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ENFERMIDADES RENAIS ANATOMIA-FISIOLOGIA RINS - órgãos retroperitoneais, com 10 cm de largura e pesam cerca de 150g cada FUNÇÃO - manter o balanço homeostático em relação aos fluidos, eletrólitos e solutos. a unidade anatômica e funcional do rim é o Néfron. Cada rim possui 1 milhão de néfrons. os néfrons não são idênticos entre si (as variações, dependendo do local, são necessárias para otimização de seu funcionamento). O Néfron pode ser dividido em 2 partes: Glomérulos Sistemas de Túbulos ESTRUTURA RENAL - NÉFRON Glomérulo: consiste num tufo de capilares localizados entre 2 arteríolas (aferente e eferente), conectado por uma membrana - chamada Cápsula de Bowman, onde o ultra-filtrado do plasma é formado. Sistema de Túbulos: são divididos em vários segmentos (de acordo com diferenças anatômicas e funções), constituído por camada única de células, responsável: reabsorção e secreção modificação do ultrafiltrado formação da urina ESTRUTURA RENAL - NÉFRON Componentes dos Sistemas de Túbulos Túbulo Contorcido Proximal Alça de Henle Túbulo Contorcido Distal Ducto Coletor Córtex: camada externa do rim. Contém todos glomérulos, maior parte dos túbulos contorcido proximal e distal Medula: arranjos paralelos das Alças de Henle e ductos coletores. Macroscopicamente - apresenta estruturas chamadas - Pirâmides, cuja extremidades se abrem em Papilas ESTRUTURA RENAL - NÉFRON RIM filtra aproximadamente 1.600L/dia são produzidos 180 L/dia de ultrafiltrado pela filtração glomerular. Após o processo ativo de reabsorção e secreção pelos segmentos tubulares a composição, a [ ] e o volume desse ultrafiltrado é modificado Resultando em média 1.5 L/dia urina excretada ESTRUTURA RENAL - NÉFRON Quando um segmento do NÉFRON é destruído; o restante das estruturas não permanecerá funcionante. Devido funções diferenciadas entre os segmentos tubulares à permeabilidade dos componentes; os túbulos são capacitados a produzir a urina final com as seguintes variações de [ ]s: - volume - pH - osmolalidade ([ ] de solutos na urina, representando os resíduos finais do metabolismo normal) - Na+, K+ e outros FUNÇÕES PRINCIPAIS Funções Renais principais controle do volume sangüíneo circulante controle da Pressão Arterial Produção de Eritropoetina Manutenção da homeostase Ca/P REGULAÇÃO DA HOMEOSTASE HÍDRICA 1. Controle do volume de sangue circulante Sódio (Na+): a > ou < excreção de Na+ será refletido: - no volume de sangue circulante - características da urina - níveis séricos de K+, H2O e bicarbonato ADH - Hormônio Antidiurético - controla a excreção hídrica e gradiente de concentração da urina (mOsm) H2O, indica na osmolalidade leva o organismo a secreção do ADH até que os níveis de mOsm - normal H2O, indica na [ ] mOsm, leva o organismo a a secreção do ADH; retenção hídrica REGULAÇÃO DA HOMEOSTASE HÍDRICA 2. Controle da Pressão Sangüínea Mecanismo RAA volume de sg e PA REGULAÇÃO DA HOMEOSTASE HÍDRICA 3. Produção Eritropoetina substância que ativa a produção de eritróide (glóbulos vermelhos) pela medula óssea 4. Manutenção da Homeostase Ca/P envolve uma complexa regulação com Hormônios (PTH e calcitonina) e vitamina D; rins - função • produzir a forma ativa da vitamina D • regular eliminação de Ca e P PATOLOGIAS RENAIS Baseia-se na destruição ou alterações da estrutura funcional do rim - NÉFRON Principais Enfermidades Doenças Glomerulares (Síndrome Nefrótica e Nefrítica) Defeitos Tubulares Cálculos Renais IRA e IRC - natureza progressiva da doença renal DOENÇAS GLOMERULARES 1. Síndrome Nefrótica grupo heterogêneo de doenças que tem como manifestação mais comum: - perda ou ineficiência da barreira Glomerular (ou permeabilidade à