
para 24. No entanto, em 2001, os homens dedicavam somente dez horas ao lar, e, 
incrivelmente, a situação continua a mesma para eles.
 5. Observe alguns dos 17 objetivos planetários da ONU para 2030. 
Pense em ações para atingi-los e escreva-as utilizando modaliza-
dores de obrigação, como os sugeridos no quadro ao lado. 
Os modalizadores de obrigação 
são empregados quando o falante 
ou o escritor pretende defender a 
necessidade ou a obrigatoriedade 
de se tomar determinada medida.
Tendo em vista que, nos editoriais, 
costumam-se sugerir soluções à 
comunidade, é comum a presença 
desses modalizadores com o intui-
to de convencer o leitor.
Os modalizadores de obrigação 
podem ser construídos com o ver-
bo é + adjetivo. Exemplos:
• é fundamental;
• é de extrema importância;
• é imprescindível;
• é necessário;
• é preciso;
• é certo que.
Note que alguns modalizadores 
são mais incisivos ou categóricos 
do que outros.
©
O
NU
Objetivos da ONU. 8
Produção coletiva.7
9o. ano – Volume 312
15 de março de 1877
I
Mais dia menos dia, 
demito-me deste lugar. 
Um historiador de quin-
zena, que passa os dias 
no fundo de um gabinete 
escuro e solitário, que não 
vai às touradas, às câma-
ras, à Rua do Ouvidor, um 
historiador assim é um 
contador de histórias.
E repare o leitor como 
a língua portuguesa é en-
genhosa. Um contador de 
histórias é justamente o 
contrário de um historia-
dor [...].
O certo é que se eu 
quiser dar uma descrição 
verídica da tourada de do-
mingo passado, não poderei porque não a vi.
Não sei se já disse alguma vez que prefiro comer o boi a vê-lo na praça.
Não sou homem de touradas; e se é preciso dizer tudo, detesto-as. Um amigo costuma 
dizer-me:
– Mas já as viste?
– Nunca!
Colocação pronominal 
 6. Durante o Segundo Reinado, no século XIX, Machado de Assis, um dos maiores escritores brasilei-
ros, escrevia também em jornais e revistas. Leia um trecho de uma crônica que ele publicou na revista 
Ilustração Brasileira, em 15 de março de 1877, e saiba um pouco sobre o cotidiano do Rio de Janeiro 
naquele período. 
©
O
NU
©
O
NU
©
Ilu
st
ra
çã
o 
Br
as
ile
ira
Colocação pronominal.9
 Língua Portuguesa 13
– E julgas do que nunca viste?
Respondo a este amigo, lógico mas inadvertido, que eu não preciso ver a guerra para 
detestá-la, que nunca fui ao xilindró, e todavia não o estimo. Há coisas que se prejulgam, 
e as touradas estão nesse caso.
E querem saber por que detesto as touradas? Pensam que é por causa do homem? Ixe! 
É por causa do boi, unicamente do boi. Eu sou sócio (sentimentalmente falando) de todas 
as sociedades protetoras dos animais. O primeiro homem que se lembrou de criar uma 
sociedade protetora dos animais lavrou um grande tento em favor da humanidade; mos-
trou que este galo sem penas de Platão pode comer os outros galos seus colegas, mas não 
os quer afligir nem mortificar. Não digo que façamos nesta Corte uma sociedade protetora 
de animais; seria perder tempo. Em primeiro lugar, porque as ações não dariam dividendo, 
e as ações que não dão dividendo... Em segundo lugar, haveria logo contra a sociedade uma 
confederação de carroceiros e brigadores de galos. Em último lugar, era ridículo. Pobre ini-
ciador! Já estou a ver-lhe a cara larga e amarela, com que havia de ficar, quando visse o efeito 
da proposta! Pobre iniciador! Interessar-se por um burro! Naturalmente são primos? – Não; 
é uma maneira de chamar a atenção sobre si. – Há de ver que quer ser vereador da Câmara: 
está-se fazendo conhecido. – Um charlatão.
Pobre iniciador!
 7. Qual acontecimento do cotidiano carioca serve de pretexto para o 
desenvolvimento da crônica? 
A realização de touradas na cidade. 
 8. Machado de Assis surpreende o leitor do século XXI com uma opinião 
extremamente atual. Que opinião é essa? 
O autor se diz contrário às touradas por discordar da crueldade com os animais, tema 
muito discutido atualmente.
 9. Releia este fragmento, extraído do décimo parágrafo:
O primeiro homem que se lembrou de criar uma sociedade protetora dos animais lavrou um 
grande tento em favor da humanidade; mostrou que este galo sem penas de Platão pode comer 
os outros galos seus colegas, mas não os quer afligir nem mortificar.
Depreende-se desse trecho que 
( X ) a figura do galo sem penas é uma metáfora do filósofo Platão a respeito do ser humano.
( X ) o autor defende ser um ato de humanidade tratar os animais sem crueldade.
( ) o autor sugere que o homem, embora superior em força aos animais, pode protegê-los de 
maus-tratos e optar por não comer carne.
( X ) o autor não se opõe à ingestão de carne, desde que os animais não sofram.
ASSIS, Machado de. História de quinze dias. Disponível em: <http://machado.mec.gov.br/obra-completa-lista/itemlist/category/26-cronica>. 
Acesso em: 14 fev. 2018.
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/E
vg
en
y T
ur
ae
v
9o. ano – Volume 314
11. Releia os seguintes trechos: 
A colocação pronominal diz res-
peito à posição do pronome oblí-
quo em relação ao verbo. Há três 
possibilidades:
1. Próclise: pronome antes do 
verbo.
Ex.: O texto me pareceu atual.
2. Mesóclise: pronome no meio 
do verbo.
Ex.: O texto parecer-te-á atual.
3. Ênclise: pronome depois do 
verbo. 
Ex.: O texto pareceu-me atual.
Em algumas ocasiões, a colocação 
pronominal fica a cargo do falan-
te; em outras, há regras regendo 
essa escolha. Em situações mais 
formais, nas quais o falante opta 
por uma variação linguística de 
maior prestígio social, as normas 
de colocação pronominal devem 
ser seguidas. 
• Qual desses slogans foi criado para o produto vendido em Portugal? Justifiquesua resposta.
O slogan “é bom sujar-se” foi criado para os portugueses. Um sinal disso é a preferência pela ênclise.
Porque se sujar faz bem. é bom sujar-se
( A ) “Interessar-se por um burro! Naturalmente 
são primos?”
( B ) “[...] é uma maneira de chamar a atenção 
sobre si. – Há de ver que quer ser vereador 
da Câmara: está-se fazendo conhecido.”
( C ) “Um charlatão.”
( B ) Desqualifica a iniciativa, duvidando de 
suas reais intenções.
( A ) Demonstra sarcasmo e ironia.
( C ) Classifica a iniciativa como enganadora, 
logro.
10. Segundo o cronista, caso alguém tomasse a iniciativa de fundar uma sociedade protetora dos animais 
no Rio de Janeiro do século XIX, enfrentaria diversas reações negativas. Relacione os fragmentos a suas 
respectivas explicações. 
©
Un
ile
ve
r
 I. “Mais dia menos dia, demito-me deste lugar.”
II. “Não sou homem de touradas; e se é preciso dizer tudo, 
detesto-as.”
