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Arthur Diógenes Spier Bozza 
Sara Leticia Menezes Limão 
Vitória Caroline Gomes Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTERILIZAÇÃO COMPULSÓRIA 
Bacharelado em Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2020 
 
 
 
Arthur Diógenes Spier Bozza 
Sara Leticia Menezes Limão 
Vitória Caroline Gomes Pinheiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTERILIZAÇÃO COMPULSÓRIA 
Bacharelado em Direito 
 
Trabalho apresentado da graduação de Direito, da 
UniCesumar centro universitário de Maringá. 
Orientadores. Dr. ANTONIO LORENZONI NETO 
Me. ANDRYELLE VANESSA CAMILO POMIN 
Me. ALINE GABRIELA PESCAROLI CASADO 
Me. CAMILA VERÍSSIMO RODRIGUES DA SILVA MOREIRA 
Dra. CLEIDE FERMENTÃO 
Dra. DANIELA MENENGOTI GONÇALVES RIBEIRO 
Me. FABRÍZIA ANGÉLICA BONATTO LONCHIATI 
Dr. IVAN DIAS DA MOTTA 
Me. LUCAS YUZO ABE TANAKA 
Dr. PAULO ANDRÉ DE SOUZA 
Me. RICARDO DA SILVEIRA E SILVA 
Me. TATIANA DE FREITAS GIOVANINI MOCHI 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2020 
 
RESUMO 
Devido a quantidade de procedimentos realizados no Brasil a esterilização 
compulsória já foi considerada um problema de saúde pública. De 1980 a 1995, 
foram marcados pelas quantidades de laqueaduras (esterilização), era o principal 
método contraceptivo entre mulheres de 15 a 49 anos que era uma proporção de 
40,1% segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da 
Mulher (PNDS-2006), e em 2006 reduziu para 29,1%. 
Grande parte dessas esterilizações eram realizadas pelos meios clandestinos, 
colocando em risco a vida. Nessa época, foi lançado uma proposta para facilitar o 
acesso das mulheres a esterilização, mas não foi aceito devido a pouca idade. 
Objetivos, identificar como acadêmicos de direito e interpretar a lei 9263/96, sendo 
que a mesma possui algumas controvérsias morais, sociais e ética de acordo com 
os direitos das mulheres e esterilização compulsória. 
Como resultado a várias respostas positivas de profissionais da saúde para a 
esterilização compulsória, a aplicação da lei, é complexa, tendo em vista que se 
trata de um serviço de saúde e ao mesmo tempo de uma intervenção social. 1 
 
Palavras-chaves: Lei 9263/96, Esterilização, Esterilização Compulsória, Saúde, 
Dignidade, Dependente, Direitos, Direitos Fundamentais, Estado, População, 
Sociedade. 
ABSTRACT 
Due to the number of procedures performed in Brazil, compulsory sterilization was 
already considered a public health problem. From 1980 to 1995, they were marked 
by the amount of sterilization (sterilization), it was the main contraceptive method 
among women aged 15 to 49 years, which was a proportion of 40.1% according to 
the National Survey of Demography and Health of Children and Women ( PNDS-
2006), and in 2006 it decreased to 29.1%. 
Most of these sterilizations were carried out by clandestine means, putting life at risk. 
At that time, a proposal was launched to facilitate women's access to sterilization, 
but was not accepted due to young age. Objectives, identify as law students and 
interpret law 9263/96, which has some moral, social and ethical controversies 
according to women's rights and compulsory sterilization. 
As a result of several positive responses from health professionals to compulsory 
sterilization, law enforcement is complex, considering that it is a health service and 
at the same time a social intervention. 
 
Key-words: Law 9263/96, Sterilization, Compulsory Sterilization, Health, Dignity, 
Dependence, Copyright, Fundamental Rights, State, Population, Society 
 
1 Lei 9263/96, encontrada em 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1585CB40CB70F16A655
332E4B7D84995.proposicoesWeb1?codteor=490199&filename=LegislacaoCitada+-PL+1686/2007. 
Revista brasileira de estudos da população, encontrada em; 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982014000200005&script=sci_arttext. 
SERGIO TOSHIO YAMAMOTO (A esterilização cirúrgica feminina no Brasil, controvérsias na 
interpretação e desafios na aplicação da lei 9263). 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1585CB40CB70F16A655332E4B7D84995.proposicoesWeb1?codteor=490199&filename=LegislacaoCitada+-PL+1686/2007
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1585CB40CB70F16A655332E4B7D84995.proposicoesWeb1?codteor=490199&filename=LegislacaoCitada+-PL+1686/2007
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982014000200005&script=sci_arttext
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO .. …………………………………………………………………............. 05 
 
