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DEFINIÇÕES O pâncreas, além de suas funções digestivas, secreta dois hormônios importantes: insulina e glucagon, cruciais para a regulação normal do metabolismo de glicose, lipídeos e proteínas. Vale lembrar que 98% do pâncreas e composto por ácinos, substâncias que produzem as enzimas pancreáticas e o bicarbonato, essas células forma- se a parte exócrina do órgão. Apenas 2% são formadas por células endócrinas, que são as ilhotas pancreáticas, denominadas assim porque no meio de tantos ácinos foram encontradas um aglomerado de outros tipos de células (formando ilhas), essas ilhas contém três tipos principais de células: alfa, beta e delta diferentes uma das outras, devido suas características morfológicas e de coloração. Célula beta – produz insulina. Célula alfa – produz glucagon. Célula delta – produz somatostatina (esse hormônio é o mesmo que inibe o GH, mas ele é produzido bem pouco no pâncreas, esse hormônio produzido na ilhota nem alcança a hipófise, sua principal função é o efeito inibitório sobre a secreção de insulina, glucagon e a produção da digestão). Célula PP – tem bem pouco, produz polipeptídeo pancreático e está ligado a controle de ingestão. A posição das células beta centralmente tem uma explicação, o sangue que chega na ilhota que vai drenar essa ilhota, chega principalmente na porção central ele alcança primeiro a porção central e depois ele flui perifericamente. Pensando em um momento pós prandial (depois de comer) vai digerir esse alimento e quando começar a absorção, a glicemia aumenta, assim, o sangue que chega primeiro na porção central, esse rico em glicose irriga primeiro as células betas e elas secretam a insulina e cai na corrente sanguínea e vai para outros tecidos. O pouco de insulina que foi secretada no centro da ilhota ela vai conseguir fazer um efeito parácrino nas células alfa, inibindo a secreção de glucagon. INSULINA Em um período pós-prandial, vai ter a absorção de todos os nutrientes que a pessoa ingeriu na alimentação, assim, vai ter um aumento na glicemia e o organismo secreta a insulina, predominância de secreção de insulina. Isso não quer dizer de maneira nenhuma que com a secreção predominante de insulina, o organismo não vai secretar mais nenhum hormônio, sempre vai ter uma pequena secreção de glucagon. Só a insulina consegue fazer o efeito parácrino na célula alfa. GLUCAGON Em um período de jejum a glicemia vai abaixar e o organismo vai fazer de tudo para restaurar a glicemia basal, sempre o organismo vai manter a homeostase, secretando glucagon que vai chegar para os tecidos e quebrar a glicose armazenada para ir para o sangue e retornar os valores normais de glicose. Sempre vai ter uma relação entre insulina e glucagon, dependendo de quem estiver predominando vai ser a via metabólica que vai estar ativada. RELAÇÃO DE GRÁFICOS Acima tracejado está indicando a concentração glicose no plasma, em verde está indicando a concentração de insulina no plasma e vermelho está indicando a concentração de glucagon no plasma. O indivíduo se alimentou consequentemente sua glicemia aumentou, pois absorveu glicose. Sua glicemia começou a subir e rapidamente começou a secreção de insulina e ela já começa a agir nos tecidos e eles começam a captar a glicose, até que a glicose vai diminuindo, até que o sangue que chega para a célula beta já com um pouco menos de glicose e assim, tem a relação de glicemia e insulina e glucagon. VIAS METABÓLICAS ATIVADAS Glucagon é um hormônio catabólico, vai para os tecidos, onde esses vão começar a quebrar tudo que está armazenado. Como o glicogênio e vai ativar o fígado a fazer glicogenólise e vai ter glicose para enviar para a circulação. Realizar o processo de gliconeogênese – síntese de glicose a partir de compostos não glicídicos. (glicerol, aminoácidos, ‘’formação de uma nova glicose’). Induz a cetogênese (produção de corpos cetônicos) Insulina é um hormônio anabólico, esse hormônio vai para os tecidos, fazendo com que captam essa glicose e utilizem essa glicose como fonte de ATP (energia) na glicólise e o que sobrar guarda em forma de glicogênio, gordura ou proteína. Sempre o organismo precisa de uma relação entre esses dois hormônios para manter a glicemia, pois os neurônios eles funcionam basicamente utilizando glicose, então é favorável a glicemia estar normalizada para o sistema nervoso central funcionar adequadamente. SÍNTESE DE INSULINA E GLUCAGON São hormônios proteicos; A síntese ocorre, precisa do DNA e sua transcrição, tradução MRNA pra gerara proteína e até gerar o hormônio. O glucagon passa pelo mesmo processo, porém o fragmentado peptídico não tem uma ação biológica, então quando diminui a glicose circulante que ocorre o estímulo para a liberação de glucagon, o glucagon é secretado e seus fragmentos peptídeos