• Caso essas frases fossem ditas por um falante contemporâneo, 
certamente, a colocação pronominal seria diferente. Experi-
mente fazer essa mudança reescrevendo os trechos analisados.
I. Mais dia menos dia, me demito deste lugar. II. Não sou homem de touradas; e 
se é preciso dizer tudo, as detesto.
12. Ao longo do tempo, é natural que as línguas sofram variações. O 
português empregado por Machado de Assis, no século XIX, pou-
co se conservou entre nós, mas ainda é bastante atual em Portugal. 
Analise estas duas logomarcas de sabão em pó: 
 Língua Portuguesa 15
13. Observe estas capas de revistas portuguesas publicadas, respectivamente, em fevereiro de 2017 e março 
de 2018:
©
Ca
ra
s P
or
tu
ga
l
©
Ca
ra
s P
or
tu
ga
l
• O que estes exemplos revelam sobre a preferência do português europeu quanto à colocação pro-
nominal? 
 I. “Vou-me abaixo muitas vezes.”
 II. “Perder um pai obriga-nos a crescer.”
III. “Emocionou-me ver as quatro irmãs juntas.”
Os portugueses preferem a ênclise, mesmo em situações menos formais, como na publicidade ou em conversas.
14. O repórter Humberto Trezzi, do jornal gaúcho Zero Hora, relatou brevemente sua experiência de traba-
lho em áreas de guerra e conflito. Leia um trecho da entrevista que ele deu ao Portal Imprensa. 
IMPRENSA – Entre tantos conflitos que você cobriu, qual foi o momento que mais o 
marcou?
Humberto Trezzi – A cobertura que mais me impactou foi a da guerra civil na Líbia, durante a 
chamada Primavera Árabe. Estive no país no início da rebelião, em março de 2011, e no final, 
em setembro daquele ano, quando o ditador Muammar Kadafi fugiu de Trípoli. Acompanhei a 
tomada da capital pelos guerrilheiros. No início da revolta, estive numa batalha de canhões – 
acompanhando os guerrilheiros – que quase me custou a vida. Fiquei com o olho esquerdo ferido 
e tive de voltar de tapa-olho ao Brasil. Felizmente, me recuperei e consegui retornar ao território 
líbio, depois, para ver o final da ditadura. [...]
Qual é o maior desafio para um repórter que cobre guerras?
Não sou especialista em guerras, até porque esse tipo de profissional é raro no Brasil. Mas estive 
em algumas. Cobrir locais conflituados e de risco enseja vários desafios, como domínio de alguns 
idiomas, versatilidade para negociações de ingresso nas áreas em disputa, credenciamentos mil, 
documentos sempre em dia, como lidar com dinheiro sem ser roubado, negociar entrevistas com 
gente armada, ingressar e sair de um país onde a lei deixou de existir ou está balançada.
TREZZI, Humberto. Repórter da “Zero Hora” relata os bastidores de coberturas de risco em novo livro. Portal IMPRENSA: jornalismo e 
comunicação na web, 3 out. 2014. Notícias. Disponível em: <http://www.portalimprensa.com.br/noticias/brasil/63076/reporter+da+zero+hora
+relata+os+bastidores+de+coberturas+de+risco+em+novo+livro>. Acesso em: 26 dez. 2018.
9o. ano – Volume 316
15. Analise as frases extraídas da entrevista com Humberto Trezzi e 
identifique a ocorrência de próclise ou de ênclise, conforme a colo-
cação do pronome destacado. 
a) “A cobertura que mais me impactou foi a da guerra civil na Líbia 
[...]”
Próclise.
b) “Felizmente, me recuperei [...]”
Próclise.
16. Conforme a norma-padrão da língua portuguesa, algumas regras 
de colocação pronominal devem ser seguidas. Observe o quadro 
ao lado e responda às questões. 
a) Qual das frases do exercício anterior não segue as regras de 
colocação pronominal? Por quê? Reescreva-a de acordo com a 
norma-padrão.
A frase b não segue a norma-padrão, pois verbo no meio da oração, quando 
precedido de pausa, exige ênclise. Reescrita: Felizmente, recuperei-me.
b) Que regra de colocação pronominal explica o uso de próclise 
na outra frase?
A frase apresenta o advérbio (de intensidade) “mais”, o qual atrai o pronome. 
Obs.: Os alunos podem, também, fazer referência à presença do pronome
relativo “que”, o qual reforça a exigência da próclise. 
c) A frase a estaria de acordo com a regra de colocação pronomi-
nal se fosse escrita da seguinte forma: “A cobertura que impac-
tou-me foi a da guerra civil na Líbia”? Justifique sua resposta.
Não, pois “que” é um pronome relativo e atrai o pronome oblíquo átono para 
antes do verbo.
Para dominar as regras de coloca-
ção pronominal, parta do princí-
pio de que a próclise é uma boa 
decisão em quase todas as situa-
ções, com duas exceções:
1. Pronomes oblíquos não devem 
iniciar frases. Ex.: Desejo-te sor-
te!/Empreste-me a borracha.
2. A ênclise é obrigatória no caso 
de verbos no meio da oração 
precedidos de pausa. Ex.: Não 
respondeu, limitou-se a sorrir.
Porém, quando há palavras atrati-
vas na frase, isto é, que atraem o 
pronome, a próclise não é opcio-
nal, mas obrigatória. Algumas des-
sas palavras são:
Advérbios: já, agora, mais, infe-
lizmente, quase, ali, etc. Ex.: Agora 
me fale tudo./Quase se perdeu.
Palavras negativas: não, jamais, 
nunca. Ex.: Nunca me explicou./
Não lhe faço nenhum mal. 
Pronomes relativos: que, onde, 
os quais, etc. Ex.: Foi o aluno que 
se perdeu./O lugar onde o vi foi 
este. 
Pronomes indefinidos: nenhum, 
alguém, ninguém, tudo, outros, 
etc. Ex.: Ninguém me contou isso./
Outros se expressaram sobre o 
fato.
Conjunções subordinativas: 
que, se, embora, porque, caso, 
quando, etc. Ex.: Ela confirmou que 
me emprestará o livro./Quando 
me dei conta, já era tarde demais.
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/J
ek
a
 Língua Portuguesa 17
17. Com base nas regras apresentadas, justifique a colocação pro-
nominal em alguns trechos da crônica de Machado de Assis lida 
anteriormente. 
a) “Não sou homem de touradas; e se é preciso dizer tudo, detes-
to-as.”
Ênclise obrigatória por se tratar de verbo precedido de pausa.
b) “– Mas já as viste?”
Próclise obrigatória porque o advérbio “já” é uma palavra atrativa.
c) “Pobre iniciador! Interessar-se por um burro!”
Ênclise obrigatória por ser início de frase.
d) “O primeiro homem que se lembrou de criar uma sociedade 
protetora dos animais lavrou um grande tento em favor da hu-
manidade [...]”
Próclise obrigatória porque o pronome relativo “que” é uma palavra atrativa.
e) “[...] nunca fui ao xilindró, e todavia não o estimo.”
Próclise obrigatória porque o advérbio “não” é uma palavra atrativa. 
18. Justifique o uso da próclise nos seguintes casos: 
a) Por que nos avisaram somente hoje que não viriam?
Frase interrogativa.
b) Embora lhe pedissem para vir mais cedo, ela não conseguia. 