2 CITAÇÃO DA DOUTRINA ......................................................................................................06 
 
2.1 CASO CLARICE ...................................................................................................................... 06 
 
2.2 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ............................................................................... 07 
 
2.3 DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE BIOÉTICA E DIREITOS HUMANOS....... 07 
 
3 ESTERELIZAÇÃO COMPULSÓRIA EM DEFICIENTES INTELECTUAIS ............ 08 
 
3.1 DEPENDENTES QUÍMICOS ............................................................................................... 08 
 
3.2 ANTIPATIA E EMPATIA ....................................................................................................... 08 
 
3.3 CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART° 226 § 7º ................................................................... 09 
 
4 JURISPRUDÊNCIA ................................................................................................................... 09 
 
4.1 CASO JANAINA ...................................................................................................................... 09 
 
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 11 
 
6 REFERÊNCIA .............................................................................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
É inegável que a esterilização compulsória gera muita repercussão, para 
culminar vai de frente com a constituição federal dos princípios fundamentais no Art° 
1, III, onde fala sobre a dignidade da pessoa humana e dos direitos e garantias 
fundamentais no art°5, X, são invioláveis a intimidade a vida privada a honra e a 
imagem das pessoas assegurando o direito a indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação. 
Em nossa legislação na lei nº 9.263 no art°1 e 2, nos diz sobre direitos iguais 
outrora dito na constituição dando a cada cidadão o direito de ter o planejamento 
familiar e a regulação da fecundidade. E se for da vontade do casal é permitida a 
esterilização voluntária nas situações a seguir; para maiores de 25 anos de idade ou 
ter pelo menos dois filhos vivos, ter prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação 
de vontade e o ato cirúrgico. 
Os tempos são outros já podemos recorrer a jurisprudência onde mulheres 
jovens as quais não tiveram filhos optaram pela esterilização voluntária e tiveram 
uma resposta positiva, onde em plena clareza mental optou por tomar essa decisão. 
Mas até esse ponto foram decisões voluntárias as quais a própria constituição dá o 
poder para os direitos individuais. A seguir vamos nos aprofundar quando o estado 
intervém nos direitos individuais para o bem do coletivo. 
É importante que o estado2 tenha cuidado coletivo e individual, importante um 
direito não intervir no outro, mas ocasionalmente esses direitos podem ir de frente 
um com outro, e quando o Estado tem que fazer a melhor escolha a qual traga 
benefícios para a maior parte da população. 
 
 
 
 
2 Livro: Vade Mecum/ lei 9.263/96 regula o § 7º do art. 226 da CF. Lei do Planejamento Familiar (Lei 
9.263). 
https://www.migalhas.com.br/quentes/309212/stf-julgara-as-restricoes-legais-para-esterilizacao-voluntaria. 
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/10/24/projeto-facilita-acesso-a-metodos-de-
esterilizacao-como-laqueadura-e-vasectomia 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm
https://www.migalhas.com.br/quentes/309212/stf-julgara-as-restricoes-legais-para-esterilizacao-voluntaria
https://www.migalhas.com.br/quentes/309212/stf-julgara-as-restricoes-legais-para-esterilizacao-voluntaria
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/10/24/projeto-facilita-acesso-a-metodos-de-esterilizacao-como-laqueadura-e-vasectomia
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/10/24/projeto-facilita-acesso-a-metodos-de-esterilizacao-como-laqueadura-e-vasectomia
 
