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Quatro classes de genes reguladores normais: proto- oncogenes promotores de crescimento, genes supressores de tumor inibidores do crescimento, genes que regulam a morte celular programada (isto é, apoptose) e genes envolvidos no reparo do DNA são os principais alvos do dano genético. Os oncogenes, em sua maioria, são versões mutadas ou superexpressores de genes celulares normais, os quais são chamados de proto-oncogenes. Eles são considerados dominantes pois a mutação de um único alelo pode levar à transformação celular. Os genes supressores de tumor são genes que normalmente impedem o crescimento descontrolado e, quando sofrem mutação ou se perdem de uma célula, permitem o desenvolvimento de fenótipo transformado. Os genes que regulam a apoptose e o reparo do DNA podem agir como proto-oncogenes (a perda de uma cópia é suficiente) ou genes supressores de tumor (perda de ambas as cópias). G0 é a fase que está fora do ciclo celular, em que se observa telômeros encurtados e a má proliferação de células. Essas células iram começar a se proliferar por estímulos de fatores de crescimento. Essa proliferação vai aumentando nas diferentes fases do ciclo. Os fatores de crescimento vão fazer com que tenha o aumento de expressão de ciclinas, ou seja, quer dizer que as células já começaram a se proliferar e com isso as ciclinas ativam o complexo de ciclina quinase, a principal função desse complexo é a função de fosforilação, fosforaliza resíduos para o bom funcionamento do ciclo celular. Ao completar essa tarefa, os níveis de ciclina diminuem rapidamente, funciona como revezamento o ciclo. Ciclina e CDK atuam junto, no câncer tenho a proliferação das duas. Células tumorais originam-se de células normais que sofreram alterações no DNA (fatores genéticos) ou em mecanismos que controlam a expressão gênica (fenômenos epigenéticos), em um ou mais locais envolvidos no controle da divisão e da diferenciação celulares. A carcinogênese é um processo de múltiplas etapas resultante do acúmulo de múltiplas alterações genéticas que coletivamente dão origem ao fenótipo transformado. A carcinogênese só vai existir pela presença de mutações e alterações epigenéticas. • Neoplasias malignas têm vários atributos fenotípicos, como crescimento excessivo, invasividade local e capacidade de formar metástases distantes. Esses tumores se tornam mais agressivos e adquirem maior potencial maligno, assim esse fenômeno é referido como progressão tumoral e não é representado simplesmente pelo aumento de tamanho do tumor. [NEOPLASIA] As células que sofrem mutação ficam mais vulnerável e vai ser mutada novamente. • A carcinogênese ativa o oncogênese; • Inativam os genes de supressão tumoral; • Inativam os genes que regulam a apoptose; Cada gene do câncer tem uma função específica, cuja desregulação contribui para a origem ou a progressão da malignidade. As células cancerosas utilizam uma série de estratégias para impulsionar sua proliferação e se tornar insensíveis aos reguladores do crescimento normal. Sob condições fisiológicas, a proliferação celular pode ser facilmente resolvida nas seguintes etapas: 1. Ligação de um fator de crescimento ao seu receptor específico na membrana celular. 2. Ativação transitória e limitada do receptor do fator de crescimento, que por sua vez ativa várias proteínas transdutoras de sinal no folheto interno da membrana plasmática. 3. Transmissão do sinal traduzido através do citosol para o núcleo por meio de segundos mensageiros ou de uma cascata de moléculas de transdução de sinal. 4. Indução e ativação de fatores reguladores nucleares que iniciam e regulam a transcrição do DNA. 5. Entrada e progressão da célula em um ciclo celular, acabando por resultar em divisão celular. 1. Proto-oncogenes formam oncogenes que se multiplicam; 2. Os genes supressores de tumor não para de se ativar, causando danos; 3. Os reguladores de apoptose não induzem mais a morte e as células tumorais se multiplicam ainda mais; 4. Genes que regulam as interações entre células tumorais e células hospedeiras perdem o reconhecimento do sistema imune. São versões mutadas ou superexpressas de genes celulares normais, que são chamados proto-oncogenes. Proto-oncogenes: genes que codificam moléculas que regulam a proliferação e a diferenciação celular. OBS: Ciclina mutada (oncoproteína). Normalmente as mutações ocorrem no gene da proteína. Mecanismo da ação dos oncogenes na estimulação da proliferação celular. Mutação puntiforme: Troca uma base por outra; Mutação por inserção: é a adição de um ou mais pares de bases de nucleótidos em uma sequência genética.; Translocação: troca de materiais de cromossomos; é uma anomalia cromossômica causada pelo rearranjo de partes entre cromossomos não-homólogo; Hiperexpressão: os genes são expressados por estímulos, algumas vezes, algumas vezes podem ter alterações epigenéticas (alguns genes podem ser expressados demais). Os genes supressores de tumor normalmente impedem o crescimento descontrolado e, quando mutados ou perdidos de uma célula, permitem desenvolver o fenótipo transformado. Os principais são: P21: inibe a CDK. P27: Está presente em todas as fases. Porém, quando perdem a função a proliferação aumenta ainda mais. A proteína p53 frustra a transformação neoplásica por três mecanismos entrelaçados: Ocorre tardiamente na fase G1 e é causada, principalmente, por transcrição dependente de p53 do gene de (p21). A proteína p21, como descrito anteriormente, inibe os complexos ciclina-CDK e previne a fosforilação de Rb, interrompendo assim as células na fase G1. Essa pausa no ciclo celular é bem-vinda, por dar às células “tempo para respirar” a fim de reparar o dano ao DNA. Se não for possível reparar o dano, a célula pode entrar em senescência induzida por p53 ou sofrer apoptose direcionada por p53. Envolvem alterações globais de cromatina, as quais alteram de maneira drástica e permanente a expressão genética. O P53 ativa certos miRNAs (“os carinhas bem-dotados”), os miRNAs podem impedir a tradução de seus genes-alvo. Os miRNAs ativados por p53 podem inibir a tradução de genes pró-proliferativos, como ciclinas, e de genes antiapoptóticos, como BCL2., assim, progredindo para alterações gênicas, levando a certos danos. • Regulação de muitas coisas no corpo; (GUARDIÃO DE GENOMA); • Quando mutada causa vários danos; • Se tem P53 mutada, haverá problema na P21 e P27, assim podemos afirmar o aumento de proliferação descontrolada; EX: Uma variedade de estresses dispara as vias de resposta de p53, incluindo anóxia, atividade inadequada da oncoproteína (RAS) e dano à integridade do DNA. Quando o gene da proteína é mutado a transcrição de ciclina é contínua, ou seja, a proliferação começa a aumentar. Assim, podemos afirmar que a proteína é fator de transcrição de ciclina. Linfoma folicular de linfócitos B: aumento da expressão do gene da BLC-2 e diminuição de apoptose em linfócitos B. Radical químico gruda no DNA mas não muda sua base, porém o metil se liga na base e inativa a expressão gênica. Silenciamento gênico por hipermetilação de sequências CpG em promotores gênicos; quando isso acontece, não há expressão do gene correspondente (silenciamento gênico). Consiste na formação de compostos covalentes com o DNA, que aumentam a probabilidade de ocorrerem erros de inserção de bases durante a replicação. Radiação ionizante: raio x, luz visível (causando translocações, quebras, deleções). Radiação não ionizante: luz ultravioleta (grau de penetração na pele é mais prejudicial). O alvo principal da radiação é o DNA, no qual podem ser produzidas várias alterações, das quais a formação de dímeros de timina. RNA vírus: o vírus carrega um v-ONC; • Codificação de proteínas truncadas; • O vírus induz transativaçãode oncogenes por inserção de sequências que codificam proteínas capazes de ativar oncogenes distantes do sítio de integração do genoma viral. DNA vírus: • Expressão de genes precoces; • Integração do DNA viral. EX: Nas verrugas benignas, o genoma do HPV mantém-se sob a forma epissomal não integrado, enquanto nos cânceres, o genoma do HPV integra-se aleatoriamente ao genoma do hospedeiro. Metástase é a mesma coisa que invasão tumoral, ou seja, formação do câncer em locais anatomicamente separados do seu local de origem. Invasão: Invadem localmente/tecidos normais circundantes. 1. Destacamento de células tumorais do tumor primitivo: podem ser individuais ou em bloco\faixa. Individuais: transição de epitélio- mesênquima. É um processo biológico que permite que uma célula epitelial polarizada, que normalmente interage com a membrana basal por meio de sua superfície basal, sofra modificações bioquímicas, moleculares e morfológicas, as quais resultam na aquisição de um fenótipo de célula mesenquimal, cuja capacidade de migração, invasão, resistência a apoptose aumenta. 2. Deslocamento de células: podem ser em bloco ou individualmente. Deslocamento de células em bloco sem transição epitélio-mesenquimal: • Movimento em blocos; • Tais células permanecem aderidas; • Modificações no citoesqueleto de todas as células do conjunto. Deslocamento de células isoladas: • Lançamento de pseudópodes; • Agentes quimiotáticos que têm várias origens. 3. Invasão vascular: emissão de lamelipódios que afastam as células endoteliais e permitem a entrada das células malignas na luz do vaso sanguíneo ou linfático. 4. Sobrevivência de células tumorais na circulação: Ativação da coagulação sanguínea, que resulta em ativação de plaquetas e formação de uma capa de fibrina sobre as células tumorais. 5-7. Adesão, saída de células tumorais circulantes para os órgãos (extravasamento vascular) e formação de novas colônias. • Célula tumoral tenha moléculas de adesão que permitam sua aderência ao endotélio do órgão em que irá extravasar. • Essa etapa ocorre ainda no tumor primitivo, de onde a célula sai “endereçada” para um determinado órgão • A saída do vaso depende de fatores quimiotáticos produzidos no órgão de destino; 8. Instalação, sobrevivência e proliferação de células tumorais em diferentes órgãos. ‘’As células cancerosas (sementes) metastizam num local compatível, em tecidos que fornecem condições propícias para o seu crescimento (o solo).’’ A maioria das células tumorais que caem na circulação morre; Muitas vezes, a própria célula tumoral secreta fatores que estimulam células do órgão a produzir fatores de crescimento, quimiocinas e citocinas que favorecem desenvolvimento da nova colônia; Define a localização da metástase. Propagação linfática: as células tumorais invadem os linfáticos e se espalham para os linfonodos locais. O transporte por meio dos vasos linfáticos é a via mais comum para a disseminação dos carcinomas. Um linfonodo sentinela é definido como “o 1o linfonodo em uma cadeia linfática regional que recebe o fluxo da linfa que vem do tumor primário. Propagação hematogênica: as células tumorais invadem os vasos sanguíneos e são transportadas pelo sangue para locais distantes. Metástase pulmonar Por via cavitária: o tumor incide nas cavidades e flutua no líquido na superfície da cavidade peritoneal ou pleural. • A cavidade peritoneal é o local mais frequentemente envolvido. • Cavidade (pleural, pericárdica, subaracnoide e do espaço articular) pode ser afetada.
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