A conjunção subordinativa “embora” atrai o pronome. 
Além desses casos, a próclise ocor-
re em: 
Frases interrogativas: Quem lhe 
deu esse presente?
Frases exclamativas: Como se 
esforçam esses operários!
Frases optativas (que expri-
mem desejo): Que o ano lhe seja 
proveitoso!
Na construção em + gerúndio: Em 
se tratando de futebol, ele é muito 
bom. 
Obs.: Não havendo palavra atra-
tiva, a colocação pronominal é 
facultativa. Ex.: O professor se 
sentiu/sentiu-se orgulhoso de sua 
turma. 
A mesóclise é muito rara no portu-
guês brasileiro, inclusive em textos 
de escrita mais formal. Cabe usá-la 
apenas com verbos conjugados 
no futurodo presente ou no futuro 
do pretérito.
Ex.: Comprar-te-ei um vestido 
novo. (Comprarei)
Ex.: Far-me-ia um favor? (Faria)
c) Jamais lhe contaram toda a verdade. 
A palavra negativa “jamais” atrai o pronome.
d) Alguém me procurou?
O pronome indefinido “alguém” atrai o pronome. 
e) Ontem a vi no supermercado.
O advérbio “ontem” atrai o pronome.
19. Analise as frases a seguir no que se refere à colocação pronominal.
 I. Quando lhe deram a notícia, ela ficou surpresa. 
 II. A funcionária lhe entregou a mercadoria.
• Em qual desses casos a próclise é opcional? Justifique sua resposta. 
Em I, a próclise é obrigatória, pois a conjunção subordinativa “quando” atrai o pronome. Em II, a próclise é opcional, pois não 
há palavra atrativa. Portanto, a ênclise também estaria correta: A funcionária entregou-lhe a mercadoria. 
9o. ano – Volume 318
Você já estudou as orações coor-
denadas e as subordinadas. Então, 
sabe que é possível reunir ideias 
estabelecendo, por meio de con-
junções, diferentes relações entre 
elas. Veja:
 I. Maria preferia estudar inglês.
II. Era fluente na língua.
a) Maria preferia estudar inglês, 
pois era fluente na língua.
b) Maria preferia estudar inglês, 
portanto era fluente na língua.
c) Maria preferia estudar inglês, 
embora fosse fluente na língua.
Esses exemplos demonstram que 
as conjunções estabelecem diver-
sos sentidos entre as ideias.
A oração iniciada com a conjunção
a) “pois” explica o porquê de Maria 
estudar inglês.
b) “portanto” representa uma con-
clusão lógica do fato de Maria 
preferir inglês.
c) “embora” representa um fato 
que contraria o anterior, mas 
sem inviabilizá-lo. Em outras pa-
lavras, ser fluente em inglês não 
impedia que a menina preferis-
se estudar a língua.
20. Leia atentamente a frase em destaque no anúncio: “Um bom jornal 
é aquele que desperta quem ajuda o país e tira o sono de quem 
atrapalha”. 
a) Registre sua interpretação sobre essa frase.
A qualidade de um jornal pode ser avaliada considerando-se dois aspectos: 
 chamar a atenção dos cidadãos em geral para os fatos que acontecem e 
incomodar quem, de alguma forma, atrapalha o país, como os corruptos. 
b) Quais são as duas ações atribuídas a um bom jornal? Transcre-
va-as separadamente. 
1. “desperta quem ajuda o país”; 2. “tira o sono de quem atrapalha”. 
c) Qual é a relação de sentido estabelecida pela conjunção “e”? 
Adição entre as ideias.
Conjunções e seus efeitos de 
sentido 
Nos textos verbais, as conjunções estabelecem relações de sentido 
entre as ideias apresentadas. Considere o anúncio do jornal Folha de 
S. Paulo: 
©
Fo
lh
ap
re
ss
 Língua Portuguesa 19
21. Relacione as colunas conforme a relação de sentido estabelecida 
pelas conjunções em destaque. 
Existem conjunções coordenati-
vas ou locuções conjuntivas (com 
mais de uma palavra) que ligam 
orações independentes. Observe 
alguns exemplos:
• Aditivas – expressam soma 
(e, não só... mas também, bem 
como, etc.).
• Adversativas – indicam con-
traste ou oposição entre ideias 
(mas, porém, todavia, entretanto, 
contudo, etc.).
• Conclusivas – estabelecem 
uma conclusão (portanto, logo, 
assim, por isso, etc.).
• Explicativas – indicam uma ra-
zão ou um motivo (porque, pois, 
porquanto, etc.).
Existem também as conjunções 
ou locuções conjuntivas subor-
dinativas, que ligam as orações, 
atribuindo-lhes circunstâncias de 
tempo, condição, concessão, entre 
outras. Veja alguns exemplos:
• Temporais – indicam o tempo 
de ocorrência do fato expresso 
na oração principal (quando, 
logo que, desde que, sempre 
que, etc.).
• Condicionais – indicam uma 
condição para que o fato expres-
so na oração principal aconteça 
(se, contanto que, caso, etc.).
• Concessivas – indicam um fato 
que contraria o expresso na ora-
ção principal, mas sem inviabili-
zá-lo (ainda que, embora, apesar 
de que, etc.).
• Consecutivas – indicam a con-
sequência do fato expresso na 
oração principal (de maneira que, 
de modo que, etc.).
• Causais – indicam a causa do 
fato expresso na oração principal 
(porque, visto que, uma vez que, 
já que, como, etc.).
Para classificar uma conjunção, é 
necessário interpretar as ideias reu-
nidas por ela. 
( 1 ) Conjunção 
concessiva
( 2 ) Conjunção 
conclusiva
( 3 ) Conjunção 
adversativa
( 4 ) Conjunção 
temporal
( 5 ) Conjunção 
causal
( 3 ) Um bom jornal é aquele que desperta 
quem ajuda o país, contudo tira o sono 
de quem atrapalha.
( 2 ) Há muitas informações úteis naque-
le jornal, portanto muitas pessoas o 
leem.
( 1 ) Ainda que não tenha muito tempo, 
procura ler o jornal diariamente. 
( 5 ) Já que não condiziam com a verdade, 
as informações registradas na notícia 
foram questionadas.
( 4 ) Quando foi à banca, comprou o jornal. 
22. Reescreva os períodos a seguir inserindo conjunções ou locuções 
conjuntivas que estabeleçam as relações de sentido indicadas entre 
parênteses. 
a) Leia jornais./É importante para sua formação. (explicação)
Leia jornais, pois é importante para sua formação.
b) Não tenho muito tempo./Leio jornal diariamente. (concessão)
Leio jornal diariamente, embora/ainda que não tenha muito tempo. 
c) É importante garantir a liberdade de imprensa./Nem todos 
pensam assim. (oposição)
É importante garantir a liberdade de imprensa, todavia/entretanto nem todos 
pensam assim.
©
Sh
ut
te
rs
to
ck
/
Pr
et
ty
 V
ec
to
rs
9o. ano – Volume 320
Debate deliberativo 
 1. Você leu dois textos que fazem menção a problemas sociais envolvendo imigrantes. Leia, agora, uma 
notícia que expõe ações de jovens visando solucionar ou amenizar um desses problemas. 