passagem de ptns para o ultrafiltrado) Conseqüências: hipoalbuminemia, edema hipercolesterolemia (aterosclerosce) hipercoagulabilidade anormalidades do metabolismo ósseo 95% dos casos estão associados: 2 doenças sistêmica (DM e LES) 3 renais (Nefropatia membranosa; glomerulosclerose focal e glomerulonefrite membranoproliferativa) DOENÇAS GLOMERULARES 2. Síndrome Nefrítica ou Glomerulonefrite Aguda grupo heterogêneo de doenças que tem como manifestação mais comum: - Inflamação da alça capilar do glomérulo, que danifica a barreira glomerular, deixando-a permeável às hemáceas. causas: infecção bacteriana (estreptocócica) ou LES (Lúpus Eritematoso Sistêmico) início: súbito duração: curto período (auto-limitada) clínicos: hematúria, HA, perda moderada da função tratamento: dieta - normal / restrição de Na+ fármaco - ATB (7 a 14 dias) DOENÇAS DO SISTEMA TUBULAR CAUSA PRINCIPAL: lesão da parede epitelial OUTRAS: próprio funcionamento ( gasto de energia) nos processos de reabsorção e secreção ativa [ ] de drogas tóxicas locais ( destruição ou danos de vários segmentos dos túbulos) [ ] de solutos ou resíduos nitrogenados causando: danos oxidantes às células epiteliais precipitação de resíduos de fosfato de Ca+2 formação de hemáceas falciformes NEFROLITÍASE (CÁLCULO RENAL) ocorre com da concentração de componentes na urina, levando a cristalização Composição: - sais de Cálcio, ácido úrico, cistinina - estruvite (sal triplo de amônio, Mg e fosfato) maifestações clínicas comuns a origem do cálculo e o tratamento se diferem a análise do tipo de cálculo não é tão importante, quanto a causa metabólica de base Recomendação profilática Ingestão de grandes volumes de fluidos VO, para manter urina diluída, evitando cristalização e formação de cálculos minerais NEFROLITÍASE (CÁLCULO RENAL) 1. Cálculos de Fosfato de Ca+2 e de Oxalato de Ca+2 representam a maioria (75%) mais comum - oxalato causas: Hiperparatireoidismo, Hiperuricosúria, Hipercalciúria, Hiperoxalúria tratamento: dieta: restrição protéica, dos alimentos ricos oxalato, e restrição das fontes de Ca+2 (apenas quando a formação dos cálculos for por excesso de absorção, causado pela ingestão de Cálcio) fármaco: alopurinol e piridoxina, diuréticos tiazídicos e alta ingestão de líquidos VO NEFROLITÍASE (CÁLCULO RENAL) 2. Cálculos de Ácido Úrico associados com doenças TGI, Gota principal causa: fatores envolvidos na formação de urina ácida. Alguns fármacos (aspirina e probenecid) podem excreção de ácido úrico e propiciar a formação de cálculos. Tratamento dieta: ingestão de grande volume de líquídos alimentação alcalinizante, restrição de ptns suplementada citrato e bicarbonato objetivo: elevar o pH da urina para 6.0 a 6.5 NEFROLITÍASE (CÁLCULO RENAL) ALIMENTOS DE CARÁTER BÁSICO: frutas, doces (melaço) leite e derivados vegetais (beterraba, acelga, repolho, folhas de mostarda, espinafre e nabo) gorduras: nozes (amêndoas, castanhas e coco) ALIMENTOS DE CARÁTER ÁCIDO: carnes, peixes, ovos e queijos gorduras : bacon pães e cereais (macarrão) vegetais (milho, lentilha) frutas: ameixas INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA Causas: são classificadas em 3 categorais 1. Pré-renal (perfusão renal inadequada - isquemia) 2. Intrínseca (doença dentro do parênquima renal) 3. Pós-renal (obstrução por cálculos ou tumor) Sintomas: oligúria (urina de 24 hs < 500 ml) fluxo urinário normal ocorre em rins saudáveis duração: dias a semanas Conseqüências súbita redução no RFG - Ritmo de Filtração Glomerular alteração na excreção dos resíduos metabólicos INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA o curso clínico e a recuperação dependem das causas Das causas da IRA, a por isquemia é a mais grave 70% óbitos