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Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 1 Histologia Mama A mama humana contém seis a dez sistemas de ductos principais. O epitélio escamoso queratinizado da pele de revestimento mergulha nos orifícios do mamilo e, então, abruptamente modifica-se para uma dupla camada de epitélio cuboidal, revestindo os ductos. Uma sucessiva ramificação dos ductos maiores, finalmente, leva à formação da unidade ductal lobular terminal. Em mulheres adultas, o ducto terminal se ramifica em um conglomerado de pequenos ácinos, em forma de cacho de uva, para formar o lóbulo. Mama habitual Lóbulos e ductos estão situados no estroma interlobular Na mulher jovem, o estroma interlobular é composto predominantemente por tecido fibroso denso, com alguns adipócitos, daí a consistência da mama ser firme. Após a menopausa predomina o tecido adiposo. Lóbulos Mamários São as unidades secretoras da mama São estruturas de contorno mais ou menos circular, circundados por estroma interlobular (tecido fibroso denso). **Cada lóbulo é constituído por ácinos situados no estroma intralobular. Parênquima do tecido mamário: São os tecidos glandulares ou glândulas mamárias responsáveis pela produção do leite Ácinos Cada Ácino é composto por dois tipos de célula: uma camada interna de células epiteliais e uma camada externa de células mioepiteliais, que se destacam pelo citoplasma mais claro. **Células mioepiteliais A função dessas células é contrair-se, promovendo a extrusão do leite secretado. **Ou seja, Auxiliam na ejeção do leite durante a lactação e fornecem suporte estrutural aos lóbulos Células epiteliais luminais: Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 2 Histologia Revestem as células mioepiteliais. Epitélio colunar secretor **São capazes de produzir leite **Expressam ceratinas (especialmente 7, 8 e 18), α- lactoalbumina e outras proteínas relacionadas cm o leite e receptores para estrogênio Lâmina Basal dos lóbulos mamários As duas camadas de células estão apoiadas em uma membrana basal rica em: laminina e colágeno do tipo IV Estroma mamário Estroma interlobular Consiste de denso Tecido Conjuntivo fibroso, misturado com adiposo. Ao redor dos grandes ductos, o tecido conjuntivo é mais celular e possui grande quantidade de fibras elásticas **Nessa região, existem também vasos linfáticos periductais Estroma intralobular Envolve o ácino dos lóbulos e consiste de células similares aos fibroblastos, com resposta mamária hormonal específica. Este estroma responde às variações hormonais do ciclo menstrual normal, sendo mais edemaciado e com mais linfócitos na segunda metade do ciclo (influência combinada de estrógenos e progesterona). Fora da gravidez, como neste caso, os ácinos estão quiescentes É especializado e ricamente celular Possui abundante rede de: Fibras reticulares Fibras finas colágenas Numerosos capilares Tem aspecto frouxo, desprovido de fibras elásticas e pode conter número variável de linfócitos, plasmócitos e mastócitos Ductos Mamários Drena os lóbulos Tem contorno irregular ou estrelado e também são constituídos por dupla população, de células de revestimento (interna) e mioepiteliais (externas). Essas células não formam uma camada contínua e se destacam pelo citoplasma claro, frequentemente vacuolado Influência Hormonal Fase folicular: AusÊncia mitogênica na população epitelial Fase Lútea: Intensa atividade Mitogênica Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 3 Histologia Aumento da quantidade de Unidades Lobulares do ducto terminal Vacuolização das células mioepiteliais Edema de estroma intralobular Fase menstrual: Morte apoptótica e retorno a composição histológica da fase folicular / infiltrado linfocitico OBS: Na gestação tem-se o aumento do número de ductos terminais e na Lactação tem-se a vacuolização das células mioepiteliais com distensão luminar e notável secreção **Pós-menopausa: Atrofia dos ductos terminais. Permanência dos ductos grandes e intermediários. Dilatação cística dos ductos residuais, perda do TC interlobular denso e aumento do tecido adiposo Mamilo e Aréola Revestido por Epitélio estratificado pavimentoso que se estende até parte do ducto coletor TC denso Fibras musculares Numerosas glândulas sebáceas, que se abrem independentemente dos folículos pilosos Aréola é um anel de pele centrado pelo mamilo que contém glândulas sebáceas modificadas que se abrem na superfície em pequenas elevações chamadas de Tubérculos de Montgomery Doenças Fibrocísticas Não Proliferativas Existem três principais alterações morfológicas: 1. Alteração Cística, muitas vezes com Metaplasia Aprócrina 2. Fibrose: Aumento do estroma conjuntivo denso estra e intralobular. É considerado evento secundário a ruptura de cistos e liberação da secreção adjacente. Estimula inflamação crônica e neoformação conjuntiva 3. Adenose: Aumento do número de Ácinos (Robbins coloca adenose em não proliferativa e a prof colocou apenas no proliferativa) **Cistos: São recobertos por um epitélio atrófico plano com células em metaplasia apócrina Normal Adenose Carolina Lucchesi | Medicina UNIT 4 Histologia **Metaplasia Apócrina: Células maiores e granulosas; núcleo volumoso e proeminente; aumento da eosinofilia (acidófilas) Incidência Acomete 75% das mulheres Final da 3º década de vida Etiopatogenia Desequilíbrio na resposta a estimulação hormonal cíclica e involução senil Doença Fibrocística Proliferativa Adenose: Aumento do numero de ácinos Hiperplasia Epitelial Ductal e Lobular: proliferação do epitélio de revestimento para o interior de ductos Alterações histomorfológicas microscópicas: Graus menores de hiperplasia Hiperplasia exuberante, mas citologicamente benigna Hiperplasia com atipia citológica inconclusiva **Adenose esclerosante: A lesão pode ser confundida com carcinoma por provocar: retração do parênquima; por estar associada a microcalcificações suspeitas; pela distorção arquitetural **Mazoplasia: Hiperplasia só do estroma do lóbulo. Frequentemente empregada como fibrose intralobular, mas as vezes é usado como sinônimo da doença fibrocística como todo Adenose Esclerosante
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