Prática de oralidade
https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/09/jovens-alemaes-criam-airbnb-para-refugiados.html
JOVENS ALEMÃES CRIAM ‘AIRBNB PARA REFUGIADOS’ 
Serviço, que também funciona na Áustria, já alocou 134 pessoas
A dramática crise imigratória na Europa fez com que um grupo de jovens alemães tivesse a ideia de fundar uma 
organização sem fins lucrativos para hospedar os refugiados que chegam à Alemanha e à Áustria. O site “Refugees 
Welcome” (“Bem-vindos, refugiados”, em tradução livre) usa um mecanismo parecido com o do “Airbnb” para ajudar 
quem acabou de chegar à Europa a encontrar uma casa. No site, eles propõem a aqueles que têm quartos disponíveis 
a alugá-los tanto para refugiados regularizados como para os que ainda estão em situação ilegal.
“Nós estamos convencidos de que os refugiados não devem ser estigmatizados e excluídos sendo hospedados em 
casas com acomodações em massa. Nós queremos oferecer as calorosas boas-vindas. Nós acreditamos que podemos 
estabelecer uma cultura mais humana recebendo os refugiados”, diz o portal. 
JOVENS alemães criam ‘Airbnb para refugiados’. Disponível em: <https://epocanegocios.globo.com/Informacao/Acao/noticia/2015/09/jovens-
alemaes-criam-airbnb-para-refugiados.html>. Acesso em: 12 fev. 2019. 
 2. Como lido na notícia, com boa vontade, é possível criar soluções 
efetivas para diversos problemas sociais. Com os colegas e o profes-
sor, identifique algumas questões sociais presentes em sua escola e 
participe de um debate deliberativo para pensar em possíveis solu-
ções para elas. 
Características do debate 
deliberativo 
Deliberar significa tomar decisões 
após reflexão ou consulta. 
Para que um debate deliberativo 
seja produtivo, é importante um 
bom planejamento, o qual envolve
• levantamento dos problemas a 
serem discutidos;
• pesquisa prévia de possíveis 
soluções.
Com esse trabalho prévio, as pessoas 
podem tomar decisões bem funda-
mentadas em um tempo menor.
Se você for apresentar uma proposta 
durante o debate deliberativo, pre-
pare argumentos fundamentados e 
não se esqueça dos modalizado-
res que podem ajudar a transmitir 
segurança e certeza, como é fun-
damental que e é de extrema 
importância que.
 3. Sob a orientação do professor, forme um grupo com seus colegas.
 4. Cada grupo deve buscar evidências de um problema que considere 
relevante resolver dentro da escola(de natureza organizacional, dis-
ciplinar ou de relacionamento). Veja alguns exemplos: 
• O que fazer para reduzir o esquecimento, a perda ou o desper-
dício de material escolar?
• Como aproveitar obras de literatura já lidas?
• Como reduzir o peso que as crianças carregam na mochila?
• Como conscientizar os alunos da importância de um lanche 
mais saudável?
Preparação
Objetivo.11
Objetivo.10
 Língua Portuguesa 21
Orientação 
didática.
 5. Anotem aqui o problema que pretendem analisar e sua relevância para a escola. 
Pessoal.
 6. Tendo identificado o problema, pensem em maneiras de solucioná-lo. Se vocês acreditam que há muito 
desperdício de material escolar, por exemplo, é possível
• criar uma seção de achados e perdidos no colégio, tornando fácil a consulta a algum item;
• realizar um levantamento do que fazer com alguns materiais que, há muito tempo, estão na seção 
de achados e perdidos.
 7. Anotem duas sugestões para solucionar o problema identificado no item 5. 
Solução 1
Pessoal. 
 
Solução 2
Pessoal.
 
 8. Preparem uma apresentação oral da questão social e das possíveis soluções identificadas.
 9. Cada grupo tem cinco minutos para apresentar o problema, os argumentos sobre sua relevância e as 
soluções pensadas para resolvê-lo. Apenas um dos projetos será escolhido por votação. 
10. Terminadas as apresentações, a turma deve votar e eleger um dos projetos. 
11. Com o projeto escolhido, é hora de deliberar coletivamente sobre as medidas a serem tomadas para en-
frentar o problema. As soluções iniciais propostas pelo grupo servem como ponto de partida para que as 
demais equipes apresentem outras propostas. A turma, em conjunto, elege uma só proposta de solução. 
12. A turma cria um cronograma, prevendo as ações para a realização da proposta escolhida. Ao menos dois 
alunos devem registrar, por escrito, as decisões. 
13. Os alunos responsáveis por fazer os apontamentos leem as decisões tomadas e, se todos estiverem de 
acordo, deverão assinar o documento. O professor precisa fazer uma cópia do que ficou decidido.
14. Nos próximos dias, com a orientação do professor e o engajamento de todos, o projeto deve ser posto 
em ação.
12
Produção
Avaliação
15. Avalie sua participação no debate deliberativo.
Sim Em parte Não
1. Houve uma pesquisa sobre os problemas presentes na escola?
2. Foram propostas soluções viáveis para o problema analisado?
3. Você participou das discussões, respeitando o momento da fala de cada um?
4. Ouviu, com atenção, as considerações dos colegas?
5. Seguiu as orientações do professor a respeito dos encaminhamentos das ações 
de todos durante o debate?
9o. ano – Volume 322
Manifesto 
 1. Neste capítulo, você tem estudado textos argumentativos em que se expõem opiniões e se propõem 
soluções para problemas coletivos. Nessa mesma linha, em 2018, diversas entidades ligadas ao esporte, 
como a Confederação Brasileira de Judô, publicaram o seguinte manifesto: 
Prática de escrita
Manifesto Esporte pelo Brasil
O setor esportivo, representado por atletas, entidades esportivas e organizações da sociedade 
civil, vem manifestar-se publicamente em defesa do esporte brasileiro. Esporte não somente enten-
dido como aquele praticado por atletas profissionais, que nos inspiram e emocionam nas quadras, 
estádios, piscinas, tatames, etc., mas também aquele que contribui para o desenvolvimento huma-
no de valores, como disciplina, trabalho em grupo, determinação, concentração, resiliência, aquele 
que forma cidadãos, que é fator de desenvolvimento humano e social e garantido como direito 
social na Constituição Federal (art. 217).
Publicada nesta segunda-feira pela Presidência da República, a Medida Provisória nº 841 de 
2018, que dispõe sobre o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), retira recursos da Saúde, 
da Educação, da Cultura e do Esporte, redirecionando-os para a segurança pública.
Entendemos que a segurança é uma área de suma importância que atravessa uma crise sem 
precedentes. Mas ressaltamos que a redução da criminalidade e da violência passa pela melhoria da 
educação, da redução da desigualdade, da geração de emprego, dentre outras tantas políticas com 
as quais o esporte só tem a contribuir. [...]
Além das diversas pesquisas e relatos de organizações de sociedade civil que trabalham com o 
esporte, o recente relatório de desenvolvimento da ONU e os estudos da Organização Mundial da 
Saúde (OMS) apontam a existência de evidências empíricas e científicas suficientes para afirmar 
que a participação regular em atividade física e esporte gera uma vasta gama de benefícios sociais, 
mentais e de saúde. Entre eles, incluem-se a diminuição do peso e da obesidade, a diminuição do 
uso de drogas legais e ilegais, [a] redução da violência nas comunidades e [a] melhora da capacida-
de produtiva das pessoas. [...]