 
CITAÇÃO DA DOUTRINA 
 
CASO CLARICE 
 
 A esterilização compulsória é um meio que se pratica a uma intervenção 
cirúrgica coercitivamente, ou seja, é onde o Estado impõe sua decisão sem ouvir a 
vontade da outra parte. Ela é uma política pública, que foi elaborada como uma 
solução de um problema que ocorre na nossa sociedade, mas como qualquer outra 
política públicas está há diversas lacunas para serem resolvidas.3 
 Começou a ser discutido e debatido o termo esterilização compulsória ou 
obrigatória a partir do movimento eugenista que ocorreu em 1883, onde seu maior 
idealizador era Sir Francis Galton (1822-1911), que acreditava que para desenvolver 
uma raça humana melhor, seria mediante de regulamentação de controle da 
genética humana, nesse sentido isso aconteceria colocando fim na hereditariedade 
das pessoas com deficiência intelectual e negros por meio da esterilização 
obrigatória e também esse controle se deu na separação seletiva de pessoas. 
 Conforme o referido caso de Clarice, podemos compreender a decisão do 
juiz do direito, seria que Clarice já não se encontra em condições para criar seus 
8(oito) filhos, por ser usuária de drogas e moradora de rua, ou seja tanto Clarice e 
seus filhos encontra-se propício a vulnerabilidade social. E nesse sentido o Estado 
tem como dever de prevenir para que outras crianças não sofram. Entretanto, 
observa-se que o referido magistrado, negligência um dos direitos fundamentais, 
visto que esse direito se refere a dignidade da pessoa humana que está previsto no 
Artigo 1°, inciso III da Constituição Federal. 
 O princípio da dignidade da pessoa humana é um princípio basilar e 
primordial que fica assegurado em nossa Carta Magna. Este princípio remete a ideia 
de direito de escolha, vontade e respeito, para muitos doutrinadores este princípio é 
supraconstitucional, ou seja, é acima da constituição. Este direito não se pode ser 
 
3 Análise bioética da esterilização em pessoas com deficiência intelectual. Disponível em: 
https://www.scielosp.org/article/sdeb/2015.v39n106/855-868/pt/. Sir Francis Galton (1822-1911). 
BRASIL. Constituição (1988) página 60. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 
 
https://www.scielosp.org/article/sdeb/2015.v39n106/855-868/pt/
 
renegado, pois é um direito fundamental das pessoas sendo assim considera-se 
irrenunciável. 
 
Sarlet, Ingo Wolfgang. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos 
Fundamentais na Constituição Federal de 1988. 2001, p. 60).“Dignidade 
da pessoa humana a qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano 
que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado 
e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo de direitos e 
deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e 
qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir 
as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de 
propiciar e promover sua participação ativa e corresponsável nos destinos da 
própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.” 
 
 Levando em consideração o conceito do que seria o princípio da dignidade 
da pessoa humana, nota-se que houve a desconsideração deste direito para 
Clarice, onde está não teve sua liberdade de escolha. Já se dizia Immanuel kant "o 
ser humano não poderá jamais ser tratado como objeto, isto é, como mero 
instrumento para realização de fins alheios". 
 Uns dos assuntos que devem ser debatido é sobre a ética do médico João 
Aparecido Silveira, onde este faltou com sua obrigação ética, porque realizou a 
esterilização compulsória em Clarice sem o seu consentimento. 
 De acordo com a Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos, 
legitimada pela Unesco em 2005, que foi criado com a finalidade de esclarecer e 
pontuar sobre a ética na área da medicina. Trazendo a Declaração para este caso, 
houve uma violação de princípios referente a tais artigos, no artigo 3°, onde trata da 
dignidade humana e direitos humanos, artigo 5°, que se refere-se da autonomia e 
responsabilidade individual, artigo 6°, que relata sobre o consentimento, e por fim o 
artigo 16, que aborda a proteção das gerações futura.4 
 
4 BRASIL. Constituição (1988) página 60. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 
DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. A esterilização compulsória em mulheres portadoras 
de síndrome de Down: uma violação dos direitos fundamentais. Disponível 
em:<http://repositorio.unesc.net/handle/1/3776.Organização das nações unidas para a 
educação, a ciência e a cultura (UNESCO) Declaração Universal sobre Bioética e Direitos 
Humanos. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000146180_por. Ingo 
http://repositorio.unesc.net/handle/1/3776
https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000146180_por
 
O Hospital Divina misericórdia agiu conforme o poder judiciário determinou, 
visto que se o Hospital não cumprisse a decisão que juiz deliberou, esta 
organização iria sofrer consequências como a multa de 10.000 reais, sendo assim o 
estabelecimento agiu corretamente. 
Quando um magistrado aplica uma decisão sobre uma ação, está sentença 
devera ser seguida e obedecida, pois quando há um descumprimento deste 
julgamento, pode ser considerado como desobediência judicial. 
A desobediência judicial é configurada como crime e esta prevista no Código 
penal no Artigo 330. “Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: 
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa”. 
 
