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UROLOGIA – TRAUMA GENITURINÁRIO BLOCO II – P7 PABLO FERLON – MED 7 TRAUMA GENITURINÁRIO Traumas Contusos, exemplo acidente de trânsito, lesões de rins, ureter, bexigas. Traumas Penetrantes, a ação por um agente que penetra, projetil de arma de foco, faca entre outros. Topografia e direção da lesão para suspeita das lesões, ou seja saber por onde a lesão foi, saber qual foi possível órgão que atingiu. Trauma Renal; Trauma Vesical; Trauma Ureteral; Trauma Uretral; Trauma Genital; Principal causa de morte em jovens é o traumatismo externo. (Acidente de transito, violência urbana, drogas). Terceira principal causa de morte na população brasileira em geral. Aproximadamente 10% dos indivíduos vítimas de trauma terão lesão no trato geniturinária, devido está retroperitoniais. Principal órgão é o rim, seguido da bexiga, uretra e ureter. Trauma Renal O rim é o terceiro órgão mais lesado no trauma abdominal, superado pelos traumas esplênicos e hepáticos. 80 a 95% das lesões traumáticas dos rins são causados por trauma abdominal fechado. 90% são lesões menores, como contusões renais ou lacerações de parênquima menores que 1 cm. SINTOMA MAIS FREQUNTE DE TRAUMA RENAL É A HEMATÚRIA! 25 a 50% dos pacientes com lesão de pedículo renal ou de junção pieloureteral passam a não apresentar hematúria. Crianças podem apresentar trauma renal significativo mesmo com hematúria microscópica. DIAGNÓSTICO USG; TOMO COM CONTRASTE; RNM; ESTÁGIOS DO TRAUMA RENAL Grau I: Contusão ou hematoma subcapsular não expansivo. Sem laceração parenquimatosa. Comentário do professor: Apenas uma contusão, um hematoma subcapsular não expansivo sem laceração do parênquima. Grau II: Hematoma perirenal não expansivo. Laceração do córtex renal com extensão inferior a 1 cm. Sem extravasamento urinário. Comentário do professor: Hematoma Peri-renal não tão expressivo, mas tem uma lesão do córtex renal e essa extensão <1 cm no parênquima renal e essa lesão não causa extravasamento urinário. Grau III: Laceração parenquimatosa >1cm (estende-se até a medula renal). Sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento urinário. Comentário do professor: A uma lesão parenquimatosa >1 cm estendendo-se até a medula renal, porém não tem o comprometimento do sistema coletor, também não tem extravasamento urinário. Grau IV: Laceração parenquimatosa >1cm atingindo córtex, medula e sistema coletor. Lesão da artéria ou das veias renais segmentares com hemorragia contida. Comentário do professor: Tem o comprometimento do sistema coletor, como também as vezes podem ser encontrados também lesão das artérias e veias renais, segmentares com hemorragias contados por um hematoma. Grau V: Várias lacerações de grau 4 ou rim completamente fragmentado e/ou avulsão do pedículo com desvascularização renal. Comentário do professor: Várias lesões, podendo ter lesão do sistema coletor ou só lesão no pedículo, levando a uma perda da vascularização renal, ocorrendo uma desvascularização. TRATAMENTO O tratamento do trauma renal tem se tornado progressivamente mais conservador, ou seja expectante. UROLOGIA – TRAUMA GENITURINÁRIO BLOCO II – P7 PABLO FERLON – MED 7 TRAUMA URETERAL O ureter é um órgão retro peritoneal, é todo protegido pelo arcabouço das estruturas anteriores do abdome, por sua anatomia ser tubular e estreito, as lesões ureterais não são tão comuns, tantos nos traumas perfurantes como nos contusos. Frequentemente ocorre no intraoperatório, mais como lesões iatrogênicas cerca de (80%) do que com lesões externas (20%). Comentário do professor: A maioria dos traumas ureterais são por cirurgias. Lesões ureterais iatrogênicas: Histerectomia. (54%); Cirurgia Colorretal (14%); Cirurgia Pélvica de ovário e de bexiga (8%); Cirurgia vasculares abdominais (6%); Uteroscopias (2%) APRESENTAÇÃO CLÍNICA Pouca clínica; Anúria nos pós-operatório imediato (iatrogenia); (Bi lateral) o Quando a obstrução ocorre em apenas um dos lados vai ocorrer dor na região lombar e no flanco ipsilateral e, em alguns casos, íleo paralitico, náuseas, vômitos e febre. Fístula urinária que se exterioriza pela cicatriz cirúrgica ou pela vagina. DIAGNÓSTICO Observar que cirurgia foi feita. Pielografia ascendente. TC. TRATAMENTO Depende de como foi feita a lesão, iatrogênicas ou lesões por arma de fogo ou lesões penetrantes, como também contusa. Analisar a topografia e sua extensão Lesões puntiformes, angulações ureterais e até transecções parciais do ureter podem ser conduzidas apenas com cateter ureteral por tempo prolongado (duplo J). Lesão no terço superior, anastomose término – terminal espatulada (T-T) do segmento lesado. Terço Médio: ureteral-anastomose T-T / Transuretero- uretero, anastomose / Segmento de intestino delgado. Terço inferior: Reimplante Ureteral. Autotransplante renal com translocação do rim à área pélvica. TRAUMATISMO VESICAL Lesões óssea da pelve, por exemplo fratura do livro aberto estão mais ligados a trauma na bexiga. Lesão