Não concordamos com a prática do atual governo, que nos impõe quais direitos devemos usu-
fruir. É dever do governo garantir todos os direitos de seus cidadãos. Entendemos que a segurança 
é uma área de suma importância e que os recursos do governo são finitos, mas penalizar dema-
siadamente uma área social que já possui baixo orçamento, com a retirada de recursos superiores 
a 500 milhões, não deveria ser uma solução viável para um governo que preza pela garantia de 
direitos e desenvolvimento humano de seus cidadãos. [...]
Por isso, pedimos aos parlamentares do Congresso Brasileiro que não aprovem a supracitada Me-
dida Provisória nesses termos, que prejudicará profundamente as áreas da saúde, educação, cultura e 
principalmente esporte e, por consequência, futuras gerações de cidadãos. Pedimos ao Congresso que 
estude possibilidades para substituição das fontes do Fundo Nacional de Segurança Pública.
Queremos a democratização do Esporte, por meio do seu acesso a toda a população. Queremos 
um Esporte de qualidade nas escolas, como ferramenta educacional. Queremos a melhoria do 
Sistema Nacional Esportivo, com mais eficiência e transparência. Acima de tudo, queremos um 
governo que valorize o que o Esporte pode fazer pelo Brasil.
Assinam:
Confederação Brasileira de Judô, Comissão de Árbitros do Handebol, Comissão de Atletas do Boxe, Comis-
são de Atletas da Confederação Brasileira de Canoagem, Comissão de Atletas de Vôlei de Praia, Comissão de 
Atletas de Vôlei de Quadra e outras 54 instituições do esporte brasileiro.
MANIFESTO Esporte pelo Brasil. Disponível em: <http://www.cbj.com.br/noticias/6619/manifesto-esporte-pelo-brasil-.html>. Acesso em: 22 mar. 2019.
 Língua Portuguesa 23
 1. O manifesto foi escrito na primeira pessoa do plural. Justifique essa 
opção.
Utiliza-se a primeira pessoa do plural porque o manifesto representa o posiciona-
mento coletivo de diversos atletas e instituições brasileiras ligadas ao esporte.
 2. Qual é o objetivo desse manifesto?
Tornar público o repúdio dos atletas brasileiros pela Medida Provisória 841, que 
reduz os investimentos governamentais no esporte.
 3. A quem esse documento está destinado?
Aos parlamentares do Congresso Brasileiro.
 4. Relacione os parágrafos do texto a seus objetivos. 
( A ) 1º. parágrafo
( B ) 2º. parágrafo
( C ) 3º. , 4º. e 5º. parágrafos
( D ) 6º. parágrafo
( E ) 7º. parágrafo
Manifesto 
Trata-se de um texto feito para 
tornar público o posicionamen-
to coletivo de determinado 
grupo ou instituição. Em geral, 
sugerem-se ações a serem toma-
das e utilizam-se argumentos 
para persuadir o público a se en-
volver com a causa. Partidos polí-
ticos, grupos de artistas, igrejas e 
todo tipo de organização podem 
lançar mão dessa ferramenta para 
fazer conhecidos seus princípios.
( C ) Apresentação de diferentes argumentos para justificar o posicionamento defendido.
( B ) Contextualização da motivação para a escrita do manifesto.
( D ) Sugestão de ações para o enfrentamento do problema identificado.
( E ) Explicitação dos objetivos a serem alcançados.
( A ) Apresentação do posicionamento das instituições responsáveis pelo documento.
 5.Assinale os trechos que apresentam argumentos que justificam a 
existência do manifesto.
( ) “Entendemos que a segurança é uma área de suma importân-
cia e que os recursos do governo são finitos [...]”
( ) “O setor esportivo, representado por atletas, entidades espor-
tivas e organizações da sociedade civil, vem manifestar-se pu-
blicamente em defesa do esporte brasileiro.”
( X ) “É dever do governo garantir todos os direitos de seus cida-
dãos.”
( X ) “[...] o recente relatório de desenvolvimento da ONU e os 
estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam 
a existência de evidências empíricas e científicas suficientes 
para afirmar que a participação regular em atividade física e 
esporte gera uma vasta gama de benefícios sociais, mentais e 
de saúde.”
( ) “Queremos um Esporte de qualidade nas escolas, como ferra-
menta educacional.”
Em manifestos, os verbos normal-
mente estão no modo imperati-
vo ou no presente do indicativo.
O modo imperativo é usado quan-
do se pretende ordenar ou sugerir 
comportamentos.
Ex.: Escolha produtos sustentáveis.
Rejeite canudos plásticos.
O presente do indicativo, em geral, 
é utilizado na primeira pessoa do 
plural e expressa intenções.
Ex.: Queremos mais produtos 
sustentáveis.
A partir de hoje, dizemos não aos 
canudos plásticos.
9o. ano – Volume 324
Agora é sua vez! Com seus colegas, crie um manifesto para tornar público o objetivo que sua turma pre-
tende atingir com o projeto desenvolvido no debate deliberativo. Além de ser uma declaração de intenções, 
o manifesto precisa persuadir os demais estudantes da escola a se envolverem com as ações propostas. Portan-
to, bons argumentos são fundamentais.
Preparação
Produção
Avaliação
Projeto de escrita
 1. Reúna-se com os colegas do grupo formado para o debate deliberativo e, juntos, estabeleçam (ou re-
lembrem) o principal objetivo a ser atingido por meio do projeto desenvolvido na seção Prática de 
oralidade. Se julgar conveniente, deixe os alunos à vontade para escolher outra questão social que considerem importante para que 
o manifesto seja feito. 
 2. Elaborem a primeira versão do manifesto, que deve ter três partes: 
• Introdução: escrevam de dois a três parágrafos, na primeira pessoa do plural, identificando quem 
vocês são coletivamente (uma turma do 9º. ano, estudantes, etc.); os argumentos que justificam a 
existência do manifesto; os objetivos pretendidos com a divulgação do documento; e o público que 
querem atingir.
• Desenvolvimento: escrevam, em tópicos, as ações que vocês querem divulgar com o manifesto. 
Utilizem verbos nos modos imperativo e presente do indicativo. Utilizem, também, modalizadores 
para reforçar a necessidade ou a obrigatoriedade de se adotarem as medidas sugeridas. 
• Conclusão: elaborem uma frase ou um slogan atrativo para engajar o público no que foi proposto.
 3. Avaliem o manifesto elaborado. 
Sim Em parte Não
1. O manifesto deixa clara para o leitor a intenção do documento?
2. Foram propostas ações para se atingir a intenção presente no manifesto?
3. O manifesto é composto de três partes: introdução, desenvolvimento e 
conclusão?
4. O texto foi escrito na primeira pessoa do plural?
5. As formas verbais estão conjugadas no tempo e no modo adequados?
 6. Em sua opinião, qual o melhor argumento utilizado pelos atletas? Justifique sua resposta e, depois, com-
pare-a com as opiniões de seus colegas.
Pessoal. Estimule os alunos a observar que a chancela de autoridades, como a ONU e a OMS, dá credibilidade às ideias 
defendidas.
13 Orientação didática. 
 Língua Portuguesa 25
 1. Neste capítulo, você estudou três gêneros textuais: editorial, debate deliberativo e manifesto. Assinale, na 
tabela, as características pertencentes a esses textos. 