 
ESTERELIZAÇÃO COMPULSÓRIA EM DEFICIENTES INTELECTUAIS 
 
3.1 Dependentes químicos 
 
Atualmente existe a esterilização compulsória para pessoas com deficiências 
mentais as quais não tem condições de gerar e cuidar de uma vida. Mas também 
temos que olhar para as pessoas que nasceram intelectualmente capaz, e por 
escolhas adversas optaram por utilizar entorpecentes e como consequência se 
tornaram viciados. 
Essas pessoas dentro de uma sociedade estão curvadas a maleficência e 
cometem uma série de atos ilícitos para obter para si dinheiro para comprar 
entorpecentes, isso acaba se tornando uma calamidade pública trazendo malefícios 
para a sociedade ao todo, fazem sexo em troca de drogas no meio disso tudo acaba 
gerando uma criança com uma série de problemas de saúdes, e cresce no meio das 
drogas inclinada pelo meio violento propensa a se tornar delinquentes. 
Não é com a antipatia que olhamos a minoria, mas sim com empatia que 
olhamos a maioria. Uma mulher dependente química que em sua grande maioria 
tem cinco ou mais filhos todos gerados enquanto a mesma utilizava drogas e 
nasceram com algum atraso intelecto ou problema físico devido aos produtos 
 
Wolfgang Sarlet. Dignidade da Pessoa Humana e Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 
1988. 
 
químicos utilizados pela genitora, é um fato que essa mulher não tem capacidade de 
cuidar dessa criança e muito menos gerar várias outras.5 
De qualquer forma, seguindo a lei 9263/96, vai de frente o direito pleno da 
mulher disposto no Art° 226 da CF, pois mesmo optando pela esterilizaçãoa mesma 
tem que ser submetida a uma serie de procedimentos médicos, para depois um 
terceiro dizer se ela pode ou não fazer. 
Em casos de jovens que não tem filhos e optam por realizar o procedimento, 
ocorre de ser negado por não se encaixar nos requisitos da lei 9263 e a mesma ter 
que acionar a justiça. Se nesses casos de vontade própria a mulher precisa acionar 
a justiça para ter acesso a um direito disposto na constituição e mesmo assim corre 
o risco de ter uma resposta negativa do que pode ou não fazer, o estado pode da 
mesma maneira recorrer a justiça para conseguir realizar a esterilização 
compulsória em usuárias para a melhoria da sociedade. 
 
JURISPRUDÊNCIA 
Caso Janaina 
 
A esterilização compulsória só ocorre em duas situações, uma sendo ela a 
prova de alguma doença mental e a outra menos comum é a de mulheres da 
situação de risco que são dependentes químicas, provando a incapacidade 
paternidade. Com isso há um grande conflito entre o princípio da dignidade humana 
e planejamento familiar por parte da mãe, e o princípio da paternidade responsável, 
e da dignidade dessa nova vida. 
 A esterilização de doentes mentais é algo defendido por muitos autores e 
está até previsto em lei no artigo 10, § 6°da Lei 9263/96. Mas o mesmo não ocorre 
com a esterilização de pessoas em zonas de risco 
 Os casos de esterilização compulsória por questões sociais no Brasil são 
poucos, mas não são isolados um dos casos mais conhecidos é da Janaína O 
caso ocorreu depois que Janaína teve seu 7º(sétimo) filho em outubro de 2017 a 
Justiça brasileira decidiu por obrigar o Município de Mococa-SP a realizar o 
 
5 https://jus.com.br/artigos/67206/esterilizacao-compulsoria-de-deficientes-mentais-entre-a-
imoralidade-e-a-ilegalidade. https://www.bonde.com.br/bondenews/internacional/ong-propoe-
esterilizacao-de-viciados-em-drogas-141358.html 
SERGIO TOSHIO YAMAMOTO (A esterilização cirúrgica feminina no Brasil, controvérsias na 
interpretação e desafios na aplicação da lei 9263). 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART° 227 § 7º. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/12079378/artigo-10-da-lei-n-9263-de-12-de-janeiro-de-1996
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/127240/lei-9263-96
https://jus.com.br/artigos/67206/esterilizacao-compulsoria-de-deficientes-mentais-entre-a-imoralidade-e-a-ilegalidade
https://jus.com.br/artigos/67206/esterilizacao-compulsoria-de-deficientes-mentais-entre-a-imoralidade-e-a-ilegalidade
https://www.bonde.com.br/bondenews/internacional/ong-propoe-esterilizacao-de-viciados-em-drogas-141358.html
https://www.bonde.com.br/bondenews/internacional/ong-propoe-esterilizacao-de-viciados-em-drogas-141358.html
 