necrose tubular isquêmica aguda considerável paciente altamente catabólico ocorre inicialmente, extensa destruição de tecidos paciente apresenta quadro grave: acidose, uremia hipercalemia requer hemodiálise temporária Recuperação: - fase diurética ( do débito urinário) - fase deretorno à eliminação dos resíduos - reposição adequada no equilíbrio de fluidos e eletrólitos ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL Problemas relacionados com a incapacidade renal de: excretar resíduos manutenção dos balanços fluidos eletrolíticos produção de hormônios controle do volume sangüíneo circulante regulação da pressão sangüínea Progressão da IRC lentamente, alcança o ponto máximo quando o nível dos resíduos circulantes leva a UREMIA ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL UREMIA Síndrome clínica - fraqueza, náusea, vômitos, coceira, cãimbra muscular, paladar metálico, prejuízo neurológico devido da [ ] de resíduos nitrogenados. parâmetros laboratoriais confiáveis indicam: creatinina: 10 a 12mg/dl nitrogênio uréico: >100 mg/dl 1 2 - leve 3 – moderada 4 – severa 5 - IRCT ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL Tratamentos: Período Pré Dialítico (TC) Hemodiálise (HD) Período Dialítico Diálise peritoneal (CAPD) TRATAMENTO CONSERVADOR D.R.C. DIÁLISE T.R.S. HD CAPD/ DPA ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL TRANSPLANTE DOADOR VIVO DOADOR CADÁVER TRATAMENTO DIALÍTICO NA DOENÇA RENAL Diferenças entre os dois tipos de TD: tempo mecanismo perdas ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL Diálise: processo no qual, a composição de um soluto A é alterada por exposição a um produto B, através de uma membrana semipermeável: Diálise Peritoneal Hemodiálise Indicações de diálise: Aguda: Uremia Hipervolemia Hipercalemia Acidose Metabólica Intoxicação exógena Crônica: Todas as anteriores Balanço nitrogenado negativo Dep. Cr- <10ml/min ou 15ml/min TRATAMENTO DIALÍTICO NA DOENÇA RENAL Diálise Peritoneal é utilizada por mais de 100.000 pacientes no mundo (15% da população em diálise). Diálise Peritoneal é baseada na compreensão de como solutos e fluidos são transferidos através da membrana peritoneal. TRATAMENTO DIALÍTICO NA DOENÇA RENAL DIÁLISE PERITONEAL (DP): Tipos de Diálise Peritoneal Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (CAPD) TRATAMENTO DIALÍTICO NA DOENÇA RENAL Diálise Peritoneal Intermitente Diálise Peritoneal Automática (DPA): - Diálise Peritoneal Noturna - Diálise Peritoneal Contínua com Cicladora DPA: CCPD e NPD TRATAMENTO DIALÍTICO NA DOENÇA RENAL TRATAMENTO DIALÍTICO NA DOENÇA RENAL HEMODIÁLISE (HD): Acesso vascular Cateteres temporários Cateteres de longa permanência Fístula AV Fístula AV com Enxerto FAV com Prótese Tipos de Hemodiálise Hemodiálise Intermitente Hemodiálise Diária Hemodiálise estendia Hemofiltração Hemodiafiltração TRATAMENTO DIALÍTICO NA DOENÇA RENAL ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL Objetivo da terapia nutricional no Tratamento Conservador (TC): fornecer o mínimo necessário de proteína fornecer aporte calórico suficiente para manter o BN+ retardar a velocidade da progressão da IR contrabalançar os efeitos advindos das alterações hormonais manutenção dos balanços fluidos eletrolíticos ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL Objetivo da terapia nutricional no Tratamento Dialítico (TD) : fornecer a quantidade adequada de caloria e proteína repor os nutrientes perdidos na diálise contrabalançar os efeitos advindos das alterações hormonais produzir o mínimo de substâncias tóxicas NECESSIDADES NUTRICIONAIS ESTÁGIO FINAL DA DOENÇA RENAL PARÂMETROS LABORATORIAIS Teste sangüíneo Valores de normalidade Sódio Potássio Creatinina Cálcio