traumática da bexiga ocorre em 1,6% dos traumas abdominais fechados e é associada a fratura de pelve em 80 a 95% dos casos. A Ruptura de bexiga pode ser classificada: Extraperitonial (55%) – causada por lesão direta de espículas ósseas do anel pélvico fratura. Intraperitoniais (38%) – por compressão da cúpula vesical, distendida pela urina, contra as paredes abdominal e pélvica. (mais complicada devido ao extravasamento de urina para a cavidade intra-abdominal.) Mistas (5 a 8%) Comentário do professor: É importante o aluno entender pois a conduta muda pra cada lesão. APRESENTAÇÃO CLÍNICA Os principais sinais que sugerem lesão de bexiga são fraturas de bacias associadas à hematúria macroscópica. Obs.: Lesão de bexiga com hematúria MICROSCÓPICA, a incidência é somente 0 a 1%. Dor suprapúbica, incapacidade de urinar, formação de coágulos intravesicais, baixo volume urinário, grandes traumas perineais, liquido livro intraperitoneal, distensão abdominal, íleo paralitico e aumento de ureia e creatinina sérica. DIAGNÓSTICO Vítimas de trauma com fratura de bacia e hematúria macroscópica tem indicação ABSOLUTA para realizar cistografia. UROLOGIA – TRAUMA GENITURINÁRIO BLOCO II – P7 PABLO FERLON – MED 7 Outras indicações relativas de estudo radiográfico da bexiga incluem fratura isolada de bacia, hematúria macroscópica isolada e sinais clínicos sugestivos de lesão vesical. Cistografia retrógada com acurácia de 85 a 100% dos casos. TRATAMENTO Lesão extra peritoneal de bexiga; Conservador, por meio de sondagem vesical de demora (2 ou 3 vias) por dez dias associadas a antibióticos. Tratamento cirúrgico para reparo da lesão e associações; Lesão intraperitoneal de bexiga; Tratamento clássico é a cirurgia (sutura da bexiga). TRAUMA URETRAL A associação entre trauma da uretra e da bexiga são bastantes comuns, vindo que uma das maiores causas de trauma uretral também são as fraturas dos ossos da pelve (bacia). Prevalente no sexo masculino, pois a feminina é muito curta, muito difícil um trauma no sexo feminino. Uretra Masculina; o Anterior (Peniana e Bulbar) o Posterior (Membranosa e Prostática) A maioria das lesões anterior é mais acometida por uma lesão chamada “queda a cavaleiro”, trauma forte na região do períneo. Lesões da uretra posterior quase sempre são associadas a fraturas da bacia. Lesões de uretra em mulheres são extremamente raras e geralmente associadas a traumas de alta energia com fraturade bacia e laceração vaginal e retal. APRESENTAÇÃO CLINICA Sinais indicativo de lesão na uretra incluem sangue no meato uretral, aquele sangue vivo se urina. Hematoma escrotal ou perineal. Próstata elevada ou deslocada que não pode ser palpada no toque retal. Retenção urinária aguda caracterizada por globo vesical palpável “bexigoma”. Fratura pélvica também pode ser identificada no exame físico. DIAGNÓSTICO Pacientes com suspeita de ruptura de uretra devem ser inicialmente submetidos a uretrografia retrógada. Extravasamento de contraste com ausência de delineação da uretra proximal e da bexiga indica ruptura completa de uretra. Extravasamento com chegada de contraste até a bexiga traduz lesão parcial. Lesões de uretra associada a fraturas de bacia são muitos comuns. TRATAMENTO Depende da extensão da lesão, quando ocorreu, se é uma lesão aguda ou tardia e a condição do paciente. Lesões de uretra anterior devem ser corrigidas primariamente sondagem as cegas ou por uretocistoscotopia ou cirurgia. Lesões de uretra posterior devem ser corrigidas após 6 ou 12 semanas caso não seja possível o realinhamento primário. TRAUMATISMO GENITAL Fratura de pênis – Intercurso sexual (Emergência cirúrgica) O mais comum órgão genital acometido por Traumatismo fechados. Ferimentos penetrantes no escroto e pênis são comuns e uma das principais causas é ferimento por arma de fogo, causado por disparo acidental da arma engatilhada presa na cintura. APRESENTAÇÃO CLÍNICA Ruptura da túnica albugínea ocasionando um hematoma a correção é desluvar o pênis semelhante a cirurgia de fimose e fazer a rafia. Fratura de pênis apresenta-se com dor aguda no pênis; Perda súbita da ereção Hematoma volumoso peniano UROLOGIA – TRAUMA GENITURINÁRIO BLOCO II – P7 PABLO FERLON – MED 7 Em 10 a 15% dos casos existe lesão associada de uretra peniana. DIAGNÓSTICO Exame Clínica; Uretrocistografia retrógada; Ultrassonografia com doppler é de grande valia, pois mostra ruptura da túnica albugínea e avalia o fluxo sanguíneo, o que define o tratamento a ser instituído. TRATAMENTO Tratamento de fratura de pênis, desluvamento do pênis. Cerca de 80% evoluem com disfunção erétril se não forem submetidos a tratamento cirúrgico. Lacerações ou avulsões de pele são submetidas a desbridamento, a circuncisão, quando necessário, e a fechamento primário do defeito. Tratamento de ferimentos penetrantes de pênis consiste basicamente em ráfia da túnica albugínea, irrigação abundante e antibioticoterapia, com excelentes resultados.
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