Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Extratos, tinturas e alcoolaturas EXTRATOS É a preparação de consistência líquida, sólida ou intermediária, obtida a partir do IFAV*. O material utilizado na preparação de extratos pode sofrer tratamento preliminar, tais como, estabilização, moagem ou desengorduramento. O extrato é preparado por PERCOLAÇÃO, MACERAÇÃO ou outro método adequado e validado, utilizando como solvente ÁLCOOL ETÍLICO, ÁGUA OU OUTRO solvente adequado. Após a extração, materiais indesejáveis podem ser eliminados. Etapas para obtenção de EXTRATOS · Extração · Filtração · Depuração · Evaporação · Padronização (doseamento dos PAs) EXTRAÇÃO Esgotamento da droga vegetal; Escolha do solvente extrator → Finalidade do extrato medicinal; Drogas em estado seco; MACERAÇÃO Deixar a droga seca, pulverizada, em frasco fechado, ao abrigo da luz, a temperatura ambiente, na quantidade adequada de líquido extrator, por uma semana/10 dias, agitando frequentemente. Após, filtrar e lavar o resíduo com q.s. de líquido extrator para obter o volume desejado; PERCOLAÇÃO OU LIXÍVIA Processo dinâmico que consiste em fazer com que o líquido extrator atravesse a droga pulverizada e esgote suas substâncias ativas solúveis. O líquido extrator está em movimento contínuo, possibilitando maior extração. FILTRAÇÃO Obtenção de uma solução límpida, transparente e estável; Utilização de filtros ou por meio do processo de centrifugação (indústria); DEPURAÇÃO Eliminação de lipídeos, albuminas, resinas, clorofilas, mucilagens; LIPÍDEOS Dificultam dissolução do extrato; Solventes com especificidade: éter de petróleo, hexano puro e parafina sólida fundida; Alcaloides: acidificação → para minimizar a dissolução desses compostos; quantidade baixa de lípideos: filtro molhado com água; ALBUMINA Decomposição e liberação de ácido sulfídrico; Difíceis de serem concentradas, devido à facilidade de formar espuma; Coagulação pelo calor (aquecimento de 80-90oC, seguido de decantação e filtração) e coagulação pelo álcool (álcool de graduação elevada, 1-2 hs) MUCILAGENS Fermentável; Pouco solúveis na água fria e coagulam no álcool; CLOROFILA Eliminação necessária pois a cor verde inicial vai oxidando-se e escurecendo; Concentração parcial da solução extrativa, seguida de repouso, em lugar fresco, por 24-48 h; Caulim: adsorve a clorofila; RESINAS Insolúveis na água, e por isso dificultam a dissolução dos extratos; Eliminação: concentração das soluções extrativas e repouso em lugar fresco; EVAPORAÇÃO / CONCENTRAÇÃO Fase delicada; Diretamente ligada à qualidade do extrato obtido; Deve ser: Rápida e temperatura inferior a 50oC; com pressão reduzida: ↓PE dos solventes Cápsulas de porcelana, metal ou vidro • Aquecimento: banho-maria, estufas de ar quente e radiações infravermelhas; PADRONIZAÇÃO Quantificação de marcadores químicos Uso de método analítico validado Métodos colorimétricos, UV e HPLC A Farmacopéia Brasileira classifica-os em: 1. Extratos moles Consistência pastosa; Obtidos a partir dos extratos fluidos (da evaporação parcial do solvente); Etanol, água água e água/etanol; 2. Extratos secos É a preparação sólida Obtido a partir da evaporação do solvente utilizado Apresentam 95% de resíduo seco (no mínimo) Podem ser adicionados materiais inertes adequados 3. Extratos fluidos F.Bras. 6ª edição: É a preparação líquida obtida por extração com líquido apropriado* em que, em geral, uma parte do extrato, em massa ou volume corresponde a uma parte, em massa, da droga vegetal seca utilizada na sua preparação. 1 g/mL de extrato fluido = 1 g da droga vegetal seca uma parte do extrato, em massa ou volume, corresponde a uma parte, em massa, da droga seca. São preparados utilizando álcool etílico, misturas hidroalcoólicas ou água; Quando necessário outras substâncias podem ser adicionadas (p. ex. glicerina ou solução de amônia); Os extratos fluidos podem ser obtidos por PERCOLAÇÃO, MACERAÇÃO ou por dissolução de extratos secos ou moles; PERCOLAÇÃO Velocidade de saída do percolato Lentamente – até 1 mL (20 gotas) de percolato por minuto; Moderada - 1 a 3 mL de percolato por minuto; Rapidamente - 3 a 5 mL de percolato por minuto; PREPARAÇÃO 4 processos gerais de preparação: Fundamentado na composição química da parte vegetal empregada: princípios ativos e veículo adequado para completa extração; Extrato fluido: métodos de preparação 85% da preparação deixa de sofrer a ação do calor, contendo assim quase integralmente os princípios ativos; TINTURA É a preparação alcoólica ou hidroalcoólica resultante da extração de drogas vegetais (secas) ou da diluição dos respectivos extratos. São obtidas por MACERAÇÃO ou PERCOLAÇÃO, utilizando tanto uma parte em massa de droga vegetal e quantidade suficiente do líquido extrator para produzir 10 partes de massa ou volume de tintura (1:10) ou uma parte em massa de droga vegetal e quantidade suficiente de líquido extrator para produzir cinco partes, em massa ou volume (1:5), de tintura. Outras proporções de droga vegetal e líquido extrator poderão ser utilizadas. É classificada em simples ou composta, conforme preparada com uma ou mais drogas vegetais TINTURA DE BACCHARIS TRIMERA – Nome popular Carqueja Caule alado rasurado 10 g Álcool etilico 70% q.s.p 100 mL TINTURA DE Achillea millefolium – Nome popular Mil Folhas e mil em rama Parte aérea 20 g Álcool etilico 45% q.s.p 100 mL TINTURA DE Allium sativum L – Nome popular alho Bulbilho pulverizado 20 g Álcool etilico 70% q.s.p 100 mL ALCOOLATURAS Preparação líquida, obtida pelo processo de MACERAÇÃO a frio, a partir da planta fresca ou de seus órgãos, convenientemente rasurada(os), considerando o teor de água do Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV) utilizado. Em geral, são preparadas de acordo com a seguinte proporção Planta fresca 30 g Álcool etilico 80% (v/v) 100 mL EXTRATOS GLICÓLICOS Não são oficializados por nenhuma farmacopeia São muito utilizados na cosmetologia Solvente: glicóis, glicóis + água, glicóis + álcool Glicol mais utilizado: propilenoglicol Só devem ser utilizados externamente: Dietilenoglicol Etilenoglicol Dois grupos-OH (diol)
Compartilhar