Fósforo Ácido úrico Albumina BUN* Hematócrito * BUN - Nitrogênio Uréico do Sangue 4 - 22 mg/dl 136 - 145 mEq/L 3,5 - 5,5 mEq/L 8,5 - 10,5 mg/dl 0,7 - 1,5 mg/dl 2,3 - 4,3 mg/dl 4,0 - 8,5 mg/dl 3,5 - 5,0 mg/dl 35 - 45% Proteínas - 3 condutas na IRC restrição ptn isolada restrição ptn acentuada, com suplementação de aaE; restrição ptn acentuada, suplementada com -cetoanálogos retardar o início da diálise no TC TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Restrição protéica isolada ao detectar IRC precocemente (creatinina sérica > 2mg/dl) - recom: 0,6g ptn/kg/dia; uso de ptn de AVB objetivo: - reduzir a Hiperfiltração Glomerular - HG; - reduzir a Hipertensão Glomerular (induzida ptn); - reduzir possíveis lesões estruturais que a HG a longo prazo pode causar TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Problemas com essas dietas: a longo prazo: - dietas monótonas; - pouco toleráveis pelos pacientes - pouca aderência TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Restrição protéica acentuada, suplementada com aas Essenciais ou cetoácidos recomendação: 15 a 20g ptn/dia natureza protéica variada (mistura de AVB/BVB) dieta suplementada com 0,22 0,28g ptn/kg/dia de aa Essenciais (pacientes toleram melhor); aas Essenciais são fornecidos: - forma de comprimidos (pouco toleráveis) - forma de pós-aromatizados (melhor tolerados) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Mistura de aas essenciais deve conter: - relação de AACR/AAA - 2:1 (sendo importante a presença da Tirosina, e maior proporção de valina e menor proporção de leucina) cetoácidos ou cetoanálogos São análogos de aas essenciais sem nitrogênio em sua estrutura e, podem substituir os aas na nutrição do paciente urêmico. Eles são transaminados no organismo por aas NE, produzindo aas E, sem aumentar a carga de N a ser excretada! TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Vantagens do uso de cetoanálogos: “Não haveria a necessidade da dieta ser tão restrita em ptns, como ocorre na suplementação de aas E, por que com os cetoanálogos há uma melhor utilização do N e menor geração de uréia! Desvantagens do uso do cetoanálogos: Intolerância TGI Proteínas ( >50% de PAVB) TC - 0,55 a 0,6g de prot/Kg/dia HD - 1 a 1,2g de prot/Kg/dia (suplementação de 18g de aaE /semanalmente) CAPD -1,2 a 1,3g de prot/Kg/dia até 1,5g (28g de aaE e 63g de prot/semana) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Recomendações Protéica na fase Uremia pacientes com creatinina > 5 - 6mg/dl a manipulação da dieta em relação a evitar a progressão da Nefropatia não faz diferença; a orientação da dieta na Uremia é satisfazer os requerimentos nutricionais mínimos diários (limites de tolerância impostos pela redução da função renal) evitar DPC na IRC TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Recomendações Protéica na fase Uremia sintomas clínicos detectados grau de restrição ptn depende da RFG residual ingestão mínima recomendada: 0,55 a 0,60g ptn/kg/dia (satisfazendo as necessidades calorias e mínimo 50% ptn sejam AVB) ingestão ptn < 0,55g ptn/kg/dia acarretam BN(-) ou restrição severa (20 a 30g ptn/dia) + suplementação com aas E (0,22 a 0,28g/kg/dia) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações quando a RFG for < a 4 - 5ml/min, a restrição ptn não mantém os pctes livres de sintomas urêmicos; e fornecer menores quantidades de ptns (18 a 25g/dia) levam à DPC. A diálise está indicada. Nesta fase: dieta rica em ptns de AVB (carnes, peixes, ovos e leites e derivados) - aas E se o BN continuar (-), haverá perda de ptns musculares, e redução das ptns plasmáticas (albumina, Ac e transferrina) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Importante na fase