Características textuais Editorial Debate deliberativo Manifesto
Busca por um conjunto de medidas consensuais. X
Representa um posicionamento coletivo. X X X
É divulgado diariamente em espaço nobre de veículos da 
imprensa.
X
Sempre é assinado por todos os participantes ou pela 
instituição responsável.
X
Inclui a defesa de algum posicionamento, fundamentada em 
argumentos.
X X X
 2. Analise os períodos e identifique o novo sentido trazido pelo acréscimo do modalizador. 
 I. O time feminino classificou-se para a final do campeonato.
 II. O time feminino, surpreendentemente, classificou-se para a final do campeonato.
O acréscimo do advérbio (modalizador) atribui ao enunciado o sentido de surpresa pela classificação do time. 
 3. Complete a frase abaixo. 
 Os modalizadores textuais permitem identificar, de forma menos ou mais explícita, a intencionalidade/ 
a opinião/o sentimento do falante em relação ao que relata. 
 4. Outro tópico estudado foi a colocação pronominal. Nas frases a seguir, reposicione o pronome oblíquo 
conforme o indicado entre parênteses. 
a) O aluno se prontificou a ajudar o colega. (ênclise)
O aluno prontificou-se a ajudar o colega.
b) Mande uma mensagem e me lembrarei do caso. (mesóclise)
Mande uma mensagem e lembrar-me-ei do caso. 
c) Te agradeço pelo empréstimo. (ênclise)
Agradeço-te pelo empréstimo.
d) O advogado defendeu-o brilhantemente. (próclise)
O advogado o defendeu brilhantemente.
Organize as ideias 
 4. Feitos os ajustes, elaborem a versão definitiva do manifesto. 
 5. Deixem o manifesto exposto no mural da sala de aula. 
 6. Comparem o texto de seu grupo com os dos outros. 
26
 5. Complete a tabela de acordo com seus conhecimentos sobre colocação pronominal. 
Modos de usar Próclise Mesóclise Ênclise
Obrigatória em início de frase ou após pausa indicada por 
vírgula.
X
Raramente utilizada, mesmo em textos que seguem a 
norma-padrão.
X
Obrigatória diante de palavras atrativas, como advérbios e 
pronomes relativos.
X
Proibida em início de frase, conforme a norma-padrão. X
Utilizada com futuro do presente e futuro do pretérito. X
Obrigatória diante de palavras negativas, como nunca e 
jamais.
X
Usada na frase Espero que me saia bem nas provas. X
Hora de estudo
26
 1. Em dissertações escolares, é comum se pedir aos alunos a proposição de soluções para os problemas 
debatidos. Ao sugerir medidas para preservar o que resta da Amazônia, um aluno escreveu o seguinte:
O governo federal tem que usar um método mais rigoroso e deve trabalhar a favor da natureza.
Agricultores desmatam uma grande parte da floresta para fazer pastos. Os responsáveis devem 
investir na fiscalização para que seja feito um trabalho de reflorestamento, recuperando a vegetação 
perdida.
a) Circule os modalizadores empregados pelo aluno para expressar obrigatoriedade.
b) Reescreva esse parágrafo incluindo modalizadores que reforcem a necessidade de se adotarem as 
medidas descritas pelo aluno. Faça as adaptações necessárias, mas preserve o conteúdo do texto.
Sugestão de reescrita: É necessário que o governo federal use um método mais rigoroso. É essencial trabalhar a favor da natu-
reza. Agricultores desmatam uma grande parte da floresta para fazer pastos. Investir na fiscalização é de extrema importância 
para que seja feito um trabalho de reflorestamento, recuperando a vegetação perdida. 
27
 2. Complete as frases a seguir com ideias relacionadas à conjunção apresentada. 
a) Exigimos que as cidades sejam seguras para as mulheres, de forma que Sugestão de resposta: possam caminhar
a qualquer hora e em qualquer lugar sem serem importunadas com comentários, olhares e toques indesejados.
b) A leitura de um jornal é importante, pois Sugestão de resposta: ficamos por dentro das últimas notícias. 
c) Você estudou com calma todo o conteúdo, portanto Sugestão de resposta: se sairá bem na prova. 
 3. Reescreva as frases a seguir substituindo a palavra coisa.
a) Ler é uma coisa importante.
Ler é uma prática importante.
b) O jornal publicava coisas importantes. 
O jornal publicava informações/matérias importantes. 
c) Andar no parque é uma coisa saudável.
Andar no parque é uma atividade saudável. 
d) Coma semprecoisas menos gordurosas.
Coma sempre alimentos menos gordurosos. 
 4. Com relação à colocação pronominal, assinale a alternativa em que não foi utilizada a norma-padrão da língua.
( ) Descobriu-se, naquela noite, que o navio nunca chegaria ao porto.
( ) Como nunca lhe pediram tal coisa, não sabia por onde começar.
( ) Depois de muito pensar, deram-lhe uma chance.
( X ) Estava sonolento, se despediu e subiu para sua cabine. 
( ) Se pudesse, entregar-lhe-ia eu mesma a carta.
 5. Justifique sua resposta ao exercício anterior.
Após pausa no meio da frase, deve-se utilizar ênclise.
 6. Justifique a utilização da próclise nos seguintes casos: 
a) Ele não se mostrou muito satisfeito com o resultado.
A palavra negativa “não” torna a próclise obrigatória.
b) Ontem me lembrei do compromisso. 
O advérbio “ontem” torna a próclise obrigatória.
c) O funcionário que nos atendeu foi aquele. 
O pronome relativo “que” atrai o pronome oblíquo para antes do verbo.
28
d) Quando o avisaram do ocorrido já era tarde.
A conjunção subordinada “quando” atrai o pronome para antes do verbo.
e) Ninguém lhe disse o que estava acontecendo?
O pronome indefinido “ninguém” atrai o pronome para antes do verbo. 
 7. Relacione as regras de colocação pronominal aos exemplos apresentados.
( A ) Pronome indefinido atrai o pronome para antes do verbo.
( B ) Em frases optativas, a próclise é obrigatória.
( C ) Conjunção subordinativa atrai o pronome para antes do verbo. 
( D ) A presença de advérbio torna a próclise obrigatória. 
( E ) Palavra negativa atrai o pronome para antes do verbo. 
( B ) Deus o acompanhe!
( E ) Jamais se esqueça de mim.
( A ) Tudo se resolveu naquela tarde.
( C ) Se lhe contar tudo, estragarei a surpresa.
( D ) Hoje me surpreendi com a reação dele.
 8. Reescreva a(s) frase(s) em que a colocação pronominal é facultativa. Justifique sua resposta fazendo refe-
rência às três frases apresentadas.
a) Não me espere amanhã.
b) Amanhã, prepare-se para seu desafio. 
c) O aluno se mostrou interessado pelo conteúdo.
Apenas na alternativa c a colocação pronominal é facultativa, visto que não há palavra atrativa. Na alternativa a, a existência de 
palavra negativa torna a próclise obrigatória; na b, a ênclise é obrigatória, pois, apesar da presença de advérbio, há pausa (vírgula) 
depois dele. 
 
 
29
8 Gosto se 
discute, sim!
1. Você se identifica com a situação retratada na tira?
2. De que maneira os personagens poderiam reduzir o tempo de escolha do filme?
3. Como você escolhe livros para ler e filmes ou séries para assistir? 2
Disponível em: <https://vidadesuporte.com.br/wp-content/uploads/2017/07/Suporte_1753.jpg>. Acesso em: 16 fev. 2019.