procedimento cirúrgico de esterilização compulsória como consta nos autos de n. 
1001521-57.2017.8.26.0360, da 2ª. Vara Cível de Mococa, São Paulo, que julgou 
procedente o pedido de esterilização forçada de Janaína, e o acórdão que, em sede 
de apelação, a reformou. 
 Essa decisão decorreu de um processo judicial iniciado por uma Ação Civil 
Pública, movida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo por ser uma mulher 
em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O Promotor de Justiça responsável 
pela causa ajuizou a ação tendo como fundamento básico a tutela de direito 
individual indisponível de pessoa hipossuficiente devido ao consumo abusivo de 
bebida alcóolica, invocando precedente oriundo de decisão proferida na Apelação 
n.º 0000283-60.2014.8.26.0025. 
 Depois do ocorrido houve muita repercussão gerando indagação da 
população e causando, alvoroço no universo jurídico isso gerou uma reclamação 
disciplinar sobre o caso. Está reclamação de n.0004454-23.2018.2.00.0000 e 
n.0004807-63.2018.2.00.0000.6 
É alegado que o magistrado não poderia agir com prudência de visionar 
uma requisição sem respaldo nenhum legal, que vai totalmente contra a dignidade 
da pessoa humana, ainda mais que a decisão não foi visada na saúde de Janaína, 
sabendo-se que é uma cirurgia incisiva. 7 
 
6 OBRIGAÇÃO DE FAZER. Saúde. Fornecimento de cirurgia de esterilização (laqueadura tubária) 
em favor de pessoa incapaz e em situação de vulnerabilidade social, exposta à risco de saúde. 
Dever do Poder Público de fornecer o procedimento cirúrgico, compartilhado de forma solidária 
entre as três esferas de governo. Faculdade da parte de ajuizar a ação em face do Estado de São 
Paulo. Incidência das Súmulas 37 e 29 do TJ/SP. Sentença de procedência mantida. RECURSO 
DESPROVIDO. (TJ-SP - APL: 00008081620148260648 SP 0000808-16.2014.8.26.0648, Relator: 
Isabel Cogan, Data de Julgamento: 25/08/2015, 12ª Câmara de Direito Público, Data de 
Publicação: 25/08/2015). Reexame necessário - Ação de obrigação de fazer – Internação 
compulsória de dependente químico – Admissibilidade – Dever do Estado – Artigo 196 da 
Constituição Federal – Precedentes – Sentença de procedência da ação - Desprovimento do 
recurso "ex-offício", para manter a r. sentença recorrida, também por seus próprios e jurídicos 
fundamentos.(TJ-SP - REEX: 10071445720148260506 SP 1007144-57.2014.8.26.0506, Relator: 
Osvaldo Magalhães, Data de Julgamento: 24/10/2016, 4ª Câmara de Direito Público, Data de 
Publicação: 26/10/2016) 
 
7 (TJ-SP - REEX: 10071445720148260506 SP 1007144-57.2014.8.26.0506, Relator: Osvaldo 
Magalhães, Data de Julgamento: 24/10/2016, 4ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 
26/10/2016) 
RECURSO ADMINISTRATIVO. RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR. REITERAÇÃO DE PEDIDO. 
ARQUIVAMENTO. PRECEDENTES. 1. A análise do presente expediente em conjunto com as 
Reclamações Disciplinares n. 0004454-23.2018.2.00.0000 e n. 0004807-63.2018.2.00.0000 deixa 
claro que todos os processos têm o mesmo objetivo, qual seja, aferir a existência de violação de 
 