Urêmica é: Controle bioquímicos: relação NUS/creatinina sérica NUS: Nitrogênio Uréico Sérico é determinado por 2 fatores: ritmo do catabolismo protéico (igual à ingestão de ptns) clearance renal de creatinina depende do RFG, da produção de creatinina pelo músculo A relação NUS/creatinina sérica permite a avaliação da ingestão ptn a qq’ nível de função renal residual. TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Existe uma fórmula para avaliar a ingestão ptn recente, se o pcte não alterar a uréia plasmática, através: - NUU (Nitrogênio Uréico Urinário) g/dia 7 x NUU (g/dia) + 11 Calorias (manutenção da composição corporal levandoem consideração a AF) > 35Kcal/Kg/dia necessidade energética estimada em 1,5 x TMB (que é igual a 65 a 75% do RDA) * CAPD: 35Kcal/Kg/dia – Kcal retida = Kcal da dieta 510 a 710 Kcal/dia solução dialítica TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Lipídios < 30 % do VET (10 a 15% M, até 10 % de P e < 10% S) até 40% do VET (<10% S) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações continuação - Lipídios < 300 mg/dia de colesterol * ômega - 3 (2 a 3 porções de peixes marinhos/semana) * carnitina (fonte: carnes e produtos lácteos) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Carboidratos 55 a 70% do VET * CAPD Kcal total HC – Kcal absorvida (solução) = Kcal HC dieta TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações continuação - Carboidrato EX. cálculo de HC (CAPD) peso ideal = 65 Kg nec. calóricas = 65x35 = 2275Kcal /dia nec. protéicas = 65x1,2 = 78gx4 = 312Kcal nec. lipídios = 30% x 2275 = 683 Kcal 2275 – 312 – 683 = 1305 Kcal/dia de HC TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações continuação - Carboidrato 1305 Kcal/dia de HC - Kcal retida = Kcal da dieta 1305 - 476 = 829 Kcal/dia HC dieta (36%) 4 trocas (2L de glicose monohidratada a 2,5%) 8000 ml x 2,5% = 200g x 3,4 = 680 Kcal/dia calorias retidas pelo organismo 70% x 680 Kcal/dia = 476 Kcal/dia TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações continuação - Carboidratos Carboidrato complexo: - < índice glicêmico - > quantidade de P, K e PBVB - > saciedade Carboidrato simples: - mais facilmente consumido - < quantidade de P, K e PBVB - > índice glicêmico TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Teor energético-protéico de algumas fontes de carboidratos complexos Polvilho 340 0 Amido de milho 362 0,3 Farinha de araruta 344 1,4 Farinha de mandioca 354 1,7 Farinha de milho 368 7,8 Fubá de milho 354 9,6 Farinha de rosca 412 11,4 Farinha de trigo 365 12 Alimento Calorias Kcal/100g Proteína g/100g Comparação do teor de PBVB de alguns equivalentes calóricos Pão francês c/ marg 50g +10g 217 4,63 Sequilho 2,5unidades 234 0,75 Arroz 8 col. sopa 174 3,2 Macarrão 11 col.sopa 183 5,6 Farofa 3 col.sopa 173 0,36 Doce 2 col.sopa 171 0,31 Alimento Porção Caloria (Kcal) Proteína (g) Fibras 20 a 25g/dia (obstipação intestinal) Causas: sedentarismo uso de quelantes de fósforo uso de suplementos de ferro de alimentos ricos em K e P Teor de fibra da dieta nos 3 ttos (65 Kg) : 6 a 9 g/dia TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Teor de fibra/proteína/K e P por porção de alimentos Pão francês 50g 0,10 4,55 45 42,5 Pão de trigo integral 02 2,00 4,50 170 126 fatias Arroz polido coz. 100g 0,10 2,00 28 28 Arroz integral coz. 100g 0,30 2,50 70 73 Farelo de aveia instant. 