©
An
dr
é 
Fa
ria
s -
 v
id
ad
es
up
or
te
.co
m
.b
r
©
An
dr
é 
Fa
ria
s -
 v
id
ad
es
up
or
te
.co
m
.bb
r
©
An
dr
é
Fa
ria
s
vi
da
de
su
po
rte
co
m
bbr
1 Sugestão de atividades.
Questões iniciais.
9o. ano – Volume 330
Resenha crítica
 1. Esta é uma peça publicitária de divulgação do filme Perdido em Marte, lançado em 2015. Identifique 
algumas das informações técnicas presentes no texto. 
• Ler resenhas críticas, analisando suas condições de produção e sua organização. 
• Prosseguir o estudo das conjunções e seus efeitos de sentido.
• Conhecer relações de concordância nominal.
• Produzir resenha crítica.
• Apresentar oralmente uma resenha crítica.
Objetivos
Painel de leitura
Chamada Diretor 
Estrela do elenco Título Data de estreia
a) Qual é a justificativa possível para a divulgação apenas dos nomes de Ridley Scott e Matt Damon?
Riddley Scott e Matt Damon já são famosos por trabalhos anteriores no cinema. Assim, seus nomes funcionam como chamariz 
e permitem ao público inferir características do filme. O formato desse cartaz, na horizontal, possibilita a presença de poucas 
informações, apenas as essenciais, como os nomes do ator principal e do diretor do filme.
b) Qual é a provável narrativa apresentada no filme? Escreva sua hipótese e mencione os elementos do 
cartaz que fundamentam sua dedução.
Pessoal. Caso algum aluno não conheça o filme, peça-lhe que leia sua resposta em voz alta. Verifique se ele considerou tanto a
imagem (um local inóspito e a figura de um astronauta) quanto o texto escrito (o título do filme, que faz menção ao planeta
Marte, e a frase “Nunca desistas”).
©
20
19
 Tw
en
tie
th
 C
en
tu
ry
 Fo
x 
Fil
m
 C
or
po
ra
tio
n
 Língua Portuguesa 31
https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/10/perdido-em-marte-ciencia-e-boa-mas-o-cientista-youtuber-e-melhor.html
 2. Leia a resenha crítica do filme, escrita pela jornalista Nina Finco para 
a revista Época, e confira se sua dedução estava correta. 
PERDIDO EM MARTE: A CIÊNCIA É BOA, MAS O 
CIENTISTA YOUTUBER É MELHOR 
Em “Perdido em Marte”, um astronauta criativo e engraçado grava vídeos 
de si mesmo, que fariam sucesso na rede
NINA FINCO
04/10/2015 – 10h00
Suponha que você seja um astronauta. Você faz parte de uma equipe de 
profissionais, numa missão tripulada a Marte. Como botânico da expedição, 
terá de descobrir se há alguma possibilidade de cultivar no planeta vermelho 
qualquer coisa comestível. Uma tempestade de areia força seus colegas a 
partir. Eles deixam você para trás, presumindo o pior. No entanto, você não 
morreu. Ao acordar, se dá conta de que está sozinho, a mais de 600 dias de 
viagem de casa. Uma reação razoável seria cair de joelhos, arrancar os cabelos 
e chorar. Mas não se você tiver o espírito juvenil de um youtuber. É o caso de 
Mark Watney, personagem do filme Perdido em Marte, que estreia no dia 1º. 
de outubro. Numa situação difícil de piorar, ele fica de boa e decide gravar uns 
vídeos. Com humor e engenhosidade, explica como enfrentar a desgraça total.
O filme é baseado no livro de Andy Weir, um ex-engenheiro de software 
e fanático por assuntos relacionados ao espaço. Em 2011, a história foi 
rejeitada por editoras. Ele passou a publicar os capítulos num blog. Os leitores 
gostaram tanto que ele decidiu vender o livro na Amazon, com o menor valor 
permitido pela loja: US$ 0,99. Decolou como um foguete: o livro ficou em 
primeiro lugar na lista dos mais vendidos de ficção científica da loja on-line 
e estreou em 12º. lugar na lista do jornal americano The New York Times. 
Agora, a história chega aos cinemas, com um elenco estelar liderado por Matt 
Damon e direção de Ridley Scott (responsável por outras boas histórias de 
viagens espaciais e cerebrais, Alien e Prometheus).
Os motivos do sucesso de Weir? Um é a precisão dos detalhes. Isso faz 
sucesso com parte do público. O autor escreveu em estado de obsessão com 
acurácia científica. Leu tudo o que encontrou sobre o assunto e confessa que 
complementou lacunas abusando do Google. Seu esforço resultou numa 
peça de ficção científica com peso no “científico”. A Nasa, empenhada em 
organizar uma missão tripulada que chegue a Marte até 2030, aprovou: 
“Ficção científica é extremamente importante em nossa cultura. Está 
enraizada no que fazemos, mas projeta uma visão de futuro. É algo a que 
aspiramos. O que realmente gostei sobre o livro e o filme é quão próximo 
da realidade eles podem estar”, afirmou o físico James Green, diretor de 
exploração planetária da Nasa.
Características da 
resenha 
Resenhas críticas são textos de 
opinião ligados ao universo cul-
tural. São publicadas em jornais, 
revistas, sites e canais especializa-
dos. Leitores recorrem a esse texto 
para conhecer uma opinião pro-
fissional a respeito de exposições, 
livros, filmes e games recém-lan-
çados e, até mesmo, sobre o menu 
de um restaurante novo. 
Nesse gênero textual, o autor bus-
ca justificar sua avaliação dos bens 
culturais com argumentos claros 
e eficientes. Várias estratégias po-
dem ser utilizadas no processo. 
 acurácia: precisão ou proximidade a resultados científicos.
©
Ag
ên
ci
a 
O
 G
lo
bo
9o. ano – Volume 332
https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/10/perdido-em-marte-ciencia-e-boa-mas-o-cientista-youtuber-e-melhor.htmlO roteirista Drew Goddard manteve as explicações e os jargões científicos do livro. Graças ao detalhismo, Watney não 
parece um MacGyver do espaço, que resolve problemas em segundos com chiclete e grampo de cabelo. Ele tem de 
inventar soluções criativas para preparar o solo, cultivar comida, produzir água, deslocar-se por Marte e pedir ajuda. 
Sua distração está em gravar vídeos sobre seu dia a dia – o que 
faz dele um dos grandes vlogueiros espaciais da história da ficção 
científica (no livro, ele escreve um diário). Graças aos roteiristas 
e ao ator, as aulas de ciência do desespero de Watney parecem 
ótimas. Ele avalia os muitos obstáculos que aparecem, os recursos 
à disposição, faz planos e conta tudo ao espectador. Sofre muitos 
reveses, mas volta para contar mais. Felizmente, ele tem mais pique 
que uma vlogueira de maquiagem ao ganhar um batom novo.
Aí, o filme conquista outra parte do público – os curtidores de 
histórias bem contadas. Filmes de ficção científica têm, em primeiro 
lugar, a obrigação de ser bons filmes. Perdido em Marte corria o 
risco de ser uma história muito respeitosa com a ciência e também 
muito chata. Que nada. Se Watney fosse um vlogueiro de ciência 
no mundo real, o canal dele estaria bombando.