CONCLUSÃO 
Por fim, podemos concluir que o estado não pode interferir de forma 
coerciva na decisão de uma pessoa de ter ou não filhos de acordo com o art° 226 
paragrafo 7° da constituição federal. E conforme a lei 9.263/96 regula o que diz a 
CF, que se trata do planejamento familiar; não pode ter controle de natalidade que 
tenha como fim natureza demográfica. 
Todavia é inegável a importância de ter o controle quando se trata não 
somente de pessoas que nasceram com alguma deficiência intelectual, mas 
também de pessoas que ao longo do tempo utilizando de entorpecentes se 
tornaram inimputáveis. Se elas “não são capazes” de entender seus próprios atos 
devido as substâncias, como seriam capazes de criar uma criança? Ou pior, uma 
criança que já nasce com dependência, que crescendo nesse meio pode acarretar 
um problema social. 
É importante ter um controle para futuramente não congestionar a saúde 
publica com uma alta quantidade de crianças dependentes, e consequentemente 
se tornar um problema de segurança, com delinquentes juvenis que não 
respondem pelos crimes de forma carcerária, mas sim com uma medida branda 
socioeducativa; que em sua grande maioria não tem resultado. 
Seria como “cortar o mal pela raiz”; parece dura as palavras, mas se para 
realizar a esterilização voluntária as mulheres dependem da liberação de terceiros 
tendo que passar por vários profissionais e em alguns casos tendo que recorrer a 
própria justiça, tendo que ela decidir, seria justo não somente para a sociedade 
existente, mas para as futuras que irão vir, a própria justiça analisar as pessoas 
dependentes e seu planejamento familiar. 8 
 
 
deveres funcionais por parte de magistrado em episódio que envolveu o julgamento de ação civil 
pública manejada pelo Parquet para fins de obrigar ente municipal a realizar procedimento 
cirúrgico. 
www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-
cirurgia-de-esterilizacao/ 
8 
https://www.google.com/search?q=medida+socioeducativa&rlz=1C1SQJL_enBR894BR894&oq=medi
da+socio&aqs=chrome.0.0j69i57j0l6.3775j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 
https://jus.com.br/artigos/26943/inimputabilidade-penal-do-dependente-quimico 
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/ 
 
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/
https://www.google.com/search?q=medida+socioeducativa&rlz=1C1SQJL_enBR894BR894&oq=medida+socio&aqs=chrome.0.0j69i57j0l6.3775j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://www.google.com/search?q=medida+socioeducativa&rlz=1C1SQJL_enBR894BR894&oq=medida+socio&aqs=chrome.0.0j69i57j0l6.3775j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://jus.com.br/artigos/26943/inimputabilidade-penal-do-dependente-quimico
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/
 
REFERÊNCIAS: 
 