vão ser secretados juntos, porém estes não têm funções nenhuma. Já a insulina é secretada junto com seu fragmento peptídico que é chamado peptídeo C, este tem uma função principalmente para diagnóstico. A pró- insulina é armazenada em grânulos e processada, quebrada a ligação, em molécula de insula e peptídeo C. Quando secretamos insulina, secretamos em quantidade iguais peptídeo C. Se secretarmos 1 insulina vamos secretar 1 peptídeo C. A quantidade de peptídeo circulante reflete a quantidade de insulina que foi secretada. Esse peptídeo tem uma vantagem que é sua meia-vida, sua importância é saber se aquela insulina que está circulando é única e exclusivamente endógena porque insulina endógena não tem peptídeo C. IMPORTANTE Insulinoma – neoplasias da célula beta, ou seja, hiperprodução de insulina. Uma pessoa saudável, que passa o dia em jejum, pode apresentar perda de consciência por hipoglicemia? Não, por causa das reservas, é importante uma glicemia regulada para controlar o sistema nervoso central. O organismo tem diversos mecanismos para manter uma glicose suficiente circulando. 1. Secreção de glucagon vai fazer com que os hepatócitos quebrem glicogênio, fazem gliconeogênese, formação de corpos cetônicos e com todo esse processo, consegue-se enviar glicose para o indivíduo. 2. Além disso, os hormônios contra reguladores (adrenalina, GH, cortisol) ajudam o glucagon a enviar glicose para o organismo. IMPORTANTE Se o mesmo indivíduo no caso anterior beber, ele vai sim entrar em coma hiperglicêmico, pois já está sem alimentar o dia todo. O álcool inibe a gliconeogênese, o metabolismo do etanol no fígado gera NADH e aí o fígado que estava ‘’enloquecido’’ fazendo gliconeogênese quando chega NADH ele acha que o indivíduo comeu e ele entende que não e mais pra fazer o processo e começa a desviar para outras vias. A glicemia dele já estava sendo mantida pela gliconeogênese e esse álcool inibe o processo. CAPTAÇÃO DE GLICOSE A glicose precisa de transportadores para entrar na célula, como SGLTS (cotransportadores de sódio e glicose – intestino e néfron: absorção e reabsorção). GLUT: transportadores com exceção do GLUT 4 os outros já estão ancorados na membrana fazendo várias voltas transmembrânicas., esperando a glicose passar nessa membrana, tanto de fora para dentro quanto de dentro para fora que vai depender do gradiente de concentração. Se tiver muita glicose do lado de fora, essa glicose vai passar em um tecido que tem GLUT2, por exemplo, a glicose entra na célula. Agora se estiver em jejum, lado de fora está vazio e dentro do hepatócito cheio, a glicose sai e vai para a circulação. O GLUT 4 está no citosol, só vai para a membrana, translocar na membrana sob estímulo de insulina. (dependente) – os tecido dependentes de insulina são: musculo esquelético, tecido adiposo e musculo cardíaco. Pâncreas: a célula beta é riquíssima em GLUT2, porque aquele sangue cheio de glicose quando chegana célula beta o GLU2 permite que aquele mundaréu de glicose entre na célula. Fígado: quanto tem muita glicose o GLUT2 permite que a glicose entre na célula, a diferença desses GLUT é o KM é quantidade de glicose que eles conseguem transportar. SECREÇÃO DE INSULINA Estímulo parassimpático induz a secreção de insulina; O simpático inibe a secreção de insulina; Aminoácido e glicose também estimula insulina; Outros hormônios induzem a secreção de insulina: GLP1 e GIP (estão no estômago), quando ingerimos algo, quando o bolo alimentar chega no intestino as células intestinais detectam que chegou alimento ali, principalmente se for alimento com muito carboidrato e já secretam GLP1, quando secretado já cai na corrente sanguínea e vai para célula beta e chega antes da glicose, chegando na célula ‘’manda’’ ela secretar a insulina (pois já tem um aumento de glicemia) esse GLP1 é considerado um estímulo antecipatório. (pode ser chamado de incretina). GIP: tem mais estímulo com a síntese de insulina, ele também é um estimulo antecipatório. Comida–aumento de glicose circulante – glicose chega na célula beta-que são ricas em GLUT2 – esse GLUT permite que um monte de glicose entre na célula beta – ativando a via da glicólise- – aumento de ATP intracelular – fechando canais de potássio dependente de ATP – despolariza membrana da célula beta- – abre canais de cálcio dependente de voltagem, um aumento de cálcio, esse grânulos conseguem ser direcionados para membrana, consegue difundir e tem a secreção. Existem outros estimuladores de secreção de insulina, já citado acima, eles induzem secreção de insulina através de ligações a receptores acoplados a proteína G. RECEPTOR DE INSULINA Como é um hormônio proteico, precisa de um receptor para atravessar a membrana. O receptor da insulina é um receptor enzimático, chamado tirosina quinase. Tem duas porções: uma alfa e uma beta. A porção