MacGyver é referência ao agente secreto 
Angus MacGyver, protagonista de uma 
série estadunidense exibida entre 1985 e 
1992. Sua principal característica é andar 
desarmado e utilizar objetos comuns, como 
canivete suíço, fósforo e fita adesiva, e muito 
conhecimento científico para improvisar e 
sair de situações de perigo. Graças ao perso-
nagem, pessoas que constroem engenhocas 
e se mostram inventivas passaram a receber 
o apelido de MacGyver.
FINCO, Nina. Perdido em Marte: a ciência é boa, mas o cientista youtuber é melhor. Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/10/
perdido-em-marte-ciencia-e-boa-mas-o-cientista-youtuber-e-melhor.html>. Acesso em: 5 jan. 2019.
 3. Complete a tabela de acordo com as informações presentes no texto. 
Obra resenhada Filme Perdido em Marte
Diretor Ridley Scott
Data de estreia do filme 1º. de outubro de 2015
Principal nome do elenco Matt Damon
Protagonista Mark Watney
Autor do livro que inspirou o filme Andy Weir
 4. Releia o primeiro parágrafo da resenha e responda às perguntas. 
a) Quem é o interlocutor do texto, ou seja, a quem ele se dirige?
O leitor da resenha. 
b) Qual é a relação entre a situação hipotética e o filme analisado nessa resenha crítica? 
A situação hipotética reconta o enredo do filme fazendo o leitor imaginar-se na situação do personagem principal.
c) Como o primeiro parágrafo ajuda a despertar a atenção do leitor? Justifique sua resposta. 
Esperamos que os alunos percebam que o primeiro parágrafo atrai o leitor pelo diálogo estabelecido (o uso de “você”) e por 
recontar o enredo do filme como se o leitor estivesse inserido nele.
 jargões: conjunto de termos de difícil compreensão para quem não é da área específica em que são aplicados; 
terminologia técnica ou científica.
 Língua Portuguesa 33
 5. Usando as mesmas estratégias presentes no texto lido, escreva o primeiro parágrafo de uma resenha 
sobre seu filme preferido. 
a) Anote o título do filme.
Pessoal.
b) Comece a resenha assim: “Suponha que você seja...”. 
Pessoal. 
c) Leia o parágrafo para os colegas e verifique se eles são capazes de descobrir qual é a obra apresentada 
por você.
 6. Uma resenha se constitui também por informações sobre o contexto de produção ou lançamento da obra, 
as quais podem aguçar a curiosidade do leitor. Releia este trecho, extraído do segundo parágrafo do texto:
3
Agora, a história chega aos cinemas, com um elenco estelar liderado por Matt Damon e direção de Ridley Scott 
(responsável por outras boas histórias de viagens espaciais e cerebrais, Alien e Prometheus). 
Sobre o trecho lido, assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
( X ) O uso do adjetivo “estelar” adianta uma opinião positiva da crítica a respeito da atuação do elenco 
em Perdido em Marte.
( X ) A referência positiva a filmes anteriores do diretor Ridley Scott ajuda a convencer o leitor de que 
vale a pena assistir a Perdido em Marte.
( ) A menção a Alien e a Prometheus confunde o leitor que não conhece tais referências e impede a 
compreensão da resenha.
 7. Resenhas são textos de opinião. Logo, por meio de trechos argumentativos, apresentam-se justificativas 
da avaliação positiva ou negativa da obra. A respeito dos argumentos utilizados no texto, marque V para 
as alternativas verdadeiras e F para as falsas. 
( V ) Trata-se de uma resenha positiva, em que os principais argumentos já estão anunciados no título: 
Perdido em Marte: a ciência é boa, mas o youtuber é melhor.
( V ) Conforme a crítica, as soluções científicas são abordadas com realismo, fato comprovado pelo depoi-
mento de um especialista da Nasa.
( F ) Segundo a crítica, os méritos da boa recepção do filme são do roteirista Drew Goddard e do ator 
Matt Damon. Aquele reduziu as longas explicações científicas presentes no livro que originou a 
obra, e este deu simpatia a um astronauta, que poderia ser aborrecido.
 8. Sobre o personagem Mark Watney, Nina Finco escreveu:
Sofre muitos reveses, mas volta para contar mais. Felizmente, ele tem mais pique que uma vlogueira de maquiagem 
ao ganhar um batom novo.
Orientação didática.
9o. ano – Volume 334
a) Que características do personagem são reveladas por meio dessa comparação? 
Vlogueiras de maquiagem se entusiasmam com a possibilidade de relatar aspectos positivos e negativos dos produtos que avaliam.
O astronauta, no filme, demonstra o mesmo entusiasmo por compartilhar os resultados de suas experiências marcianas.
Cabe ao leitor avaliar os argumen-
tos e as informações presentes no 
texto argumentativo.
b) Em sua opinião, essa comparação é adequada ou pode ser enten-
dida como preconceituosa? Compartilhe suas ideias com os cole-
gas e o professor.
Pessoal. 
 9. Reescreva estes fragmentos substituindo as conjunções grifadas por outras que mantenham a mesma 
relação de sentido. 
a) “Eles deixam você para trás, presumindo o pior. No entanto, você não morreu.”
Eles deixam você para trás, presumindo o pior. Contudo/Entretanto/Porém, você não morreu.
b) “Sofre muitos reveses, mas volta para contar mais.”
Sofre muitos reveses, porém/no entanto/todavia volta para contar mais.
10. Una o período utilizando uma conjunção que garanta o sentido solicitado entre parênteses.
• “Ele passou a publicar os capítulos num blog.”/“a história foi rejeitada por editoras.” (causalidade)
Ele passou a publicar os capítulos num blog, porque/já que/visto que a história foi rejeitada por editoras.
11. Acompanhe a visão de outro crítico espe-
cializado sobre o filme Perdido em Marte. 
Será que a opinião dele é parecida com a 
de Nina Finco? 
https://www.cineclick.com.br/criticas/perdido-em-marte
PERDIDO EM MARTE
29/09/2015 17h45
Por Daniel Reininger
Prometheus pode ter sido impressionante visualmente, mas não foi um bom filme. Agora, Ridley Scott se redime com 
Perdido em Marte, o qual repete a capacidade de impressionar desde a abertura, dessa vez com paisagens vermelhas 
e estéreis; porém, a produção vai além do visual impecável, apresenta boa história, grandes personagens e é capaz de 
despertar a curiosidade do espectador sobre cada aspecto dos acontecimentos retratados na tela.
O longa é uma celebração da inteligência e engenhosidade humanas e o humor é bônus inesperado. Na trama, durante 
missão a Marte, o astronauta Mark Watney (Matt Damon) é dado como morto após uma feroz tempestade obrigar a equipe 
©
20
19
 Tw
en
tie
th
 C
en
tu
ry
 Fo
x 
Fil
m
 C
or
po
ra
tio
n
PERDIDO EM MARTE
(THE MARTIAN)
2015, 141 MIN.
12
Gênero: Ficção Científica
Estréia: 01/10/2015
 Língua Portuguesa 35
https://www.cineclick.com.br/criticas/perdido-em-marte
a retornar à Terra. Só que o cientista sobrevive e se encontra sem recursos e sozinho no planeta hostil. Precisa então usar 
criatividade para sobreviver

Outros materiais