2 col. 0,26 2,40 67 73 sopa (22g) Alimento Porção Fibra (g) Proteína (g) K (mg) P (mg) Continuação - Fibras Alternativas: - mel de abelha 2 col.sopa (52g): 3,2 mg P ; 26mg K e 158 Kcal - suplementos de fibras naturais (farelo de trigo) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Restrição de Fósforo (P) Níveis de P: de 3,5 até 5,5mg/dl Sintomas da Hiperfosfatemia: Coceiras; Dores e fraqueza nos ossos e Endurecimento do coração, pulmão e vasos sanguíneos, sintomas que aparecerão à longo prazo. TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Alimentos fontes de P: Carne em geral; ovos, Leite e derivados Grãos, Embutidos, Enlatados, Industrializados Refrigerante à base de cola, Cerveja Fósforo e Cálcio proteína fósforo leite fósforo Ex: leite - 28,4mg de P/ g de proteína carne - 5mg de P/ g de proteína *bebida (cola) – 17 mg/100ml *cerveja– 30mg/100ml TC = 5 a 10mg/Kg/dia P e 1400 a 1600mg Ca TD = 8 a 17mg/Kg/dia P e 1400 a 1600mg Ca TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Fósforo e Cálcio com a progressão da IRC ocorrerá uma retenção de fósforo na circulação, havendo necessidade de se controlar a ingestão de fósforo/dia; utiliza-se freqüentemente agentes quelantes de fósforo uso habitual de carbonato ou acetato de Ca+2 como agentes quelantes TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Teor de P e Ca da dieta planejada para um indivíduo com peso ideal de 65 Kg, nos três diferentes tratamentos P (mg) Ca (mg) 637 625 846 673 870 627 TC - 325 a 650 TD- 520 a 1105 1400 a 1600 Nutrientes TC HD CAPD Recomendação Teor de fibra, fósforo e cálcio na dieta planejada para indivíduo com peso ideal de 65 Kg, nos diferentes tratamentos Sódio RDA - 0,5g/dia de Na Brasil: 7 a 13 g de NaCl/dia 2,8 a 5g de NaCl/dia No TC: 1 a 3g de NaCl/dia Na HD: 0,75 a 1g de NaCl/dia Na CAPD: s/ restrição (obesidade e TG) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações continuação - Sódio Recomendação depende: retenção hídrica (restrição) pressão arterial (HA) aceitação da dieta obesidade e hipertrigliceridemia (CAPD) Excessos na ingestão de Na+: edema, HA e ICC Insuficiência na ingestão de Na+: agravamento da uremia TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Sempre que RFG < 4 - 10ml/min: restrição de água e Na+ é necessária (quando o balanço de Na+ está controlado, o balanço de água é controlado pela sede); quando RFG < 5ml/min: a ingestão de água deve ser controlada, independente da sede - risco de superidratação, neste caso a diurese é bom guia para manutenção do B Na+ TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Teor de sódio de alguns alimentos Salsicha 1 un. (29g) 319 Lingüiça 1 un. (40g) 816 Azeitona 3 unidades 303 Queijo parmesão 1col. sopa (10g) 169 Catchup 1 col. sopa (12g) 125 Caldo de carne cubos 1 tablete (11g) 1868 Mortadela 1 fatia média (12g) 150 Bebida isotônica 1 copo (200 ml) 90 Alimento Porção Teor de Na (mg) Líquidos Dieta - 10ml/Kg + vol.urinário de 24 horas ou ingestão líquidos diária = diurese + 500 ml para perdas insensíveis TC - 1500 a 3000ml/dia HD - 750 a 1500ml/dia CAPD - sem restrição TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Potássio – recomendação 40 a 70 mEq/dia = 1560 a 2730 mg/dia Níveis de K sérica = de 3,5 até 5,5mg/dl Hipercalemia não é problema em pctes com IRC, a não ser que ocorra anúria e oligúria. pacientes de diurese de pelo menos 1.000 ml/dia, raramente terão hipercalemia. Hipercalemia quando ocorre: é resultado de acidose severa, ingestão excessiva de K, hipoaldosteronismo ou aumento catabolismo. TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações mg de K/ porção de fruta 10 unidades de acerola (120 g) = 135 2 rodelas finas de abacaxi (140 g) =158 1 maça média (150 g) = 172 1 fatia fina de melancia (150 g) = 174 1 pera média (140 g) = 175 1 banana média (60 g) = 237 1 fatia média de mamão (100 g) = 257 1 laranja média (150 g) = 271 1 porção de graviola (100 g) = 403 1 fatia média de melão (170 g) = 525 * Cocção mg de K / 200 ml de bebida cola - 3 guaranás - 4 a 6 soda - 11 refrigerante