Buscar

Trauma na gestante- PHTLS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PHTLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
TRAUMA NA GESTANTE 
Alterações fisiológicas na gestação 
 Aumento da atividade mineralocorticoide – 
produção de aldosterona. 
o Hipervolemia: Pelo aumento da absorção de 
líquidos. (lesão tecidual e sangramento) 
o Hemodiluição. (lesão tecidual e sangramento) 
o Turgência dos vasos. (lesão tecidual e 
sangramento) 
o Edema de via aérea. (lesão tecidual e sangramento) 
 Ganho de peso: 17% - 11kg. 
 Alterações da função pulmonar: 
o Volume residual (VR) 200ml. 
o Volume de reserva expiratório (VRE) 100ml. 
o Capacidade residual funcional (CRF) 300 ml. (CRF= 
VR+VRE) 
 
 
o Volume-corrente . 
o Frequência respiratória 
o Consumo de O2 . 
o Reservas de O2 . 
o Aumento da ventilação 
alveolar – alcalose respiratória. 
o Progesterona – relaxamento mm liso brônquico: 
broncodilatação, diminuindo a resistência ao fluxo 
laminar de ar que está passando nas VA. 
 Alterações Cardiovasculares: 
o Débito cardíaco. 
 FC (15%). 
 VS (30%). 
 Eixo elétrico desviado à esquerda: Diafragma 
empurrando o coração. 
 Onda T invertida em D3 e Avf. 
o Pressão arterial. 
 5 a 15mmhg – placenta. 
 Hipotensão supina (após 28ª semana). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PHTLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 
 Rins: 
o Aumento do fluxo plasmático. 
o Taxa de filtração glomerular. 
o Creatinina sérica e ureia sanguínea . 
o Limiar tubular renal diminuído para glicose e 
aminoácidos (glicosúria e proteinúria). 
 Sistema gastrointestinal: 
o Refluxo gastroesofágico e esofagite (comuns). 
o Progesterona - motilidade gástrica e tônus EIE 
(esfíncter inferior do esôfago). 
o Gastrina – hipersecreção. 
o >60% - volume gástrico superior 25ml e PH<2,5. 
 
 
 
 
 