alfa é virada para o espaço extracelular e a porção beta é voltada para o espaço intracelular (que tem a atividade de tirosina quinase que tem como função fosforilar). Então, quando alimentamos, aumentamos a glicemia e secretamos a insulina, a insulina se liga no receptor beta e esse receptor ele muda sua conformação e isso ativa a tirosina quinase na porção intracelular ela vai fosforilar proteínas que estão ancoradas bem próxima do receptor de insulina, essas proteínas são chamadas de IRS é uma familia. Assim, começa a cascata da insulina. MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA 1. IRS fosforilado, vai acontecer fosfoliração de diversas proteínas principalmente a AKt, ela é o ‘’centro de tudo’’. 2. Depois de fosforilar ela vai ativar várias vias glicogênese, sobrevivência celular, genes que fazem ter a síntese de proteínas e também tem a translocação de GLUT4. 3. O exercício físico, ativa AMPK (ela tem como função de ir para vesícula que tem GLUT4 e induz a translocação dele independente de insulina), por isso e por varias outras coisas a pratica de exercícios físicos e de extrema importância. 4. Além disso, aumenta a expressão de proteína, eles vão ter mais GLUT4 que um indivíduo sedentário. Um indivíduo obeso com resistência de insulina, isso significa que a cascata de sinalização da insulina alguma coisa deu ruim, por isso está resistente à insulina, se esse indivíduo foi receitado a praticar exercício ele não vai ser tão prejudicado, pois através do prática vai estar produzindo GLUT4. No hepatócito a insulina ativa as vias de: síntese de glicogênio, síntese de ácido graxo, inibição da glicogenólise, através de GLUT2. que permite que muita glicose entre, a insulina vai fazer a captação de glicose através da glicoquinase. Aquele monte de glicose chegando vai ser fosforilada e direcionada para glicólise, então a insulina mantém uma concentração de glicose favorável. No músculo vai aumentar a captação de glicose agora principalmente com a translocação do GLUT4. Vai aumentar a síntese de glicogênio, vai inibir gliconeogênese (formação de nova glicose) porque não tem enzima e também porque não libera glicose para a circulação, todo esse glicogênio armazenado é pra ser liberado pra ele mesmo. Vai aumentar síntese de proteínas e outras vias. No tecido adiposo ele armazena glicose através da lipogênese, não tem enzima para fazer glicogênio, tem a captação de glicose pelo GLUT4 e vai quebrar a glicose para transformar em energia através da glicólise e vai usar ácidos graxos. SECREÇÃO DO GLUCAGON Período de jejum, glicemia bem baixa, principal secretagogo de glucagon é a hipoglicemia. Outro secretagogo é a adrenalina (situações de luta e fuga), precisa de glicose circulando para a circulação, então por isso secretamos glucagon. O glucagon é um hormônio proteico precisa de um receptor para atravessar a membrana plasmática, o receptor do glucagon é acoplado a proteína G. O glucagon chega nos tecidos alvos e manda esses tecidos quebrarem tudo que eles armazenaram e jogar a glicose para a circulação. Tecidos alvos: fígado e tecido adiposo. No hepatócito, o glucagon se liga no seu receptor acoplado a proteína G e ativa a Adenilato ciclase que ativa APK que faz a glicogenólise (quebra do glicogênio) para formar a glicose6fosfato e desfosforilar essa glicose e mandar para circulação. Vai utilizar aminoácido e glicerol e fazer gliconeogênese e vai jogar para a circulação e vai mandar corpos cetônicos para o músculo utilizar de energia. No tecido adiposo em período de jejum, glucagon liga em seu receptor e tem a ativação da enzima triacilglicerol lipase (que tem função de quebrar lipídeos) e começa desmontar o triacilglicerol e o tecido adiposo leva ácido graxo livre para a formação de corpos cetônicos. DIABETES Diabete tipo 1: é uma doença autoimune, quase não tem produção de insulina, tem um resquício de célula beta, pouco controle de glicemia Idade: normalmente aparece na infância e na juventude, só que agora existem indivíduos mais adultos. O diagnóstico é rápido, normalmente o paciente emagrece demais, é notável. Diabete tipo II: a principal causa da hiperglicemia é a resistência a insulina, acomete mais paciente sedentários, obesos (exercício- ajuda na translocação do GLUT4), eles têm a células beta funcionante, porém da algo de errado no processo de sinalização que faz o indivíduo ter esse problema. A glicose não e captada e a glicemia continua alta, as células beta entra em falência e depois não consegue regular a glicemia, ele fica hiperinsulinêmico para tentar compensar. No inicio ele consegue regular, depois ele não consegue. Idade: normalmente em indivíduos adultos (devido a vários fatores) e podem ter crianças também. É uma doença silenciosa, normalmente é assintomática.
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