laranja - 38 a 40 café solúvel - 200 água mineral - 4 água tônica - 5,3 bebida isotônica - 20 água de coco - 320 vinho - 136 a 321 Teor de Na, K e líquidos da dieta planejada para um indivíduo com peso ideal de 65 Kg, nos diferentes tratamentos Na (mg) K (mg) Líquidos (ml) 586 2014 1096 932 2308 1281 636 2637 1427* TC- 1 a 3g HD- 0,75 a 1g CAPD- s/ rest. 1560 a 2730 TC e HD 650 + V.U. CAPD- s/rest. Nutrientes TC HD CAPD Recomendação Dieta Elementos Traço Ferro = 10 a 18mg/dia Causas da anemia: TC - restrição protéica TD - perdas de sangue durante a hemodiálise da produção da eritropoietina Teor de Fe da dieta nos 3 Tratamentos (65 Kg): TC – 8,8mg; HD – 13,7mg CAPD - 13,8mg TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Vitaminas Hidrossolúveis Causas da deficiência: alteração do metabolismo de algumas vitaminas restrição protéica no TC restrição de alimentos com elevado teor de K e P perdas na diálise Suplementação além da dieta TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Vitaminas Lipossolúveis Vitamina D: D2 - dieta D3 - sol 1,25 - hidrox. absorção do Ca doenças ósseas Suplementação: 0,25 a 0,50 g/dia fígado 25 – hidrox. 1,25 hidrox. rim TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações Desjejum leite açúcar pão margarina Complementar da manhã abacaxi doce s/ leite Almoço arroz feijão carne cenoura escarola farofa melancia Alimentos Porção Medida caseira TC HD CAPD 150 ml 10 g 50 g 5 g 70 g 40 g 20 g 18 g 30 g 13 g 15 g 16 g 150g copo americano colher de sobremesa unidade colher de chá fatia fina colher de sopa colher de sopa colher de sopa colher de sopa colher de sopa folhas médias colher de sopa unidade pequena 1 1 1/2 1/2 2 2 2 4 - 1 5 3 3 1 1 1 1/2 1 2 2 2 8 - 2 1/2 5 3 3 1 1 - 1/2 1 4* - 3 2 3 5 3 - 1* Dia alimentar nos diferentes tratamentos Complementar da Tarde pera doce s/ leite Jantar arroz feijão carne brócolos alface maça doce s/ leite Complementar da noite leite açúcar pão margarina óleo vegetal Alimentos Porção Medida caseira TC HD CAPD 140 g 40 g 20 g 18 g 30 g 10 g 15 g 150 g 40 g 150 ml 10 g 50 g 5 g 5 g unidade média colher de sopa colher de sopa colher de sopa colher de sopa flor pequena folha grande unidade média colher de sopa copo americano colher de sobremesa unidade colher de chá colher de sobremesa 1 2 4 - 1 5 2 1 2 1 1 1/2 1/2 2 4 1 2 8 - 2 1/2 5 2 1 2 1 1 1/2 1 2 4 2* - 3 2 03 5 2 1* - 1 - 1/2 1 9 Dia alimentar nos diferentes tratamentos Teor de elementos traços nos diferentes tratamentos Nutriente TC HD CAPD Recomendações Fibra (g) 6,7 6,9 9,1 20 a 25 Fósforo (mg) 637 846 870 TC – 325 a 650 TD – 520 a 1105 Ca (mg) 625 673 627 1400 a 1600 Nutriente TC HD CAPD Recomendações Fibra (g) 6,7 6,9 9,1 20 a 25 Fósforo (mg) 637 846 870 TC – 325 a 650 TD – 520 a 1105 Ca (mg) 625 673 627 1400 a 1600 cont. - Líquidos Teor de água de alguns alimentos: purê de batata - 76% sorvete - 60% arroz cozido - 72% melancia - 91% pão francês - 30% gelo - 100% Monitoramento: peso edema ganho de peso interdialítico (< 3% ) TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações TERAPIA NUTRICIONAL NA IRC Recomendações cont. - Líquidos Teor de água de alguns alimentos: purê de batata - 76% sorvete - 60% arroz cozido - 72% melancia - 91% pão francês - 30% gelo - 100% Monitoramento: peso edema ganho de peso interdialítico (< 3% ) Elementos traço TC HD CAPD Recomendações Fe (mg) 8,8 13,7 13,8 10 a 18 Mg (mg) 151,7 172 209,3 TC-200 TD- 200 a 250 Zn (mg) Se (mg) 8,52 53,3 14,3 106,7 18,8 40 15 0,07 Elementos traço TC HD CAPD Recomendações Fe (mg) 8,8 13,7 13,8 10 a 18 Mg (mg) 151,7 172 209,3 TC-200 TD- 200 a 250 Zn (mg) Se (mg) 8,52 53,3 14,3 106,7 18,8 40 15 0,07
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