 
 Fígado: 
o Função hepática e fluxo sanguíneo: normais. 
o Fosfatase alcalina (placenta). 
o Pseudocolinesterase (25 a 30%). 
o Colecistocinina – progesterona (cálculos de 
colesterol). 
 Hematologia: 
o Volume plasmático > células vermelhas. 
o Volume sanguíneo: 1000 a 1500ml. 
o Próximo ao parto – VST (90ml/kg). 
o Estado hipercoagulável: 
 Fibrinogênio. 
 Fator: VII, VIII e X. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PHTLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Útero: 
o Fluxo sanguíneo uterino – 10 % DC: 600 a 
600 ml/h. 80% desse débito cardíaco é 
direcionado para suprir a placenta e 20% 
para o miométrio. 
o Dilatação máxima da vasculatura – auto-
regulação ausente: O fluxo da artéria 
uterina é dependente da pressão e do 
débito cardíaco materno: 
 Fluxo sanguíneo útero placentário = PA uterina 
– pressão venosa uterina /resistência vascular 
uterina. 
 Atenção: O fluxo sanguíneo útero-placentário 
é inversamente proporcional a resistência 
vascular uterina. 
o PaCo2 < 20 mmhg – reduz fluxo uterino: 
Alcalose respiratória que vai ser 
compensada com o aumento da eliminação 
renal de bicarbonato, também diminuição 
do sistema tampão. 
 Gasometria Arterial: Ph normal. 
 Atenção para a hiperventilação que vai cair 
ainda mais a PaCo2, caso aconteça vai haver 
uma vasoconstricção das artérias uterinas, 
aumentando a resistência vascular uterina que 
é inversamente proporcional ao fluxo 
sanguíneo uterino = diminuição do oxigênio 
fetal – hipóxia – acidose fetal. 
 Saturação <94% = cateter nasal oxigênio 
5l/min. 
 Trauma: máscara facial com bolsa-reservatório 
12-15l/min. 
o Reduz o fluxo sanguíneo uterino. 
1. Hipotensão – Compressão aortocava, 
choque: diminuí a pré-carga = diminui 
DC = diminui oferta de oxigênio e 
nutrientes para tecidos periféricos = 
ativação simpática, hipotensão = 
desmaio. Deslocar o útero da gestante 
para esquerda com intuito de livrar a 
compressão da veia cava, melhorando 
imediatamente a pré-carga, DC, aporte 
de oxigênio e nutrientes para SNC = 
acorda. 
2. Vasoconstricção (efedrina – beta- 
adrenérgica): A sua utilização pode 
aumentar a resistência vascular 
uterina que diminui o fluxo sanguíneo 
uterino. 
3. Contração uterina – distúrbios 
hipertensivos, ocitocina: Sempre que 
há contração uterina vai haver redução 
do fluxo sanguíneo uteroplacentário, 
devido ao aumento da resistência 
vascular uteroplacentária. 
 Localização útero: 
o Intrapélvica - 12ª semanas de gestação: 
Extremamente protegido pela pelve. A 
partir da 12ª semana vai para a cavidade 
abdominal, podendo sofrer traumas direto, 
penetrantes ou fechados. 
o Cicatriz umbilical - 20ª semanas de 
gestação. 
o Rebordo costal – 34 a 36ª semanas de 
gestação. 
o Placenta – elasticidade diminuída 
(interface útero-placentário): Útero é um 
órgão muscular, a placenta não. Essa 
interface é muito delicada, um aumento 
grande da contratilidade uterina – 
descolamento de placenta. 
 Descolamento > 25% - Grave. 
Mecanismos de trauma 
 Maior exposição a traumatismos: Problemas 
de equilíbrio, andar, problemas emocionais. 
PHTLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
 Principal causa de morte não obstétrica (22%0 
e fetal (14 a 40%). 
 Risco maior no final da gestação (>50%). 
 17% vítima de agressão por outra pessoa: 
o 60% violência doméstica. 
TRAUMA FECHADO 
 Proteção feto – parede abdominal, miométrio e 
líquido amniótico. 
 Impacto por objeto rígido – traumatismo direto 
do feto. 
 Traumatismo indireto: 
o Compressão súbita: pauladas, chutes. 
o Desaceleração brusca. 
o Cisalhamento: Utilização do cinto. 
 Deve utilizar o cinto de segurança de 3 pontas: 
o Superfície que dissipa a desaceleração. 
o Evita a flexão anterior da mãe sobre o útero. 
 Local de ruptura não coincide com o local de 
impacto. 
o Víscera oca – força se transmite através de seu 
conteúdo. 
o Fundo do útero (maior frequência) – implantado a 
placenta. 
o Face posterior do útero – compressão direta contra 
o promontório (difícil visualização). 
TRAUMA PENETRANTE 
 Útero gravídico – proteção para as vísceras 
maternas. 
o Por sua densidade 
o Líquido amniótico e feto 
 Prognóstico materno favorável. 
 Prognóstico fetal sombrio. 
 Gravidade das lesões: 
o Materna – Prognóstico tanto materno quanto fetal: 
ABCDE para a mãe, depois para o feto e se a mãe 
não for potencialmente crítica faz o secundário. 
o Atendimento guiado pela gravidade materna. 
o Transportadas para serviço de emergência: Levar 
para hospital apropriado, pois o cirurgião de 
trauma sabe fazer uma cesariana. 
o Exame primário da mãe – exame primário do feto – 
exame secundário da mãe. 
EXAME PRIMÁRIO E REANIMAÇÃO 
Materna 
 Prioridades são as mesmas. 
 Assegurar VA pérvia, ventilação adequada e 
restaurar o volume circulatório. 
 >20 semanas de gestação: 
o Sem trauma de coluna – DLE. 
o Trauma de coluna – Imobilização padrão + 
deslocamento uterino à esquerda: para 
livrar a cava. 
o Inclinar a prancha: colocar coxim do lado 
esquerdo. 
o Pode perder 25% a 30% da volemia sem 
sinais de choque: 
 Feto hipoperfundido. 
o Reanimação vigorosa com solução de 
cristaloides e sangue: 
 Manter a hipervolemia fisiológica da 
gestação. 
o Drogas vasopressoras – contraindicadas: 
Devido à vasoconstricção uterina, 
aumentando a resistência vascular 
 
 
PHTLS 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
uterina, diminui o fluxo sanguíneo 
uteroplacentário, diminui a perfusão 
placentária para o feto – hipóxia fetal = 
acidose fetal. 
Fetal 
 Exame abdominal bem conduzido (viabilidade 
fetal). 
 RUPTURA UTERINA (SINAIS): 
o Dor abdominal, defesa (à palpação), rigidez ou 
descompressão brusca positiva. 
o Posição do feto (oblíqua, transversa): Não consegue 
palpar o fundo do útero, mas consegue saber a 
posição. 
o Palpação de partes inteiras do feto. 
o Impossibilidade de palpação do fundo uterino. 
 DESLOCAMENTO DA PLACENTA (SINAIS): 
o Sangramento vaginal. 
o Dor à palpaçãouterina. 
o Contrações frequentes. 
o Tetania uterina: Contração persistente e vigorosa 
sem parar. 
o Irritabilidade do útero (contrai quando tocado). 
 Ambos os casos: 
o Cólicas. 
o Sinais de hipovolemia. 
 Cesariana “Post mortem: 
o Poucas evidências a favor: hipovolemia – feto em 
sofrimento prévio. 
o Outras causas – pode ser bem-sucedido. 
Violência doméstica 
 Causa significativa de trauma em mulheres. 
 Morte e invalidez. 
 Suspeitar de violência: 
1. Lesões desproporcionais à história referida. 
2. Redução da autoestima, depressão, suicídio. 
3. Ocorrências frequentes: Prestar atenção a pedidos 
de socorro indiretos. 
4. Sintomas sugestivo de uso de drogas. 
5. Parceiro insiste em estar perto na avaliação, exame 
e monopoliza a discussão.

Outros materiais