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Intoxicação por Crotalaria spp

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Julia Silva 
 
Intoxicação por Crotalaria spp 
Plantas hepatotóxicas 
 
Mais de 600 espécies do gênero Crotalaria são encontradas em diversas regiões 
do mundo, sendo a maioria tóxica para animais (Williams & Molyneux 1987). No 
Brasil existem mais de 40 espécies de Crotalaria, sendo as mais conhecidas C. 
retusa, C. mucronata, C. juncea, C. spectabilis. 
Crotalaria retusa 
Nome popular: guizo de cascavel, chocalho. 
 
Características 
 Habitat: semi-árido, próximo a rios ou açudes; 
 Princípio tóxico: alcalóides pirrolizidínicos (monocrotalina); 
 Espécies sensíveis: equinos mais sensiveis (crônico), bovinos e ovinos 
(agudo e crônico); 
 Condições em que ocorrem as intoxicações: 
o Palatável para equinos (C. retusa); 
o Escassez de pastagem (bovinos e ovinos); 
o Feno ou silagem, e ração (suinos) contaminados com a semente. 
 Partes toxicas: sementes; 
 Início dos sinais: mais de 1 mês; 
 Evolução clínica: semanas a meses. 
 
Julia Silva 
 
 
Alcaloides pirrolizidínicos - Mecanismo 
Alcaloides pirrolizidínicos (APs) são fitoquímicos de ocorrência natural em cerca 
de 6.000 espécies de plantas de diversos gêneros e famílias (Culvenor 1980). 
São compostos químicos estáveis e são bioativados no fígado pelas enzimas 
monooxigenases de função mista para metabólicos tóxicos denominados 
ésteres pirrólicos (deidropirrolizidinas) e alcoóis pirrólicos (McLean 1970, 
Prakash et al. 1999). Os derivados pirrólicos são agentes alquilantes altamente 
reativos que inibem a mitose, causando megalocitose e morte celular (Prakash 
et al. 1999). 
Sinais Clínicos 
Equinos: Quadro de encefalopatia hepática: apatua ou hiperexcitabilidade, 
pressão de cabeça, andar compulsivo em em círculo, icterícia, 
fotossensibilização. 
Bovinos e ovinos: severa fotossensibilização, incoordenação e morte. 
 
 
 
 
Julia Silva 
 
Necropsia 
Observa-se edema subcutâneo ventro-abdominal, acentuada icterícia das 
mucosas, do tecido subcutâneo e tecido adiposo da cavidade abdominal e 
hemorragias no omento e na serosa dos órgãos do trato gastrointestinal. 
 
Histologia 
observaram- -se graus variados de necrose coagulativa, hemorragia, fibrose, 
proliferação de ductos biliares e hepatomegalocitose. 
 
 
Profilaxia 
 Uitilização de ovinos para controlar presença Senecio spp; 
 Cuidado na preparação de feno e silagem; 
 Herbicidas. 
 
 
 
Julia Silva 
 
C. spectabilis 
 
 
Sinais clínicos: depressão, letargia, vômito, icterícia ou palidez, ascite, mov. de 
pedalagem e convulsões. 
Necropsia: fígado aumentado com lobulação evidente, ascite e hidrotórax, 
linfadenomegalia, edema pulmonar. 
Microscopia: necrose centrolobular coagulativa massiva. 
 
REFERENCIAS 
CULVENOR C.C.J. 1980. Alkaloids and human disease, p.124-141. In: Smith 
R.L. & Bababunmi E.A. (Eds), Toxicology in the Tropics. Taylor and Francis Ltd, 
London. 280p. 
NOBRE, Verônica Medeiros da Trindade et al. Intoxicação por Crotalaria retusa 
(Fabaceae) em Eqüídeos no semi-árido da Paraíba. Pesq. Vet. Bras., Rio de 
Janeiro, v. 24, n. 3, p. 132-143, Sept. 2004. 
MCLEAN, E.K. 1970. The toxic action of pyrrolizidine (Senecio) alkaloids. 
Pharmacol. Rev. 22:429-483. 
PRAKASH, A.S., Perera T.N., Reilly P.E.B. & Seawright A.A. 1999. Pirrolizidine 
alkaloids in human diet. Mutat. Res. 443:53-67. 
Williams M.C. & Molyneux R.J. 1987. Occurrence, concentration and toxicity of 
pyrrolizidine alkaloids in Crotalaria seeds. Weed Science 35: 476-481. 
	Crotalaria retusa
	C. spectabilis

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