https://www.google.com/search?q=medida+socioeducativa&rlz=1C1SQJL_enBR894
BR894&oq=medida+socio&aqs=chrome.0.0j69i57j0l6.3775j0j7&sourceid=chrome&ie
=UTF-8 
https://jus.com.br/artigos/26943/inimputabilidade-penal-do-dependente-quimico 
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-
coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/ 
1 (TJ-SP - REEX: 10071445720148260506 SP 1007144-57.2014.8.26.0506, 
Relator: Osvaldo Magalhães, Data de Julgamento: 24/10/2016, 4ª Câmara de 
Direito Público, Data de Publicação: 26/10/2016) 
RECURSO ADMINISTRATIVO. RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR. REITERAÇÃO DE 
PEDIDO. ARQUIVAMENTO. PRECEDENTES. 1. A análise do presente 
expediente em conjunto com as Reclamações Disciplinares n. 0004454-
23.2018.2.00.0000 e n. 0004807-63.2018.2.00.0000 deixa claro que todos os 
processos têm o mesmo objetivo, qual seja, aferir a existência de violação de 
deveres funcionais por parte de magistrado em episódio que envolveu o 
julgamento de ação civil pública manejada pelo Parquet para fins de obrigar ente 
municipal a realizar procedimento cirúrgico. 
https://jus.com.br/artigos/67206/esterilizacao-compulsoria-de-deficientes-mentais-
entre-a-imoralidade-e-a-ilegalidade. 
https://www.bonde.com.br/bondenews/internacional/ong-propoe-esterilizacao-de-
viciados-em-drogas-141358.html 
SERGIO TOSHIO YAMAMOTO (A esterilização cirúrgica feminina no Brasil, 
controvérsias na interpretação e desafios na aplicação da lei 9263). 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART° 227 § 7º. 
1 Livro: Vade Mecum/ lei 9.263/96 regula o § 7º do art. 226 da CF. Lei do 
Planejamento Familiar (Lei 9.263). 
https://www.migalhas.com.br/quentes/309212/stf-julgara-as-restricoes-legais-para-
esterilizacao-voluntaria. 
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/10/24/projeto-facilita-acesso-a-
metodos-de-esterilizacao-como-laqueadura-e-vasectomia 
Lei 9263/96, encontrada em 
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1585CB
40CB70F16A655332E4B7D84995.proposicoesWeb1?codteor=490199&filename=Le
gislacaoCitada+-PL+1686/2007. Revista brasileira de estudos da população, 
encontrada em; http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-
30982014000200005&script=sci_arttext 
OBRIGAÇÃO DE FAZER. Saúde. Fornecimento de cirurgia de esterilização 
(laqueadura tubária) em favor de pessoa incapaz e em situação de vulnerabilidade 
social, exposta à risco de saúde. Dever do Poder Público de fornecer o 
procedimento cirúrgico, compartilhado de forma solidária entre as três esferas de 
governo. Faculdade da parte de ajuizar a ação em face do Estado de São Paulo. 
Incidência das Súmulas 37 e 29 do TJ/SP. Sentença de procedência mantida. 
RECURSO DESPROVIDO. (TJ-SP - APL: 00008081620148260648 SP 0000808-
16.2014.8.26.0648, Relator: Isabel Cogan, Data de Julgamento: 25/08/2015, 12ª 
https://www.google.com/search?q=medida+socioeducativa&rlz=1C1SQJL_enBR894BR894&oq=medida+socio&aqs=chrome.0.0j69i57j0l6.3775j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://www.google.com/search?q=medida+socioeducativa&rlz=1C1SQJL_enBR894BR894&oq=medida+socio&aqs=chrome.0.0j69i57j0l6.3775j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://www.google.com/search?q=medida+socioeducativa&rlz=1C1SQJL_enBR894BR894&oq=medida+socio&aqs=chrome.0.0j69i57j0l6.3775j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://jus.com.br/artigos/26943/inimputabilidade-penal-do-dependente-quimico
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/
http://www.justificando.com/2018/06/11/sem-direito-de-defesa-mulher-e-submetida-coercitivamente-a-cirurgia-de-esterilizacao/
https://jus.com.br/artigos/67206/esterilizacao-compulsoria-de-deficientes-mentais-entre-a-imoralidade-e-a-ilegalidade
https://jus.com.br/artigos/67206/esterilizacao-compulsoria-de-deficientes-mentais-entre-a-imoralidade-e-a-ilegalidade
https://www.bonde.com.br/bondenews/internacional/ong-propoe-esterilizacao-de-viciados-em-drogas-141358.html
https://www.bonde.com.br/bondenews/internacional/ong-propoe-esterilizacao-de-viciados-em-drogas-141358.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9263.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm
https://www.migalhas.com.br/quentes/309212/stf-julgara-as-restricoes-legais-para-esterilizacao-voluntaria
https://www.migalhas.com.br/quentes/309212/stf-julgara-as-restricoes-legais-para-esterilizacao-voluntaria
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/10/24/projeto-facilita-acesso-a-metodos-de-esterilizacao-como-laqueadura-e-vasectomia
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/10/24/projeto-facilita-acesso-a-metodos-de-esterilizacao-como-laqueadura-e-vasectomia
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1585CB40CB70F16A655332E4B7D84995.proposicoesWeb1?codteor=490199&filename=LegislacaoCitada+-PL+1686/2007
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1585CB40CB70F16A655332E4B7D84995.proposicoesWeb1?codteor=490199&filename=LegislacaoCitada+-PL+1686/2007
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1585CB40CB70F16A655332E4B7D84995.proposicoesWeb1?codteor=490199&filename=LegislacaoCitada+-PL+1686/2007
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982014000200005&script=sci_arttext
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-30982014000200005&script=sci_arttext
 
Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 25/08/2015). Reexame necessário 
- Ação de obrigação de fazer – Internação compulsória de dependente químico – 
Admissibilidade – Dever do Estado – Artigo 196 da Constituição Federal – 
Precedentes – Sentença de procedência da ação - Desprovimento do recurso "ex-
offício", para manter a r. sentença recorrida, também por seus próprios e jurídicos 
fundamentos.(TJ-SP - REEX: 10071445720148260506 SP 1007144-
57.2014.8.26.0506, Relator: Osvaldo Magalhães, Data de Julgamento: 24/10/2016, 
4ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 26/10/2016)